No mundo do Metal há muitas bandas que recebem tributos todos os anos, entre elas Judas Priest, Iron Maiden, Black Sabbath. O lendário vocalista desta última, Ozzy Osbourne, porém, teve o privilégio de receber um dos melhores tributos já gravados.
Para entender o que estou falando, dê uma olhada nas feras (verdadeiras estrelas) que homenageiam um dos pais do Heavy Metal: Lemmy Kilmister (vocal/baixo Motorhead), Dee Snider (vocal Twisted Sister, Window Maker), Yngwie Malmsteen (guitarrista), Jason Bonham (filho de John Bonham, ex-baterista do Led Zeppelin), Bruce Kulick (guitarra, ex-Kiss), Jeff Scott Soto (vocal, Malmsteen, Talisman, Axel Rudi Pell, entre outros) e Tim Owens (vocal, ex-Judas Priest, ex- Iced Earth, atual Yngwie Malmsteen Risisng Force).
Lançado em 2000, “A tribute to Ozzy - Bat Head Soup” (nome muito bem apropriado, já que Ozzy ficou muito conhecido por haver mordido um morcego real em um show) traz as principais músicas do Madman quando estava no Black Sabbath (de 1970 até 1978) e grande parte dos clássicos de sua carreira solo.
A idéia foi de fazer algumas jans com músicos consagrados do Rock e Heavy Metal. Isso deu muito certo e, ao lado de “Numbers From The Beast-An All Star Salute To Iron Maiden” (2005), se mostra como um dos melhores tributos já gravados.
Logo de cara o mega clássico “Mr. Crowley” detona, sendo para mim a melhor faixa do álbum, com Tim Owens detonando, com uma performance perfeita, tornando a música muito marcante, assim como os riffs originais da lenda morta Randy Rhoads (morto no inicio dos anos 1980 num acidente de avião) tocada por Malmsteen.
Poder ouvir Lemmy Kilmister do Motorhead interpretando “Desire” (faixa do disco “No More Tears”, cuja faixa de título escrita com Ozzy e gravada pelo próprio Lemmy) também traz um sabor especial ao disco.
Além dessas estrelas, Dee Snider não podia faltar. Ele detona em “Crazy Train”, tendo como companheiro na batera ninguém menos que Jason Boham, filho do lendário John Boham, baterista do led Zeppelin que morrera na década de 70.
“Hellraiser” traz Joe Linn Turner (Rainbow, Deep Purple e outros) muito bem, mesmo não sendo um das melhores do disco. Ao contrário de “Shot in the Dark”, com Jeff Scott Soto nos vocais, Derek Sherinian (ex-Dream Theater) nos teclados e Bruce Kulick (ex-Kiss) nas guitarras.
As demais são boas interpretações, com nomes menos conhecidos (pelo menos para mim), mas que configuram este álbum como um dos melhores álbum-tributo que eu já ouvira.
Uma ótima homenagem ao Madman, nosso velho Pai do Heavy Metal.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Vários
Álbum: A Tribute to Ozzy – Bat Head Soup
Ano: 2000
Tipo: Heavy Metal e Hard Rock
Link (do Blog NWOHMETAL): http://www.axifile.com/index.php?file=4590333
Tracklist
1. Mr. Crowley - Yngwie Malmsteen/Tim "Ripper" Owens et al
2. Over the Mountain - Mark Slaughter/Brad Gillis et al
3. Desire - Lemmy Kilmister/Richie Kotzen et al
4. Crazy Train - Dee Snider/Jason Bonham et al
5. Goodbye to Romance - Lisa Loeb/Dweezil Zappa
6. Hellraiser - Joe Lynn Turner/Steve Lukather et al
7. Shot in the Dark - Bruce Kulick/Derek Sherinian et al
8. Children of the Grave - Paul Gilbert/Jeff Martin et al
9. Paranoid - Vince Neil/George Lynch
10. Suicide Solution - James Book/Nick Lucero et al
11. I Don't Know - Jack Blades/Reb Beach et al
domingo, 31 de maio de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
Stratovarius Retorna com Álbum Para os Fãs
Os finlandeses do Stratovarius não podem dizer que foram uma banda sem turbulências. Talvez na história do metal contemporâneo, a banda seja uma das que mais enfrentou problemas graves, desde problemas mentais e com drogas, até o término da banda em 2008 e álbuns muito diferentes do que os fãs esperam dessa lenda do Power/Speed Metal mundial.
O núcleo da banda tem mais de 25 anos (surge em 1984), a banda em si duas décadas (1989). E desde o primeiro álbum “Fright Night” (1989), Timmo Tolkki foi o maior compositor e líder da banda.
Mas desde 2005 a banda têm tido inúmeros problemas, entre eles a “confusão” mental de Tolkki (que mandou todos os membros embora, chamando uma vocalista feminina que nunca gravou nada, nem se apresentou, causando estupefação nos fãs), álbuns como “Elements Part II” (2003) e “Stratovarius” (2005) ficaram muito abaixo das expectativas para uma banda de renome e a banda anuncia o seu fim em 2008.
Depois de muito bate boca na mídia, Tolkki “permite” que a banda continue sem ele e vai montar seu “projeto” (que a esta altura já se tornou banda com o disco “Age of Aquarius” recém lançado) Revolution Rennaissence, que conta agora com os brasileiros Gus Monsanto (ex-Adagio) nos vocais e Bruno Agra no baixo.
A banda, então, chamou Matias Kupiainen de apenas 25 anos para assumir as guitarras, mantendo a formação com Timo Kotipelto (vocais), Lauri Porra (baixo) (é esse sobrenome mesmo, não é brincadeira), Jorg Michael (bateria) e Jens Johansson (teclados e piano).
Neste mês de maio lançam o décimo segundo disco da banda, “Polaris” (2009), que pode finalmente ser considerado feito para os fãs da banda, não como pressão da gravadora (como estava ocorrendo).
Polaris nos remete à fase áurea da banda, dos discos como “Visions” (1997), “Destiny” (1998) e “Infinity” (2000), em que abanda mistura melodia, rapidez, peso e orquestrações. Não há muito exagero em dizer ser um dos melhores discos da banda, com o vocal inconfundível (mas às vezes irritante) de Kotipelto, os belos trabalhos de teclados de Jens, especialmente na fantástica “Winter Skies”.
“Deep Unknown” vem dizer a todos que a banda está de volta ao Power/Speed
Metal. A melhor do álbum (talvez por isso ganhou um video clip). Outros destaques ficam para “Falling Star”, “Blind” (empolgante de verdade), “Forever is Today” (com Matias mostrando sua habilidade) e “Higher We Go” (um dos melhores refrões da história da banda).
O ponto baixo do álbum são “Emmancipation Suite”, parte I e II. Não ques ejam ruins, mas fogem muito do restante do álbum e se mostram melancólicas demais (uma sombra ainda da fase Tolkki?).
Este disco pode ser a volta ao lugar de Mestres do estilo aos finlandeses. O disco está na segunda posição dos mais vendidos em seu país natal (dificilmente veremos um disco do Angra nos primeiros lugares aqui no Brasil) e mostra que Stratovarius está mais vivo do que imaginávamos. Que bom!
