sábado, 14 de agosto de 2021

Entrevista: Jason Payne & the Black Leather Riders - Metal Fast & Furious



Jason Payne & The Black Leather Riders é uma das boas notícias que surgiram durante a pandemia, pois o grupo foi criado na Inglaterra no período de reclusão, a partir das ideias de seu fundador, Jason Payne, que com o hiato de sua banda anterior, resolveu partir para um novo projeto.  (ENGLISH VERSION)

Dezembro de 2020 a banda apresentou seu primeiro single, que serviu como uma apresentação e transição, e agora lança um EP, "The Abyss", mostrando seu Metal moderno e pesado.

Conversamos com Jason para apresentar um pouco mais sobre esta nova promessa do Metal europeu. Confira!



RtM: Conte-nos um pouco sobre o início das atividades e como surgiu a banda Jason Payne and the Black Leather Riders. 
JP: A banda foi formada no final de setembro (2020). Após o hiato do meu projeto anterior, senti a necessidade de escrever alguns tipos diferentes de músicas. Era algo que eu queria fazer há muito tempo. Começamos tocando duas músicas que eu escrevi e decidimos começar a gravar e ver aonde esse projeto nos levaria. O ambiente é muito legal, somos todos amigos de longa data e acredito que é isso que torna tão fácil trabalharmos juntos.


RtM: O nome de vocês é bem interessante para uma banda, soa "old school".
JP: O nome veio da sensação que nossa música e imagem provocam: “Black Leather”, porque todos nos vestimos de preto e com jaquetas de couro e a palavra “Riders” pelo fato de tocarmos músicas velozes e agressivas. É como se você estivesse dirigindo um carrão veloz.


RtM: Além do que você falou, de tocar músicas velozes e agressivas, descreva mais sobre o som da banda para aqueles que estão conhecendo agora. Você também pode nos contar sobre suas influências e inspirações.
JP: Nossa música é muito dark, visualmente envolvente, guiada por riffs e muito agressiva. Nós pegamos influências do rock e metal old school, mas também do metalcore moderno e do hard rock. Mas para mim, o que realmente me inspira mais é quando eu pego uma guitarra e aumento o amplificador. Nada no mundo pode me inspirar mais do que isso.


RtM: Vocês estão se preparando para lançar um EP de estreia em breve (N. do R.: entrevista feita algumas semanas antes do lançamento do EP), e já lançaram alguns singles. A ideia seria lançar todas as músicas como singles antes? Como você está se sentindo com a aceitação desses primeiros singles?
JP: Nossa ideia é lançar 2 singles e depois o EP. Já lançamos The Dark e The Purge será lançado no dia 2 de julho. Então, o EP vai sair no dia 16. Estou muito animado com isso. As pessoas estão começando a gostar de nós, estamos expandindo nossa base de fãs e acredito que o melhor ainda está por vir. Mal posso esperar para ter todas as 6 faixas lançadas!


 
RtM: Falando sobre os singles, conte-nos um pouco mais sobre "Waking the Damned", que foi lançado em dezembro, e é um tema mais melodioso e até melancólico.
JP: Para mim, “Waking The Damned” é uma espécie de introdução à banda. A ideia era fazer uma ponte entre meu projeto anterior (Hard Rock) e levar esses fãs a um som mais extremo. A vibe é um pouco nu-metal, pós-grunge ou mesmo rock pesado, mas mostra vislumbres do que pretendíamos fazer e como soar. É uma celebração do início deste projeto e foi um passo muito importante para construir esta banda.


 
RtM: “The Dark” traz riffs mais nervosos, mais peso e agressividade, comente um pouco mais sobre essa faixa e o vídeo, gravado no Under the Bridge Stadium.
JP: Exatamente. Esse é o tipo de direção que estamos tomando. Eu realmente gosto de ouvir música agressiva e, para ser honesto, essa é a minha maneira natural de escrever e interpretar as músicas. The Dark é o reflexo mais verdadeiro do som da banda e de nossas habilidades. Tem esse tipo de vibração “cara a cara” que eu gosto.

