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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Stryper: Divina Inspiração



Muitas bandas acabam sendo apenas sombra do que foram no passado, e apenas vivem desses anos gloriosos, vez por outra aparecendo com um novo trabalho, que acaba parecendo cópia de si mesmo.

O Stryper, a exemplo do Europe, depois de um tempo fora de cena, retornou revigorado, e sem viver apenas da própria sombra, vem produzindo um trabalho moderno e forte, e a banda parece cada vez melhor.

"No More Hell To Pay", lançado em 2013, vem com as características que marcavam a banda, como os vocais inconfundíveis de Michael Sweet, e aquele Hard/Heavy, cheio de riffs e refrãos marcantes, melodias memoráveis e baladas suaves e comerciais (ok, fizeram também algumas baladas bem melosas nessa carreira, como a "Honestly"), ainda presentes, porém, soando mais moderno e pesado, uma banda madura e que mostra que acomodação não é com eles, um exemplo para muitos que, ou só vivem dos dias passados, ou lançam trabalhos para "cumprir tabela".


Os fãs e admiradores do Stryper devem estar muito satisfeitos, e, não obstante a temática adotada pela banda, qualquer fã de Heavy ou Hard deve conferir o álbum. Eu gosto e tenho alguns álbuns, não posso dizer que gosto de tudo o que a banda já fez, mas este novo álbum está excelente, com mais peso e pegada que álbuns anteriores, além de estar digno de figurar ao lado de grandes momentos da banda, como "To Hell With the Devil".

"Revelation" abre o álbum com peso e melodia, já mostrando o que destaquei antes: a qualidade da banda em criar melodias e refrãos cativantes, o timbre marcante de Michael Sweet (que está cantando muito), numa pegada mais moderna e pesada, mas sem perder a personalidade; "No More Hell to Pay", que também teve vídeo de divulgação, segue o alto nível do álbum, que, tirando uma ou outra "pregação" mais explícita, mas nada exagerado, ou que indique o trabalho somente para aficcionados ao White Metal ou o Rock Cristão e geral, que é bem uniforme, sem canções fracas, mas, claro, algumas, a exemplo da dobradinha inicial, se destacam, como a balada "The One", cujo refrão e os backing vocals de fundo pegam de imediato!


Em matéria de peso, dá pra destacar o Heavy Metal Tradicional moderno e pesado de "Marching Into Battle"; temos ainda a rápida e melodiosa "Te Amo", e a Hard/Heavy "Renewed", que fecha o play, também se destacam, num álbum forte, mostrando que o Stryper tem ainda muitos anos de vida pela frente, e tem a capacidade de agradar os fãs dos mais diversos segmentos metálicos, sem distinção de credos ou religiões, afinal, o que importa é a música, a boa música é a maior das mensagens, e uma grande agregadora.

Texto/Edição: Carlos Caco Garcia
Revisão: Sr. Wilson

Ficha Técnica
Banda: Stryper
Álbum: No More Hell to Pay
Ano: 2013
País: EUA
Tipo: Heavy/Hard
Selo: Frontiers


Formação
Michael Sweet (Guitarra e Vocal)
Robert Sweet (Bateria)
Oz Fox (Guitarra)
Tim Gaines (Baixo)

Track-list
01. Revelation
02. No More Hell To Pay
03. Saved By Love
04. Jesus Is Just Alright
05. The One
06. Legacy
07. Marching Into Battle
08. Te Amo
09. Sticks & Stones
10. Water into Wine
11. Sympathy
12. Rnewed






domingo, 23 de dezembro de 2012

Estreia de Carreira Solo: Germán Pascual Mostra Força

Aclamado ex-vocalista do Narnia lança CD solo



Embora com uma história de conquistas, o vocalista uruguaio (que viveu anos no Brasil e há muito tempo reside na Suécia) Germán Pascual só foi obter o reconhecimento devido ao entrar para o Narnia, gravando o derradeiro último trabalho dos suecos, o aclamado “Course of a Generation” (2009).

Com o fim do grupo, partiu na busca de compor e lançar seu primeiro álbum solo e, dessa tentativa, obteve, com grande sucesso, diga-se de passagem, o álbum “A New Beginning” (2012), provavelmente o melhor álbum com seus vocais já feito.