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Stratovarius
Álbum: Polaris
Ano: 2009
Tipo: Power/Speed Metal
País: Finlândia
Link (do blog Musikfactory): http://www.megaupload.com/?d=KHDIPAM3
Formação
Timo Kotipelto (Vocais)
Matias Kupiainen (Guitarras)
Lauri Porra (Baixo)
Jorg Michael (Bateria)
Jens Johansson (Teclados)
Tracklist
1. Deep Unknown
2. Falling Star
3. King of Nothing
4. Blind
5. Winter Skies
6. Forever Is Today
7. Higher We Go
8. Somehow Precious
9. Emancipation Suite I: Dusk
10. Emancipation Suite II: Dawn
11. When Mountains Fall
12. Deep Unknown (Mikko Raita Vinyl Mix)
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terça-feira, 26 de maio de 2009
Entrevista: Herege Alçando Voos
Depois de um bom tempo sem entrevistas, o Road to Metal volta em grande companhia, com a banda brasileira Herege. Os caras tocam à anos um Heavy Metal tradicional para derrubar paredes e dar muito torcicolo por onde passam. Surgido no interior do Rio Grande do Sul, a banda agora reside em Santa Catarina e possui alguns lançamentos, inclusive com seu álbum de estréia recebendo ótimas críticas da mídia especializada (nota 9 na Roadie Crew, número 121).
A banda é formada Dennis Lima (vocal), Dalton Castro (guitarra), Nestor Rodriguez (guitarra) Rodrigo Dantas (baixo) e Mauricio Velasco (bateria). Quem responde as questões pela banda aqui são o Dalton e o Rodrigo, que nos falam sobra a trajetória da banda, desde sua origem em Cruz Alta/RS até a atual fase com a repercursão fantástica de "Herege", primeiro álbum da banda.
Sem mais delongas, é um prazer ter como entrevistada mais esta grande banda que está alçando voos e já alcançou patamares que poucas bandas fora do eixo RJ-SP conseguem.
Road to Metal:Primeiro, obrigado por aceitar responder a algumas questões sobre a Herege.
Podem falar como, onde e com quem a banda surgiu?
RODRIGO: A Herege surgiu em setembro de 2001, numa cidade decadente e conservadora do interior do RS chamada Cruz Alta. Eu tinha 15 anos, já havia começado uma vida sexualmente ativa e estava adentrando ao “mundo” das drogas, no entanto havia fracassado na minha primeira tentativa de ter uma banda e fazer algum barulho mais ou menos bem tocado. Ou seja, a santíssima trindade estava incompleta, havia sexo e drogas, mas estava faltando o tocar rock n’ roll.
Eu e o Selvino (guitarra) continuamos vagabundeando pelas ruas e tocando juntos após o término da Dark, nossa primeira banda. Havíamos decidido que o nosso negócio era a tosqueira, que deveríamos tocar punk-hardcore e desistir de tocar músicas trabalhadas. Só que para isso precisávamos de um batera que também estivesse a fim disso.
O Maurício era meu colega de escola e, certa vez, havia me dito que tocava batera. Então fizemos um ensaio com ele para tocarmos alguns covers de Ramones. No entanto, na metade do ensaio, não nos agüentamos e começamos a tocar Metallica e Black Sabbath. As músicas saíram melhores do que pensávamos. Daí o Mauri disse que conhecia um vocalista e que poderia convidá-lo para um próximo ensaio. O vocalista era o Dennis. Ainda me lembro muito bem da primeira vez que ouvi a voz dele cantando... “Breaking the law”... finalmente havia conhecido um vocalista.
A partir de então, começamos a tirar alguns covers e, mais tarde, a fazermos músicas próprias.
Éramos novos, imaturos, estávamos tocando bem e nos divertindo. Foi um bom começo...
RTM:Atualmente a banda passou por reformulações no seu line-up. O que causou a saída do vocalista Dennis de Lima?
Dalton – A saída do Dennis foi algo passageiro por questões particulares, profissionais, alguns desentendimentos também. Bom, isso é o suficiente sobre sua saída, e como disse foi algo passageiro. Agora sobre sua volta (risos): a 2 meses atrás voltamos a trocar idéias e decidimos fazer um ensaio (como no velhos tempos) pra ver o que ia dar. O resultado já era esperado, Dennis voltou a ser o nosso vocalista! Questões de amizade de longa data; o fato de ele estar cantando demais, com pegada e muito feeling influenciaram diretamente sua volta.
Vocês podem conferir isso nos vídeos do show da sua volta no John Bull Pub nesse mês de abril aqui em Balneário Camboriú, o show inteiro está disponível no youtube no canal “metalherege”.
RTM:Vocês já possuem 3 demos e um relançamento em formato EP. Como vocês percebem a evolução/mudança em relação ao seu álbum de estréia?
RODRIGO: Em nossas demos, principalmente na Metal World (2004), buscávamos soar como bandas clássicas do Heavy Metal e fazíamos de tudo para nos afirmarmos com uma fiel representante do estilo. Quando surgiu a idéia de gravarmos o nosso primeiro disco, em meados de 2006, não queríamos e não precisávamos mais ficar afirmando “somos uma banda de Heavy Metal!!!” e nem soar como outra banda. Queríamos fazer um som original. Em 2007 gravamos “Herege”, que foi lançado há apenas alguns meses. Acho que conseguimos uma sonoridade Heavy Metal original, sem repetir velhas receitas. Atualmente estamos a compor músicas para o segundo álbum, o qual pretendemos gravar em 2010.
De 2006, quando compomos o “Herege”, até hoje, muitas coisas mudaram em nossas vidas, e isso também se reflete no som. A forma como estamos compondo as novas músicas é bem diferente de como fazíamos antes: compomos juntos; não queremos soar como ninguém, apenas como nós mesmos, o que faz ser dissipada preocupação de nos encaixarmos em algum estilo e ampliado o leque da nossa criatividade.
RTM:Esse primeiro fullleght traz 10 faixas (contando a introcução) de puro Heavy Metal oitentista. Qual as influências sonoras e vivenciais da banda?
RODRIGO: Sonora é o Rock em geral, não só dos anos oitenta. Vivencial é a “santíssima trindade” à qual me referi na primeira pergunta. Como somos uma banda independente, todos trabalhamos e nos envolvemos em outras coisas que não somente a Herege, mas que são tão rock n’ roll quanto se ter uma banda. Por exemplo, curso História na UFSM; trabalho na recepção do Restaurante Universitário; estou abrindo um comércio de bebidas onde haverá várias atividades-exposições-intervenções artísticas; escrevo contos; gosto de cozinhar; curto ler Nietzsche, Foucault, Caio Fernando Abreu, Milan Kundera; Anaïs Nïn, dentre outros tantos filósofos e literatos; mantenho várias relações poligâmicas; já fui e sou taxado de várias coisas: pós-moderno; anarquista; bicha; drogado; tarado; poser; esquizofrênico; ninfomaníaco; playboy; pé rapado; filho da puta; egocêntrico; manipulador; inspirador; compreensivo; rebelde sem causa; rebelde com causa; cult... No final das contas, ninguém pode dizer realmente o que sou, nem mesmo eu, pois não sou apenas um, ninguém é. Isso tudo influencia nas atividades da banda, que são muito mais do que o tocar e compor, pois dão o tom de um viver artístico e simbiótico.
