sábado, 30 de setembro de 2023

Arde Rock: Novo Álbum Marcará os 15 Anos de Estrada da banda


Formada em 2008 pelo guitarrista e vocalista Adriano "Killermano" e pela vocalista Simone Sattes, a Arde Rock é uma das mais ativas bandas de Rock/Hard Rock do estado do RS, percorrendo o interior com uma demanda considerável de shows em clubes, bares, festivais, encontros de motoqueiros e etc.


O grupo também produz o programa "A Voz do Coração", que está na segunda temporada, e vai ao ar no seu canal do YouTube toda terça a partir das 19h.  



Radicada em Santa Maria na região central do Estado, a Arde Rock tem em seu repertório covers de clássicos do Rock nacional e internacional, além de versões bem próprias de hits dos anos 80 e 90, e claro, canções autorais, onde se destacam as letras com mensagens positivas e de resiliência, uma característica que incorporaram desde sua fundação. 




A banda já possui dois álbuns lançados, "Velho Rock" (2012) e "Algo a Zelar" (2017), onde se consolidaram como um power-trio, com Simone Sattes a partir daí assumindo também o baixo, além de adicionarem novos elementos à sonoridade, desde um Hard com riffs mais pesados até influências de Southern Rock.


Agora neste segundo semestre de 2023 a banda prepara o lançamento do terceiro álbum,consolidando a formação atual, que conta com Killermano (guitarra e vocal), Simone (baixo e vocal) e Thomás Martins (bateria), onde pretendem mostrar a sua evolução sonora, trazendo mais novos elementos, inclusive trechos com mais peso, beirando o Heavy Metal.



As letras seguem com as características de buscar passar mensagens positivas e de superação, refletindo a história humilde e de luta dos membros e da banda.


O título do álbum é bem significativo, "Seguir em Frente", transmitindo a mensagem de que a música é um instrumento poderoso para superar as dificuldades e encontrar forças para seguir em frente. 


O terceiro álbum de uma banda, por muitos é tido como uma marca importante, e que traz a consolidação do artista no meio e da sua personalidade musical.


O álbum será lançado em 14 de dezembro, e antes disso a Arde Rock disponibilizará 3 singles antecipando o full-lenght, e o último deles trará um convidado bem especial, uma lenda do Rock e Hard Rock gaúcho.


Fique ligado nas datas do lançamentos dos singles: 14/10, 25/11 e 04/12.



A Arde Rock faz um convite a todos os fãs para que se juntem a eles nessa jornada incrível, onde o Rock  não é apenas música, mas uma forma de expressão e uma força capaz de unir pessoas.


Texto: Carlos Garcia


Acesse o site e redes oficiais da banda para acompanhar as novidades sobre o álbum "Seguir em Frente", como a divulgação dos singles, capa e track-list.


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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Cobertura de Show – Lynyrd Skynyrd – Espaço Unimed – 22/09/2023

Algumas bandas têm o status de lenda ou Dinossauro do Rock, não importa o termo, o Lynyrd Skynyrd se encaixa perfeitamente aí, estando na primeira prateleira do Rock. Felizmente, o público paulistano teve a felicidade de ser agraciado com o show de sexta-feira (22/09) na capital Paulista com a vinda de muitos fãs de várias regiões do Brasil.

O show aconteceu no Espaço Unimed, em São Paulo. Este ficou praticamente lotado, sendo que a capacidade da casa é de 8.000 pessoas e, para registro, foi a primeira visita da banda na capital. Previamente, o Lynyrd Skynyrd já havia se apresentado em um único show no Brasil no ano de 2011, no extinto festival SWU, em Paulínia, interior do estado.

O Lynyrd Skynyrd é uma daquela bandas de cabeceira de todo fã do bom e velho Rock’n’Roll, tendo mais de 50 anos de estrada. Banda oriunda do Sul dos Estados Unidos e a que criou um estilo próprio, o “Southern Rock”, onde cruzam elementos de Rock clássico, Hard Rock e Country Music. Uma banda que agrada fãs do Rock pesado, Rock clássico e até fãs de Country, ou seja, agrada uma gama grande de fãs que, com certeza, angariou mais alguns novos fãs nesta noite.