Estreia em alto nível com carreira solo

Não estaria exagerando desnecessariamente caso canções como “Seek the Truth” e “The Wrath of God” (a melhor do álbum) não tivessem me cativado já na primeira audição, ficando presas no meu player por dias à fio. 

O Power Metal característico dos trabalhos anteriores de Germán segue presente, mas agora com mais força e peso, com seu vocal alcançando uma potência impressionante, tanto é que, ao conferir o vídeo clipe oficial de “If the Sky Would Fall”, temos a impressão de um vocalista mais agressivo.

Depois de passar por bandas como Mind's Eyes, Divine Fire, Soulspell e Narnia, Pascual investe em carreira solo

Mas de nada adiantaria um bom vocal e composições se quem o acompanhasse não apresentasse qualidade. O que acontece é o contrário, já que Germán acertou nos músicos de apoio, como no baixista Raphael Dafras (Almah) e no Martin Hall (Extravaganza), além de várias participações especiais que abrilhantam o álbum, com destaque para o reencontro com seu ex-companheiro de Narnia Carl Johan Grimmark, que mostra seus dotes em “Fate of the Blind”, uma das grandes canções do álbum.

Um bom trabalho melódico que alia-se ao peso, o que deixa músicas como “Misty Dreams” (que refrão ótimo) e “I Call For the One” perfeitamente acessíveis mesmo àquele público que não é voltado ao Power Metal.

Germán Pascual, neste primeiro voo solo, comprova que não à toa é um dos maiores vocalistas do chamado Metal cristão, sobretudo com este trabalho de qualidade e peso, afastando clichês enfadonhos do estilo, o que torna a audição de “A New Beginning” uma ótima pedida à todo headbanger que deseja um álbum forte e potente.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Gérman Pascual
Álbum: A New Beginning
Ano: 2012 
País: Uruguai/Suécia 
Tipo: Power Metal/Heavy Metal



Tracklist
01. Seek the Truth
02. The Wrath of God
03. If the Sky Would Fall
04. Misty Dreams
05. Open Your Eyes
06. I Call for The One
07. Unbroken Wings
08. Come Ease the Pain
09. Fate of the Blind
10. Cancion Con Todos

Acesse e conheça mais sobre o trabalho do vocalist

Assista ao vídeo clipe oficial de “If the Sky would Fall”


terça-feira, 24 de julho de 2012

Landwork Prepara Álbum de Estreia Lançando Vídeo Oficial



A banda de Blumenau/SC, Landwork, que está em processo de composição/gravação de seu primeiro disco, lançou recentemente o vídeo para a música “The Fight”, primeiro single do debut álbum que deve sair ainda neste ano de 2012.

A banda foi o grande destaque no Massacre 2012, festival de Florianópolis que conferimos de perto em março deste ano (confira resenha clicando aqui).

Banda liberou a capa de seu álbum de estreia

Calçados numa experiência sonora que tende a fugir de rótulos, Landwork se aproxima dos estilos Groove e Alternative Metal, embora possa mostrar influências mais setentistas, como Led Zepellin e Black Sabbath, passando pelo Rock dos anos 90, como Alice in Chains.

O grupo é um das referências no estado sulista quando o assunto é Metal Cristão, tendo conquistado admiradores independentemente da posição religiosa, mostrando que quando a música é feita com qualidade e esmero, transcende ideologias.

Texto e Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Assista ao vídeo oficial abaixo e conheça mais sobre a banda nos links.

sábado, 28 de maio de 2011

Por Um Som Divino: DivineFire Revigorado Com os Vocalistas do Narnia

Enquanto o leão não ressuscita, ex-Narnia continuam juntos

Bandas de Power Metal Sinfônico tem aos montes pelo mundo afora. E quando falamos em países como a Suécia, a coisa parece caminhar mesmo para o clichê e total arroz com feijão.

Não é o que acontece com o DivineFire, banda ainda muito jovem mas que conta com músicas experientes. Atualmente, o grupo é um dos mais lembrados quando o assunto é Power Metal Cristão.

Quando surgiu em 2004 fundado pelo guitarrista Jani Stefanovic (Sins of Omission) e o vocalista Christian Liljegren (ex-Narnia e atual Golden Ressurection), o grupo não passava de mais um entre tantos que buscavam a mesma fórmula da maior banda do gênero no mundo, o Narnia.

