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sábado, 29 de outubro de 2022

Cobertura de show – Helloween & Hammerfall (09/10/2022 – Espaço Unimed – SP)



Fim de ano batendo na porta e as expectativas para 2023 só aumentam nos próximos 2 meses que restam pra acabar o ano. Isso significa que 2022 já deu o que tinha que dar? Nem pensar! Após uma terrível pandemia, dificuldades econômicas e logísticas para trabalhar com entretenimento aqui no Brasil, os shows voltaram com força total, e até o fim do ano teremos muitas atrações imperdíveis para apreciarmos. 

Pra começar o mês de outubro com os dois pês no peito, a Mercury Concerts trouxe a São Paulo dois gigantes do Power Metal mundial. Sim, estou falando dos alemães do Helloween e dos suecos do Hammerfall com a United Forces Tour pra duas datas (08/10 e 09/10) no acessível Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas), que teve a perna brasileira iniciada no dia 06/10 (quinta feira) em Ribeirão Preto, cidade que se tornou o novo ‘point’ de shows internacionais. 

Segundo amigos e colegas que estiveram presentes no show de sábado, a casa estava abarrotada de gente que mal dava pra se mexer. E isso era de se esperar, pois nesse dia, especificamente, o show estava totalmente ‘sold out’, sobrando poucos ingressos pra quem quisesse ir no domingo.

Quem foi no sábado não precisou se preocupar em levar guarda-chuva devido ao tempo ensolarado, porém os que foram no domingo (e para este que vos escreve) teve que enfrentar a forte chuva para chegar até o local. Muitos chegaram quase em cima da hora da primeira atração e alguns, que queriam repetir a dose do dia anterior, desistiram por conta do tempo. 


Hammerfall, We Will Prevail!


Deixando de lado a parte ruim do dia, vamos focar nos shows. Previsto pra começar às 18hrs, o Hammerfall teve um atraso de meia hora pra subir no palco, o que também aconteceu no show passado.

Confesso a todos que não era um fã exímio deles, apesar de gostar de uma coisa aqui e outra ali. Mas há vésperas do show, fui escutando alguns trabalhos pra criar vergonha na cara. A casa logo foi bombardeada ao som das guitarristas bem na linha Judas Priest – e de outros grandes nomes do Heavy Tradicional – quando Joacim Cans (vocal), Oscar Dronjak e Pontus Norgren (guitarras), Fredrik Larsson (baixo) e David Wallin (bateria) entraram com “Brotherhood”, faixa do mais recente disco, “Hammer Of Dawn”. 



Apesar de ser uma banda veterana já quase beirando 30 anos de carreira, para alguns o Hammerfall era uma novidade, por incrível que pareça. E a impressão que dava é que pessoal curtiu mais eles do que a atração principal, mas isso vai do gosto de cada um.



A oportunidade de eles estarem ao lado de um grande expoente do estilo (que é o Helloween) deu a chance de ganhar mais fãs no Brasil e na América Latina, além, claro, te entregar o melhor show de Heavy Metal possível tanto na questão musical e carisma em que cada membro transmitia, que vamos abordar um pouco sobre logo abaixo. 



Joacim era um dos que mais chamava atenção pelo seu forte poder de se comunicar com o público. A empatia era tanta que ele perguntava e pedia pra que todos levantassem as mãos quem estava assistindo o Hammerfall pela primeira vez (a maioria, obvio!), e como era o segundo e último show em solo brasileiro, ele também fez questão de querer saber quem estava presente de novo, já que na noite passada também teve várias pessoas que estavam vendo a banda pela primeira vez.



Norgren sempre mostrava uma feição bem-humorada e risonha, já o outro guitarrista e fundador Oscar Dronjak não parava um minuto, principalmente quando era vez de tocar com a sua invejável guitarra em forma de martelo. 

No rápido set de 11 faixas, destaco a pesadíssima “Any Means Necessary”, “The Metal Age”, “Hammer Of Dawn” (outra do novo álbum) “Last Man Standing” e o medley matador de “Hero’s Return / On the Edge of Honour / Riders of the Storm / Crimson Thunder”, com Joacim manado da bandeira do Brasil amarrada no seu pedestal de microfone.

Outro momento épico ficou por conta de “Let the Hammer Fall”, onde Joacim anunciou falando só as três primeiras palavras, deixando o público terminar respondendo “Fall”; “(We Make) Sweden Rock” teve toda iluminação em azul e amarelo em homenagem ao país natal, encerrando com a clássica “Hearts on Fire”.



