segunda-feira, 7 de maio de 2012

Resenha de Shows: Festa de Comemoração aos 6 Meses da Loja Mais Rock & Roll do Interior do RS


Sempre louvável quando uma loja que trata de forma profissional o Rock promove eventos para seus clientes e público em geral. A Lugosi Rock Bazar, em Frederico Westphalen (norte do Rio Grande do Sul) completou 6 meses e, para não deixar passar em branco esse semestre, levou até a cidade duas bandas tributo tradicionais.


Tudo aconteceu dia 19 de abril, no Maria Lúcia Pub que, lotado (sem ficar desconfortável) recebeu no seu palco a Acacia Avenui/Iron Maiden Cover (Ijuí/RS) e Fallen (Metallica Cover, de Santo Ângelo) que tiveram o dever de agitar a noite fria que assolava a região.
            
Amigo das bandas, pude conferir desde a viagem que partiu de Santo Ângelo até os shows que trouxeram os maiores clássicos dessas duas bandas importantíssimas da história do Metal.
            
Nem mesmo o recente acidente de Alex “Finckler” Ximú (o show foi numa sexta, o acidente na terça) fez com que a Maiden cover, como é conhecida, cancelasse a apresentação. E que apresentação!
Acacia Avenue é uma das mais tradicionais bandas cover do Iron Maiden do interior do RS
            
Não à toa a banda tem se apresentado por todo Rio Grande do Sul (recentemente tocou em Gravataí, também no RS) e nesse show não fez menos do que está habituada: oferecer aos Maiden maníacos versões bastante aproximadas de clássicos absolutos do grupo, inclusive algumas surpresas, como “Flight of the Icarus”, que a banda original não toca há mais de duas décadas.

A banda trabalha junta há anos e o entrosamento é visível. Mesmo com certa limitação de espaço no palco, a banda agitou o público que, diga-se de passagem, o mais bonito e participativo que vi nos últimos tempos o/.

Fallen está em processo de composição de material próprio

Depois de quase duas horas de show, a Fallen entra em cena para agradar aos fãs de Metallica. Infelizmente, a banda está como um trio que, embora agite e execute as músicas bem, faz sentir falta de um segundo guitarrista e um vocalista empunhando guitarra. Não que Daniel (vocal e baixo) não dê conta do recado (inclusive agitando bastante a galera), mas seria mais interessante uma formação mais semelhante à banda original (o que não vem ao caso agora, já que a banda está compondo seu próprio material). O guitarrista James Patrcik assegura a onda na sua guitarra, mas a falta de uma segunda se faz sentir especialmente durante os solos, que deixam o som meio vazio.
            
Um grande destaque foi a Fallen tocar “The Day That Never Come”, que não vemos outras bandas da região executando, além, claro, dos clássicos como “Creeping Death”, “Master of Puppets” e “The Four Horsemen”.
            
Parte do público na frente do palco
Toda essa sonzeira aí regada com muita cerveja boa e gelada, público animado e um ambiente bastante propício para eventos como o que aconteceu nessa noite.
            
A verdade é que o público da pequena Fred West marca presença maciça nos shows da cidade (vale lembrar que em 2009 receberam lá ninguém menos que Paul Di’anno, ex-Iron Maiden, com o segundo maior público da turnê brasileira) e, graças ao Luiz Carlos (Fuga) e seus apoiadores, a cidade tem eventos de qualidade e um público marcante de grandes amigos e ótimas histórias.
            
Se depender da equipe Road to Metal, estaremos sempre apoiando os eventos da cidade e, com sorte, estaremos conferindo de perto os próximos eventos (vem aí Holiness e nova edição do Na Mira do Rock).

Stay on the Road

Texto: Euardo Cadore
Fotos: Road to Metal

Veja mais fotos das bandas e público clicando aqui.

sábado, 5 de maio de 2012

Woslom: Um Clássico Absoluto



Thrash Metal agressivo, atual, mas com todas as características do bom e velho Thrash oitentista, estou falando do álbum de estreia da banda paulista Woslom, que lançou de forma independente no ano de 2010, o já clássico “Time to Rise”.