Com tanto tempo na estrada, os americanos possuem inúmeros hits, entre esses a imortal e mais do que clássica “Sweet Home Alabama”, aí fica fácil entender que seria uma boa noite pela frente.

Alguns fãs puristas irão dizer que não temos mais nenhum membro da formação original e que essa banda atual não passa de um tributo. Discordo totalmente daqueles que pensam assim, pois temos integrantes que estão por décadas e mantendo a chama viva da música do Lynyrd Skynyrd, levando as novas gerações a oportunidade de ouvirem um expoente musical do gênero Southern Rock. (N.T.: esse ano, os mesmos perderam o último integrante da formação original, o guitarrista Gary Rossington).

Apesar da perda de Rossignton, os guitarristas mandaram muito bem. Medlocke já esteve lá atrás (entre 1971 e 1972) e permanentemente desde 1996. Além disso, foi membro de outra lendária banda de Southern Rock, o Blackfoot. Já Damon Johnson, outro guitarrista atual, já tocou com Alice Cooper, Thin Lizzy e Black Star Riders, entre outros projetos. 

O terceiro guitarrista é Mark Matejka, membro do LS desde 2006; Johny Van Zant segura o microfone desde 1987 e é muito carismático com o público. A todo momento interagindo seja por gestos ou falando “Obrigado Brasil, Obrigado São Paulo”.

Os outros membros que completam a formação atual são: Michael Cartellone (bateria, desde 1999), Peter Keys (teclado, desde 2009) e Keith Christopher (baixo, desde 2017) – completam o time Carol Chase and Stacy Michelle nos backing vocals.

A atual tour é um tributo e uma missão para celebrar o legado para os milhares de fãs mundialmente.

A banda começou o show, às 22h07, com “Workin’ for MCA”, após uma introdução ao som de AC/DC e com imagens projetadas no telão e continuou destilando hits atrás de hits, passando por “What’s Your Name”, “I Know a Little”, “That Smell”, “Gimme Three Steps”, “Simple Man” e “Tuesday’s Gone”. Por fim, não podia faltar. “Sweet Home Alabama” e “Free Bird”.

Highlights do show ficam para “Working for MCA” que já cativa o público no início do show, “What’s Your Name” com seu refrão pegajoso em que a plateia acompanha e interage com a banda. “That’s Smell”, a minha favorita em particular, e acredito de uma boa parte dos presentes no Espaço Unimed.

Em “Tuesday’s Gone” temos uma belíssima homenagem ao falecido Gary Rossington com o telão projetando várias imagens do músico. Muito emocionante, chega a tirar lágrimas de alguns na plateia durante a execução.

Já “Simple Man”, temos uma bela surpresa para os brasileiros, onde Johnny lê um cartaz de alguém na frente do palco, onde diz que é um fã que gostaria de cantar com a banda. Johnny dá uma risada após ler o cartaz e diz que realizará o sonho, e o fã então é convidado para subir ao palco. Johnny fala então para o público: ‘mas ele parece um cantor de Rock, não?’ 

Pois é, era um cantor mesmo! Nando Fernandes, vocalista da banda Sinistra. Momento histórico e uma bela homenagem do Johnny para com o público brasileiro. Nando mandou muito bem nos duetos com Johnny e parecia incrédulo, não acreditando no que estava acontecendo e ficando de joelhos em alguns momentos, um momento ímpar do show. E “Simple Man” tem uma das letras mais lindas já escritas, vale a pena conferir.

Claro, tivemos “Sweet Home Alabma” com o público cantando o refrão e encerram o show.

Para o bis, só tocaram uma música, mas é aquela que todo fã do Lynyrd Skynyrd fica até o final do show para ouvir. Com mais de 13 minutos, tocaram “Free Bird”, que tem um dos melhores solos de guitarra da história do Rock. Aqui, o Johnny não canta! 

Ele coloca um chapéu no microfone, representando o seu irmão, Ronnie, vocalista original da formação clássica e acena para o público e sai do palco. Os vocais são de uma gravação com o Ronnie Van Zant, tendo sua imagem projetada no telão e acompanhada pela banda. Belíssima homenagem!

Tenho certeza que todos os presentes saíram do show impressionados com a qualidade dos músicos e plenamente satisfeitos. A aura de Ronnie Van Zant, Billy Powell, Steve Gaines e outros membros que já se foram estão presentes no show.