A única mudança do show de sábado para o domingo foi a substituição de “Renegade” para “Blood Bound”, mas que não fez diferença nenhuma. O show superou as expectativas de quem esperava um simples show de Heavy Metal. Depois dessa última vinda dos suecos, a moral com nós, brasileiros, só aumentou com tudo o que entregaram nas duas noites em SP. 



It's Helloween!!


Logo que o Hammerfall saiu do palco, a enorme cortina – com o logo do Helloween – cobriu toda a parte frontal do palco para que septeto pudessem entrar no horário combinado. Dito e feito! Às 20hrs, as cortinas se abriram mostrando a arte que está caracterizada no último e homônimo disco no telão gigante. Não precisou nem de muito e nem de pouco para que a emoção do público fosse assaltada quando Michael Kiske e Andi Deris (vocais), Kai Hansen, Michael Weikath e Sascha Gerstner (guitarras), Markus Grosskopf (baixo) e Dani Löble (bateria) iniciarem o show com a épica “Skyfall”. 


A música, que está caminhando a passos largos a se tornar um clássico, transpareceu toda grandiosidade desta nova história que esses gigantes do Power Metal (ou Metal Melódico) estão vivendo desde que Deris (atualmente o detentor da marca Helloween) teve a brilhante ideia, em 2016, de unir forças com Kiske e Hansen para o que seria somente uma turnê, mas que agora voltaram a ser membros efetivos depois do grande ‘boom’ que teve a Pumpkins United. 

Dali por diante, o set foi alternando entre clássicos que marcaram a carreira da banda e músicas novas. O público não se conteve a loucura quando os riffs iniciais de “Eagle Fly Free” saiu da guitarra de Weikath, que teve direito a explosão de serpentinas quando Kiske entrou em ação nessa que é uma das músicas que exige muito do seu vocal, principalmente no refrão. Podem passar anos e anos que ele não vai precisar de esforço nenhum, pois no auge dos seus 54 anos, o timbre vocal continua o mesmo dos álbuns que lhe colocaram como um dos grandes vocais do Metal, como “Keeper of the Seven Keys”.

Quem estava assistindo ao show no lado esquerdo da pista, deu pra ver um dos membros da equipe da banda curtindo o som que até o Kiske entrou na onda dele.



O intenso som de baixo de Grosskopf indicou que a próxima da noite seria a contagiante “Mass Pollution”, trazendo novamente Deris ao palco, e que ficou ainda melhor ao vivo graças ao refrão latejante. Kiske voltou a dar as caras em “Future World”, que deixou o público a vontade pra cantar os primeiros versos da música, tanto que um dos membros da equipe da banda levantou um enorme pedestal pra poder captar bem o ambiente sonoro da pista premium. Incrível né? 

Ainda sob o deleite de clássicos, “Power” elevou a euforia dos presentes, fazendo bonito com o tradicional ‘Oh, Oh, Oh’ durante as harmonias de guitarra do Sascha, Hansen e do Weikath, encerrando a primeira metade do set com a melódica “Angels” (mais uma do último álbum), que entrou no lugar de “Save Us”, executada no show de sábado. 



Deris fez as honras de chamar o cara que desenhou o início da vida do Helloween, ninguém menos que Kai Hansen pra comandar um bárbaro medley de “Metal Invaders”, “Victim of Fate”, “Gorgar” e “Ride the Sky”. As duas primeiras ele focou somente em cantar, mas o restante encarregou-se de pegar a sua ilustre guitarra vermelha.

Esse cara merece todo respeito do mundo não só por ser um dos membros fundadores, mas por ter criado um dos sub-gêneros mais populares dentro do Metal que é o Power Metal, por isso faz jus ao status de lenda. E o que dizer da disposição e vigor que ele teve nesse medley, que logo foi emendada com “Heavy Metal (Is the Law)”? Não é pra qualquer um. 

Com uma hora de show concluída, Kiske e Deris tomaram o centro do corredor para relembrar que, naquele local, em 2017, foi gravado cenas do último DVD/Blu-Ray, “United Alive”. Tendo a presença somente dos dois, Sascha ao fundo e a galera com os flashs de seus celulares acesos, indicava que a balada “Forever and One (Neverland)” seria a próxima música, que deve ter tirado lagrimas de muita gente. Essa música ganhou muito mais pompa e alma em forma de dueto, sendo outro grande feito após o retorno do Kiske a banda. 



