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domingo, 11 de maio de 2025

Cobertura de Show: Bangers Open Air – 02/05/2025 – Memorial da América Latina/SP

Após o feriado do Dia do Trabalhador, o Memorial da América Latina foi palco de mais uma edição do festival de música pesada mais importante do Brasil e da América Latina. Se você pensou no Summer Breeze, é compreensível. No entanto, devido ao fim da parceria com os organizadores alemães, o festival agora atende por outro nome: Bangers Open Air. Apesar da mudança, a proposta continua a mesma: quatro palcos, mais de 50 atrações e uma variedade de atividades que abrangem desde gastronomia, tatuagem, cultura geek, entre outras coisas. Tudo isso ao longo de três dias intensos, não deixando nada a desejar em comparação aos grandes eventos europeus.

Para não dizer que não houve mudanças em relação às edições passadas, as únicas que pude notar foram na entrada do lounge, agora controlada por QR Code e reconhecimento facial por meio de catracas, a fim de evitar a entrada de penetras e fraudes. Outra novidade, que achei a mais legal, foi a liberação gratuita para crianças de até 10 anos. Em todos os dias, vi várias curtindo as diversas atrações ao lado dos pais, tios e avós, sob um calor escaldante, assim como no ano passado. Apesar dessas pequenas mudanças, o padrão geral do festival permaneceu o mesmo, com algumas melhorias pontuais aqui e ali.

Com os palcos Sun e Waves desativados, o primeiro dia contou shows apenas nos palcos Ice e Hot Stage, um contraste em relação ao ano passado, que teve uma programação mais extensa, mas com público reduzido por ser um dia útil. Neste ano, a organização manteve uma escala menor, provavelmente ciente de que muitos headbangers ainda estariam cumprindo seus compromissos profissionais. Mesmo com a primeira apresentação marcada para as 15h10, o público começou a chegar em peso após o fim do expediente. Quem teve a sorte e a proeza de comparecer ao chamado "Warm-Up", uma espécie de aquecimento para os outros dois dias de festival, pôde assistir a shows acima da média.

Infelizmente, não consegui ver o Kissin' Dynamite, banda pela qual eu estava ansioso para ver. Segundo comentários e relatos de amigos que assistiram, os alemães entregaram um ótimo show, como já era de se esperar tratando-se de uma das melhores bandas de Hard Rock da atualidade. Fica aqui o pedido para que voltem em uma futura edição, desta vez com tempo suficiente para poder vê-lo.

Kissin' Dynamite – setlist: 

Back With a Bang

DNA

No One Dies a Virgin

I've Got the Fire

My Monster

The Devil Is a Woman

Not the End of the Road

You're Not Alone

Raise Your Glass



Logo em seguida, foi a vez das meninas da Dogma, banda que rapidamente caiu nas graças dos brasileiros, subirem ao palco. Como muitos já sabem, as integrantes mantêm suas identidades em segredo, apostando em um visual enigmático: todas vestidas como freiras, com um toque sensual, que certamente provoca reações intensas, inclusive de católicos e até mesmo evangélicos mais conservadores.

Assim como no ano passado, a banda entregou um show sensacional, mostrando que sua performance cresce ainda mais em um palco amplo e bem produzido. Embora alguns tenham reclamado da qualidade do som, muitos ficaram encantados com o hard n’ heavy praticado pelo grupo e com as faixas do, até agora, único disco lançado em 2023, como “Bare to the Bones”, “Make Us Proud”, a pesada “Pleasure From Pain” e a já clássica “Father I Haven Sinned”. As novidades ficaram por conta do cover de “Like a Prayer”, da rainha do pop Madonna, e da nova faixa “Banned”.

Dogma – setlist:

Forbidden Zone

My First Peak

Made Her Mine

Banned

Like a Prayer (Madonna cover)

Bare to the Bones

Make Us Proud

Pleasure From Pain

Father I Have Sinned

The Dark Messiah



Depois, no palco vizinho, era a vez de conferir os veteranos do Armored Saint, uma das bandas mais subestimadas da história do Heavy Metal e que merecia muito mais reconhecimento. Diferente do show anterior, a banda teve uma recepção mais discreta, com o público sendo em sua maioria composto pelos fãs fiéis. Outro detalhe importante é que o Armored Saint não tem o hábito de visitar o Brasil com frequência. Inclusive, esse foi o primeiro de apenas dois shows que a banda realizou neste ano, já que eles vão focar na gravação do novo álbum. Isso foi o que o baterista Gonzo Sandoval explicou em uma entrevista que nos concedeu.