A estrela do show do Lynyrd Skynyrd é a música e esses músicos presentes nos presentearam com um pedaço da história do Southern Rock, o melhor que o gênero já criou.

 

Texto: Reinaldo Alves

Fotos: Camila Cara

Edição / Revisão: Renato Sanson

 

Realização: Mercury Concerts

Mídia Press: Catto Comunicação

 

Lynyrd Skynyrd

Thuderstruck (AC/DC) na abertura e com vídeo do LS nos telões.

Working for MCA

Skynyrd Nation

What's Your Name

That’s Smell

I Know a Little

Whiskey Rock-a-Roller

Saturday Night Special

The Ballad of Curtis Loew

Tuesday's Gone (Dedicada ao Gary Rossington)

Gimme Back My Bullets

Simple Man (comh Nando Fernandes da banda Sinistra)

Gimme Three Steps

Call Me the Breeze

Sweet Home Alabama

****Encore***

Free Bird

 

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Cobertura de Show – Ghost – Espaço Unimed/SP – 21/09/2023

Depois de seis anos da última vinda ao Brasil e a São Paulo, especificamente, os suecos do Ghost retornaram ao país na penúltima semana de setembro com a RE-IMPERATOUR no Espaço Unimed, localizado na zona oeste de São Paulo, com duas datas ‘sold-out’. Na ocasião estivemos presente no último dia (21) para conferir a tão aguardada apresentação do noneto.

Com uma década e meia de atividade, o grupo progrediu ainda mais seu espaço no ‘mainstream’ e no mercado americano após o lançamento do “Impera” (2022), disco que enriqueceu ainda mais o bakground musical da banda puxando elementos do Hard Rock, AOR e da música Pop conquistando não só novos fãs, mas também os que rejeitavam no passado e passaram a olhar (e ouvir) a banda com mais razão e atenção.

A ansiedade já tomava conta desde cedo com os fãs dominando todo quarteirão em baixo de um calor insuportável. Conforme as horas passava, a fila se estendia cada vez mais até o horário da abertura dos portões, aberta por volta das 18h40. Com os ingressos esgotados, dito logo acima, era de se esperar a assustadora presença dos fãs, onde boa parte deles estavam fantasiados de Papa Emeritus e a com a imagem criada pelo líder do grupo pintada no rosto.

Os cantos gregorianos indicavam os últimos preparativos para o começo do show por de trás do pano branco. A euforia logo tomou conta quando a intro “Imperium” soou nos PAs, às 21hrs, antes da banda aparecer no palco – que faz referência a um templo católico – para mandar uma sequência arrebatadora com “Kaisarion”, “Rats, “From the Pinnacle to the Pit”, (trocada por “Faith”, executada na noite anterior) e “Spillways”, que teve os primeiros dizeres de Tobias com um rápido “Olá São Paulo, como vocês estão?”.

O repertório visitou toda discografia da banda, que mesclou bem os momentos mais atemporais e pesados. Os fãs, que ajudou o espetáculo a ficar ainda mais marcante, vibraram e cantaram com “Cirice”, “Absolution” (por exemplo) e com todas as músicas no set-list que quase atingiu duas horas. Nem o calor, que também habitava dentro do local, tirou o ânimo de quem esperou muito tempo para o show que foi além da perfeição.

A música mais festejada da noite, “Ritual” – presente no primeiro álbum “Opus Eponymous (2010)” – funcionou melhor ao vivo do que em estúdio. Além do público ter feito a sua parte (cantando fervorosamente), Tobias mostrou todo bom humor e empatia com a dupla de guitarristas e com os demais da banda, os chamados Nameless Ghouls, que aliado ao talento do vocalista, deixou o espetáculo com mais pressão e peso em cada música executada.

A teatralidade da noite apareceu em “Call Me Little Sunshine” e “Con Clavi Com Dio” – a última com destaque ao turíbulo com incenso – para deixar o clima infernal no jeito após a pesada “Watcher in the Sky”. Nas duas primeiras, o líder da banda encarnou seu personagem principal, Papa Emeritus – que desde 2020 vem apresentando a sua quarta feição –, deixando as quase sete mil pessoas ainda mais exaltadas para o que viria a seguir.