Sobre tocar no Under The Bridge foi uma experiência incrível para nós. Agora podemos riscar essa da nossa "lista dos sonhos". Sempre quis me apresentar lá e foi uma oportunidade incrível. Estamos muito agradecidos aos funcionários do BIMM London e do Chelsea Football Club por fazerem isso acontecer.


 
RtM: E dentro desse cenário concorrido do Metal atual, quais características da banda você acredita que irão se destacar para que vocês conquistem um lugar de destaque no mundo do Metal e no mundo da música?
JP: Em primeiro lugar, não estamos tentando ser algo que não somos. A maneira como nos vestimos, a maneira como tocamos, a maneira como nos comportamos ... Somos apenas nós. Eu acredito que se você não for verdadeiro consigo mesmo e tentar ser outra pessoa, você perderá a essência e a alma de sua música. 

No final do dia, as pessoas sempre vão querer “o negócio real”. Eu me considero um fã, e sempre escutei bandas as quais simplesmente não se importam com o que pensam deles. Eles são quem são e é assim que deve ser. Então, eu acredito que isso desempenha um grande fator para nós: SOMOS REAIS.


RtM: A chave é sempre ser honesto e verdadeiro consigo mesmo.
JP: Não tentamos ser “muito sábios” com as músicas - elas são baseadas em emoções reais que sentimos. Quando escrevi “The Dark”, por exemplo, senti cada palavra que estou cantando. Até o solo de guitarra, cada nota que toco, eu estava cantando na minha cabeça. Para mim, não faz sentido ser de outra forma. 

Não importa o quão agressiva uma música possa ser, você tem que ter uma melodia e uma intenção (que pode ser um sentimento de raiva, ódio, tristeza ou alegria). Mas ter emoções e “alma” é o que transforma um “grupo de notas e acordes” em uma música.



RtM: E o que você pode nos contar sobre como foi a produção desse primeiro EP e se já há planos e composições para um full-lenght?
JP: Começamos a gravar em janeiro e terminamos no final de março. Foi bastante intenso e exaustivo, mas no final, muito gratificante. Trabalhar com Alex Robinson (Bullet From My Valentine) nos proporcionou uma grande experiência de aprendizado. Estamos muito felizes com isso,nós mantemos contato e sim, estamos escrevendo um álbum completo. Se tudo correr bem, provavelmente iremos lançá-lo no próximo ano.



RtM: A Inglaterra foi o lugar que podemos dizer que o Heavy Metal e o Metal em geral nasceram, com grandes ícones da música pesada surgindo lá. Como você vê a cena atual na Inglaterra, e se sente que existe algum tipo de pressão ou expectativa maior quando uma banda aparece na cena inglesa?
JP: O que eu sinto é que existe uma história rica aqui. É por isso que, há quatro anos, me mudei de Portugal para a Inglaterra. Eu queria experimentar e tocar em locais onde o Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin se apresentavam. E morar aqui é ótimo, porque me dá uma grande inspiração para seguir em frente todos os dias. Eu amo isso, então não sinto nenhuma pressão. O que sinto é alegria e gratidão por minha família permitir que eu me mudasse para cá quando ainda era uma criança iniciando a vida adulta.
 

RtM: E esse período de pandemia, o que isso trouxe e pode trazer para a questão das bandas se reinventarem a partir de agora, a fim de buscar novas alternativas para sobreviver no mundo da música? Principalmente o tempo sem poder fazer shows e divulgar os discos.
JP: Este projeto é um produto da pandemia. Ele nasceu no meio disso e nós nos inspiramos para escrever este EP. Acredito que muitos músicos tiveram que ser criativos em termos de encontrar maneiras de ter uma renda. Por exemplo, acabamos de criar o Patreon e estamos explorando todas as alternativas possíveis de gerar alguma renda para investir em nossa carreira. Esta pandemia nos ensinou algumas lições e temos que aprender com ela.

 

RtM: Obrigado pela entrevista, deixo este último espaço para sua mensagem aos leitores.
JP: Muito obrigado por esta oportunidade. E para os fãs, fiquem ligados porque temos muitas surpresas chegando. Fiquem seguros e stay metal! \ m /

Entrevista: Carlos Garcia

Listen to or buy "The Abyss"

Management: Split Screen






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