Após os solos de guitarra do Sascha, a banda aproveitou pra executar mais uma do último disco, a dançante “Best Time”, pra logo voltar no formato que iniciou o show (tendo todos os integrantes todos reunidos novamente) com a icônica “Dr. Stein” e da equina “How Many Tears” – essa Dani Löble despojou toda a sua raiva tocando que nem um cavalo, assim como foi o show inteiro. 

Sob os gritos de “Happy, Happy, Helloween”, o BIS abriu com a elegante “Perfect Gentleman”, destacando o trajado de mágico do Deris e a performance do mesmo, que sempre caminhava ao ritmo da música. Chegando perto do final, “Keeper Of The Seven Keys” que, pra mim, é a melhor música da história do Helloween e a que melhor define o que conhecemos hoje de Power Metal.



Com certeza o coração de todos foi purificado do primeiro até o último minuto deste grande clássico. Em seus momentos derradeiros, teve aquela tradicional apresentação dos membros. Mas foi uma apresentação diferente das que estamos acostumados a ver de outras bandas: Deris iniciou apresentando Kiske e o Kiske apresentando Deris, passando a bola pra Hansen apresentar Dani Löblen, Weikath e Sascha Gerstner após terem ido ao backstage.

Nessa saída de cada membro e troca de figurinhas que Sascha apresentou e dispensou (no bom sentido) Hansen e Markus Grosskopf para poder curtir a vibe do publico tocando as melodias iniciais que antecede a canção. 



Por fim, o ‘grand finale’ ficou com a emblemática “I Want Out”, com direito a explosão de papel picado nos momentos finais. 

A notoriedade do Helloween sempre esteve no alto, independente de quem estivesse na banda. Mas quando a união faz a força, como sugere o nome da turnê, o sarrafo sobe lá no alto. E isso não só deixou os fãs mais antigos felizes, mas também abriu o caminho para lograr fãs novos e faze-los com que eles queiram comparecer nos shows sem pensar duas vezes. Se essa formação continuar até o fim da vida, todos os shows será ‘sold out’, porque o prazer de ver o Kiske e o Deris cantando juntos, a energia do Hansen e a coesão dos demais integrantes é incomensurável. 

Falei tanto que até esqueci de evidenciar outro detalhe importante, que é a produção de palco. A abobora gigante, que contornou e elevou a bateria de Dani Löblen, foi a novidade desta terceira vinda da atual formação, além do enorme telão (como destacado no começo deste texto) em alta definição mostrando imagens relacionadas a cada música do setlist. 

São Pedro pode não ter dado trégua no dia, mas por um lado fomos brindados com dois shows memoráveis de Heavy Metal.  

Texto: Gabriel Arruda 

Edição/Revisão: Carlos Garcia

Fotos: André Tedim | Instagram: @andretedimphotography


Produção: Mercury Concerts 

Assessoria de imprensa: Catto Comunição 


Hammerfall

Brotherhood

Any Means Necessary

The Metal Age

Hammer of Dawn

Blood Bound

Last Man Standing 

Hero’s Return / On the Edge of Honour / Riders od the Storm / Crimson Thunder

Let the Hammer Fall

(We Make) Sweden Rock

Hammer High

Hearts on Fire



Helloween


Skyfall

Eagle Fly Free

Mass Pollution

Future World

Power

Angels

Metal Invaders / Victim of Fate / Gorgar / Ride the Sky

Heavy Metal (Is The Law)

Forever and One (Neverland)

Best Time

Dr. Stein

How Many Tears

***Encore***

Perfect Gentleman

Keeper of the Seven Keys

***Encore 2***

I Want Out 


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cobertura de Show - Edguy, Hammerfall & Gotthard em Porto Alegre/RS (06/12/14)




Dia 06/12/14 (sábado) marcava o retorno das bandas Edguy e Hammerfall a Porto Alegre, depois de 7/8 longínquos anos. E de quebra teríamos os suíços do Gotthard, para completar a festa com seu Hard Rock de primeira qualidade.

A indecisão.

Primeiramente o evento seria no Bar Opinião, e algumas semanas antes foi anunciado o praticamente Sold Out dos ingressos, surgindo a possibilidade de transferência do mesmo para o Pepsi On Stage caso a procura continuasse grande.

Porém a mudança em primeira estância não houve, mas após uma interdição do Bar Opinião pela prefeitura por “poluição sonora”, foi decretado que o show passaria a ser no Pepsi. O que foi visto por muitos como uma ótima noticia, pois teríamos três bandas de renome e o Opinião lotado não é o melhor lugar para se ver o show.

