De uma banda formada pelo jovem guitar-hero espanhol Manuel Seoane, o fantástico vocalista Danny Vaughn (Tyketto), e mais grandes músicos da cena escandinava, como Johnny Benson (Bai Bang), Tobbe Tosigalen e Mikkel Henderson (Fate), podemos esperar, no mínimo, um grande álbum de Hard Rock, porém, desde a reformulação do grupo e de sua mudança para a Suécia, Manuel Seoane com certeza não medirá esforços para cravar o nome do Burning Kingdom em um lugar de destaque na cena.
Falamos com o guitarrista, que nos adiantou detalhes a respeito das gravações e produção do vindouro álbum, a parceria com Danny Vaughn
, suas influências como guitarrista, seus planos futuros e mais! Confira abaixo: (Para leer esta entrevista en español click aquí)
RtM: Para que leitores não familiarizados com a
"Burning Kingdom" conheçam um pouco mais do grupo, poderia fazer uma breve apresentação da banda?
Manuel Seoane: Olá, tudo ok!Bom , é um prazer
lhe conceder esta entrevista. Bem, Burning Kingdom é uma banda de hard
rock que eu criei em 2009, enquanto eu estava nas fileiras do Ars Amandi. Até o
momento lançamos dois álbuns, os quais tiveram muito êxito, "Livin 'Now" , de 2009 e "Down
To The Road", de 2011. No momento estamos terminando uma nova produção,
que sairá em todo o mundo no mês de setembro e para o qual consegui reunir uma
formação de luxo. O novo álbum vai encantar todos os nossos fãs e estamos
ansiosos para encontra-los todos!
RtM: E a respeito da reformulação da banda e sua mudança para a
Suécia? O que o levou a buscar essas mudanças?
MS: Quando eu decidi mudar toda a formação da banda depois de
terminada a turnê de promoção do último álbum, eu me senti completamente livre
para decidir que músicos queria e quais seriam mais adequados para a minha
banda. Assim, viajei um par de meses pela Europa em busca desses músicos. Eu
terminei minha turnê na Suécia, que, além de ser um país bonito, tem uma grande
cultura musical e roqueira em geral. Há grandes músicos lá, e estão
constantemente formando novas boas bandas por lá. Aos poucos eu comecei a
conhecer pessoas na cena e foi assim que tudo começou.
RtM: E o contato com Danny Vaughn? Como surgiu a oportunidade de
tê-lo ao seu lado na banda?
MS: O contato com Danny se deu através de Mario Ruiz e José Herera de Krea
Productions. Eles têm trabalhado com artistas do porte de Gothard, TNT e Jeff Scott Soto. Além de serem produtores, também se dedicam à realização de
videoclipes, tendo trabalhado com meus irmãos do Mago de Oz, Leo
Jimenez, Tete Novoa, cantos do Saratoga. Minha relação com eles é muito boa e
conseguiram me colocar em contato com Danny, com quem também tinham trabalhado anteriormente.
Então, liguei para o Danny, conversamos longamente sobre o novo
álbum, me pediu algumas demos das novas canções e depois aceitou. Devo
dizer que para mim é uma honra contar com ele. Também está envolvido ativamente no novo álbum o que acaba por ser algo surpreendente e gratificante ao mesmo
tempo. Além de ser um dos melhores cantores de hard rock e ser um grande
profissional, é uma grande pessoa e nosso relacionamento é ótimo.
RtM: Poderia também dizer-nos um pouco mais dos outros membros do Burning Kingdom, que também têm um background musical de expressão!
MS: Claro! Johnny Benson ou JB como chamamos, é a bateria. Foi o
primeiro que eu conheci. Ele também é atualmente o baterista do Bai Bang a
lendária banda de hard rock e acaba de lançar o novo álbum também. Seu modo de
tocar é incrível. É muito expressivo e sua atitude no palco é devastadora.
Tobbe
TosiGalen é o baixista, também da Suécia. Se encaixaria perfeitamente na linha de David Lee Roth. Sua imagem e seu comportamento no palco é simplesmente incrível. Enorme baixista!
Mikkel Henderson nos teclados. O conheci em
alguns shows aqui na Espanha. Ele tocou com a sua banda, Fate, que também é uma
lendária banda de rock a qual já passaram grandes músicos como Mattias IA
Eklundh. É Dinamarca e é um tecladista muito experiente, pianista e
produtor. A melhor coisa é que além de serem grandes músicos, são grandes pessoas, o que é importante, já que devemos considerar que passaremos muitas horas juntos de agora em diante. Estou extremamente satisfeito com o estado
atual da banda.
RtM: O álbum está totalmente pronto? Qual é a previsão para o
lançamento?
MS: Agora estamos no processo de mixagem. É realmente um dos
momentos mais divertidos da produção de um álbum, porque é quando você começa a
visualizar o resultado final das músicas e isso é algo muito emocionante. Posso
dizer-vos que este novo trabalho vai soar como um tanque. São grandes
canções com uma grande produção. Ele vai soar mais moderno do que os trabalhos
anteriores, mas com a essência hard rock que a banda sempre manteve. Está agendado para ver a luz no mês de setembro ou outubro pela Avispa Music.