Quem estava ansioso para vê-los acabou se decepcionando um pouco não pela performance – por sinal, muito boa –, e sim pela qualidade do som, que não melhorou em nenhum momento. Independentemente desse problema técnico, John Bush (vocal), os irmãos Gonzo e Phil Sandoval (bateria e guitarra, respectivamente), Joey Vera (baixo) e Jeff Duncan (guitarra) entregaram o melhor de si em pérolas como “March Of The Saint”, “Last Train Home”, “Can U Believer” – com John descendo do palco e cantando perto da galera – e “Reign Of Fire”, que fizeram a alegria dos fãs.

Armored Saint – setlist: 

March of the Saint

End of the Attention Span

Raising Fear

Long Before I Die

The Pillar

Last Train Home

Left Hook From Right Field

Standing on the Shoulders of Giants

Win Hands Down

Can U Deliver

Reign of Fire



Após a Signing Session com as meninas do Dogma, corri para conferir os dinamarqueses do Pretty Maids, que finalmente fizeram sua estreia no Brasil após 40 anos. 

Durante toda a apresentação, dava para perceber a alegria de Ronnie Atkins (vocal), Ken Hammer (guitarra), Rene Shades (baixo), Allan Tschicaja (bateria) e Chris Laney (teclado/guitarra) por finalmente tocarem no país. Ronnie, em especial, chamava a atenção. Mesmo após anos enfrentando um tratamento contra o câncer, o vocalista continua com uma potência vocal impressionante, além de demonstrar muita interação entre as músicas.

Infelizmente, não consegui ver as três primeiras músicas, mas cheguei a tempo de ver e ouvir “Red, Hot and Heavy”, uma das faixas mais conhecidas da banda, a qual resume bem sua proposta musical, que é um hard n’ heavy contagiante. Me surpreendeu positivamente a sequência de músicas do álbum Pandemonium com “I.N.V.U.” – com Ronnie brincando com o público fazendo os “ô ô ô” e “yeah, yeah” –, “Little Drops of Heaven” e a própria “Pandemonium”, que agitaram a noite de forma impactante.

A trinca final ficou por conta da balada “Please Don't Leave Me”, originalmente composta pelo saudoso John Sykes e que trouxe um momento de respiro antes das indispensáveis “Future World” e “Love Games”, que colocaram o ponto final nessa estreia memorável, com o público vibrando a cada verso e riff. Torcemos para que essa visita não tenha sido única, pois ficou claro o quanto os brasileiros gostam da banda e ansiavam por essa vinda.

Pretty Maids – setlist: 

Mother of All Lies

Kingmaker

Rodeo

Back to Back

Red, Hot and Heavy

Pandemonium

I.N.V.U.

Little Drops of Heaven

Please Don't Leave Me

Future World

Love Games



O penúltimo show do primeiro dia ficou por conta de ninguém menos que Doro Pesch. Com uma carreira que ultrapassa quatro décadas, a vocalista alemã continua mantendo uma presença firme e uma dedicação incondicional ao Heavy Metal. Ao subir ao palco com “Rule the Ruins” e “Earthshaker Rock” – sucessos de sua época de Warlock –, Doro prova que a coroa de Rainha do Metal não lhe foi dada por acaso. Ao lado de sua banda, ela ainda empolgou o público com faixas de sua fase solo, como “Time for Justice” e “Raise Your Fist in the Air”.

Os pontos altos da apresentação ficaram por conta de “Für Immer”, momento em que Doro se cobriu com a bandeira do Brasil, e de “Fire in the Sky”, onde o guitarrista brasileiro Bill Hudson saudou seus compatriotas antes de iniciar a música, composta por ele especialmente para Doro.

No encerramento, a cantora prestou uma homenagem ao Judas Priest com “Breaking the Law”, que começou de uma maneira mais melódica, mas logo retomou seu formato clássico, fazendo com que rodas se formassem próximas ao palco. “All We Are”, considerada um verdadeiro hino pelos fãs e por todo headbanger que se preze, encerrou a participação da majestade do metal em clima de celebração, resultando, sem dúvidas, no melhor show do dia.