RTM:Quais as faixas que tem merecido maiores destaques, tanto pela midia quanto pelos fãs?
RODRIGO: Cada resenha que sai dá destaque para uma música diferente. Mas acho que “Last day of the Führer” é a que faz mais a cabeça dos bangers de plantão, enquanto “Free yourself” tem um maior efeito naqueles que curtem uma linha mais hard.
RTM:Quem surgiu com a idéia da capa e da temática de guerra, ditadura? Como vocês mesmo dizem no site, fogem de temas mais fantásticos se concentrando na realidade, o que creio ser um ponto forte da banda.
RODRIGO: Se não me engano, a capa foi idéia do próprio artista que a produziu. Quanto à temática, aconteceu o seguinte: em 2006, o Dalton deu a idéia de fazermos um disco conceitual. Só que isso exigiria muito de nós, pois as músicas deveriam manter uma continuidade. Optamos então por fazermos um disco que abordasse certos temas, ou seja, um disco temático com um cunho politizado, pois achávamos (e ainda achamos) que a maioria das bandas de Metal que têm surgido por aí só falam de fadas e dragões ou então de trevas e espadas. Outra coisa que pesou bastante na escolha/abordagem dos temas foi o lance do marxismo, pois naquela época eu estava bem envolvido com militância de esquerda organizada e tudo o mais, e isso é bem visível em alguns trechos.
RTM:Como é o processo de composição na banda?
RODRIGO: Eu escrevo as letras e todos contribuem para a parte musical, seja com os riffs principais, seja com levadas de batera ou com linhas de vocal.
RTM:Agora sobre os novos integrantes. Como vocês encontraram o novo guitarrista argentino Nestor Rodrigues, quais seus antecedentes e o que se pode dizer sobre ele?
Dalton – Foi mais ou menos assim: você chega a um lugar novo, acaba conhecendo pessoas novas, que por sua vez também conhecem pessoas que conhecem pessoas. Numa dessas conversas acaba surgindo sempre alguém que diz: “aquele cara lá toca guitarra muitíssimo bem”. Ai você pensa: preciso saber quem é essa figura. (risos). Resumindo: acabei conhecendo o Nestor no estúdio em que trabalhei um tempo atrás e lhe fiz a proposta de tocar conosco e aqui estamos. Sobre seus antecedentes, não sei de muitas bandas que tocou quando morava na Argentina, mas sei que fez parte de outras bandas aqui no Brasil e no momento tem em paralelo uma banda de Death Metal com influencias de Jazz (loucura não?) chamada Esophagos, inclusive o baterista Adriano Pereira é nosso técnico de som.
O Nestor sem sombra de dúvidas é uma excelente adição na Herege, sendo como músico, como um excelente amigo; um cara inteligente, responsável e a fim de fazer Heavy Metal custe o que custar! Obviamente formamos uma dupla e tanto de guitarras inclusive!
RTM:Vocês estão para divulgar o nome do novo vocalista, conhecido no noroeste do estado por Alex "Dickinson", devido ao seu timbre semelhante com o vocalista do Iron Maiden. O que isso modificará na banda, afinal um vocal diferente do antigo vocalista Dennis de Lima?
Dalton – Como em uma pergunta anterior, já explicitei que o Dennis voltou a ser nosso vocalista e creio que isso já saiu nos meios de comunicação nesse mês de abril. Não funcionou com o Alex, a principio parecia estar indo bem, fizemos o show na Orquídea Festival, e depois outros fatores que não quero mencionar aqui acabaram prejudicando a sua permanência na banda. O lance de ser comparado pelo timbre com Bruce Dickinson é algo que não iria nos ajudar, pois o mundo já tem um Bruce, e não daria atenção a um segundo Bruce. Enfim, temos Dennis novamente, estamos muito felizes com isso e acreditamos no seu talento, na sua identidade como vocalista e interprete. Agora é correr pros palcos pois a banda está mais do que completa.
RTM:Observei a apresentação em video de um show da banda e vocês contam com uma ótima presença de palco. O que os fãs podem esperar com os shows após esse grande passo com o álbum "Herege"?
RODRIGO: Mais do que nunca, atitudesompesadoentorpecidotesudo.
RTM:Quais os planos para divulgação nos palcos este ano? Alguma data já fechada ou previsão de novo material para 2009?
Dalton – Até alguns meses atrás estávamos com uma grande bagunça, o período em que o Dennis esteve fora e mais alguns probleminhas deixaram a gente com dificuldades para pensar na divulgação do nosso trabalho. Agora as coisas estão mais direcionadas a shows, shows e shows, divulgação pela internet ajuda, mas os metalheads querem ver o que você sabe fazer fora do estúdio também, ou seja: cara a cara no palco, banda e público! Compreende?
Tenho pra dizer que os últimos 2 anos foram meio tumultuados devido a mudanças de cidades (me refiro a mim, Dennis e Mauricio, pois abortamos aquela merda de cidade chamada Cruz Alta), trabalhos, estabilidades financeiras, contas a pagar e todas essas merdas do cotidiano proletário. Mas tenho pra dizer também que não importa o quanto você bate e sim o quanto você agüenta apanhar, e por essas palavras que se fazem os grandes homens que lutam por seus ideais e sonhos.
Em se tratando de um novo material: temos sim uma carta na manga, ou melhor: uma não! Várias! Já temos aqui em casa mais ou menos uns 12 esqueletos de músicas para lapidar e montar um novo álbum. O plano é gravar entre janeiro e fevereiro de 2010 o segundo disco, e lançá-lo no mesmo ano se o nosso bolso estiver de bom humor (risos).
RTM:A banda tem recebido ótimas críticas da mídia especializada, inclusive nova 9,0 na aclamada Rodie Crew. Como isso tem sido para vocês e quais os efeitos desse apoio da imprensa?
RODRIGO: Modéstia à parte, nós já esperávamos por boas respostas. Quando se despende todo um esforço (financeiro; psicológico; físico; intelectual...) para gravar um disco, o que se espera são boas respostas, do contrário, é melhor nem gravar nada.
A imprensa tem apoiado bastante. Talvez o maior efeito desse apoio tenha sido o de despertar a curiosidade da galera em conhecer a banda (disco, nós, shows...), o que já é muito importante para uma banda independente.
RTM:É isso então. Uma honra tê-los no Road To Metal e desejo sucesso a banda, que merece e que continue com essa potência. Valeu!
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
O Demônio que Todos Conhecem: Volta Fantástica dos Pais do Heavy Metal
O ano de 2008 foi fantástico em muitos sentidos, especialmente se estamos falando em grandes álbuns de gigantes do Rock e Metal. Lembramos aqui “Death Magnetic” do Metallica e “Black Ice” do AC/DC (ambos ficando na primeira colocação da Bilbord).