Porém dias antes do “mini festival” temos o anuncio que o show voltaria para o Bar Opinião, já que o mesmo teria conseguido a liberação para funcionar normalmente. O que gerou a alegria de uns e descontentamento de outros.

O inferno.

Ao chegar no Opinião já víamos uma fila quilométrica, que passavam varias quadras indicando que a casa estaria lotada, o que de fato seria preocupante. Os portões abriram por volta das 16h, já que o Gotthard subiria ao palco exatamente às 17h.

Um pouco antes do Gotthard subir ao palco a casa estava praticamente cheia, em sua capacidade máxima, e o que me perguntava era: Seria possível suportar o calor absurdo dentro do Opinião por mais de três horas?


Pois é, prova de fogo, pois realmente a casa demonstra um despreparo imenso para shows de grande porte, pois com muita gente gera aglomera mento, os condicionadores de ar não estavam dando conta (sendo que em alguns pontos os condicionadores não estavam ligados), o que gerava mal estar, e sensações de desmaio (sendo que sim, algumas pessoas chegaram a desmaiar pelo abafamento).

Sem contar que em show lotado pessoas portadoras de deficiência não conseguem ver o espetáculo em si, e por quê? Porque não há um local especifico para pessoas com deficiência (digo isso com muita propriedade, pois sou cadeirante, e frequento a casa há anos, e o despreparo continua grande).


Para um evento dessa magnitude, não seria mais prudente transferi-lo para um local maior? Onde de fato os fãs teriam mais conforto, comodidade e segurança.


Gotthard: Energia, musicalidade e empolgação.


Então era hora da lenda do Hard Rock suíço entrar em cena, e apresentar ao público gaúcho seu novo disco “Bang!” (segundo álbum a contar com o vocalista Nic Maeder).

E após a intro “Let Me in Katie”, “Bang!” e “Get Up 'n' Move On” abrem o show com muita energia, com uma banda extremamente carismática e comunicativa.

Nic fica impressionado com o público, seja pela quantidade de fãs ou pela receptividade que foi fantástica. “Sister Moon” mantém o alto nível, com um refrão marcante e uma banda muito bem entrosada.


Vale ressaltar a nova voz do Gotthard, que demonstra um belo timbre, já que sua missão era de substituir o imortal Steve Lee. “Right On” vem para brindar a nova fase da banda, onde o guitarrista Leo Leoni usa um artefato em seu microfone que modifica sua voz para acompanhar o riff principal da música, com uma levada bem empolgante.

Da fase Steve Lee tivemos a clássica “Master of Illusion” (com boa parte do público cantando), a belíssima “The Call”, “Lift U Up” (que levantou a galera) e fechando o show com o clássico “Anytime Anywhere”.


Antes mesmo do primeiro “final fake” tivemos uma grata surpresa com o cover de “Hush” do músico Billy Joe Royal (música essa eternizada pelo Deep Purple), fazendo o Opinião cantar em massa seu refrão marcante.

O Gotthard se despedia com missão cumprida, em um belo show, onde os músicos demonstravam muita satisfação de estar ali e com certeza deram o seu melhor, é torcer que voltem as terras gaúchas, pois impressionou positivamente os presentes, desde os que já conheciam aos que nunca ouviram a banda.

Setlist:

01 Bang!
02 Get Up 'n' Move On
03 Sister Moon
04 Right On
05 Master of Illusion
06 Feel What I Feel
07 The Call
08 Remember It's Me
09 What You Get
10 Starlight
11 Hush (Billy Joe Royal cover)
12 Lift U Up
13 Anytime Anywhere


Hammerfall: A volta dos mestres.


Após uma mudança rápida de palco era hora dos suecos do Hammerfall entrarem em cena, trazendo a tour de seu novo disco o ótimo “(r)Evolution”. Sua ultima passagem por Porto Alegre foi em 2007, sendo assim a ansiedade para revê-los era grande.

E após as luzes se apagarem “Hector's Hymn” inicia e a galera explode de vez, Joacim Cans entra e é mais do que ovacionado, sem contar a empolgação da galera que chegava a cantar mais alto que o vocalista, tamanha emoção que estavam.

Seguindo o clima em alta “Any Means Necessary” e “B.Y.H.” mostrando que os trabalhos mais recentes da banda são muito bem aceitos, com o público cantando todas e deixando os músicos mais do que satisfeita.