Formado em 1997 o Woslom trilhou um caminho árduo até lançar seu debut, que chegou em 2010 para fazer um estardalhaço entre os thrashers de plantão, pois o que ouvimos em “Time to Rise” é um disco muito bem gravado e produzido dando o ponto certo às composições.

Com um Thrash Metal calcado na escola americana da Bay Area e principalmente influenciado pelos norte americanos do Metallica, temos composições longas, complexas e muito cativantes sem soar cansativo em nenhum momento, como podemos ouvir em “Time to Rise” (1° videoclipe da banda) que abre o álbum de forma soberba com riffs inspiradíssimos e com uma cozinha destruidora comandada por Francisco "Chicão" Stanich Jr. e Fernando Oster.


Também temos a épica e não menos agressiva “Power and Misery” com uma aula de riffs cortantes e com Silvano Aguilera (guitarra/vocal) dando um show nos vocais, remetendo aos tempos gloriosos de James Hetfield no final dos anos 80.

“Mortal Effect” (novo videoclipe) vem no mesmo embalo com riffs e solos esmagadores, com uma pegada incrível, mostrando muita técnica com um refrão simples, mas grudento que com certeza irá fazer a festa dos bangers nas rodas.

A banda Woslom está no meio de sua primeira tour europeia
E para alegria de qualquer thrasher que acompanhou os anos dourados do estilo temos “Checkmate”, mostrando uma verdadeira aula de como tocar Thrash Metal em seus mais de 9 minutos, com riffs e solos espetaculares, sem contar à cozinha que mostra um equilíbrio fantástico.

Dizer que “Time to Rise” já é um clássico do estilo não é nenhum exagero, pois o que esta banda conseguiu transmitir no seu álbum de estreia, agradará até mesmo o fã mais exigente.


Texto: Renato Sanson
Edição/Revisão: Renato Sanson
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Woslom
Álbum: Time to Rise
Ano: 2010
País: Brasil
Tipo: Thrash Metal
Selo: Independente


Formação

Silvano Aguilera (Vocal/Guitarra)
Rafael Iak (Guitarra)
Francisco "Chicão" Stanich Jr.  (Baixo/Vocal)
Fernando Oster (Bateria)


Track List

1. Time to Rise
2. Soulless (S.O.T.D.)
3. Power and Misery
4. The Deep Null
5. Mortal Effect
6. Despise Your Pain
7. Downfall
8. Checkmate
9. Beyond Inferno


Acesse e conheça mais a banda

Assessoria: Metal Media

sexta-feira, 4 de maio de 2012

América do Sul é Iron Maiden: Lançado DVD Gravado no Chile

"En Vivo!" é o primeiro DVD da banda inglesa gravado na América do Sul fora do Brasil


Em 2001 o Iron Maiden estava acabando sua turnê “Brave New World Tour”, que divulgava o primeiro disco depois da volta de Bruce Dickinson (vocal) e Adrian Smith (guitarra) e aportaram, para último show, no Rio de Janeiro, na terceira edição do Rock in Rio. Desse espetacular show, tivemos um DVD/CD duplo, que mostrou ao mundo (como nunca antes) a força do nosso público [Nota do editor: Em 1985 a banda tocou na primeira edição que foi gravada, mas só foi lançada oficialmente há alguns anos atrás].

Depois vieram DVDs gravados na Alemanha (“Death on the Road” de 2004) e um geral pelo globo (“Flight 666” em 2009), até a banda sair em turnê de divulgação de seu recente “The Final Frontier” (2010) e voltar mais uma vez para vários shows na América do Sul.

Dave Murray (esq.) e Adrian Smith (dir.) mantendo as guitarras uníssono desde 1981
Embora tenha se apresentado em seis datas aqui no Brasil, desta vez foi o público de Santiago, capital do Chile, merecedor de ser o protagonista do novo DVD lançado agora, “Em Vivo! Live at Estádio Nacional” (2012), show realizado um ano antes.

 O DVD duplo traz a qualidade indiscutível dos DVDs da banda. A grande novidade e diferencial é o uso de várias câmeras simultâneas, ou seja, boa parte das cenas apresentam várias quadrantes focando em cada integrante e/ou no público, tudo ao mesmo tempo, algo não feito ainda pela banda.