Doro – setlist:

I Rule the Ruins

Earthshaker Rock

Burning the Witches

Hellbound

Fight for Rock

Time for Justice

Raise Your Fist in the Air

Metal Racer

Für immer

Fire in the Sky

Breaking the Law (Judas Priest cover)

All We Are



Para encerrar este maravilhoso dia de aquecimento, o Hot Stage recebeu Glenn Hughes, uma lenda do rock que dispensa apresentações. Seus trabalhos icônicos ao longo da carreira falam por si. O vocalista, considerado por muitos como “the voice of rock”, tem um carinho especial pelo Brasil, tendo se apresentado aqui diversas vezes, embora poucas em festivais. Sua estreia em festivais brasileiros ocorreu no Monsters of Rock de 1998. E agora, após tantos anos, ele retorna a um festival de mesma magnitude no Brasil.

Apesar dos 73 anos e dos desafios que enfrentou no passado com drogas e álcool, o músico inglês continua com a voz em excelente forma. É perceptível alguma mudança de tom em certos momentos, mas um artista de sua idade ainda interpretar canções da fase em que integrou o Deep Purple ao lado de David Coverdale é impressionante.

O repertório da noite focou nas fases MK III e MK IV do Deep Purple, com apenas oito músicas, provavelmente devido ao tempo de encerramento do festival. Clássicos como "Stormbringer", "Mistreated", "Sail Away" e "You Fool No One" incendiaram o público, com solos de guitarra, bateria e improvisos que remetiam à atmosfera do lendário California Jam, realizado em 6 de abril de 1974. As músicas mais aguardadas ficaram para o final: a envolvente “You Keep On Moving” e a radiofônica “Burn”, encerrando esse belo dia de aquecimento e pronto para encarar a vasta maratona do dia de seguinte. 




Texto: Gabriel Arruda

Fotos: Edu Lawless

Edição/Revisão: Gabriel Arruda  


Realização: Consulado do Rock

Press: Agência Taga 


Glenn Hughes – setlist:

Stormbringer

Might Just Take Your Life

Sail Away

You Fool No One 

Mistreated

Gettin' Tighter

You Keep On Moving

Burn

terça-feira, 27 de maio de 2014

California Breed:Groove e Classic Rock de Pegada Matadora!


 Em resposta a ansiedade dos fãs devido ao fim do Black Country Communion, Glenn Hughes e Jason Bonham uniram-se ao jovem guitarrista Andrew Watt, o qual a dupla elogiou efusivamente, com adjetivos como "Hendrix Branco", comparando o estilo e a pegada de Andrew com o lendário guitarrista.

A empolgação de Hughes com o trabalho, o qual ele se refere também como uma continuidade da sua volta definitiva ao lado mais Rocker, o que já vinha tendo com o BCC, é plenamente justificada, pois no auto-intitulado debut temos a dupla destruindo e mostrando uma empolgação e energia de iniciantes! E quer saber? Não fiquei com saudade do BCC, o California Breed caiu muito mais no meu gosto (ainda mais que acho o Bonamassa um tanto chato! sendo que no BCC eu até engolia), principalmente pela pegada ainda mais Rock, com influências do que tivemos de melhor no Classic Rock "setentista" (Zeppelin, The Who, Purple...), e ainda soando moderno, e o mais importante: feito por quem realmente entende do assunto, pois tem muita bandinha aí tentando fazer um som "vintage", mas soando como uma mera banda cover. 


É preciso ter capacidade, ter sangue!!! E o jovem Watt bebeu muito dessa fonte dos 60's e 70's, toca com pegada e feeling, e ainda canta e compõe! e vai crescer ainda mais ao lado do mestre Hughes e de Jason, que senta a mão em levadas cheias de groove e pegada, com certeza deixando seu velho orgulhoso, onde quer que ele esteja!

Temos aí  o debut, lançado pela Frontiers dia 19 de maio, com12 faixas (13, se adquirir a edição de luxo, que conta com a faixa "Solo") do "Rock Sweggar" do California Breed, conforme Glenn Hughes procurou descrever a malícia e o groove do som do trio, onde desfilam todo seu feeling e categoria como instrumentistas e compositores. Sim, é o que podemos chamar de supergrupo, disparado uma das melhores notícias destes últimos meses. 

Hughes, Watt e Bonham, excelente exemplo de Power-Trio!
Abrindo com "The Way", com a cozinha pulsando e Glenn mostrando que a garganta está cada vez mais afiada! O groove e a pegada já dão as caras, Jason ataca seu kit com vigor e técnica, e você vai notar algo que é tônica no álbum, que são os refrãos e levadas cativantes, seja em faixas mais rápidas ou nas mais cadenciadas, tornando a audição extremamente agradável, parece que o álbum passa muito rápido, tal o poder hipnótico do trio.


