segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Clássicos Brasil: “Jewel Box” - Uma Jóia Ainda Pouco Conhecida


Em tempos que parece que a música vai se tornando cada vez mais plástica, sem emoção e se aproximando perigosamente dos simples bussines, é uma luz no fim do túnel bandas que honram suas raízes e fazem um som de responsa, que bebe nas boas fontes, mas mesmo assim conseguem criar um trabalho deveras original e muito bom. Por isso mesmo “Jewel Box” já é um clássico.

Formado em 91 em Apiaí/SP, a banda Kappa Crucis é composta por F. Dória (bateria e vocal), G. Fischer (vocal e guitarra), R. Tramontin (baixo) e A. Stefanovitch (teclados) e está na batalha a bastante tempo, mas nunca se renderam ao comercialismo, pelo contrário, nadando contra a maré seu som lembra as grandes bandas dos anos 70 e 80 pegando tudo de bom que formações como Deep Purple, Uriah Heep, Led Zepellin, Thin Lizzy, Lynyrd Skynyrd ofereceram ao mundo e colocando um toque pessoal e altas doses de bom gosto.


Se você gosta do velho e clássico Heavy Rock, não apenas pode conferir sem medo, mas deve!

Sabe aquele tipo de som que faz você viajar? Pois é exatamente essa sensação que temos, já que os músicos são virtuosos, mas não ficam em disputa para ver quem toca mais notas por segundo. O som é feito por quem conhece e toca com emoção,”apenas” isso.

O CD abre com a pulsante “Back to the Water’, e essa faixa ao lado de “A New Seed” deveriam vir com uma proibição de ser ouvida ao volante, porque mesmo sem perceber você meteria o pé no acelerador...

Já em faixas como "Parallel Lines", "Handcuffs" ou "Judgement” os teclados roubam a cena, lembrando muito o mestre Jon Lord (ex-Deep Purple), além de leves pitadas de Prog Metal que trazem um tempero todo especial para o CD.

Vale destacar também o belo timbre de voz de G. Fischer, mas arrisco dizer que a jóia principal dessa caixa (com perdão do trocadilho) é a faixa “Son of The Moonlight”, a balada do CD. O leitor do Road deve ter pensado “Harley, seu desgraçado, elogiando uma balada?!”. É, mas aqui não é uma simples música feita para menininhas, é uma canção com uma carga de emoções que arrepia e o melhor: acabou o CD e eu estava cantando essa melodia que não saiu da minha cabeça até agora.

Esse é um trabalho que consegue uma verdadeira proeza: unir o Hard Rock ao Metal mais extremo, tudo em prol da boa música.


Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore


Ficha Técnica

Banda: Kappa Crucis

Álbum: Jewel Box

Ano: 2009

País: Brasil

Tipo: Hard Rock/Heavy Rock

Selo: Atomic Cellar


Formação
G. Fischer (Vocal e Guitarra)
R. Tramontin (Baixo)
A. Stefanovitch (Teclados)
F. Dória (Bateria e Vocal)


Tracklist

01. Back To The Water
02. Merchant Of Illusions
03. Parallel Lines
04. Faces
05. Son Of The Moonlight
06. Handcuffs
07. Judgement
08. Beyond The Envy Torch
09.
Loadstar
10. A New Seed

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domingo, 30 de outubro de 2011

666 : mistérios e segredos do "número da Besta"



Devido ao excelente número de acessos em matéria do autor, Adriano Camargo Monteiro, publicada no Road, sendo que ele nos honrou com texto exclusivo para o blog na ocasião(Therion e o dragão de Sitra Ahra, a segunda parte daquela matéria, ACESSE AQUI), falando um pouco a respeito da temática do mais recente trabalho da Banda Therion, além de texto sobre alguns significados de algumas letras do grupo, trazemos para vocês mais um texto do escritor e pesquisador, que com certeza é o mais competente e indicado dessa área, relacionada ao ocultismo, simbologia, draconismo, etc, assuntos muito ligados ao Heavy Metal, e de interesse dos fãs do estilo, e claro, também a pessoas que tem interesse ou curiosidade por tais temáticas, que provocam opiniões diversas, mas são sempre fascinantes, seja para que quer se aprofundar ou para conhecer pelo menos um pouco sobre o assunto, e com texto de quem conhece e dedica anos de pesquisa.
Acompanhe abaixo, o texto do autor.