Com seu fim decretado em 2008, parecia que realmente o “projeto” estava fadado ao abandono completo. Porém, com o fim do Narnia (que havia lançado um grande álbum em 2009), Christian Liljegren decidiu “reviver” o grupo, agora tendo o caráter de banda e com a responsabilidade de produzir grandes discos na tentativa de sanar a lacuna deixada pelo Narnia.

Assim, em 2010 a dupla retornou e, de quebra, veio inovar chamando ninguém menos que Germán Pascual (ex-Narnia, atual Forged Wings), vocalista uruguaio e que por muitos anos viveu no Rio de Janeiro.

Não por acaso, Gérman Pascual havia substituído Liljegren no Narnia, lançando o disco derradeiro “Course Of A Generation” (2009) e mantinha uma relação de amizade com o antigo vocalista (sendo ambos parecidos fisicamente e também no timbre).

Com o Narnia morto, os dois vocalistas protagonizam um grande trabalho, digno de superar qualquer coisa feita por ambos em toda a carreira. Curiosamente, Germán iria apenas fazer alguns coros, mas acabou sendo convidado por Liljegren a cantar numa canção e, por fim, no disco todo, segundo o aproprio uruguaio.

O quinto disco do Divinefire ganhou o nome de “Eye of the Storm” (2011) e traz o grupo como um trio, com Jarí tocando todos os instrumentos (?!), o que também o coloca em grande destaque, já que há solos de guitarra e passagens de teclados sinfônicas empolgantes.

O álbum traz 12 músicas cuja temática envolve, claro, o Cristianismo. Dias desses rendeu bate-boca com uma galera por aí que condenaram o Road to Metal de divulgar bandas de Unblack Metal (ou Black Metal Cristão). Porém, para nós o que vale o Metal e mesmo não sendo religioso (muito menos que algumas dessas pessoas, os caras pensam que religioso é quem é cristão), não dá para negar a qualidade de muitas bandas que se dedicam a louvar seu deus (tudo é questão de filosofia de vida).

Se formos prestar atenção nas letras, estas parecem ainda mais voltadas à essa religião do que no período do Narnia, o que é o único ponto negativo. Mas, se você não quer se importar com isso faça de conta que as juras de amor no álbum são para alguma garota e não a entidade em questão (rs).

Mas voltamos ao disco. “Eye of the Storm” é espetacular. Seu Power Metal bastante voltado ao Sinfônico não traz nada revolucionário, exceto pela presença simultânea de dois grandes vocalistas que dão um show a parte.

Mas as composições (a parte instrumental já estava composta antes da efetivação de Germán na banda) são de uma qualidade extrema, indo do peso e velocidade, ao melódico sem soar enjoativo. Aliás, as participações especiais de grandes nomes do Metal fazem do disco um prato cheio.

Divinefire mostra que ainda pode fazer grandes álbuns

Consta no disco galera de alto gabarito, como Pontus Norgren (guitarrista do Hammerfall), Thomas Vikström (vocal do Therion, passagem por Candlemass, longa vida no Stormwind), Markus Sigfridsson (guitarrista do Harmony), Andreas Passmark (antigo baixista da banda, mas agora afastado, e também do Narnia, Royal Hunt), CJ Grimmark (guitarrista com passagens pelas bandas Narnia, Divine Fire, Rob Rock, Saviour Machine) e o irmão de Liljegren, Hubertus, responsável pelos vocais gauturais que dão um patamar diferenciado para o álbum.

O trio ainda aproveitou e regravou algumas antigas canções, o que até ficou legal, mas desnecessário.

Grandes destaques ficam para “Time For Salvation”, “Unchain My Soul” (com Hubertus detonando), “To Love And Forgive” (refrão e coros grudentos), “Even At My Lowest Point” (bela melodia) e “Never Surrender” (forte!).

Inicia-se uma nova era para a banda e, por que não, para os músicos que, mesmo mantendo outros projetos (Germán promete seu primeiro disco solo ainda para este ano, Liljegren segue divulgando sua nova banda Golden Ressurection), estão com força total, não esperando por uma volta do Narnia ou para viver do passado. Divinefire ressuscitado e um dos melhores discos de Power Metal Sinfônico deste ano até agora.