O espirito maligno já rondava o palco nas canções anteriores, só que ela esteve bem mais presente quando “Year Zero” manifestou os demônios que introduz a clássica faixa do álbum “Infestissumam (2013)”: a iluminação toda vermelha, as fumaças brancas e a banda imobilizada para receber novamente o Papa Emeritus IV – dessa vez bem mais satânico e diabólico do que da primeira aparição – deu a sensação para um começo de missa, como vários fãs gostam de definir.

Quem acompanha a banda desde cedo sabe que eles exploram diversas nuances, não ficando somente fixos ao Heavy Metal e ao Rock com influências do progressivo e psicodélico. “He Is”, que deixou muita gente emocionada, é a prova perfeita disso; a instrumental “Miasma” trouxe a participação ilustre do Papa Nihil fazendo solo de saxofone após ter sido eletrocutado de seu caixão enquanto Tobias fazia seu merecido descanso.

De volta ao palco, Tobias pediu para que todos cantassem junto com ele a próxima música, a nada menos que a radiante (e maior sucesso comercial do grupo) “Mary on a Cross” – com direito a capela no final –, presente no EP “Seven Inches of Satanic Panic” (2019), que rapidamente foi emendada com a visceral “Mummy Dust”.

Antes da épica “Respite on the Spitalfields”, Tobias não só agradeceu pela presença do público, mas também pela presença das brasileiras da Crypta, que não poderam se apresentar na noite anterior por motivos logísticos, e que vamos falar sobre o show delas no final deste texto.

Chegando a hora de voltar para casa (usando as palavras do Tobias), o vocalista perguntou qual música queriam ouvir para o final do show. Ensurdecedoramente responderam “Twenties”, porém não foi possível atender o pedido, deixando para uma próxima oportunidade. Mas o ‘front-man’ prometeu encerrar a noite com duas músicas, ou melhor dizendo, três músicas: “Kiss the Go-Goat”, “Dance Macabre” e “Square Hammer” teve a mesma agitação das três primeiras, onde todos cantaram e pularam como se o show estivesse começando novamente.

Muita gente, com certeza, deve ter saído do Espaço Unimed realizado e de ter visto o melhor show internacional de 2023 de uma banda que só tende a ganhar mais e mais destaque nos próximos anos, que depender de Forge – o maior gênio da música na atualidade (na minha opinião) –, o sucesso do Ghost está garantido até o fim dos tempos.

 

Sobre o show da CRYPTA

Um dos fortes nomes da música extrema brasileira (porque não mundial?) e elogiada pela atração principal da noite, enfim, a Crypta pode fazer a abertura para o Ghost depois dos problemas logísticos que impediram delas abrirem na noite anterior. O respeito e a admiração pelas meninas é tanta que, por incrível que pareça, alguns pediram a devolução do ingresso porque queriam somente ver elas.

Na ocasião, a banda – liderada por Fernanda Lira (vocal/baixo), Luana Dametto (bateria), Tainá Bergamaschi e Jéssica Di Falchi (guitarras) – fez o primeiro show da turnê de divulgação do seu novo álbum, “Shades Of Sorrow”, lançado no mês passado que vem ganhando elogios da mídia especializada e dos fãs.

Das nove músicas presente no repertório, sete foram do mais recente lançamento, com destaque para “The Outsider”, “Lullaby for the Forsaken” e “Lord of Ruins”, primeiro single do álbum. Mas o show como um todo foi bem assertivo, onde ambas foram ovacionadas do começo ao fim e esbanjando brutalidade num espaço curto de tempo.

Outro ponto interessante do show foram as espadas e o pano vermelho fixado no meio do pedestal da Fernanda – que ame ou odeie, vem mostrando a cada dia ser uma das melhores ‘front-woman’ do Metal nacional – e das velas acessas em volta do kit de bateria da Luana, elementos que estão presentes na capa do mais recente disco. Já Tainá aproveitou uma das extensões que o Ghost colocou no palco para esbanjar a sua técnica e os riffs pesados na parte mais alta.

Do álbum de estreia, “Echoes of the Soul”, só tocaram “Under The Black Wings” e a mais conhecida da carreira da banda, até então, “From The Ashes”.