Falando um pouquinho mais das faixas, todas muito boas, "Chemical Rain", que segundo Hughes foi uma das primeiras músicas que compôs com Watt, logo no primeiro ensaio dos dois, que tem uma levada mais lenta, é mais melodiosa, me lembrou muito o Zeppelin; "Midnight Oil", começa com o cartão de visitas de Jason, que no finalzinho lembra um pouquinho aquele clássico final da "Rock & Roll" do Zepp, destaque aí para o refrão e backings, bem naquela pegada gospel; 

As baladas, como "All Falls Down" também têm lugar, e a dita cuja traz Glenn destruindo, numa interpretação característica sua, carregada de feeling, além de melodias até simples, mas marcantes, e pra citar mais uma, "Breathe", também outra excelente balada, com arranjos acústicos e um belo exemplo dessa aura clássica dos 70's, e, me repetindo, que vocalista é esse Hughes! O cara está cada vez melhor!


E você vai identificando essas, bom, nem dá para dizer influências, já que Hughes, nascido em 51, viveu aquela época de ouro nos anos 70, e Jason, que é de 1966, já possui um bela bagagem, sendo o caçula Watt o cara mais "contemporâneo" do trio, mas que parece que pegou uma máquina do tempo nos 70's e veio parar no século 21! Vamos dizer background então, você vai identificando na sonoridade essa alma dos anos 70, além de uma pegada atual, abrilhantada pela produção muito boa, de Dave Cobb (Rival Sons, Shooter Jennings), que soube captar a performance da banda, e acredito que soa como eles vão soar ao vivo.


Mais um grande álbum do mestre Hughes, sinônimo de qualidade, e longa vida ao California Breed!

Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: California Breed
Álbum: California Breed
Ano: 2014
País: Inglaterra/EUA
Selo: Frontiers
Estilo: Classic Rock, Hard Rock 70's

Line Up
Glenn Hughes: Baixo e Vocal
Jason Bonham: Bateria e Vocal
Andrew Watt: Guitarra e Vocal

Set List
The Way
Sweet tea
Chemical Rain
Midnight Oil
All Falls Down
The Grey
Days They Come
Spit It Out
Strong
Invisible
Scars
Breathe
Solo (Bônus da edição de luxo, que vem com DVD)




quarta-feira, 5 de março de 2014

California Breed: Nova Banda de Hughes, Bonham e o Prodígio Andrew Watt Divulga Novidades


Depois do fim do Black Country Communion, Glenn Hughes e Jason Bonham trataram de continuar a bem sucedida parceria (afinal, que "cozinha" dos sonhos, Glenn+Jason). Como não foi possível manter a antiga banda, mesmo tendo cogitado a inclusão de outro guitarrista no lugar de Joe Bonamassa, e Zakk Wylde e Joe Satriani foram alguns dos nomes, porém, devido aos compromissos desses, cairiam na mesma questão do Joe Bonamassa, afinal, devido ao guitarrista deixar o BCC em segundo plano, inclusive cancelando shows, é que começou toda a rixa, que causou o fim do grupo.

Pois dupla uniu-se ao jovem e talentoso guitarrista Andrew Watt (Andrew What??? hehehe, impossível não fazer o trocadilho, já que o cara é ainda um desconhecido, pelo menos era, agora nem tanto), que já deixou de ser um desconhecido, formando o "California Breed".


Andrew, segundo um entusiasmado Hughes, é como um "Jimmi Hendrix branco", sendo influenciado por caras como Jimmy Page e John Frusciante, ou seja, dá a entender que une influências clássicas e contemporâneas. O baixista/vocalista ainda declarou que ele e Watt falam a mesma língua, e já co-escreveram várias músicas. 

O auto-intitulado álbum de estreia do California Breed, cuja capa você confere abaixo, será lançado pelo selo italiano Frontiers, na segunda quinzena de maio, foi produzido por Dave Cobb, e deverá conter doze faixas (sendo que a edição de luxo conterá a faixa bônus "Sold" e um DVD com clipes) que seguem abaixo:
The Way, Sweet Tea, Chemical Rain, Midnight Oil, All Falls Down, The Grey, Days The Come, Spit You Out, Strong, Invisible, Scars and Breathe.