Bruce Dickinson comandando o público, como sempre

O set list é o regular da turnê, trazendo os sempre presentes clássicos como “The Trooper”, “Fear of the Dark”, “2 Minutes to Midnight” e “Iron Maiden”, mas destacando, claro, as novas composições (executaram 5 do novo disco) e retomando duas músicas “esquecidas” das últimas turnês, “The Wicker Man” e “Blood Brothers”, ambas do “Brave New World” (2000), sendo que a primeira traz um riff inicial tocado pelo Adrian Smith diferente da versão original e, mesmo não sendo tão empolgante quanto a versão gravada no Rio, é um dos pontos altos (principal hit da última década da banda). Já em “Blood Brothers”, coube uma declaração emocionante de amor aos fãs, capitaneada pelo Bruce, que lembrou (à exemplo do restante da tour) os problemas com os fãs no Japão e em nações conflituosas (Egito, Líbia, etc).

Cena do DVD, com as câmeras simultâneas 

O primeiro DVD traz o show. Já o segundo traz além do vídeo clipe de “The Final Frontier”, o making of do mesmo. Ponto alto é o cuidado nas legendas, presente em várias línguas, incluindo a portuguesa.
            
Mas o grande destaque desse DVD extra é o documentário de mais de uma hora e meia sobre a turnê, dando clara ênfase à produção da mesma, com pouca participação da banda, sendo notório a homenagem que fizeram à imensa equipe de envolvidos que possibilitaram que a banda realizasse duas voltas ao redor do globo com o “Ed Force One” (avião da banda).
            
O gigante Eddie foi usado em poucos shows. No destaque, o líder Steve Harris (Baixo). Foto: Victor Millanao
Ficamos conhecendo como o avião foi preparado, como ele transporta as cargas, conhecemos quem são os técnicos pessoais de cada integrante, quem é responsável pelas luzes, som e vestimenta da banda, como a banda monta seu set list, e muito mais.

Chilenos fanáticos pelo Maiden
Única coisa que me chateou foi a não menção dos shows de Curitiba e Rio de Janeiro (este que foi adiado devido à problemas na grade no inicio do show). Estando eu no primeiro e vendo que a produção filmava, esperava que algo aparecesse, como apareceram sobre os shows em São Paulo e Belém.
            
De maneira geral, “Em Vivo!” mais se destaca especialmente pela forma que foi editado, além, claro, de trazer músicas como “The Final Frontier” (e sua introdução doida), “El Dorado” e “When the Wild Wind Blows” (que a banda conta que entrou no set list unanimemente) pela primeira vez.

Mas, com certeza, o carinho e fanatismo dos fãs chilenos são o foco do disco, mostrando que se antes o Brasil era referência em termos de público, agora toda a América do Sul mostra seu amor pela banda, que tem tocado nas últimas turnês nos nossos vizinhos Argentina, Colômbia e, claro, Chile. A América do sul é do Iron Maiden e o público prova isso mais uma vez.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Iron Maiden
Álbum: Em Vivo! Live at Estádio Nacional, Santiago
Ano: 2012
País: Inglaterra
Tipo: Heavy Metal
Gravadora: EMI

Formação
Bruce Dickinson (Vocal)
Steve Harris (Baixo e Vocal de Apoio)
Dave Murray (Guitarra)
Adrian Smith (Guitarra)
Janick Gers (Guitarra e Violão)
Nicko McBrain (Bateria)



DVD I (120 minutos)
01. Satellite 15
02. The Final Frontier
03. El Dorado
04. 2 Minutes to Midnight
05. The Talisman
06. Coming Home
07. Dance of Death
08. The Trooper
09. The Wicker Man
10. Blood Brothers
11. When the Wild Wind Blows
12. The Evil That Men Do
13. Fear of the Dark
14. Iron Maiden
15. The Number of the Beast
16. Hallowed Be Thy Name
17. Running Free

DVD II (extras 102 minutos)
Documentário “Behind the Beast” (90 minutos)
Vídeo versão do director “Satellite 15... The Final Frontier”
Making of “The Final Frontier Video”
Introdução “The Final frontier World Tour”

Saiba onde comprar o DVD/CD clicando aqui.
Assista trailer do DVD


Veja o trailer do documentário "Behind the Beast"


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Aborted: Transitando Entre Melodias e Podreiras



Confesso que demorei em fazer essa resenha isso por um motivo em especial se tratando de Aborted sou um fã bastante old school, então desde que o som começou a caminhar por produções mais cristalinas, acabei me afastando um pouco do grupo.