Sagrado, Secreto e Sinistro: 666


O “temível” e suspeito número 666 parece causar muito burburinho quando mencionado em quaisquer lugares. Mas sem divagar demais em muitas teorias e preconceitos religiosos, o número 666 encerra significações cabalísticas draconianas, ocultistas e psicológicas, o que nada tem a ver com o Diabo ou com o mal do mundo.

Seis é o número da esfera do Sol, o que representa, em nível humano, o Eu Superior em seu aspecto luminoso, a inteligência manifestada, a mente expandida. O Sol e o número 6 também podem ser representados pelo hexagrama e pela cruz (um símbolo bastante antigo e pré-cristão), que é desdobrada e desenvolvida a partir do cubo, que é um sólido geométrico de seis lados. Desdobrado na cruz invertida, esta simplesmente representa uma espada apontada para cima, um shiva-linga, quer dizer, um falo (símbolo solar, masculino) unido à vagina (o traço horizontal da cruz).
Cruz invertida, representa espada apontada para cima
O Sol está situado – na Árvore da Vida e da Morte cabalística – nas esferas de Tiphareth/Thagirion (a “Beleza” e o “Ardente Sol Negro”), que é um nível de evolução no qual o indivíduo atinge um alto grau de autoconhecimento e autoconsciência. Mas para que a evolução seja completa e a sabedoria seja internalizada, é preciso conhecer o lado sinistro do sagrado e secreto Eu Superior (pois nada existe somente com uma face). E esse lado sinistro do Dragão de Sabedoria, do Eu Superior, é expresso pelo número 666, já que sua multiplicação e soma finalmente resultam sempre no número noturno da Lua, ou seja, 9, que é também o número do leão-serpente (teth, ט), a união entre o masculino e o feminino. A Lua representa a noite, o oculto, o secreto, o subconsciente e o sinistro (sombrio e “esquerdo” como o aspecto feminino e sexual do universo e da psique humana). Entenda-se que “sinistro” não é aquilo que seja maligno nem malévolo, ou coisa semelhante; sinistro é “esquerdo”, e no contexto prático e metafísico draconiano indica a presença de elementos sexuais, femininos poderosos, instintivos e subconscientes (a maior fonte de poder de um iniciado e de um filósofo oculto). Portanto, nada há de maligno nisso nem tem a ver com qualquer fantasia paranoica do Diabo (pois este não existe). Afinal, nós temos o lado direito e esquerdo de nosso corpo, temos a mão direita e a esquerda, o lado direito e esquerdo do cérebro, etc.
o número 666 tem muita relação com o Metal, seja em camisetas, letras, álbuns, etc
Fique só com o lado direito, então, e você verá o quão simétrico, equilibrado, harmonioso e belo você parecerá!