Joacim brincava com os fãs dizendo que estava muito calor, chegando a dizer que aquele era o show mais quente que o Hammerfall teria feito em sua carreira (era notável que ele estava realmente desconfortável com a temperatura, imagina a galera que estava ali desde as 16h...). Seguindo o baile era hora do primeiro clássico da noite “Let the Hammer Fall” vem para deixar o Opinião ainda mais pequeno, todos com punhos erguidos cantando ao sinal de Oscar e Joacim.

Algo que chamou atenção de muitos foi uma pequena mudança na formação da banda, Anders Johansson não estava na bateria e sim David Wallin (Pain) e no baixo pasmem o ex-guitarrista Stefan Elmgren, que esta substituindo temporariamente Fredrik Larsson, que se afastou da banda por um período devido ao nascimento de seu segundo filho.


Com a chegada do primeiro clássico e sem deixar a euforia cair “Renagade” e “The Metal Age” deixam todos extasiados, principalmente “The Metal Age” que é uma faixa que dificilmente o Hammerfall toca.

O Hammerfall apresenta grande performance ao vivo, Joacim é um frontman incrível, assim como a dupla de guitarras Oscar e Pontus que demonstram uma presença de palco animal, sempre agitando e interagindo com o público. Falar de Stefan é chover no molhado, sempre carismático e um bageador nato. E David cumpre muito bem seu papel, sendo preciso e técnico.

Como estávamos em um evento com três bandas, certamente algumas faixas ficariam de fora de todos os sets, e no Hammerfall não seria diferente, pois a balada mais clássica do Metal Melódico não entrou no set, “Glory to the Brave” teve só o comecinho executado, deixando os presentes na expectativa.


A épica “Last Man Standing” vem com seu refrão pomposo e mostrando uma banda coesa e entrosada, e para fechar sua apresentação uma trinca para fã nenhum botar defeito “Hammerfall”, “Templars of Steel” e “Hearts on Fire”, deixando aquele gostinho de quero mais, em uma apresentação impecável.

Que voltem logo ao Sul, pois deixaram saudades mais uma vez!

Setlist:

01 Hector's Hymn
02 Any Means Necessary
03 B.Y.H.
04 Blood Bound
05 Let the Hammer Fall
06 Renegade
07 The Metal Age
08 Last Man Standing
09 Bushido
10 HammerFall
11 Templars of Steel
12 Hearts on Fire  


Edguy: Ansiedade a flor da pele.


Era nítido que muitos estavam ali pelos alemães do Edguy, mas não é para menos, seu frontman Tobias Sammet vem em uma crescente há anos com o seu projeto Avantasia, o que deixou um pouco de lado sua banda principal.

Precisos oito anos de sua ultima passagem pela capital gaúcha, gerava grande expectativa do show, já que seu ultimo álbum “Space Police” mostra o Edguy em sua antiga forma, voltando a suas raízes mais melódicas.

Chegado a hora e o baterista Felix Bohnke faz sua tradicional entrada chamando o público e pedindo para gritarem mais alto, e “Love Tyger” do novo álbum entra em cena e o barulho dos fãs era ensurdecedor, e quando Tobias apareceu ai a casa caiu de vez, tirando muitos sorrisos do alemão.


O refrão foi cantado em uníssono, mostrando a ótima aceitação do novo material. “Space Police” vem na sequencia mantendo a extasia do público, e para brindar os fãs mais antigos o clássico “All the Clowns”.

A banda que completa o Edguy é de fato um show a parte ao vivo, todos extremamente carismáticos, mas destaque total ao baixista Tobias Exxel, que rouba a cena em muitos momentos.

De uma forma mais contida, Tob mostra sua presença de palco e de como consegue ter o público em mãos, mas algo que soou exagerado foi os discursos que o vocalista dava ao final de cada música, era tanto falatório que chegou a falar de Copa do Mundo e do show anterior na Argentina que tinha sido fantástico (gerando aquele descontentamento clássico dos presentes), mas duvido que ele tenha tido uma receptividade tão forte e calorosa  como em Porto Alegre.


“Superheroes” chega para gerar histeria entre os fãs mais novos, assim como “Defender of the Crown”. “Vain Glory Opera” vem para relembrar o passado glorioso da banda, mas mostrando que os fãs mais novos não a conheciam ou não gostam tanto assim do passado do Edguy.

Após o solo de bateria de Felix (bem parecido com o de 2006, exageradamente grande e pouco atrativo) “Ministry of Saints” do fraco “Tinnitus Sanctus” é tocada, e um de seus maiores clássicos surgem “Tears of a Mandrake”, mas que não teve a receptividade que merecia.