Quando foi revelada a capa de “Global Flatline”, logo pensei em uma volta as raízes, mas quando fui ouvir uma música percebi que a produção estava ainda mais cristalina e acabei deixando o álbum de lado. Pois bem, fugindo do carnaval, peguei esse CD para ouvir mais algumas vezes e agora posso dizer como é bom quebrar a cara, pois o Aborted acabou de fazer mais um massacre transitando entre o Death Metal mais cru, referência ao som de Gotemburgo e o nosso tão amado Grindcore.

Logo de cara três fatores chamam a atenção: as participações especiais logo nas faixas mais legais (entenda brutais) “Источник Болезни (The Origin of Disease)”, que ganhou um vídeo e conta com a participação de Julien Truchan (Benighted); “Vermicular, Obscene, Obese”, com um refrão que gruda na cabeça fácil, com a participação de Trevor Strnad (do The Black Dahlia Murder); “Our Father”, “Who Art Of Feces” (belo titulo) com Keijo Niinimaa do Rotten Sound e, para completar o clima de all star do Metal Extremo, Jason Netherton do Misery Index dá as caras em “Endstille”, uma faixa bem arrastada que não perdeu a mão na brutalidade, fechando o álbum com um discurso de Robert Oppenheimer, o pai da bomba atômica usada na segunda guerra, a Little Boy (Death Metal também é cultura).


O segundo destaque vai para a capacidade criativa e principalmente técnica de todos os músicos, desde o novato Ken Bedene (ex-Abigail Willians) e J.B. Van Der Wal com uma cozinha cortante (ouça “Fecal Forgery”), até a dupla de guitarras de Mike e Eram que conseguem encaixar melodias de guitarras lembrando a escola de Michael Amott (Arch Enemy). 

Já o vocal é um caso a parte, pois existem vocalistas que se limitam a gritar, outros a berrar e mais alguns que parecem um porco no matadouro. Só que Svencho consegue alternar os três, impossível não se impressionar com esse belga maluco.

E o terceiro destaque vai para a parte lírica com momentos de puro amor e poesia, letras que você pode cantar pra namorada ou para sua vovó que deixarão todas elas muito felizes com pérolas do naipe de:

Prolongar a-enriquecer o fedor/escoriação bacteriana lançando um aroma tão doce”. Vai dizer que isso não foi romântico??


Sendo assim, o Aborted consegue fazer um trabalho moderno e respeitando suas raízes e, o mais importante, salvando meu carnaval de tantas porcarias que rolam na mídia. Não deixe de ouvir um dos trabalhos mais sanguinolentos  lançados até agora.


Texto: Luiz Harley
Revisão/Edição: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Aborted
Álbum: Global Flatline
Ano: 2012
País: Bélgica
Tipo: Death/Grindcore  


Formação
Sven ‘Svencho’ de Caluwé (Vocal)
Eran Segal (Guitarra)
Mike Wilson (Guitarra)
Ken Bedene (Bateria)
J.B. Van Der Wal (Baixo)



Participações especiais:
Julien Truchan (Vocais na faixa 3)
Trevor Strnad (Vocais na faixa 7)
Keijo Niinimaa (Vocais na faixa 11)
Jason Netherton (Vocais na faixa 12)





Tracklist
01. Omega Mortis
02. Global Flatline
03. Источник Болезни (The Origin of Disease)
04. Coronary Reconstruction
05. Fecal Forgery
06. Of Scabs and Boils
07. Vermicular, Obscene, Obese
08. Expurgation Euphoria
09. From a Tepid Whiff
10. The Kallinger Theory
11. Our Father, Who Art of Feces
12. Grime
13. Endstille



Acesse e conheça mais a banda

Confira o teaser do álbum




Confira o clipe de "Источник Болезни (The Origin of Disease)"

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Zilla: A Evolução do Undeground

Nas últimas décadas o nosso undeground vem se especializando e por mais que alguns vocalistas afrescalhados venham querer meter pau é evidente que nossas bandas não devem nada para ninguém, tanto em termos como sonoridade, produção quanto na arte gráfica.

