O Guitarrista mineiro Guilherme Costa começou seu interesse na guitarra aos 15 anos, quando descobriu o Black Sabbath e Tony Iommi, o qual cita como sua maior influência. Foi construindo sua trajetória tocando não só em projetos voltados ao Heavy Metal, o que certamente lhe trouxe uma bagagem e visão mais abrangentes dentro da música, forjando sua personalidade musical.
Em 2016, Guilherme parte para sua primeira empreitada solo, o EP "The King's Last Speech", o qual só corrobora a expectativa criada em torno do seu potencial. O que mais chama atenção nas músicas, são as melodias marcantes e bem construídas, valorizando a composição acima da técnica, ou seja, não é do tipo de álbum instrumental direcionado somente para músicos ou guitarristas.
Agora Guilherme já está em fase de composição do full-lenght, que também trará músicas com vocais. Conversamos com Guilherme para que este nos contasse mais de sua carreira, do EP de estreia, informações sobre o novo trabalho e muito mais. Confira e saiba mais sobre esta grande revelação da guitarra e do Metal nacional:
RtM: Olá Guilherme, obrigado por tirar um tempo para nos responder esta entrevista, e parabéns pela excelente primeira amostra de seu trabalho solo.
Guilherme Costa: A honra é toda minha em poder bater esse papo com vocês galera!
RtM: Para iniciar, nos fale um pouco
sobre o seu início na música, quando é que você começou a se interessar por
tocar um instrumento e quem foram suas principais influências e incentivadores?
GC: Eu comecei a me interessar pelos estudos de música aos 14 anos quando
meu avô começou a ensinar violão. Aos 15 eu comecei a ouvir Black Sabbath e daí
foi quando eu me interessei de fato a estudar guitarra, na verdade desde
pequeno eu tinha um sonho de seguir uma carreira artística e eu comecei a
correr atrás disso depois que entrei na aula de guitarra. Posso dizer que tive
bastante incentivo da família também, mas a iniciativa no início foi por minha
própria conta.
“ 'The Beginning of a Journey' foi minha primeira música composta, ela possui esse nome por ser realmente o início da minha jornada como compositor solo." |
GC: Com poucos dias de aula de guitarra eu já havia tomado essa decisão,
pois eu me sentia super realizado em poder tocar minhas músicas favoritas.
Depois tocando em bandas e desenvolvendo minhas habilidades esse desejo foi
aumentando cada vez mais.
RtM: E como foi o início de seu aprendizado?
Onde você começou a buscar informações e quais formas buscou para evoluir no
instrumento?
GC: No início meu avô me ensinava sertanejo de raiz no violão, essa era a
maior vivência dele. Quando entrei na aula de guitarra eu já comecei a voltar
meus estudos para o Heavy Metal e o Rock n’ Roll, estudei bastante Iron Maiden,
Guns N’ Roses, Black Sabbath, Metallica e muitas outras bandas. Eu sempre
estudava músicas de bandas de várias vertentes do Rock para evoluir no
instrumento, usava muito a internet para assistir vídeo aulas de um assunto que
me interessava e para baixar as tablaturas das músicas que eu gostaria de
aprender. Outra forma que busquei para evoluir no instrumento também foi
estudar com vários professores diferentes, isso me ajudou principalmente na
minha forma de ensinar aos meus alunos de guitarra e violão.
RtM: Conte-nos um pouco sobre a sua
trajetória até aqui, principais trabalhos e bandas que você passou.
GC: Com poucos meses de aula de guitarra eu montei minha primeira banda
com alguns amigos, nosso repertório era bem variado, tínhamos rock nacional e
internacional de várias vertentes, essa banda nunca chegou a fazer nenhum show.
Aos 19 anos eu entrei na banda de heavy metal Seawalker, meu primeiro show
inclusive foi com eles num evento com a banda Nervosa de São Paulo. No início
de 2014 comecei a trabalhar ao lado do cantor de MPB Walter Cicarini, com ele
fiz um show e gravei um DVD.
RtM: Muito bom, várias vertentes diferentes, o que certamente traz uma visão mais abrangente!
GC: No final de 2014 me juntei ao D.A.M, banda de death metal melódico, e permaneci na banda até o primeiro semestre de 2015. Logo após minha saída da banda, comecei a trabalhar mais nas minhas próprias composições resultando então na gravação do meu EP. Hoje eu trabalho também na cena cover de Belo Horizonte com bandas que prestam tributo à bandas consagradas, sempre faço shows na cidade e tem sido algo muito gratificante e um aprendizado único.
RtM: Muito bom, várias vertentes diferentes, o que certamente traz uma visão mais abrangente!
GC: No final de 2014 me juntei ao D.A.M, banda de death metal melódico, e permaneci na banda até o primeiro semestre de 2015. Logo após minha saída da banda, comecei a trabalhar mais nas minhas próprias composições resultando então na gravação do meu EP. Hoje eu trabalho também na cena cover de Belo Horizonte com bandas que prestam tributo à bandas consagradas, sempre faço shows na cidade e tem sido algo muito gratificante e um aprendizado único.