Fechando a apresentação às batidas “Lavatory Love Machine” e “King of Fools”. Um show curto e que priorizou os chamados “hits”, deixando de lado muito de seus clássicos, principalmente o maior deles, a eletrizante “Babylon”.

O que podemos notar que o Edguy conquistou novos fãs com seus discos mais recentes, porém a banda se afastou do belo passado que construiu nos anos 90.

Setlist:

01 Love Tyger
02 Space Police
03 All the Clowns
04 Superheroes
05 Defenders of the Crown
06 Vain Glory Opera
07 Drum Solo
08 Ministry of Saints
09 Tears of a Mandrake
10 Lavatory Love Machine
11 King of Fools

Três excelentes bandas, mas que poderiam ter feito seu show em um local mais adequado, pois em primeiro lugar o público, certo?


Cobertura: Renato Sanson
Fotos: Diogo Nunes

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Show do Edguy, Hammerfall e Gotthard em Porto Alegre é Anunciado em Novo Local (Realização: Abstratti Produtora)


Devido às diversas interdições de casas de shows em Porto Alegre/RS pela prefeitura da cidade, a Abstratti Produtora anuncia a troca de local do show do Edguy, Hammerfall e Gatthard.

Que inicialmente seria no Bar Opinião, mas devido a uma interdição por “poluição sonora” (conforme reclamação de diversos moradores da região), o show agora será no Pepsi On Stage, mantendo o mesmo cronograma.

E com a mudança um novo lote de ingressos é liberado, já que o Pepsi tem um capacidade superior ao do Opinião.

Clique no link a seguir e leia o pronunciamento oficial da Abstratti sobre a troca de local: http://on.fb.me/1pwHVJG

Para informações do novo lote de ingressos e cronograma acesse o evento: https://www.facebook.com/events/812044622149120/?fref=ts



Texto: Renato Sanson

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Edguy, Hammerfall e Gotthard: Para Fã Nenhum Botar Defeito! (Realização: Abstratti Produtora)


Fãs de Heavy/Power Metal corram para as colinas, pois Porto Algre/RS receberá o encontro de titãs, estou falando de Edguy, Hammerfall e Gotthard no mesmo palco!

É isso mesmo no dia 06/12 teremos três dos grandes representantes do Heavy/Power Metal mundial onde todos vem divulgando seus trabalhos mais recentes que de certa forma resgataram o sucesso feito em seu passado.

O Edguy vem divulgando seu novo disco “Space Police: Defenders of the Crown”, onde resgata um pouco de sua sonoridade feita no começo da carreira, agradando em cheio aos fãs com seus refrões marcantes e melodias grudentas.

Já os suecos do Hammerfall mostram ao mundo o poderoso “(r)Evolution” sendo considerado um dos grandes discos da carreira da banda, e por muitos um dos melhores álbuns de 2014, resgatando sua sonoridade característica, mas soando revigorado e empolgante.

E para abrir está festa nada melhor que o Heavy Metal pomposo do Gotthard que estará divulgando “Bang” segundo disco da banda com o vocalista Nic Maeder (que substituiu o falecido Steve Lee).

Primeiramente o show seria no Bar Opinião, porem os ingressos chegaram quase ao Sold Out (restando menos de 50 ingressos nos pontos de venda) com bastante antecedência, devido a este esgotamento instantâneo e a grande procura que ainda continua, a Abstratti Produtora tinha aberto a “Lista de Espera!” onde os fãs que não conseguiram comprar os ingressos se cadastram, e dependendo da quantidade de cadastrados seria liberado um novo lote, transferindo o show para o Pepsi On Stage.

Porém a "Lista de Espera!" foi cancelada, mantendo o show no Bar Opinião, assim não havendo nenhuma alteração nos respectivos horários. Mas ainda há ingressos disponíveis nos postos de venda (sendo que a venda online pela Ticket Brasil encontra-se encerrada).

Se você já garantiu o seu é só aguardar, mas se você ainda não conseguiu seu passaporte clique no link a seguir e saiba todas as informações do evento e quais pontos de venda você pode adquirir o seu:



Texto: Renato Sanson

Imagem: Divulgação

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Hammerfall: Voltando Renovado em Seu Melhor Disco dos Últimos Anos

Após trabalhos pouco expressivos, grupo retorna renovado em um dos seus melhores discos

Assim como um relacionamento constante e de muitos anos, também dentro de uma banda, às vezes, há um desgaste da relação que acaba afetando a produção musical, algo que a banda sueca Hammerfall abertamente afirmou estar sofrendo até fazer sua pausa em 2013.