Banda do Distrito Federal
Prova irrefutável do que estou afirmando é o primeiro CD oficial da banda Zilla “Pragmatic Evolution” (2010) que, por mais que seja um trabalho recente, apresenta todos os aspectos para poder ser chamado de clássico. 


Para quem não está lembrado, a banda Zilla já apareceu aqui no Road na época que estávamos apresentando as bandas vencedoras das etapas do Wacken Metal Battle Brasil e nesse texto o redator já deixava claro que o trabalho em si era de uma qualidade impressionante, não é por menos que a banda saiu vencedora dessa etapa, onde estava disputando com grandes nomes como Mork e Bruto. Porém estávamos em divida com os bangers, afinal de contas esse trabalho merecia muito mais atenção por parte de todos que apreciam música extrema.



Na época dessa gravação a Zilla era composta por Lucas (vocal) Mark Nagash (guitarra e vocal), Roberto Bodão (guitarra), Wagner (baixo) e Victor (bateria) sendo que Nagash ainda é responsável por toda a arte gráfica que casa perfeitamente com a temática das letras que também são da alcunha do guitarrista. 



Já a produção ficou a cargo do produtor Caio Duarte (vocalista do Dynahead) e, vamos ser justos, esse cara é um baita produtor, pois ele consegue manter as raízes do estilo ao mesmo tempo que apresenta uma sonoridade moderna, comparável ao nível das produções europeias.


Mas é claro que nada disso ajudaria se a sonoridade fosse fraca e nesse quesito é que o Zilla mostra todo o seu potencial, apresentando uma sonoridade que permite passear entre o Death, Thrash e o Prog Metal lembrando desde os melhores momentos das crias vindas de Gotemburgo (como Arch Enemy), aliado aos momentos mais violentos do Death norte-americano (como Death).


Não existe nesse trabalho nenhuma faixa fraca. Cada uma possui um destaque e a cada audição mais e mais detalhes acabam sendo revelados, como as guitarras cortantes de “Neverending Violence” e “Down The Edge” (que paradinha é essa?). A faixa-título mostra porque tem a honra de nomear esse petardo, sem dúvida um hino da banda que ao vivo deve ser mortal. Ainda temos as contagiantes “Inner Vision”, “Massacre” e “Comfortable Pain”, só para citar algumas.


Irreparável! Esse é o melhor adjetivo para nomear essa obra vinda diretamente da nossa capital federal, e o melhor de tudo, a banda nos presenteou recentemente com um EP disponível para download “Misrule” que apresenta a banda ainda mais entrosada, ficou curioso? Então fique ligado em breve Zilla em entrevista exclusiva para o Road to Metal!



Texto: Luiz Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore / Renato Sanson

Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Zilla
Álbum: Pragmatic Evolution
Ano: 2010
País: Brasil 
Tipo: Death Metal Melódico
Gravadora/selo: Independente 

Formação
Lucas (Vocal)
Mark Nagash (Guitarra e Vocal)
Roberto Bodão (Guitarra) 
Wagner (Baixo)
Victor (Bateria)



Tracklist
01.
Intro - Disconnection
02. Neverending Violence
03. Down The Edge
04. Comfortable Pain
05. Pragmatic Evolution
06. Day To Crawl In Darkness
07. Inner Vision
08. March To The Abyss
09.
Massacre
10. Nothing But Chaos
11. Outnumbered

Assista a banda tocando na seletiva Wacken Metal Battle


terça-feira, 1 de maio de 2012

Resenha de Shows: Tarja Turunen e Seu Retorno Magistral à Porto Alegre (04/04/2012)

4 anos após seu primeiro show, Tarja Turunen volta à capital gaúcha em belíssimo show


Numa quarta-feira, 4 de abril, o Bar Opinião (Porto Alegre/RS) recebia a presença da ilustre soprano finlandesa Tarja Turunen (ex-Nightwish) e sua banda. Depois de quatro anos sem a cantora pisar em terras gaúchas, deixando-nos quase sem esperança da vinda dela nesse finalzinho de turnê, ela volta com tudo para matar a saudade dos fãs.