Mas quando achávamos que 2009 não estaria à altura (com o Iron Maiden sem material inédito, Megadeth idem, entre outros), eis que o Heaven and Hell, que criou o Heavy Metal com o nome de Black Sabbath no inicío dos anos 70 afirmam: lançaremos novo álbum que será a mistura dos discos da fase com Dio (vocais) e Appice (bateria), além, claro, dos pais do Metal Geezer Buttler (baixo) e Tony Iommi (guitarra).
Muita expectativa rondou o que é o álbum mais próximo de um Black Sabbath ser lançado desde 1995, quando a banda (na época somente com Iommi dessa formação) lançou seu último disco “Forbidden”, bom, mas não à altura da banda.
Com o retorno de Dio e Appice por volta de 2006 e o lançamento de um ao vivo com duas inéditas em 2007 (vide resenha abaixo), o retorno de uma das melhores (senão a melhor) formações da banda foi se tornando realidade, já que boatos de álbum inédito com Ozzy Osbourne (vocais) e Bill Ward (bateria), ou seja, a formação original, todos os meses rodava pela internet.
Mas em abril passado os fãs e o mundo metálico como um todo pôde conhecer “The Devil You Know” (2009), primeiro disco de estúdio da banda com o nome de Heaven and Hell e quarto com Dio nos vocais (terceiro com Appice, pois em “Heaven and Hell” de 1980 Bill Ward dominava as baquetas). Uma nota: confira a capa e me diga se ela não deixa muita banda de Death/Black Metal por aí no chinelo?
Não consigo descrever em palavras a sensação contemporânea de estar vivendo num mesmo mundo onde deuses como Dio e Iommi se uniram para lançar o que é, para mim, um dos melkhores álbuns deste milênio e com certeza o melhor de 2009 (quero ver alguém bater este).
Tudo o que você espera de um disco com essas quatro estrelas aqui você encontra: letras fortes, marcantes, riffs que só Iommi é capaz de criar, um baixo que salta aos ouvidos, bateria muito pesada e criativa e um vocal que é, com certeza, um dos três melhores do mundo (ao lado de Bruce Dickinson e Ian Gillan).
São 10 faixas completamente inéditas que nos remetem ao álbum “Dehumanizar” (1992), mas com um “quê” a mais que só músicos com mais de 40 anos de estrada são capazes de fazer bem. Não esquecendo aquela levada mais Hard que Mob Rules (1981) trouxe à banda e, claro, palhetadas e dedilhados que nos levam de volta à 1980, quando “Heaven and Hell” foi liberado (vide resenha da seção clássicos).
O álbum começa com a arrastada e macabra (que deixa muita música da fase Ozzy parecer coisinha de bebê) “Atom and Evil”. Melhor estilo Black Sabbath. Segue com “Fear”, um pouco mais rápida mas não menos macabra.
O terceiro petardo traz um Iommi “possuído”, muitos solos e um riff marcante demais para não sairmos cantarolando rua afora e uma intro dedilhada que lembra “Children of the Sea” (de 1980). A música chama-se “Bible Black”. Nome mais que apropriado e uma das melhores do disco (e a primeira a ser liberada na internet pela banda).
“Double the Pain” tem Geezer iniciando com seu baixo, que não é uma introdução como no cla´ssico “N.I.B.” mas não decepciona. Dio, como sempre, alcançando altas notas sem precisar ficar aos gritos no microfone. Um dos melhores refrões do álbum estão nessa faixa.
A quinta música é espetacular. Até um bebê sabe se tratar de Iommi nas guitarras e Dio (novidade) nos vocais. “Rock & Roll Angel” parece ter sido tirada de “Mob Rules” e vai saber se não o foi realmente. Uma volta aos anos 80.
“The Turn of the Screw” vem logo em seguida e também divide com muitas o destaque.Na verdade, não há uma mísrea música ruim, o que é raro hoje em dia. Geezer novaente dá um show aqui, junto com seu parceiro de cozinha, Appice.
A sétima sina é “Eating the Cannibals”. Simplesmente perfeita. Dio com todo fôlego, Iommi com seus riffs (que já estão enjoados de ler sobre). Nota 1000!
“Follow the Tears” é uma música tensa que te deixa bastante apreenssivo pelo que virá. Não pude deixar de lembrar “Zero The Hero”, do disco “Born Again” (1983), com Ian Gillan (deep Purple) nos vocais. Ótima canção no nível das demais.
Penúltima faixa, “Neverwhere” é simplesmente uma nova “Paranoid” (1970), o que é ótimo. Abrindo com um riff rápido que lembra esse grande clássico, é com certeza o maior destaque para mim no álbum.
Para fechar, “Breaking Into Heaven” não é mais que apropriada, juntando todos os elementos do álbum.
Texto extenso esse mas que não poderia deixar de sê-lo, afinal, não é todo ano que os pais do Heavy Metal lançam algo, ainda mais nesse nível, ainda mais com vários shows pelo Brasil. Esse é um disco que te faz pensar: “é melhor que o Ozzy continue em sua carreira solo”. Esse é o Black Sabbath (só que com outro nome) que quero para sempre lembrar.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Heaven and Hell
Álbum: The Devil You Know
Ano: 2009
Tipo: Heavy Metal
País: Inglaterra
Link (do blog Musikfactory): http://rapidshare.com/files/221459947/heaven_and_hell_-_2009_-_the_devil_you_know-gym-rf47-mf.rar
Formação
Ronnie James Dio (vocais)
Tony Iommi (guitarras)
Geezer Butler (baixo)
Vinnie Appice (bateria)
Tracklist
1. Atom & Evil
2. Fear
3. Bible Black
4. Double the Pain
5. Rock & Roll Angel
6. The Turn of the Screw
7. Eating the Cannibals
8. Follow the Tears
9. Neverwhere
10. Breaking into Heaven
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sexta-feira, 22 de maio de 2009
Alice Cooper: O Contator de Histórias
Desculpe-me o título do artigo, mas ele cai como uma luva para esta que é uma das maiores figuras da história do Rock & Roll. Estou falando em Vicent Damon Furnier, cujo nome artístico é Alice Cooper.
Este americano assombra os palcos desde os anos sessenta mesclando um Hard Rock “sujo” com o terror/horror dos temas debatidos, em que os palcos seguem à risca.
Como contador de história, nos presenteiou ano passado com “Along Came A Spider” (2008), que está ainda repercutindo como um dos seus melhores trabalhos em anos. Também pudera, com esse “dream team” do Hard Rock que o acompanha: Eric Singer na bateria (já tocou, entre outros, com Black Sabbath, Kiss e Avantasia) (que também gravara o álbum Dirty Diamonds de 2005), Keri Kelli e Jason Hook nas guitarras e Chuck Garric no baixo.
Neste vigéssimo quinto álbum (!), Tia Alice (para os fãs) traz aquele hard rock setentista que o fez decolar como uma das referências do estilo, primeiro tomando conta dos EUA e depois o mundo.