 

Texto: Gabriel Arruda

Edição/Revisão: Renato Sanson

Fotos: André Tedim, gentilmente cedidas pelo Metal na Lata

 

Produção: Move Concerts

Mídia Press: Midiorama

 

Crypta

The Aftermath / Lift the Blindfold

Stronghold

The Outsider

Lullaby for the Forsaken

Poisonous Apathy

Under the Black Wings

The Other Side of Anger

Lord of Ruins

From the Ashes

 

 

Ghost

 

Imperium / Kaisarion

Rats

From the Pinnacle to the Pit

Spillways

Cirice

Absolution

Ritual

Call Me Little Sunshine

Con Clavi Con Dio

Watcher in the Sky

Year Zero

Spöksonat / He Is

Miasma

Mary on a Cross

Mummy Dust

Respite on the Spitalfields

***Encore***

Kiss the Go-Goat

Dance Macabre

Square Hammer

 

sábado, 23 de setembro de 2023

Cobertura de Show – Tarja Turunen – Bar Opinião/RS – 22/09/23

Por: Renato Sanson

Fotos: Uillian Vargas


Sold out! Assim definimos o show da Tarja no dia 22/09 na capital gaúcha, Porto Alegre. Algo que me surpreendeu positivamente, já que nos últimos shows em que fui cobrir tínhamos um público muito
abaixo do esperado.

Com a abertura dos portões um pouco antes das 21h e com a casa já praticamente lotada, os paulistas da Santo Graal fizeram as honras da noite. Nos apresentando um ótimo Symphonic Metal deixando o público bem à vontade e participativo.

O sexteto mostrou bastante energia e poder em suas composições próprias, e a ideia de ter um violoncelo traz muito magnetismo e curiosidade. Um ótimo show de uma banda que está na ativa desde os anos 2000.

Pois bem, era hora da rainha, da Diva Tarja Turunen retornar aos palcos do Rio Grande do Sul para a sua nova tour: “Living The Dream The Hits Tour 2023”. Trazendo os maiores sucessos de sua carreira solo.

Diga-se de passagem, uma bela carreira solo após sua saída do Nightwish onde sempre se manteve em alta e com muita relevância e com uma sonoridade bem diferente da sua antiga banda. Mostrando todo o seu poder criativo.

Exatamente as 23h (horário marcado para o show) as luzes diminuem, os PA’s ecoam, a excelente banda formada por Alex Scholpp e Julian Barret (guitarras), Pit Barret (baixo), Guillermo de Medio (teclado) e Alex Menichini (bateria) entram em cena e a ansiedade só aumenta quando ela chega maravilhosamente junto com a excelente “Eye of the Storm”.

Os presentes estavam extasiados e como sempre, Tarja é uma simpatia em pessoa e com uma presença de palco encantadora ganha a todos facilmente.

A sequência com “Demons in You” e “Falling Awake” seguiu em alta e fez com que todos cantassem e interagissem com Tarja a cada chamado seu.

É incrível como a finlandesa é magnética e sempre sorrindo e agitando com os fãs, batendo cabeça, cantando olhando nos olhos dos presentes, simplesmente a melhor frontwoman que o Heavy Metal já teve.

Destaco o momento que para mim foi o mais belo e lindo da noite, me deixando atônito. Quando um belo teclado chega ao palco, onde Tarja se senta a frente do mesmo e após terminar seu diálogo com o público “Oasis” e “You and I” são executadas magistralmente. Inesquecível!

A voz da Diva segue potente e inconfundível, claro, é entendível que o lado lírico não esteja tão presente nas notas mais altas, mas mesmo assim, segue um alto nível para poucos e poucas.

Chegando perto da metade do show ainda tivemos a fantástica “Shadow Play” e seu refrão cantado por todos no Bar Opinião, “Enough” e seu lado mais pesado e a lindíssima “I Feel Immortal”.

Sua passagem pelo Nightwish não ficaria em branco nesta noite e o maior sucesso dos finlandeses “Nemo” abre alas para um verdadeiro caldeirão e não é para menos, pois estávamos diante da verdadeira voz do Nightwish cantando um clássico que embalou uma geração, sensacional!