Com a promessa de que voltariam renovados em 2014, a dúvida que pairava era se o grupo seguiria aquela vertente mais pesada e menos Power Metal, ou se voltaria suas forças a este gênero do Metal no qual Hammerfall é um nome referência.

Banda virá ao Brasil no fim do ano para shows com Edguy, incluindo 06 de dezembro em Porto Alegre/RS

Justiça foi feita e o quinteto retornou com “(r)Evolution” (2014) (via Nuclear Blast). Um álbum realmente com a cara do Hammerfall (e não aquela bizarrice do álbum anterior), com força para figurar entre os principais lançamentos nesses mais de 20 anos de carreira.

Joacim Cans volta como um dos melhores vocalistas do Power Metal, com sua voz inconfundível, e neste trabalho pode-se dizer que superou a si e traz sua melhor performance. 

Banda retorna ao seu som característico e com grande maturidade agradará aos antigos fãs

As guitarras de Pontus Norgren e Oscar Dronjak mostram-se inspiradas como há muito não se via e a dupla desfila ótimos riffs e solos de tirar o fôlego, como nos bons tempos.

Já em “Hector’s Hym”, que exalta o mascote da banda que retorna às capas dos álbuns da banda (do mesmo desenhista clássico da banda Andreas Marschall), mostra que temos um álbum de qualidade, remetendo aos ótimos momentos de discos como “renegade” (2000) e “Crimson Thunder” (2002). Tanto é que a música é o vídeo clipe de trabalho do álbum.



A faixa-título também é destaque, realmente mostrando muita força e esta fase renovada. “Bushido”, que foi o primeiro single do álbum, é apenas mediana, comparada às melhores do trabalho, como as já citadas e também “We Won’t Back Down”, “Origins”, “Evil Incarnate” (a mais pesada do álbum) e “Wildfire”, bastante rápida e finalizando um disco de tirar o fôlego.

Juntando a sede de dar a volta por cima, aliada à volta do produtor dos dois primeiros álbuns, Fredrik Nordström, e ao fato de que o Power Metal, neste fim da primeira metade desta década parece estar respirando novamente, não soando mais tão datado como nos últimos anos, faz com que “(r)Evolution” seja, sem exageros, um novo divisor de águas para o Hammerfall e um dos mais importantes lançamentos do Power Metal mundial em 2014.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Hammerfall
Álbum: (r)Evolution
Ano: 2014
País: Alemanha
Tipo: Power Metal
Gravadora: Nuclear Blast

Formação
Joacim Cans (Vocal)
Oscar Dronjak (Guitarra)
Pontus Norgren (Guitarra)
Fredrik Larsson (Baixo)
Anders Johansson (Bateria)


Tracklist
01. Hector’s Hymn
02. (r)Evolution
03. Bushido
04. Live Life Loud
05. Ex Inferis
06. We Won’t Back Down
07. Winter Is Coming
08. Origins
09. Tainted Metal
10. Evil Incarnate
11. Wildfire

Acesse e conheça mais sobre a banda

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Hammerfall: DVD de Aniversário Revisita 15 Anos de História

15 anos são comemorados com clássicos de todos os discos e participações especiais

Embora hoje em dia não esteja mais tão em evidência, a banda sueca Hammerfall, inevitavelmente, é um dos grandes nomes do Power Metal mundial, emplacando desde o primeiro álbum “Glory to the Brave” (1997) clássicos como "Steel Meets Steel" e "Glory to the Brave".

E para comemorar os 15 anos de carreira, em 28 de julho de 2012, a banda se apresentou em seu país natal, na cidade de Dalhalla, em uma arena diferente, com um “lago” envolvendo o palco, fazendo um show especial que, além de trazer todos os clássicos de todos os discos, ofereceu a oportunidade de reencontro entre ex-integrantes, como Mikael Stanne (atual Dark Tranquility), que canta em “Steel Meets Steel” (vale lembrar que ele nem chegou a gravar com a banda em estúdio), bem como do guitarrista Stefan Elmgren, último a deixar a banda, em 2008.

Foram 26 músicas e mais de duas horas de duração que deram luz à “Gates of Dalhalla”, lançado em 30 de novembro em formato DVD/CD duplo, o que oportunizou aos fãs conferirem clássicos como “Heeding The Call”, “Riders Of The Storm”, “Crimson Thunder”, sempre presentes nas turnês da banda, assim como músicas da fase mais recente da banda, como “Any Means Necessary” e “Last Man Standing”.