Na prática da filosofia oculta e do draconismo, 666 é o número da força obscura e agressiva do Eu Superior, o número do aspecto sombrio da Inteligência Solar do Daemon individual. Mas é também o número de Sorath, o Espírito do Sol, a força solar agressiva e impetuosa que impulsiona a evolução. Esse número, 666, pode ser extraído do Quadrado Mágico Solar, ou Kamea, que é dividido em 36 partes, ou quadrados menores numerados, cuja soma total é 666, o número do próprio nome de Sorath extraído pelo cálculo de suas letras hebraicas. Desse quadrado, para fins práticos, também é extraído o sigilo de Sorath, ou Deggial, como também é chamado. Sorath-
Deggial é a verdadeira Besta da Revelação, a Besta 666, a correspondente revelação microcósmica do próprio Eu com seu animalismo (não confundir com animismo) natural, primitivo e intrínseco que se torna autoconsciente; é a revelação do conhecimento com compreensão, da Gnose, e da Sabedoria das sombras (o subconsciente e o aspecto feminino, Sophia/Shakti/Shekinah).
O número 36 (3×6, 666) igualmente resulta em 9, a Lua, a consorte do Sol Negro (a Grande Besta, o Dragão de Sabedoria), demonstrando assim o equilíbrio entre as forças duais (como dois pilares) do universo e do ser humano, a união entre o feminino e o masculino, entre as trevas e a luz, entre o subconsciente e o supraconsciente, etc. A Lua é a yoni (vagina) de Shakti, e o Sol Negro é o linga (pênis) de Shiva, e sua união resulta finalmente em 9, a esfera do sexo, não somente o sexo humano, fisiológico e anatômico, mas principalmente o sexo metafísico de todas as forças que são unidas para criar algo no universo e na natureza visíveis e invisíveis.
Tal união, como toda união entre forças opostas deveria ser, resulta em uma terceira força que é, no ser humano, o nascimento da autoconsciência e o renascimento do autêntico e completo ser humano em seu alto grau evolutivo, ou seja, o Homo veritas (o humano verdadeiro). As forças opostas não se opõem, mas se unem para criar. E o ser humano verdadeiro autoconsciente, não um mero humanoide autômato, cria a si mesmo a cada etapa evolutiva. O número 666, portanto, é o número do Homem, do Anjo Guardião e da Besta (o Eu Superior, o Dragão) com suas forças em equilíbrio e com a sabedoria das Sombras e da Luz.
Contudo, as pessoas cuja compreensão parece não ir além de interpretações limitadas e condicionadas e com base em suas ideias oriundas de dogmas enganosos seculares, há muito tempo acreditam piamente que o número seiscentos e sessenta e seis seja satânico, “sujo” e sinistro. Os textos bíblicos disseminaram muitas ideias que seriam motivo de sarcasmo por parte de Satã, se ele realmente existisse como a maioria das pessoas imagina. Se tal número é da besta, besta é o próprio o homem, segundo o texto bíblico, pois “(…) calcule o número da besta, pois é o número do homem (…)”; em essência, a espécie (besta) humana é obviamente uma espécie animal. Assim, cada indivíduo tem a escolha de buscar ser uma Grande Besta sábia, pois o 666 é a face sagrada, secreta e sinistra do Ser autoconsciente.





Adriano C. Monteiro é escritor de Filosofia Oculta, membro de diversas Ordens e autor da Tetralogia Draconiana, que inclui as obras O Jardim FilosofalA Cabala Draconiana, A Revolução Luciferiana e Sistemagiahttp://www.viadraconiana.tk

O Iron Maiden, sempre se utilizou da mística do 666

sábado, 29 de outubro de 2011

Iced Earth: Uma Luz no Fim do Túnel

Novo álbum, "Dystopia", coloca a banda nos eixos novamente

O Iced Earth retorna neste ano de 2011 com um de seus melhores lançamentos nos últimos anos. Estamos falando de “Dystopia” que marca a estreia de Stu Block nos vocais.

Muito deu o que falar a escolha de Stu para o posto de Matt Barlow (que abandona pela segunda vez os vocais da banda deixando todos os fãs temerosos), pois Stu Block era vocalista da banda canadense Into Eternity onde mesclava guturais e screams com agudos super potentes. O que Jon Schaffer (guitarra e vocais de apoio) viu em Stu para ser seu novo vocalista?

E após ouvir o álbum pude entender a escolha de Schaffer, pois o que temos em “Dystopia” é uma mistura dos melhores momentos da banda e Stu Block foi a melhor escolha que Jon poderia ter feito, pois temos um vocalista sensacional, que tem um timbre muito parecido com de Barlow, mas sem soar uma cópia e quando canta de forma mais aguda impossível não se lembrar do ótimo Tim Owens (esteve na banda antes da volta de Barlow em 2008), agradando os fãs de ambas as fases.


Stu Block (no meio) estreia em grande estilo

O Iced Earth soa totalmente revigorado com composições pra lá de inspiradas, mostrando realmente que é uma das maiores bandas de Heavy Metal do mundo e Schaffer mais uma vez inspiradíssimos com seus riffs característicos e uma velocidade anormal na sua palhetada, lembrando os grandes momentos de “Night of the Stormrider” (1992) e “The Dark Saga” (1996). Comprove você mesmo em composições como “Dystopia”, “Boiling Point” (prima de “Violate”), nas épicas “Anthem” e “End of Innocence” ou nas mais calmas como “Anguish of Youth” que, com certeza, será clássica ao lado de “Melancholy (Holy Martyr)”.