Outra qualidade deste álbum foi a participação de Slash (ex-Guns and Roses, atual Velvet Revolver) e sua guitarra na faixa “Vengeance is Mine”, um dos destaques do álbum e Ozzy Osbourne (Black Sabbath) em “Wake UpThe Dead”.
Além dessas participações, músicas como “Catch Me If You Can”, “(In Touch With) Your Feminine”, “I’m Hungry” e “Wrapped in Silk” são puro Hard Rock, lembrando o que Cooper fazia e outras bandas como Kiss e Aerosmith, em seus tempos antigos.
Mas também, como sempre, Cooper não esqueceu das baladas, e como disse em entrevista à Rodie Crew (Número 120), havia criado uma música meio que “John Lennon”, mais calma e deixando ela fluir. Assim nasceu “Killed By Love”, ótima faixa com solos perfeitos e uma harmonia entre a banda que deixou a música perfeita. Para companhar essa, “Salvation” também pode ser considerada a mais calma do disco (com um ótimo refrão).
Não podemos esquecer de falar um pouco sobre a estória do álbum. Trata-se de um serial killer chamado Spider. Ao longo das faixas vamos conhecendo essa personagem, até mesmo qualidades como o amor, mas sem nunca abandonar sua sede pelo sangue. Pode parecer banal para um filme de terror, mas com certeza não o é para um álbum de Rock, ainda mais tendo como criador ninguém menos que Alice Cooper.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Alice Cooper
Álbum: Along Came a Spider
Ano: 2008
Tipo: Hard Rock
País: EUA
Link (do blog Armazém do Som): http://rapidshare.com/files/127914657/alice_cooper-2008-along_came_a_spider.rar
Formação:
Alice Cooper (Vocais)
Eric Singer (Bateria)
Keri Kelli (Guitarra)
Jason Hook (Guitarra)
Chuck Garric (Baixo)
Slash (Guitarra em “Vengeance is Mine”)
Ozzy Osbourne (Vocais em “Wake Uo The Dead)
Tracklist:
01. Prologue/I Know Where You Live
02. Vengeance Is Mine
03. Wake The Dead
04. Catch Me If You Can
05. (In Touch With) Your Feminine Side
06. Wrapped In Silk
07. Killed By Love 08. I’m Hungry
09. The One That Got Away
10. Salvation
11. Epilogue/I Am The Spider
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domingo, 17 de maio de 2009
Novo Álbum Para Velhos Fãs
Lacuna Coil há muito tem se tornado referência dentro do que costumamos chamar de Gothic Metal. Esse sexteto surge na Itália, comandados pelos vocalistas Andréa Ferro e (a bela, diga-se de passagem) Cristina Scabbia. Esta, aliás, participou da regravação de “A Tout Le Mond” no último disco do Megadeth (inclusive participando do videoclip).
A banda surge no meio daquela onda de bandas com vocais femininos. Mas seu diferencial, entre tantas, é que possui um trabalho com dois vocalistas em palco, sem precisar que Andréa utilize linhas mais guturais, como outras tantas.
A banda tem em sua discografia apenas 5 álbuns de estúdio completos, mas também Eps e singles que ajudaram a banda a ser uma das primeiras a serem lembradas.
Muitas vezes taxados de New Metal, eles preferem dizer que são uma banda de Alternative Metal. Mas rótulos a parte, a banda sempre me atraiu e faziam falta aqui no Road to Metal.
Assim, vamos comentar sobre o último disco da banda, recém saído do forno, “Shallow Life”. Diferentemente um pouco de seu antecessor “Karmacode” (2006), neste a banda parece ter tirado do baú músicas que poderiam estar em “Comalies” (2002), para mim melhor disco da banda.
Ou seja, posso dizer que o álbum me agradou bastante e pôde tirar um pouco meu medo de que a banda se venda demais, principalmente com bandinhas como Evanescence retornando à cena e tantas outras surgindo a cada fim de semana.
Os maiores destaques ficam para a faixa de abertura “Survive”, que poderia muito bem figurar em algum filme (isso é para ser um elogio), “Underdog” (com ótimo trabalho de Andréa), “I’m Not Afraid”, “The Maze” (com a dupla vocal detonando) e “Wide Awake” (balada do álbum, com Scabbia emocionante). Me prendi mais aos vocais pois a banda apresenta aquele som que caracteriza a banda, sem solos de guitarras, trabalhos simples no baixo/bateria e alguns efeitos nada exagerados que dão aquele clima mais alternativo para as músicas.
De uma maneira geral, este novo álbum é, de certa forma, uma retomada mais anterior da banda, mas que provavelmente agradará todos os fãs da banda. Não há muita “apelação” à efeitos eletrônicos como no antecessor e há aquele peso “natural” da banda.
É um álbum que continua a ascender a banda na cena mundial, sem deixar perder muito de suas raízes nem se “vendendo” muito ao mainstream norte-americano, que tão bem captura as originalidades européias(confira um videoclip desse álbum http://www.youtube.com/watch?v=l97nezRRsns). E Lacuna Coil é, antes de tudo, original.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Lacuna Coil
Álbum: Shallow Life
Ano: 2009
País: Itália
Tipo: Alternative/Gothic Metal
Link (do Orkut): Parte I http://link-protector.com/741526/
Parte II http://link-protector.com/741527/
Formação:
Cristina Scabbia (vocais)
Andréa Ferro (vocais)
Cristiano Migliore (guitarra)
Marco Coti Zelati (baixista)
Cristiano Mozzati (bateria)
Marco Biazzi (guitarra)
Tracklist
01. Survive
02. I Won’t Tell You
03. Not Enough
04. I’m Not Afraid
05. I Like It
06. Underdog
07. The Pain
08. Spellbound
09. Wide Awake
10. The Maze
11. Unchained
12. Shallow Life
13. Oblivion (Bonus Track)
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Alternative Metal,
Itália,
Lacuna Coil
Candlemass: Mestres do Doom com Novo Álbum
Já vou avisando de início que conheço pouco do subgênero Doom Metal e que escutei poucas faixas da banda Candlemass, embora sempre tenha ouvido falar dela.
Tal foi minha grande surpresa ao escutar o último discos dos caras e ficar com o queixo no chão, pensando: “Como demorei tanto tempo para prestar atenção nessa banda”.
Talvez os mais radicais torçam o nariz para este que é o décimo álbum de estúdio dos suecos surgidos na segunda metade da década de 80, mais precisamente em 1986 com seu primeiro disco.
Houveram inúmeras modificações de integrantes, término da banda duas vezes para a volta neste novo milênio.
Para o recém lançado “Death Doom Magic”, o vocalista Robert Lowe já está integrado a banda (ele também canta na banda “Solitude Aeternus") e há uma “química” de surpreender entre os integrantes. Não que isso já não existisse (como eu disse, pouco conheço da banda), mas o que quero dizer que o álbum tem força, tem poder. Já vou dizer por quê.