Stay on the Road


Texto: Eduardo “EddieHead” Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Divinefire

Álbum: Eye of the Storm

Ano: 2011

País: Suécia

Tipo: Power Metal/Metal Sinfônico


Formação

Jani Stefanovic (Guitarras, Baixo, Bateria, Teclados)

Christian Liljegren (Vocal)

Germán Pascual (Vocal)


Participações Especiais

Pontus Norgren (Hammerfall)

Thomas Vikström (Therion, Candlemass, Stormwind)

Markus Sigfridsson (Harmony)

Andreas Passmark (Divinefire, Narnia, Royal Hunt)

CJ Grimmark (Narnia, Divine Fire, Rob Rock, Saviour Machine)

Hubertus Liljegren (Crimson Moonlight e Sanctifica)


Tracklist

01.Time For Salvation
02. Hold On
03. Unchain My Soul
04. Bright Morning Star
05. To Love And Forgive
06. Even At My Lowest Point
07. Send Me Out
08. Masters And Slaves
09. The World's On Fire
10. Never Surrender
11. Masquerade
12. Close To The Fire

Myspace

http://www.myspace.com/divinefireofficial

Ouça várias canções do disco no Youtube

http://www.youtube.com/results?search_query=Divinefire+2011&aq=f

quinta-feira, 10 de março de 2011

Tributos: Stryper e as Influências Pouco Cristãs

Maior nome de todos os tempos do Metal Cristão, a banda Stryper (EUA) fez seu nome ao longo de suas mais de duas décadas em que, através de um Heavy Metal altamente influenciado pelo Hard Rock, teve como temática a ideologia Cristã, focando suas letras em louvores a esse deus e, ao mesmo tempo, sendo um dos grupos mais odiados pelos headbangers mais radicais.

A banda, que hoje é a principal influência de grupos como o brasileiro Eterna (recentemente coverizaram uma música dos canadenses), resolveu que o ano de 2011 mereceria um tributo a suas maiores influências.

Banda é o maior nome do Metal Cristão

Mas que influências teriam uma banda de Heavy/Hard que foi a pioneira na temática cristã? Exatamente as mesmas que toda e qualquer banda que surgiu nos anos 80/90: Iron Maiden, Black Sabbath, Judas Priest, Kiss, Deep Purple, etc.

Diga-se de passagem que grupos esses considerados nada cristãos pela sociedade religiosa, sendo que algumas dessas bandas já foram até mesmo excomungadas e proibidas de tocar em certos países (por exemplo, o Iron Maiden que não podia se apresentar no Chile, e o Judas Priest que fora acusado de incitar suicídio em suas músicas “satânicas”).

A verdade é que o Heavy Metal, o Hard Rock e afins transcendem ideologias, pois quando o assunto é som que vem da alma, pouco importa qual a posição política/religiosa que as letras defendem (muitas vezes apenas jogada de marketing).

Assim, o Stryper lança o álbum “The Covering” (2011), executando versões bastante fiéis de clássicos como “Heaven and Hell” (Black Sabbath), “Breaking the Law” (Judas Priest) e “The Trooper” (Iron Maiden).

A atual formação nos idos de 1986

Outras bandas que são lembradas pelo grupo são Ozzy Osbourne (com “Over the Mountain”), Led Zeppelin (“Immigrant Song”), Kiss (“Shout It Out Loud”), Deep Purple (“Highway Star”), entre outras da cena Hard Rock mundial, como Scorpions e Kansas.

Sabemos que álbuns tributos em que uma única banda executa várias canções clássicas (muitas vezes clichês) tem se tornado “moda” nos últimos anos e uma forma de caça-níquel, afinal, teoricamente, tanto os fãs da banda em questão quanto das homenageadas poderão curtir.

Sendo uma jogada financeira apenas ou falta de criatividade para um novo disco de inéditas (Stryper já foi uma “marca” muito maior do que é hoje), a verdade é que “The Covering” não acrescenta muita coisa à banda ou às versões regravadas. É um disco legal, indicado apenas aos fãs do grupo que gostarão de ouvir “clássicos pagãos” na voz de Michael Sweet. Aliás, uma novidade é a volta da formação clássica que, além de Sweet, conta com Robert Sweet na bateria, Oz Fox na guitarra e Timothy Gaines no baixo, este voltando à banda após saída de Tracy Ferrie.

Para dar um viés de novidade, a música inédita “God” fecha o álbum de 13 faixas. Ainda fico com a banda nas suas músicas próprias, especialmente de seu último trabalho “Murder By Pride” (2009), que é um álbum viciante, além, claro, dos clássicos dos anos 80.