Resultado final: um excelente álbum onde temos uma banda que está preocupada em somente tocar Heavy Metal, sendo que nenhuma música soa dispensável.

Se você pensava, assim como eu, que o novo álbum do Iced Earth seria uma tragédia, pode esquecer isso e correr atrás do seu, pois o que temos aqui é um dos melhores álbuns do ano e, por que não, um dos melhores da banda.


Texto: Renato Sanson

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Iced Earth

Álbum: Dystopia

Ano: 2011

País: EUA

Tipo: Heavy Metal

Gravadora: Century Media


Formação

Jon Schaffer (Guitarra e Vocais de Apoio)

Stu Block (Vocal)

Brent Smedley (Bateria)

Troy Seele (Guitarra)

Freddie Vidales (Baixo)


Tracklist

01. Dystopia
02. Anthem
03. Boiling Point
04. Anguish Of Youth
05. V
06. Dark City
07. Equilibrium
08. Days Of Rage
09. End Of Innocence
10. Soylent Green (bonus track)
11. Iron Will (bonus track)
12. Tragedy And Triumph
13. Anthem (String Mix)


Assista o vídeo oficial de “Dystopia”, a música aqui.

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Entrevista: Hellish War - O Metal Verdadeiro Nunca Morrerá


País ingrato. Tendo uma banda que é puro Heavy Metal, que pouco é reconhecida entre seus conterrâneos, mas “idolatrada” nos países onde o Heavy Metal é levado a sério e não é “coisa de adolescente”, a Hellish War segue quase anônima aqui no Brasil, enquanto lança discos aclamados pela crítica e fãs mundo afora, até o ponto do grupo gravar seu primeiro disco ao vivo, claro, na Alemanha (só podia!), pois lá a banda formada por Roger Hammer (vocal), Vulcano (guitarra), Daniel Job (guitarra), JR (baixo) e Daniel Person (bateria) tem voz e vez.

Embora com apenas 3 discos, sendo um deles o álbum ao vivo “Live in Germany” (2010), a Hellish War é uma das referências quando o assunto é Heavy Metal tradicional, cuja idolatria pelo Metal e seus hinos beira o fanatismo, tão devotos quanto os gigantes Manowar.

A verdade é que os discos “Defender of Metal” (2001) e “Heroes of Tomorrow” (2008) são obras-primas do Heavy Metal e cujos hinos ao vivo lá no Velho Mundo fizeram jus ao verdadeiro e real Heavy Metal.

Com satisfação e no meio de muito trabalho, Roger Hammer, vocalista da banda, concedeu um tempo e atenção ao Road to Metal na entrevista que você confere abaixo.

Já podemos adiantar que o cara não tem papas-na-língua, fala o que precisa ser dito. Dentre os assuntos, comenta sobre o novo trabalho em processo de gravação, as mudanças entre os discos, alfineta as bandas que voltaram à ativa por dinheiro, além de ser claro, mais uma vez, dizendo que o Brasil não é (ainda) o país do Heavy Metal!

Confira então mais uma entrevista exclusiva: Hellsih War!


Road to Metal: Hail Hellish War! Em nome do blog Road to Metal, queríamos agradecer a banda por ter arrumado um tempinho para conversar com a gente. Para começar, gostaríamos de perguntar como foram os primórdios do Hellish War? O foco da banda sempre foi tocar Heavy Metal tradicional ou no inicio a banda explorava outras vertentes como o Metal melódico?

ROGER HAMMER - O Hellish War começou em 1995 como um power trio. Devido a mudança de membros, acabou se tornando um quinteto que já tem 10 anos com a mesma formação.

No início, podemos dizer que o som era mais voltado ao speed metal, depois fomos focando cada vez mais ao heavy metal tradicional, mas ainda com pitadas de speed. Metal melódico nunca foi a nossa praia.


RtM: Recentemente entrevistamos o Violator e uma mesma pergunta se encaixa para o Hellish War: como a banda encara a critica de muitos pseudo-críticos de que o som de vocês seria datado?