Em primeiro lugar, porque a banda tem um grand enome e, assim, experiência. Segundo, porque com um vocal como o do Lowe, que possui uma levada mais Heavy Metal, a banda ainda permanece com os pés no Doom, com guitarras “arrastadas” mas com aquela maior liberdade de ritmos vocais que só os vocais assim permitem.
A banda nesse disco conta com Leif Edling (baixo, fundador da banda), Lars Johansson (guitarra), Robert Lowe (vocais), Mats Bjorkman (guitarras) e Jan Lindh (bateria) e temos aqui muito mais que um simples cd de Doom Metal, mas simplesmente os mestres em ação.
Ele abre com a empolgante “If I Ever Die” (quebradeira e riffs perfeitos de guitarra), seguindo pela “sabbathica” (até parece que o Iommi participou dessa faixa) “Hammer of doom” (título mais que apropriado). Isso é Doom puro.
“The Bleeding Baroness” é um show a parte, especialmente o refrão forte aos pulmões de Lowe (lembrando a finada banda Morgana Lefay). Outros destaques são “The House of Thousand Voices”, “Dead Angel” e “My Funeral Dreams”.
Não sou a melhor pesoa para falar dessa banda, mas este disco com certeza agradou um não-fã de Doom Metal, o que pode ser ótimo para aqueles que realmente curtem, ou não, vai saber.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Candlemass
Álbum: Death Magic Doom
Ano: 2009
Tipo: Doom Metal
País: Suécia
Link (do blog Musikfactory); http://rapidshare.com/files/216403809/candlemass_-_2009_-_death_magic_doom-gym-rf47-mf.rar
Formação:
Leif Edling (baixo)
Lars Johansson (guitarra)
Robert Lowe (vocais)
Mats Bjorkman (guitarras)
Jan Lindh (bateria)
Tracklist:
1. If I Ever Die
2. Hammer Of Doom
3. The Bleeding Baroness
4. Demon Of The Deep
5. House Of 1000 Voices
6. Dead Angel
7. Clouds Of Dementia
8. My Funeral Dreams
Tal foi minha grande surpresa ao escutar o último discos dos caras e ficar com o queixo no chão, pensando: “Como demorei tanto tempo para prestar atenção nessa banda”.
Talvez os mais radicais torçam o nariz para este que é o décimo álbum de estúdio dos suecos surgidos na segunda metade da década de 80, mais precisamente em 1986 com seu primeiro disco.
Houveram inúmeras modificações de integrantes, término da banda duas vezes para a volta neste novo milênio.
Para o recém lançado “Death Doom Magic”, o vocalista Robert Lowe já está integrado a banda (ele também canta na banda “Solitude Aeternus") e há uma “química” de surpreender entre os integrantes. Não que isso já não existisse (como eu disse, pouco conheço da banda), mas o que quero dizer que o álbum tem força, tem poder. Já vou dizer por quê.
Em primeiro lugar, porque a banda tem um grand enome e, assim, experiência. Segundo, porque com um vocal como o do Lowe, que possui uma levada mais Heavy Metal, a banda ainda permanece com os pés no Doom, com guitarras “arrastadas” mas com aquela maior liberdade de ritmos vocais que só os vocais assim permitem.
A banda nesse disco conta com Leif Edling (baixo, fundador da banda), Lars Johansson (guitarra), Robert Lowe (vocais), Mats Bjorkman (guitarras) e Jan Lindh (bateria) e temos aqui muito mais que um simples cd de Doom Metal, mas simplesmente os mestres em ação.
Ele abre com a empolgante “If I Ever Die” (quebradeira e riffs perfeitos de guitarra), seguindo pela “sabbathica” (até parece que o Iommi participou dessa faixa) “Hammer of doom” (título mais que apropriado). Isso é Doom puro.
“The Bleeding Baroness” é um show a parte, especialmente o refrão forte aos pulmões de Lowe (lembrando a finada banda Morgana Lefay). Outros destaques são “The House of Thousand Voices”, “Dead Angel” e “My Funeral Dreams”.
Não sou a melhor pesoa para falar dessa banda, mas este disco com certeza agradou um não-fã de Doom Metal, o que pode ser ótimo para aqueles que realmente curtem, ou não, vai saber.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Candlemass
Álbum: Death Magic Doom
Ano: 2009
Tipo: Doom Metal
País: Suécia
Link (do blog Musikfactory); http://rapidshare.com/files/216403809/candlemass_-_2009_-_death_magic_doom-gym-rf47-mf.rar
Formação:
Leif Edling (baixo)
Lars Johansson (guitarra)
Robert Lowe (vocais)
Mats Bjorkman (guitarras)
Jan Lindh (bateria)
Tracklist:
1. If I Ever Die
2. Hammer Of Doom
3. The Bleeding Baroness
4. Demon Of The Deep
5. House Of 1000 Voices
6. Dead Angel
7. Clouds Of Dementia
8. My Funeral Dreams
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Doom Metal,
Suécia
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Resenha de Show: Iron Maiden no Quilmes Rock ’09, Buenos Aires, Argentina
Sétima apresentação da banda no país vizinho Argentina e a segunda passagem da turnê Somewhere Back in Time na capital Buenos Aires. Sou brasileiro e fui especialmente para Buenos Aires conferir pela segunda vez a Donzela de Ferro.
Antepenúltima apresentação da segunda parte da turnê, que manteve a base da realizada em 2008 (e que teve três shows no Brasil), com as novas velhas canções: “Wrathchild”, “Children of the Damned”, “Phantom of the Opera”, “Sanctuary”, “The Evil That Men Do”.
Com o palco muito semelhante ao do ano anterior, a produção foi impecável. Simplesmente perfeita. Podemos conferir todo o aparato que a banda levou para a Europa, com os dois Eddies, a cabra em “The Number of the Beast”, fogos em “Rime of the Ancient Mariner”, e assim por diante.
Com o palco muito semelhante ao do ano anterior, a produção foi impecável. Simplesmente perfeita. Podemos conferir todo o aparato que a banda levou para a Europa, com os dois Eddies, a cabra em “The Number of the Beast”, fogos em “Rime of the Ancient Mariner”, e assim por diante.
O Estádio do Velez Sarsfield recebeu cerca de 45 mil pessoas no sábado do dia 28 de março, como noticiaram os jornais no domingo. Sendo headline do mega festival Quilmes Rock Fest ’09, contou com Lauren Harris Band (a bela filha de Steve Harris), O’Connor, Horcas e os brasileiros do Sepultura para aquecer a galera.
Porém, o estádio foi encher realmente antes do show do iron Maiden. E nossos hermanos não tem do que reclamar: um show perfeito (exceto pelo tombo meio sem graça de Janick Gers), com ótimo som (não ouvi ninguém reclamar), a banda com sua presença de palco característica.