Agora é esperar que a banda volte ainda este ano com material inédito e com a formação original em alto nível.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Stryper

Álbum: The Covering

Ano: 2011

País: EUA

Tipo: Hard Rock/Heavy Metal Cristão


Formação

Michael Sweet (Vocal)

Robert Sweet (Bateria)

Oz Fox (Guitarra)

Timothy Gaines (Baixo)


Tracklist

1. Set Me Free (Sweet)

2. Blackout (Scorpions)

3. Heaven and Hell (Black Sabbath)

4. Lights Out (UFO)

5. Carry On My Wayward Son (Kansas)

6. Highway Star (Deep Purple)

7. Shout It Out Loud (Kiss)

8. Over The Mountain (Ozzy Osbourne)

9. The Trooper (Iron Maiden)

10. Breaking The Law (Judas Priest)

11. On Fire (Van Halen)

12. Immigrant Song (Led Zeppelin)

13. God (Stryper)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Unblack Metal: O Metal em Nome do Sagrado


Antestor

Contradição. Essa é a melhor palavra para começar a escrever sobre esse assunto que é meu primeiro post aqui no Road to Metal. Uma rápida conferida no dicionário nos diz: “incoerência entre afirmações”, e se referindo ao Metal podemos apontar algumas como o Death Metal Melódico e é claro, o Unblack metal.

DENOMINAÇÕES: Rotular estilos no Metal é tão complicado quanto acompanhar os solos do Petrucci (guitarrista do Dream Theater), porém vamos tentar situar o estilo.

Formada em 1983, a banda americana Stryper fundamentou as bases do Heavy Metal Cristão (se bem que o som deles se encaixa mais em um Hard Glam do que Heavy propriamente dito). Músicas como a emblemática “To Hell With The Devil”, que vinha confrontando o lado mais from hell do Metal, como o fudidíssimo Venom, tornaram-se hinos.
Sendo assim, a temática cristã se espalha em todos os subgêneros como no Melódico (Narnia, Eterna) no Prog (Destra) no Death (Mortification) e finalmente no Black.
Embora seja muito discutido, a nomenclatura mais utilizada por revistas e sites especializados como a Sacred Song é a de Unblack Metal. Entretanto, é comum encontrar também termos como Black Metal Cristão, ou Holy Black Metal.

ORIGENS DO ESTILO: Podemos apontar o berço do estilo na Noruega com a banda Horde e seu CD “Hellig Usvart” em 1994, mesmo ano da ascensão do Inner Circle. Porém, o estilo se tornou realmente notório com a banda Antestor desde o lançamento de sua demo “The Defeat of Satan” (embora eu considere “The Forsaken” sua verdadeira obra prima) esteticamente o visual não ficava devendo nada para grandes Hordas como Mayhem e Satyricon.

O mesmo pode ser dito do som que acabou indo na mesma direção de grandes bandas européias e muitas vezes abusando das melodias (compare os primeiros álbuns do Dimmu Borgir com os lançamentos de 2005 para frente). O diferencial eram as letras que atacavam o satanismo, o paganismo, muitas vezes usando metáforas, na mesma onda em que trabalha a Horda brasileira Antidemon.

RIVALIDADES: o próprio Inner Circle norueguês afirmava que o recém nascido movimento Unblack deveria ser destruído. Euronymous (Mayhem) pretendia forçar o Antestor (na época batizado de Evil Crush) a cessar suas atividades, porém o mesmo foi morto por Varg Virkenes do Burzum, ironicamente dando mais força para o movimento cristão.

A banda Horde também sofreu represálias, sendo que após assinar com a Nuclear Blast receberam constantes ameaças de morte, tanto os músicos como a própria gravadora.
Quando o grupo encerrou suas atividades surgiram várias bandas para calcar os caminhos já traçados e o Black ganhavam novas dimensões.
PRINCIPAIS GRUPOS: Além daqueles já citados, vale conferir o som das Hordas Acoustic Tourment, Admonish, Amethyst, Bedatra Dezum, Crimson Moonlight, Crimson Thor, além dos nacionais Antidemon e Ira Divina.
É isso, bangers. Espero que gostem do texto e até a próxima. Despeço-me ao som de Antidemon com a música “Contra Inferno” do “Satanichaos”.
Texto: Harley
Revisão do Texto: EddieHead
Fotos: Divulgação