RtM: Aproveitando o gancho, nos conte um pouco sobre o o
processo de composição e produção do álbum.
MS: Passei grande parte de 2012, a escrever, compor e compor.
Esse tem sido o meu objetivo. Fazendo músicas sem pensar que tinha que ser para
o meu grupo. Isto significa que é um trabalho completamente honesto, em
que fui guiado apenas por minhas inquietudes, sem pensar se a música tinha que
ser de uma forma ou de outra. Eu acho que isso vai refletir a cem por cento no
disco. Uma vez que vestimos a camisa, Danny fez realmente um requintado trabalho, tendo cuidado de todas as letras e de uma grande porcentagem das melodias vocais. Foi
uma equipe que realmente valeu a pena. Temos uma grande equipe trabalhando juntos, e, claro, grande culpa de que as canções soem tão bem é dele.
A produção ficou a cargo do grande David Martinez. O álbum
inteiro foi gravado no M20 da Avispa Music, que forneceu todas as facilidades
para a realização desta nova fase da banda. David compreendeu perfeitamente o
conceito original das canções e a ideia que eu tinha em mente. O resto é o seu
trabalho e em breve você vai apreciar. Um grande profissional.
RtM: Agora eu gostaria que você falasse um pouco sobre o que
podemos esperar do som deste novo álbum. O que o Burning Kingdom pode apresentar de novidade, e o que pode ser sua grande diferença neste cenário competitivo?
MS: Certo. Como eu disse antes, eu acho que você vai notar uma
grande evolução em todos os sentidos. O trabalho anterior foi focado em direção
a um som mais "oitentista", de alguma forma. Acho que as novas
músicas soam mais atuais e modernas do ponto de vista da composição e execução, não esquecendo a produção. Tudo faz o álbum soar muito melhor e mais
interessante. Soa como 2013, mas nada foi forçado. Imagino
que todas as experiências durante a preparação do disco, os vários
meses na Suécia e tem os músicos, todos esses fatores tiveram muito a ver com o resultado.
RtM: E sobre suas influências e inspirações como compositor e
guitarrista? Que guitarristas e músicos poderia citar como suas principais
influências?
MS: Esta questão sempre é um pouco complicada de responder. Acho
que a minha principal influência ao compor é tudo e todos ao meu redor, no
momento de escrever uma canção. Como músico não posso deixar de citar bandas
como Skid Row, Whitesnake ... e inúmeros outros grupos. De guitarristas cito os dois que fizeram mudar a minha visão da guitarra moderna: Tony MacAlpine e Vinnie
Moore. Ambos fizeram disco de "escola"!!
.
RtM: Se um dia você tiver a oportunidade de excursionar no estilo de
"G3", com quais guitarristas que gostaria de dividir o palco?
MS: Bem, é muito interessante que você me pergunte, precisamente
porque estou trabalhando em algo parecido com frente para o primeiro
trimestre do próximo ano, em 2014. Será uma turnê sob o mesmo conceito que o G3, a ser realizado apenas na América do Sul. Além de mim, um dos
participantes é um guitarrista americano conhecido. O terceiro componente ainda
está para ser decidido. Isso é tudo que eu posso antecipar até que saiba minha resposta quando for a hora!! (risos).
RtM: Muito foi dito que vários grandes grupos estão chegando ao
fim de seu ciclo, os anos passam, os ídolos estão envelhecendo, algumas bandas parando as atividades e questões permanecem se haverá uma nova geração
capaz de obter conquistas de grupos como Led Zeppelin , Iron Maiden, Kiss,
Scorpions, Metallica e outros. O que você acha? E as bandas que são a
próxima geração possuirão capacidade de fazer o seu nome como esses ídolos?
MS: Bem ... a mudança de geração está lá e é lógico, até certo
ponto. É verdade que eu acho que é cada vez mais difícil para as novas bandas
encher estádios, ou até de obter um segundo ou mesmo um primeiro álbum como aconteceu
com todos os grupos que você menciona. Ou, pelo menos na Europa.
Desde então, o
público americano é muito mais quente, apaixonado e corajoso do que na Europa,
mas eu sei que o que eu digo é verdade. De qualquer maneira, o importante é que
há novas bandas que estão lutando para levar o testemunho desse legado que todos esses
gigantes lendários estão nos deixando.
Eles têm trabalhado duro por muitos anos
e deixaram um grande legado para a história da nossa música. Nossa tarefa não é
apenas manter esse legado, e sim expandir e ainda trazer boas bandas. A cena rock vai continuar.
RtM: Obrigado Manuel, espero falarmos mais uma vez após o álbum ser lançado, e fica o espaço para você deixar um recado para os fãs e leitores do Road To metal.
MS: Muito obrigado a todos vocês. Feliz por atende-los quando
quiser. Estou ansioso para mostrar a todo o público brasileiro o novo trabalho
do Burning Kingdom. Vejo vocês em breve na "estrada para o Metal!" (N. do R.: Yeah, on the ROAD TO METAL!)
Entrevista: Carlos Garcia
Edição/tradução: Carlos Garcia
Revisão: Axe Giant
Fotos: Divulgação
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