ROGER HAMMER - Já ouviu aquele ditado? O que seria do verde se todo mundo gostasse do amarelo? Rs. Acho válido certas críticas. Independente de boas ou ruins, fazem com que nós cresçamos como músicos e assim procuremos fazer algo cada vez melhor. É difícil atingir a perfeição, mas sempre estamos tentando melhorar para agradar cada vez mais pessoas.

RtM: Sendo uma banda fiel ao Heavy Metal tradicional, como vocês encaram as constantes renovações que o Heavy Metal sofre, com novos estilos e alguns que nem mereciam ser chamados de metal? E ainda nessa linha de pensamento, como a banda vê os constantes revivals de bandas clássicas da década de 80?

ROGER HAMMER - Realmente tem muita porcaria por aí que me faz ter vontade de vomitar. Mas tem coisa boa também, como, por exemplo, o Jorn Lande! Gosto muito do trabalho dele! Já o revival de bandas clássicas, o que dizer? Parece que tudo não passa de marketing, algo planejado por gravadoras ou empresários e não pelos próprios músicos. Muitas vezes sem a formação original ou sem inspiração.

RtM: Quais foram as principais diferenças ente os álbuns “Defender of Metal” (2001) para seu sucessor “Heroes of Tomorrow” (2008)? Tive a impressão que o primeiro CD é um pouco mais voltado para o Power Metal, enquanto o segundo é 100% Heavy Metal tradicional. Vocês concordam com essas definições?

ROGER HAMMER - Não muito. Eu particularmente acho o “Defender of Metal” bem heavy, apesar de ter musicas com 8 e 9 minutos de duração. O “Heroes of Tomorrow” também, mas já é algo mais direto, sem muitos rodeios.

RtM: Como foi o trabalho de divulgação da Megahard Records? Vocês tiveram alguns problemas com essa gravadora, não é mesmo? E como foi assinar o contrato com a Pure Steel Records?

ROGER HAMMER - O trabalho de divulgação no começo foi muito bom, mas depois começou a dar merda. A gravadora quebrou e não quiseram nos liberar! Tivemos que esperar o vencimento do contrato que assinamos de cinco anos de exclusividade.
Já o contrato que assinamos com a Pure Steel Records da Alemanha, foi graças aos contatos que o nosso manager, Eliton Tomasi (Som do Darma), tem lá fora. Através dele conseguimos fechar um contrato que agradou a todos, não correndo os mesmos riscos de passar o que passamos com a antiga gravadora.


1º disco ao vivo gravado no Swordbrothers Festival, na Alemanha

RtM: O HELLISH WAR mantém a mesma formação por um longo tempo. Qual o segredo para essa longevidade que é uma coisa cada vez mais rara nas bandas hoje em dia?

ROGER HAMMER - Amizade, sintonia de idéias, respeito, amor pelo heavy metal. Tudo isso fez com que permanecêssemos juntos por tanto tempo! E com certeza ainda ficaremos juntos por muito mais tempo!

RtM: Na questão de aberturas de shows no Brasil (UDO e Saxon) ou festivais internacionais (SwordBrothers Festival) a banda já é veterana. Mas qual foi a experiência que vocês mais curtiram? E deu para trocar idéia com os outros músicos?

ROGER HAMMER - Foram várias! Mas nada se compara ao privilegio de ir tocar no Mundo Velho, onde é o berço do Heavy Metal. Os lugares onde passamos, as amizades que fizemos, os shows que tocamos... sempre vão estar em nossas memórias. Fizemos amizade com vários músicos, principalmente com a banda Custard da Alemanha e o Omen dos Estados Unidos. Os caras são muito bacanas!

RtM: Focando agora o mais recente trabalho “Live in Germany” (2010), o que mais motivou a gravação do primeiro CD ao vivo na Alemanha? A reação do público, a qualidade da gravação ou outros fatores? E não foi cogitada a gravação de um DVD contendo essas apresentações?

ROGER HAMMER - Como era a nossa primeira viagem ao Mundo Velho, queríamos registrar aquilo de uma forma que pudéssemos compartilhar essa alegria com os nossos fãs. E nada melhor do que um Cd ao vivo. Cogitamos de gravar um DVD também, mas achamos melhor deixarmos para um lançamento futuro.

RtM: Existem muitas diferenças entre os públicos do Brasil comparados a outros países como da Alemanha? Ou a reação do publico geralmente é parecida?