Sobre a sonoridade, Hughes diz que é mais pesado que qualquer um dos álbuns do Black Country Communion, e definiria que eles fazem "Rock Swagger" (Rock malandro/fanfarrão), e brinca: "Não quero soar como David (Coverdale), mas esta banda é uma máquina sexual!".

Sobre o tempo com o Black Country Communion, diz não ter arrependimentos, e que serviu para ele voltar a ser um artista de Rock, que era algo que deveria ter feito já desde 1983.

Que ótimo Glenn! Digo como fã, pois, apesar de gostar das influências de Funk e Soul que Glenn se utiliza, prefiro ele nessa veia mais Rocker!! Aguardemos as primeiras amostras!

Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Visite o site oficial da banda: California Breed



sexta-feira, 10 de maio de 2013

Device: Draiman (Disturbed) Recheia CD de Estreia com Nomes Variados da Música Pesada

Nova banda do vocalista lançou em abril "Device"


Não mais um projeto qualquer, o Device, que surgiu a partir do hiato da banda Disturbed e da amizade e ideias de David Draiman (vocal da citada banda) e Geno Leonardo (ex-Filter), já chama atenção no seu autointitulado debut.

“Device” (2013), lançado agora em abril, traz uma proposta calcada no Metal Industrial, obviamente lembrando, em certos momentos, o trabalho do Disturbed, só que com mais efeitos eletrônicos, peso e melodia.

Mas o grande achado do álbum é o time convidado para participar. De nomes clássicos da música pesada mundial, a rostos mais “jovens”, mas também mundialmente reconhecidos.

A primeira é Lzzy Hale (Halestorm), que participa na versão de “Close My Eyes Forever”, música de Ozzy Osbourne e Litta Ford, lá dos anos 80, que, assim como a versão original, não traz grandes atrativos.

A coisa melhora da água pro vinho com a faixa seguinte “Out of Line”, disparada a melhor faixa do disco, seja pelo seus elementos bem industriais, seja pela participação de ninguém menos que Geezer Butler (baixista do Black Sabbath), que deixa seu imponente baixo prevalecer, e Serj Tankian (vocalista do System of a Down), uma real união do moderno com duas lendas do Metal (e o dueto de Serj com David ficou épico).

Tom Morelo (Rage Against the Machine) e M. Shadows (Avenged Sevenfold) também participam, respectivamente, nas faixas “Opinion” (nada mais sugestivo) e “Haze”. Particularmente, não admiro nenhum dos músicos citados, então, pouca atenção me chamou, mas certamente agradará aos fãs das bandas.

Após 16 anos com dedicação total ao Disturbed, David lidera nova banda
Outra grata participação e, confesso, uma grande surpresa, foi Glenn Hughes, que fez história com Deep Purple, passou pelo Black Sabbath, além de carreira solo e outras tantas bandas. Ele canta divinamente (como sempre) em “Through it All” (cuja letra é uma carta de Draiman a sua esposa), minha segunda faixa preferida.

Amizade de anos entre Tankian e Draiman rendeu uma das melhores músicas do ano até agora

Mas o disco não limita-se a boas canções apenas com participações especiais, já que faixas como “Vilify” (single do disco e vídeo que você assiste abaixo), “Hunted” (música composta para ser trilha sonora do filme Underworld) e “A Part of Me” (esta uma das mais pesadas de todo o disco). Cito também “Wish”, tributo a banda Nine Inch Nails e que ficou bem legal.

A Device começou com tudo, num disco de alta qualidade, com composições cheias de energia, críticas e raiva canalizada, tudo isso complementado com grandes nomes da cena Rock/Metal mundial. Ouça sem medo.

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Revisão: Renato Sanson

Ficha Técnica
Banda: Device
Álbum: Device
Ano: 2013 
País: EUA
Tipo: Metal Industrial/Alternativo
Gravadora: Warner Bros. Records

Formação
David Draiman (Vocal)
Geno Leonardo (Guitarra)

Ao vivo
Will Hunt (Bateria)
Virus (Guitarra)



Tracklist
1. You Think You Know
2. Penance
3. Vilify
4. Close My Eyes Forever (com Lzzy Hale)
5. Out Of Line (com Serj Tankian e Terry “Geezer” Butler)
6. Hunted
7. Opinion (com Tom Morello)
8. War Of Lies
9. Haze (com M. Shadows)
10. Through It All (com Glenn Hughes)
11. Wish (Nine Inch Nails Cover)
12. A Part of Me
13. Recover (Bônus)