O vocalista Bruce Dickinson cantando melhor do que nunca (ou pelo menos melhor do que os bootlegs ao vivo que existem por aí), Nicko detonando sua mega bateria e acenando direto para o público, Steve Harris correndo de um lado para o outro chamando o público a agitar, Dave Murray "na dele", dando seus passinhos um pro lado dois pro outro (e fazendo os melhores solos da noite), Janick Gers com suas acrobacias típicas (e que são tão legais de ver ao vivo) e Adrian Smith com seu estilão rock and roll sempre marcante (e solos que dividem minha preferência com a de sua dupla dos anos 80).
Porém, o estádio foi encher realmente antes do show do iron Maiden. E nossos hermanos não tem do que reclamar: um show perfeito (exceto pelo tombo meio sem graça de Janick Gers), com ótimo som (não ouvi ninguém reclamar), a banda com sua presença de palco característica.
O vocalista Bruce Dickinson cantando melhor do que nunca (ou pelo menos melhor do que os bootlegs ao vivo que existem por aí), Nicko detonando sua mega bateria e acenando direto para o público, Steve Harris correndo de um lado para o outro chamando o público a agitar, Dave Murray "na dele", dando seus passinhos um pro lado dois pro outro (e fazendo os melhores solos da noite), Janick Gers com suas acrobacias típicas (e que são tão legais de ver ao vivo) e Adrian Smith com seu estilão rock and roll sempre marcante (e solos que dividem minha preferência com a de sua dupla dos anos 80).
Ao começo da intro “Doctor, doctor” da banda UFO (presença garantida nos shows da banda), o estádio vai ao delírio, com a galera do campo pulando no rítmo da música. Todos sabíamos que, atrás daqueles panos que cobriam o palco com mais detalhes do mundo do Rock, seis figuras se preparavam para destrinchar a rápida “Aces High”, canção que abre “Powerslave” (1984), que é o disco (ao lado de “The Number of the Beast” de 1982) destaque da turnê.
Mas não antes dos telões (três, dois relativamente pequenos em cada lado do palco, e um gigantesco, à esquerda, para a galera mais do fundo) começarem a transmiteir a fala de Wiston Churchiil, que abre o video clipe de “Aces High”.
A banda entra e podemos ter noção de que o show, com certeza, será um dos melhores da turnê.
Após o alvoroço, sem delongas, Steve Harris e Nicko Mcbrain puxam “Wratchild”, única faixa do álbum “Killers” (1981), e que é uma das “novidades” dessa segunda parte da turnê. Eu não aguentava de empolgação, e nessa canção quase cai da arquibancada de tanto pular. E a galera do campo não fez menos, sendo um show a parte.
Emendam “Two Minutes to Midnight” e Bruce cumprimenta a cidade com seu clássico (e sempre tão esperado) “Scream for me Buenos Aires, Scream for me Argentina”. Clássico dos anos 80 e que a banda nunca deverá deixar de tocar (como o fez na turnê “Death on the Road”, de 2003/2004).
Mas não antes dos telões (três, dois relativamente pequenos em cada lado do palco, e um gigantesco, à esquerda, para a galera mais do fundo) começarem a transmiteir a fala de Wiston Churchiil, que abre o video clipe de “Aces High”.
A banda entra e podemos ter noção de que o show, com certeza, será um dos melhores da turnê.
Após o alvoroço, sem delongas, Steve Harris e Nicko Mcbrain puxam “Wratchild”, única faixa do álbum “Killers” (1981), e que é uma das “novidades” dessa segunda parte da turnê. Eu não aguentava de empolgação, e nessa canção quase cai da arquibancada de tanto pular. E a galera do campo não fez menos, sendo um show a parte.
Emendam “Two Minutes to Midnight” e Bruce cumprimenta a cidade com seu clássico (e sempre tão esperado) “Scream for me Buenos Aires, Scream for me Argentina”. Clássico dos anos 80 e que a banda nunca deverá deixar de tocar (como o fez na turnê “Death on the Road”, de 2003/2004).
Terminada essa, Bruce Dickinson vai bater um papo com a galera, sempre simpático e apresentando a nova turnê, dizendo ser um show muito especial para a banda, por estar diante de 42 mil pessoas (os jornais indicaram 45,000). Diz que tocarão uma música muito antiga, uma das primeiras canções inéditas cantadas por ele em 19981. Já sabíamos qual era: “Children of the Damned”.
Um show a parte, momento muito bonito do show, com jogos de luzes e Bruce cantando com toda emoção. E Adrian com sua guitarra de dois braços, puxando a melodia da canção. Foi de arrepiar ouvir aquela multidão cantando-a.
Segue a, talvez não tão esperada por muitas pessoas, “The Phantom of the Opera”, mas que tira todo mundo do chão. Sempre tivera para mim que viria a banda tocar essa música e ali estava cumprindo uma promessa. É um clássico do álbum de estréia do Maiden, “Iron Maiden” (1980).
“The Trooper” vem em seguida e parecia que tudo iria desabar. Bruce com seu traje de soldado já típico, 45 mil pessoas cantando. Uma visão incrível.
Sem introdução (como aconteceu na turnê anterior), começam os riffs de “Wasted Years”, única canção restante da turnê original do álbum “Somewhere in Time” (1986), já que a banda não tocou “Heavan Can Wait”, como na primeira parte da turnê. Posso dizer que a letra dessa música fala dos motivos dessa turnê relembrar os clássicos. Para aqueles que pensam ser apenas um caça-níquel da banda (ou de que ela não tem mais criatividade), escute essa música e depois fale comigo.
Segue a, talvez não tão esperada por muitas pessoas, “The Phantom of the Opera”, mas que tira todo mundo do chão. Sempre tivera para mim que viria a banda tocar essa música e ali estava cumprindo uma promessa. É um clássico do álbum de estréia do Maiden, “Iron Maiden” (1980).
“The Trooper” vem em seguida e parecia que tudo iria desabar. Bruce com seu traje de soldado já típico, 45 mil pessoas cantando. Uma visão incrível.
Sem introdução (como aconteceu na turnê anterior), começam os riffs de “Wasted Years”, única canção restante da turnê original do álbum “Somewhere in Time” (1986), já que a banda não tocou “Heavan Can Wait”, como na primeira parte da turnê. Posso dizer que a letra dessa música fala dos motivos dessa turnê relembrar os clássicos. Para aqueles que pensam ser apenas um caça-níquel da banda (ou de que ela não tem mais criatividade), escute essa música e depois fale comigo.
Chega o momento mais emocionante, com 45 mil pessoas calando a banda ao cantar um hino de amor ao Maiden. Até agora me arrepio ao lembrar. O público argentino subiu no meu conceito depois disso.
Bruce pergunta quem havia ganhado, Venezuela ou Argentina, brincando com o fato de no Monumental de Lunez ter naquela noite o Maradona e o Estádio do Velez o Iron Maiden.
Apóes essa papo, Dickinson diz: “Tenho boas notícias, e más notícias”. E anuncia “Rime of the Ancient Mariner”, canção épica de 13 minutos e, para muitos, o ponto alto da turnê. Com certeza marcante também pelos efeitos de fogos de artifico e de luzes que acompanham a música o tempo todo. Foi de arrepiar na parada da música, quando ela perde o ritmo lacinante, aquele mar de pessoas ouvindo parte do poema de Samuel Colaridge que originou a música.