ROGER HAMMER - Eu achei a mesma coisa. Tanto o publico daqui do Brasil como o da Europa são bem calorosos! A diferença é que lá tem mais lugares pra tocar com ótima estrutura em termos de som e luz. Aqui no Brasil há muitos lugares que deixam a desejar nesse sentido.

RtM: Ainda referente ao Live in Germay, como foi pensada a escolha do set list? E ficou de fora alguma música que o pessoal da banda curte tocar?

ROGER HAMMER - Nós nos baseamos no repertório que tocamos com frequência aqui no Brasil. Já eram musicas que tocávamos há um bom tempo. Já estávamos acostumados a tocá-las com facilidade. Queríamos ter colocado também no Cd as músicas “Memories of A Metal” e “Die for Glory”, mas havíamos tocado ambas um dia antes no mesmo festival e por isso deu diferença na captação do som. Por esse motivo achamos melhor deixá-las de fora.

RtM: Pesquisando outras entrevistas dadas pela banda, achei uma declaração bem forte onde vocês deixavam bem claro que o Brasil não é o país do Heavy Metal. Atualmente vocês acreditam que esse cenário vem mudando? E o que impede o heavy metal nacional de ter o merecido destaque?

Brasileiros preparam novo disco de estúdio ainda este ano


ROGER HAMMER - Infelizmente o Brasil não é mesmo o país do heavy metal! Aqui as pessoas só valorizam porcarias como Axé, Funk, Sertanejo, etc. Isso impede de termos um espaço melhor e maior aqui. Mudando está, mas acho que vai demorar um pouco ainda para as coisas chegarem num nível ideal.

RtM: Tendo contrato com gravadoras internacionais, como você vê a questão da pirataria e do download na internet? Até que ponto isso prejudica as bandas?

ROGER HAMMERAssim como a qualquer músico profissional, os downloads e a pirataria nos prejudicam em termos de vendagem de Cds. É algo que já saiu do controle e acho difícil mudar isso. Por outro lado, em termos de divulgação, a era digital trouxe muitos benefícios! Antes você tinha que juntar algumas moedas pra poder comprar uma revista de metal nas bancas. Hoje, você acessa a internet em qualquer lugar e pode ter informações sobre bandas, festivais, etc...

RtM: Recentemente a banda fizer uma turnê pelo nordeste. Existem planos para shows aqui na região sul?

ROGER HAMMER – Após o excelente show que fizemos em Campina Grande, na Paraíba, tocaremos na quinta edição do festival Triumph Of Metal em Pouso Alegre, Minas Gerais, no dia 05 de Novembro. Mas, na verdade, nesse momento estamos concentrados nas gravações do nosso próximo Cd, "Keep It Hellish"! O álbum será lançado na Europa em fevereiro do ano que vem pela Pure Steel Records. Depois disso, com certeza, iremos fazer novos shows pelo Brasil, inclusive pelo Sul. Também faremos uma nova turnê européia em 2012.

RtM: Sendo antes de mais nada headbanger, você poderia tecer alguns comentários sobre algumas bandas seminais da história do Heavy Metal?

ROGER HAMMER - Iron Maiden sempre será Iron Maiden! Independente se fizerem Cds melhores ou piores do que os clássicos do passado. Nenhuma outra banda conseguira atingir o patamar que essa banda atingiu, principalmente nos dias de hoje. Quem sabe o Hellish War!? : )
O
Running Wild pra mim sempre será umas das melhores bandas de heavy metal que já existiram! Foi bom ter acabado antes que começasse a fazer merda!
Em relação as outras, me desculpe, mas não conheço muito bem para poder comentar.


Puro e Verdadeiro Heavy Metal: HELLISH WAR!

RtM: Obrigado pela entrevista. Ter uma banda como a Hellish War entre nossas postagens é uma honra para nós do Road to Metal. Gostaria de deixar algum recado para os leitores do nosso blog?

ROGER HAMMER - Obrigado a todos os fãs de heavy metal! Que continuem apreciando o estilo sem se deixarem enganar por outros que não vão muito longe. Metal Forever.


Entrevista: Harley

Fotos: Eliton Tomasi, Divulgação e Jorg Muller

Introdução/revisão: Eduardo Cadore


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