Acesse e conheça mais sobre a banda

Assista ao vídeo clipe do primeiro single “Vilify”


Ouça “Out of Line” com Tankian e Geezer Butler


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Terceiro Álbum, Terceiro Clássico: Black Country Communion Segue o Grande Trabalho



"Afterglow" segue a onde de grandes álbuns da superbanda
 
Quando do anúncio do supergrupo Black Country Communion aconteceu, muita expectativa se girou em torno do disco de estreia da banda com ninguém menos que Glenn Hughes (vocal e baixo), Joe Bonamassa (guitarra), Jason Bonham (bateria) e Derek Sherinian (teclados), afinal, há muitos anos de história e maestria em cada um desses músicos, remetendo à nomes como Black Sabbath, Deep Purple, Led Zeppelin, Dream Theater, Alice Cooper, Yngwie Malmsteen, dentre outras.

Até agora, tínhamos dois grandes álbuns, “Black Country” (2010) e “2” (2011), que comprovaram aquilo que todos esperavam: que temos uma grande banda com pegada clássica, fazendo a mescla entre o Hard Rock, o Rock progressivo, o Blues e Jazz, assim como o peso do Heavy Metal setentista.

Com um ritmo de um disco por ano, o quarteto soltou em outubro o novo “Afterglow” (2012), e, como não poderia ser, nos deixa mal acostumados, pois é, à exemplo de seus antecessores, mais um disco com a denotação de “clássico”.

Está tudo ali, os elementos que caracterizam o Black Country Communion como, provavelmente, o melhor supergrupo na ativa, que produz bastante, mesmo com seus músicos com outras atividades (por exemplo, Hughes tem sua carreira solo, assim como Bonamassa).

Muito talento num palco só

Falar desses músicos é chover no molhado. Quem não conhece Glenn Hughes e seu trabalho seja lá nos no Trapeze e Deep Purple, bem como sua passagem pelo Black Sabbath ou algum das suas dezenas de participações em bandas e projetos, além, claro, de sua carreira solo de sucesso? Pois, como o vinho que tende a melhorar com os anos, Hughes segue com sua característica voz, caprichando nos agudos, mostrando muito fôlego para um cara de mais de 60 anos de idade!

Glenn e Joe
Mas não é apenas sua estrela que brilha, já que Bonamassa tem arrancado elogios da crítica e dos fãs da guitarra não só de dentro do Rock, como fora, como um dos grandes nomes da atual cena Blues norte-americana, o que, por si só, dispensa mais comentários (basta ouvir seus trabalhos solo para ver que, além de grande guitarrista, é um compositor de mão cheia).

Jason há muito mostrou que não é “apenas” o filho de John Bonham (Led Zeppelin), detona com muita propriedade, sabendo como poucos a utilizar o melhor da bateria (chimbau sensacional), assim como Derek está fazendo um trabalho com os teclados à nível, tendo mais destaque ainda neste álbum, especialmente na melhor faixa do disco, a fenomenal “Midnight Sun”.

E falando nas músicas, as 11 faixas fazem jus aos seus criadores, além de que “Afterglow” conta pela 3º vez com a produção do mais que renomado Kevin “Caveman” Shirley (Iron Maiden, Led Zeppelin, Journey, Rush, Dream Theater, dentre muitas outras), que também está habituado a compor com a banda.

Músicas como “Big Train”, que abre o álbum com energia, a já citada “Midnight Sun”, além de “Cry Freedom” e a faixa-título, são apenas algumas que impressionam pela inteligência e, o melhor, o feeling, algo que poucos grupos conseguem fazer, ainda mais quando correm o risco de sofrer com o tal “egos infladus”, que vemos em muitas dessas uniões. 

O mestre Kevin Shirley com os Mrs Hughes e Bonamassa em estúdio

Quem já conhece, ouve na certeza de mais um grande disco. Quem ainda não deu atenção à este quarteto, deve correr para não perder o trem, já que são três ótimos discos que mostram que o Rock nesta década tem tudo para erguer-se ainda mais.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Black Country Communion
Álbum: Afterglow
Ano: 2012 
País: EUA/Inglaterra
Tipo: Hard Rock/Classic Rock
Selo: Mascot Music

Formação
Glenn Hughes (Vocal e Baixo)
Joe Bonamassa (Guitarrista e Vocalista)
Jason Bonham (Bateria)
Derek Sherinian (Teclados)



Tracklist
1. Big Train
2. This Is Your Time
3. Midnight Sun
4. Confessor
5. Cry Freedom
6. Afterglow
7. Dandelion
8. The Circle
9. Common Man
10. The Giver
11. Crawl

Acesse e conheça a banda

Assista ao teaser do álbum

sábado, 20 de novembro de 2010

GLENN HUGHES: 12 de Dezembro de 2010, a Lenda virá pela primeira vez ao RS!