Bruce pergunta quem havia ganhado, Venezuela ou Argentina, brincando com o fato de no Monumental de Lunez ter naquela noite o Maradona e o Estádio do Velez o Iron Maiden.
Apóes essa papo, Dickinson diz: “Tenho boas notícias, e más notícias”. E anuncia “Rime of the Ancient Mariner”, canção épica de 13 minutos e, para muitos, o ponto alto da turnê. Com certeza marcante também pelos efeitos de fogos de artifico e de luzes que acompanham a música o tempo todo. Foi de arrepiar na parada da música, quando ela perde o ritmo lacinante, aquele mar de pessoas ouvindo parte do poema de Samuel Colaridge que originou a música.
Como sempre, “Powerslave” vem em seguida, com os telões mostrando Nicko McBrain quebrando tudo na sua virada que abre a canção e Bruce surgindo das chamas (no show em Porto Alegre que participei havia faltado isso também). Mas a maior atração foi a mascote Eddie, em forma da múmia da turnê de 1985 e que surge acima da bateria. Foi de arrepiar. Ainda veríamos nosso amigo Eddie novamente no palco...
“Run to the Hills”, que não é nenhuma novidade, vem em seguida e se mostra como um dos maiores clássicos do grupo, com muitas pessoas gritando a todos pulmões o refrão.
“Run to the Hills”, que não é nenhuma novidade, vem em seguida e se mostra como um dos maiores clássicos do grupo, com muitas pessoas gritando a todos pulmões o refrão.
Luzes se apagam e “Fear of the Dark” (única música dos anos 90) começa a ecoar dos alto falantes e o público acompanha a melodia. Simplesmente perfeita e vi muita gente pôr as mãos na cabeça como se não acreditasse estar diante daquilo tudo. Ali pude comprovar que o Iron Maiden tem os fãs mais fanáticos do Metal.
Nicko anuncia com seu chimbau “Hallowed Be Thy Name”, outro ponto alto do show, como sempre. Ainda estou para ver uma banda levantar tanto uma platéia quanto esses ingleses nessa canção.
Bruce, aos berros, anuncia o hino da banda, “Iron Maiden”, canção obrigatória (mesmo que muitas pessoas não gostem de seu ritmo). A banda se retira mas logo retorna para o bis.
De uma forma perfeita, com o palco todo avermelhado, a introdução de “The Number of the Beast” começa e conforme Bruce vai cantando as partes inicias, uma cabra em vermelho e com seus dois metros de altura surge entre gelo-secos e aplausos da galera. É um mega clássico que na primeira parte da turnê havia ficado meio “esquecida”, sendo tocada logo no inicio do show.
Nicko anuncia com seu chimbau “Hallowed Be Thy Name”, outro ponto alto do show, como sempre. Ainda estou para ver uma banda levantar tanto uma platéia quanto esses ingleses nessa canção.
Bruce, aos berros, anuncia o hino da banda, “Iron Maiden”, canção obrigatória (mesmo que muitas pessoas não gostem de seu ritmo). A banda se retira mas logo retorna para o bis.
De uma forma perfeita, com o palco todo avermelhado, a introdução de “The Number of the Beast” começa e conforme Bruce vai cantando as partes inicias, uma cabra em vermelho e com seus dois metros de altura surge entre gelo-secos e aplausos da galera. É um mega clássico que na primeira parte da turnê havia ficado meio “esquecida”, sendo tocada logo no inicio do show.
O trio de guitarras anuncia “The Evil That Men Do”, canção que eu esperava desde que conhecera a banda ao vivo no Rock in Rio em 2001, numa transmissão pela TV. Única canção do sétimo disco da banda, o ótimo “Seventh Son of a Seventh Son” (1988), ausente na primeira parte (que contara com três faixas desse disco). Mas sua maior “surpresa” é Eddie, aquele mesmo da primeira parte da turnê e uma réplica da turnê de 1986/1987, que anda pelo palco, “briga” com Janick (como já se tornou clássico) e aponta sua pistola futorística para o público.
Sabendo ser a penúltima do show, já começa a bater uma saudade e a certeza de que tudo que aconteceu e foi feito valeu a pena para poder ver o melhor espetáculo da terra.
Sabendo ser a penúltima do show, já começa a bater uma saudade e a certeza de que tudo que aconteceu e foi feito valeu a pena para poder ver o melhor espetáculo da terra.
Dickinson grita “Sanctuaaarryyyyy” e o riff ecoa pelo estádio quase lotado. Embora muitas pessoas preferissem outras músicas no lugar desta (como eu), foi perfeita, com a clássica parada para apresentar os integrantes da banda, e sempre com aquela brincadeira com Nick McBrain (a galera toda gritava seu nome).
Antes disso, Bruce Dickinson diz que é um dos maiores shows da banda no mundo e garante a volta da banda em 2011 (como o fez aqui no Brasil). Avisa que em 2010 teremos um álbum com canções inéditas da banda. Além disso, fala de seu filme “Flight 666” (que estará em lançamento mundial dia 21 próximo e cuja pré-estréia acontecera em março na cidade do Rio de Janeiro) e que a Argetina é a estrela do filme (para deixar nós brasileiros com a cara no chão).
A banda finaliza a música e se despede, aos gritos do público pela volta da banda que, obviamente, não acontece.
Enquanto o palco é desmanchado, ficou a sensação de que o show foi curto demais, de que a banda voltaria para tocar mais clássicos que a fizeram a banda mais querida e maior da história do Heavy Metal mundial.
A banda finaliza a música e se despede, aos gritos do público pela volta da banda que, obviamente, não acontece.
Enquanto o palco é desmanchado, ficou a sensação de que o show foi curto demais, de que a banda voltaria para tocar mais clássicos que a fizeram a banda mais querida e maior da história do Heavy Metal mundial.
Não constatei problemas na organização e foi impressionante poder estar naquele mar de gente com seus Eddies estampados lotando as ruas de Buenos Aires. Uma prova de nosso amor à banda, pois se a Donzela não vem até nós, nos vamos ao encontro dela.
Texto: EddieHead
Set list
01. Aces High
02. Wrathchild
03. 2 Minutes to Midnight
04. Children Of The Damned
05. The Phantom Of The Opera
06. The Trooper
07. Wasted Years
08. Rime Of The Ancient Mariner
09. Powerslave
10. Run To The Hills
11. Fear Of The Dark
12. Hallowed Be Thy Name
13. Iron Maiden
14. The Number Of The Beast
15. The Evil That Men Do
16. Sanctuary
Texto: EddieHead
Set list
01. Aces High
02. Wrathchild
03. 2 Minutes to Midnight
04. Children Of The Damned
05. The Phantom Of The Opera
06. The Trooper
07. Wasted Years
08. Rime Of The Ancient Mariner
09. Powerslave
10. Run To The Hills
11. Fear Of The Dark
12. Hallowed Be Thy Name
13. Iron Maiden
14. The Number Of The Beast
15. The Evil That Men Do
16. Sanctuary
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