Os shows no Brasil encerram a turnê de divulgação do seu último álbum solo “What Lies Beneath” (2010). Os músicos que a acompanharam foram: Mike Terrana na bateria (Masterplan, Savage Circus, ex-Rage, ex-Malmsteen), Christian Kretschmar nos teclados (Schiller), Kevin Chown no baixo (ex-Tony Mac Alpine, ex-Tiles), Alex Scholpp na guitarra (ex-Farmer Boys) e Max Lilja no cello (Hevein, ex-Apocalyptica).

Grande momento do show da Noctis Notus: dueto em Phantom of the Opera

A banda encarregada da abertura desta noite tão esperada foi a Noctis Notus, com Juliana Novo (ex-Dremora) nos vocais e seus convidados Alisson Martinho (Onigattai, Call Me The Breeze), Matheus Souza (Crucifixion BR), Marco Strapazon (Hell's Keeper), Geovane Lacerda (A Sorrowful Dream), Diogenes Lima (Opus V, de São Paulo).

Os vocais líricos de Juliana Novo mesclados com os elementos de Trash Metal da banda agitaram a noite e mostraram que a Noctis Notus estava naquele palco mais do que merecidamente. Além das músicas próprias, a banda colocou o Opinião inteiro a cantar junto com eles, tocando dois covers. O primeiro foi “Emphasis” do After Forever, e para o segundo cover da noite, a banda contou com a presença de André Nascimento para um dueto incrível, na performance de “Phantom Of The Opera”. Foi um momento único da noite, e arrisco dizer que até a própria Tarja se arrepiou.

Tarja deu grande ênfase à carreira solo


Passando pouco das 22hs, Tarja entra no palco abrindo o show com “Anteroom Of Death”, e mesmo que haja controvérsias sobre a simpatia da cantora, ao menos quando está no palco, carisma é o que não falta. Antes de prosseguir com “My Little Phoenix” ela arrisca umas palavrinhas em português. Com o público ainda aos berros o show continua com “Dark Star”, o baixista Kevin Chown dá show nos vocais masculinos originalmente interpretados por Doug Wimbish.

Depois de “Falling Awake” e da clássica “I Walk Alone”, Mike Terrana nos apresenta seu incrível solo de bateria, certamente o melhor que eu já presenciei.

Com figurino trocado e energia renovada, a deusa volta ao palco com “Little Lies”, seguida da primeira balada da noite “Underneath”.

Banda preparou set acústico que abrilhantou o show

Em seguida é hora de relembrar os anos dourados da cantora na banda Nightwish com nada menos que “Bless The Child”, enlouquecendo aos fãs de carteirinha e proporcionando o que provavelmente foi o ponto alto da noite.

Com os fãs ainda se recuperando, monta-se o palco para a performance acústica. O combo nos trouxe “Rivers of Lust/Minor Heaven/Montañas de Silencio/Sing for Me/I Feel Immortal”.

Surpreendendo-nos, Tarja nos presenteia com uma canção nova, a “Never Enough”. Tocada em apenas alguns shows, a música provavelmente será gravada em seu trabalho futuro. E assim, depois da forte “In For A Kill”, Tarja relembra mais um pouco do passado com “Over The Hills and Far Away”, outro clássico do tempo da cantora na banda Nightwish.

Tarja e banda se despedem do público gaúcho

Na finaleira do show temos “Die Alive” e “Until My Last Breath”, encerrando a mágica noite.

Tarja deixa cada vez mais claro que não precisa carregar mais o nome do Nightwish, e vai conquistando uma legião de fãs cada vez maior.

Texto: Izabella Balconi
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Road to Metal

Setlist Noctis Notus
Scarlet Storm
Damned Room
Emphasis (After Forever)
Martyrs And Madmen (Dremora)
Phantom Of The Opera (Nightwish)

Setlist Tarja Turunen

Anteroom Of Death
My Little Phoenix
Dark Star
Falling Awake
I Walk Alone
Drum solo
Little Lies Band
Little Lies
Underneath
Bless the Child (Nightwish)
Rivers of Lust/Minor Heaven/ Montañas de Silencio/ Sing for Me/ I Feel Immortal
Never Enough
In For A kill
Over the Hill and Far Away (Bightwsih)
Die Alive
Until My Last Breath