Um artista, um músico, uma lenda...praticamente dispensa maiores apresentações. O Voice of Rock (título que recebeu muito justamente), mais uma vez vem ao Brasil, e, desta vez, será especial para nós Gaúchos, pois receberemos a visita do mestre pela primeira vez, um dia após o show em São Paulo, Glenn, com a abertura da Venus Attack, sem dúvida nos brindará com um show memorável, trazendo clássicos de sua carreira, seja como artista solo, ou das Bandas e projetos que participou, e é praticamente impossível citarmos todos aqui, então, um breve resumo abaixo!
TRAPEZE: Com 15 anos Glenn já iniciou sua carreira como músico, sendo que o primeiro grande passo foi a formação do TRAPEZE ao lado de Mel Galley (que depois passou por Whitesnake e foi uma das mentes criadoras do Phenomena) e Dave Holland (Judas Priest), formando um Power Trio, que fazia um classic rock com influências da Soul Music, que até hoje é referência, e, que levaria os músicos do grupo a serem reconhecidos e depois fazer parte de formações importantes do Classic Rock e Metal (Deep Purple, Whitesnake, Judas Priest).
DEEP PURPLE:Após o racha do Deep Purple, Glenn, ao lado de David Coverdale, foram efetivados nos postos de Ian Gillan e Roger Glover, trazendo novos horizontes a música do Purple, formando uma das mais poderosas duplas vocais da história, e produzindo clássicos como Burn e Stormbringer, que, provavelmente, ouviremos ao vivo em Porto Alegre.

O último trabalho de Glenn no Purple foi "Come Taste The Band", já sem Blackmore, que devido a alguns desentendimentos, principalmente, dizem, porque Glenn cada vez mais colocava sua influências de soul na música do Purple, mudanças aceitas por alguns outros membros também, mas a partir daí, com a entrada de Tommy Bolin, a Banda seguiu até março de 76, mas o clima já não era o mesmo, agravado pelos problemas com drogas de Glenn e Bolin, quando encerrou as atividades, voltando 8 anos depois com a formação mais clássica, do MK II.
PÓS-PURPLE, carreia solo e passagem pelo Sabbath:Em seu trabalho pós-Purple, Glenn colocou de vez suas influências da música negra, sendo "Play Me Out" seu primeiro trabalho solo, a partir daí, já sendo um músico reconhecido mundialmente, trabalhou com diversos artistas, destacando a parceria Hughes/Thrall(1982), ao lado de Pat Thrall, Gary Moore (Run for Cover), Phenomena (de Mel e Tom Galley, destacando o segundo álbum, que é maravilhoso) e , claro "Seventh Star", do Black Sabbath, que era pra ser um disco solo de Iommi, mas, por várias pressões e fatores, saiu como um disco do Sabbath mesmo.
Nessa época, Glenn estava passando maus lençóis por causa das drogas e álcool, ficando impossibilitado de trabalhar, e quase perdemos mais um grande artista para as drogas, mas com a ajuda de amigos e força de vontade, Glenn deu a volta por cima e voltou em plena forma, fazendo grandes discos, para nossa alegria e para o bem da música

Sem espichar muito a história, finalizo com mais alguns itens que gostaria de destacar na discografia de Glenn, como os do HTP, parceria que já rendeu 03 álbuns (2 de estúdio e um ao vivo) ao lado de Joe Lynn Turner, o cd "Wild Seed of Mother Earth", do Voodoo Hill, com Dario Mollo, o fantástico ao vivo "Burning Japan", os solos "The Way is It" e "Songs in The Key of Rock", um dos meus preferidos, onde Glenn traz à tona sua veia mais Rock e Hard!

Altamente recomendadas também as participações no citado Phenomena, no Nikolo Kotzev's Nostradamus(uma verdadeira pérola do Classic Rock/Hard Rock, do guitarrista Búlgaro) e no excelente "Blood on The Highway", do mago Ken Hensley.

Além do Seventh Star, que apesar de tudo foi um bom disco, a parceria com Tony Iommi rendeu ainda muitos frutos, como o "Fused" e o "1996 Dep Sessions", que tinha ficado engavetado e até vazado, tendo o bootleg sido batizado de "Eight Star".