"Com poucos dias de aula de guitarra eu já havia tomado essa decisão (de ser músico profissional), pois eu me sentia super realizado em poder tocar minhas músicas favoritas." |
GC: Minha principal influência como músico é Tony Iommi, de fato eu não
seria músico se não fosse por ele. Como compositor eu tenho como maior
influenciador Joe Satriani. Outras influências que tive ao longo do tempo
também posso citar Glenn Tipton e Synyster Gates.
RtM: Falando sobre o EP, o que mais
gostei é que dá para perceber que você valoriza muito a composição, as
melodias, tornando um trabalho agradável de ouvir, e não somente algo
direcionado a outros músicos, pois muitos guitarristas acabam se preocupando em
mostrar o quão rápido podem tocar ou mostrar capacidade técnica, mas esquecem
de fazer música com sentimento. Gostaria que você comentasse a respeito, e
falasse sobre sua maneira de compor.
GC: Eu sempre gosto de fazer primeiramente a harmonia das músicas, depois
disso eu canto a melodia da música enquanto eu toco as bases que criei. Assim
posso ter uma ideia melhor de como quero que a música soe. Eu posso dizer que
as composições são também uma forma que eu encontrei de expressar meus
sentimentos, é de fato uma grande terapia pra mim me expressar através das
minhas músicas.
RtM: Falando um pouco sobre as
faixas, gostaria que falasse da “The King’s Last Speech”, de onde surgiu a
inspiração para ela, a qual me lembra algo do estilo clássico e neoclássico do
Blackmore e Malmsteen, por exemplo.
GC: “The King’s Last Speech” nasceu de uma ideia que tive de criar uma
introdução utilizando arpejos e escala menor harmônica, no primeiro momento me
baseei nas frases de Paulo Schroeber, no final da introdução me baseei nas
construções melódicas de Yngwie Malmsteen que costumam ser extremamente rápidas
e eu quis reproduzir isso na música também. No decorrer da música eu já
utilizei bastante as melodias do Malmsteen como referência, principalmente no
uso de arpejos e escala menor harmônica. Em um determinado tempo da música antes
de repetir a introdução no final, eu utilizei uma harmonia que Ritchie
Blackmore usa na música “Burn” do Deep Purple, que inclusive é um clichê
harmônico muito utilizado pelas bandas de rock e heavy metal.
"As composições são também uma forma que eu encontrei de expressar meus sentimentos, é de fato uma grande terapia." |
GC: “The Beginning of a Journey” foi minha primeira música composta, ela
possui esse nome por ser realmente o início da minha jornada como compositor
solo. É uma música que eu tive a intenção de causar emoções nos ouvintes e
fazê-los cantarem mesmo ela não possuindo letra. Durante o processo de
composição do EP eu pensei em compor uma música que alguém pudesse tocar em
harmonia comigo, sendo em um show ou um workshop. Essa música foi nada mais
nada menos que “Come on and Play”, ela inclusive possui esse nome como se fosse
um convite para outra pessoa vir tocá-la comigo. Eu pensei bastante em melodias
com duetos no decorrer dos temas, e na hora dos solos eu fiz como se houvessem
dois guitarristas revezando improvisos.
RtM: E o que você tem observado de
novo dentro do rock e metal, em termos de guitarristas e novas tendências, como
bandas com sonoridade mais moderna, como o djent. E o que você prefere? Os
estilos mais clássicos ou os mais modernos? Há muitos puristas, mas acredito
que sabendo mesclar com inteligência estilos e tendências, pode-se agradar
públicos de gostos distintos.
GC: Eu percebo que existem muitas bandas atuais que conseguem se destacar
positivamente utilizando mesclas de elementos dos anos 70 e 80 com elementos
utilizados a partir dos anos 2000. Eu particularmente prefiro os clássicos, mas
gosto e admiro bastante muitas bandas modernas que tem se destacado
ultimamente. Uma das bandas atuais que mais tenho ouvido recentemente inclusive
é o Black Veil Brides, acho muito interessante a mescla que eles fazem dos
elementos das bandas glam dos anos 80 com elementos utilizados no Metalcore.
RtM: E quanto aos planos para um
full-lenght? O que você pode nos adiantar? Você pretende incluir músicas com
vocais?
GC: O que posso adiantar é que terão bastante músicas com melodias
marcantes, desde baladas até músicas mais agressivas, muitas influências
diferentes e alguns elementos de outros estilos musicais fora do rock e do
heavy metal. Vão ter músicas cantadas também e convidarei alguns cantores para
fazerem participações especiais nas músicas.
RtM: Guilherme, obrigado pela
atenção, esperamos voltar a conversar em breve e ficamos no aguardo do seu
full-lenght.
GC: Eu que agradeço a vocês de coração pelo convite e será um prazer poder
bater um papo novamente com vocês após o lançamento do full-lenght!
Entrevista: Carlos Garcia
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Assessoria de Imprensa: Rômel Santos
Confira resenha do EP
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Assessoria de Imprensa: Rômel Santos
Confira resenha do EP
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