Palco inusitado trouxe clima diferenciado ao DVD da banda

Muitos fãs que já assistiram o DVD (que saiu também em Blu-Ray) estão considerando-o, finalmente, o trabalho ao vivo à altura da carreira da banda, ideia esta que faço coro, afinal, sempre parecia ficar faltando algo a mais, o que foi oferecido em “Gates of Dalhalla”, sem tirar nem por.

15 anos de história muito bem representadas em set list especial

Anders
O único “porém” é a participação do público. Embora o local seja singular e deu um clima bonito (especialmente em “Always Will Be”, que ficou mais linda ao anoitecer e com as tochas), há um longo espaço entre a banda e o público, o que deixou a plateia tímida a maior parte do set, apenas com alguns mais exaltados. Quebrou o clima de um show real da banda, o que não chega a comprometer demais o resultado final. Ainda no DVD, temos um curto “por trás da cena”, que poderia ser um pouco mais extenso (dura menos de 10 minutos) .

Oscar
Como a noite mostrou-se festiva, não poderia faltar a participação de Jesper Strömblad (ex-In Flames, Sinergy), importante integrante da história da banda e um dos membros fundadores, que toca em “The Dragon Lies Bleeding”, desta vez como guitarrista, já que quando fazia parte do Hammerfall seu instrumento era a bateria. 

A participação mais “curiosa” e inesperada é de Roger Pontare, músico tradicional da Suécia que, ao lado de Joacim Cans (vocal), executam “När Vindarna Viskar Mitt Namn”, música deste artista, criando um dos momentos mais curiosos, já que a banda fez uma releitura Metal do som e que casou legal com o vocal do artista, bastante aclamado na Suécia. Finalizando as participações, um coral nas três últimas faixas trouxeram mais elementos sinfônicos ao som da banda.

Joacim Cans, vocalista da banda desde o primeiro álbum há 15 anos

Mas, e a atuação dos integrantes atuais? Não é preciso dizer que Cans está cantando como nunca e com leveza, embora esteja longe de ser um dos grandes da cena mundial. Oscar Dronjak (guitarra) mostra que é mais um líder do que propriamente um grande guitarrista, já que sempre se focou nas bases, agora tendo em Pontus Norgren o responsável pelos solos. Na bateria, o já veterano Anders Johansson chega até a fazer um solo interessante, mas nada genial, assim como o baixista Fredrik Larsson que é eficiente e faz seu trabalho sem grandes exaltações.

Para a clássica "Hearts on Fire", a participação de todos os convidados e equipe

Hammerfall não está no seu auge, mas com imagem abalada com os fãs mais tradicionais desde os últimos dois discos de estúdio. A verdade é que “Gates of Dalhalla” veio bem a calhar, já que a banda pretende apenas oferecer material inédito em 2014, deixando, até lá, um ótimo DVD, que vai agradar a todos os fãs, para, quem sabe dessa reunião, recarregar as baterias e voltar a oferecer grandes álbuns de Power Metal, como o fez na década de 90 e inicio dos anos 2000.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Hammerfall
Álbum: Gates of Dalhalla (DVD/CD)
Ano: 2012
País: Suécia
Tipo: Power Metal/Heavy Metal
Gravadora: Nuclear Blast

Formação
Joacim Cans (Vocal)
Oscar Dronjak (Guitarra e Vocais de Apoio)
Pontus Norgren (Guitarra)
Anders Johansson (Bateria)
Fredrik Larsson (Baixo)



Tracklist do DVD (em CD, é duplo)
01. Patient Zero
02. Heeding The Call
03. Any Means Necessary
04. B.Y.H.
05. Riders Of The Storm
06. Let's Get It On
07. Crimson Thunder
08. Renegade
09. Blood Bound (com Stefan Elmgren)
10. Last Man Standing (com Stefan Elmgren)
11. Fury Of The Wild (com Stefan Elmgren)
12. Drum Solo: Anders Johansson
13. Always Will Be
14. Dia De Los Muertos
15. Steel Meets Steel (com Mikael Stanne)
16. Threshold
17. The Dragon Lies Bleeding (com Jesper Strömblad)
18. Let The Hammer Fall
19. När Vindarna Viskar Mitt Namn (com Roger Pontare)
20. Something For The Ages
21. The Templar Flame
22. Oh Fortuna (com Team Cans)
23. Glory To The Brave (com Team Cans)
24. One More Time (com Team Cans)
25. Hammerfall
26. Hearts On Fire (com todos os convidados)

Acesse e conheça mais sobre a banda

Assista ao trailer do DVD


Veja “Threshold”