E ainda esta ano tivemos o excelente Black Country Communion, mais um grande trabalho na discografia do Voice of Rock, e ainda em breve teremos o Hughes/Thrall II, Ufa!!! Agora é esperar para ver o mestre ao vivo e, com certeza, assistir um show que ficará gravado na memória dos presentes, e, se Deus quiser, estarei lá!!!

Caco Garcia

Glenn no Brasil 2010:
Confirmados:

São Paulo, 11/12/2010 , no Carioca Club

Porto Alegre, 12/12/2010, Beco

COMPRE OS INGRESSOS NA TICKET BRASIL!

SITE OFICIAL GLENN HUGHES

MYSPACE DA VENUS ATTACK(BANDA DE ABERTURA EM POA, QUE CONTA COM MIKE , EX-HANGAR, NOS VOCAIS)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

BLACK COUNTRY COMMUNION: SUPERGRUPO! Hughes, Bonamassa, Bonham & Sherinian Juntos!!!



Supergrupo, supergrupo, supergrupo...não vem outra palavra na minha cabeça para este projeto, Black Country Communion (que está para lançar, em 20/09/2010, o seu debut, definido por Hughes como seu trabalho mais forte desde BURN!!! Ouça o single "One Last Soul" que abre nosso ROAD LIST desta semana e tenha um gostinho do CD).

Reunindo nada menos que Glenn Hughes(baixo e vocal), Joe Bonamassa(guitarra), Jason, o filho do Homem, Bonham (bateria) e Derek Sherinian (teclados), a banda é fruto de uma idéia que o produtor Kevin Shirley teve após ver Hughes e Bonamassa juntarem forças no palco, em Los Angeles, em novembro de 2009, detonando uma performance explosiva no evento “Guitar Center’s King of The Blues”. Shirley foi em frente e lançou a idéia a Jason Bonham e Derek Sherinian, finalizando a formação da banda.
O que esperar de uma formação dessas? Classic Rock, Hard, Blues, Alma, Musicalidade, canções geniais e um clássico contemporâneo.

Hughes, “a voz do Rock”, e seu estilo de “Hard, Soul e Funk Rock”, já tendo vendido mais de 100 milhões de álbuns, com mais 80 álbuns de ouro e platina, uma lenda que escreveu seu nome na história do Rock, tocando no Trapeze, Deep Purple e Black Sabbath, só pra citar alguns.


O Black Country Communion tirou seu nome da região industrial da “West Midlands”, Inglaterra, onde Hughes e Bonham nasceram e foram criados. Originalmente o nome da banda era Black Country, mas eles foram forçados a incluírem o “Communion”. “Bem, quando eu joguei no ‘Google’ a frase ‘existe uma banda chamada Black Country’, a resposta foi negativa, mas havia uma ‘Black Country Bash Band’. Então eu disse ‘ok, vamos nos chamar Black Country. É claro, Jason estava dando uma entrevista em Los Angeles, na TV, e logo depois recebemos uma carta desta banda de Baltimore, chamada Black Country.

Então nos últimos três meses nós estávamos tentando negociar um preço para comprar o nome deles, mas eles queriam meio milhão de dólares! Eu lhes disse, muito docemente, ‘vocês são umas porras de loucos!’. Então apenas adicionei a palavra ‘communion’ no fim, e se você olhar para esta palavra, não é um termo religioso, apenas queria ter uma vibração dos anos 60, uma bem sacada última palavra que soasse legal, e ‘communion’ é isto. Eu gosto da palavra ‘communion’. Se você também olhar para o logo, é ‘Black Country’ e na parte debaixo está o ‘Communion’. Eu estive trabalhando neste logo por três porras de meses”, conta o cantor ao site Espy Rock.

Bom, agora é segurar a ansiedade e esperar para conferir o trabalho completo, que está cercado das melhores expectativas e a responsabilidade desses caras é grande, um time desses tem que só marcar golaço!
Algumas faixas já podem ser conferidas no youtube, veja os links abaixo da matéria.

O tracklist do álbum é:

1. Black Country
2. One Last Soul
3. The Great Divide
4. Down Again
5. Beggarman
6. Song Of Yesterday
7. No Time
8. Medusa
9. The Revolution In Me
10. Stand (At The Burning Tree)
11. Sista Jane
12. Too Late For The Sun

VÍDEO ONE LAST SOUL