Um palco simples, com um belo pano de fundo com seu logo e um jogo de luzes que se destacou, pois trazia um ambiente diferente a cada música. A sonoridade em si foi bem satisfatória e aparentemente não tivemos falhas. Com uma vasta gama sonora de influencias e com uma voz tão poderosa o som tinha que ser no mínimo satisfatório e foi o que tivemos nesta bela noite.  

Em seguida a que considero a minha preferida de sua carreira solo, “I Walk Alone”, e todo o seu poder emocional, levando muitos presentes as lágrimas e o seu refrão cantado em uma única só voz por mais de 1500 pessoas.

A banda que acompanha Tarja é excelente e não fica devendo nada para o Dream Team montado pela cantora anos atrás. Além de grandes musicistas em palco são extremamente carismáticos e se entregam junto com a mesma a cada momento.

Chegando em sua reta final as já clássicas “Dead Promises” e “Until My Last Breath” encerram está noite mágica, que ficará marcada na história de muitos que ali estavam. Algo a se mencionar é a mescla do público presente que se dividiu entre adolescentes, crianças e o pessoal da velha guarda. Mostrando que sua música agrada ambos os públicos.

Ao final Tarja deixou todo o seu agradecimento e amor por Porto Alegre e adiantou que estará retornando no dia 09/03/24 para um show especial junto ao seu amigo e ex-companheiro de Nightwish Marko Hietala. Não preciso dizer que o Opinião veio abaixo!

Sem mais delongas, um dos melhores shows que vi nos últimos anos e a segunda vez que pude ver presencialmente a minha vocalista preferida do som pesado!


Setlist:

Eye of the Storm

Demons in You

Falling Awake

Diva

Love to Hate

Oasis (Tarja piano)

You and I (Tarja piano)

Shadow Play

Enough

I Feel Immortal

Nemo

I Walk Alone

Victim of Ritual

Encore:

Innocence

Die Alive

Dead Promises

Until My Last Breath


terça-feira, 12 de setembro de 2023

Entrevista – Amen Corner: O Sol Negro segue guiando o caminho para eternidade

Por: Renato Sanson

Falar de Metal Extremo no Brasil e não citar o Amen Corner é praticamente uma injúria. Tamanho sua importância e influência mundo afora, já que, sua sonoridade é única. Conversamos com o vocalista Sucoth Benoth e o resultado você confere nas linhas a seguir!

 

“Under the Whip and the Crown” (18) é o lançamento mais recente do Amen Corner. Com a estreia da baterista Tenebrae Aarseth. Como surgiu o convite para a mesma?

Saudações!! Sim, o “Under The Whip and The Crown” foi lançado no final de 2018. A Tenebrae Aarseth entrou na banda em meados de 2017 da necessidade que nós tínhamos de um baterista que fosse 100% focado no Amen Corner. Aí em 2018 ela já gravou o seu primeiro álbum com a banda e de lá pra cá vem tocando junto conosco e evoluindo.

Cinco anos já se passaram, o novo álbum já tem nome, mas qual a previsão de lançamento?

O novo álbum já está praticamente gravado, começamos a grava-lo em junho de 2023 e estamos finalizando agora em setembro, o título será. “Written by The Devil”. O lançamento é para o início de 2024.

Nesse meio tempo o Amen Corner investiu em vários relançamentos de clássicos já fora de catálogo, o que para nós fãs é ótimo. Quem gerencia essas decisões?

É sempre importante fazer os relançamentos, pois suas versões originais há muito esgotadas merecem sim uma segunda ou até mesmo uma terceira edição, que é o caso do “Fall Ascension Domination” que está em sua terceira edição. Muitas pessoas na época não tiveram acesso e também tem muita gente nova que sempre está querendo conhecer a nossa música. Os relançamentos são um trabalho realizado em parceria com a gravadora que detém os direitos autorais do álbum.

O Amen Corner tem uma originalidade em seu som desde os primórdios,pois, é muito fácil nos depararmos com bandas mundo afora e dizer: esse som parece Amen Corner. O que é genial! Como funciona o processo criativo na banda?

Esse processo funciona muito bem na banda pois já estamos familiarizados com a nossa música e a forma que nós as criamos, todos participam das criações, dão suas opiniões, mas sempre dentro do nosso estilo, até porque é o que gostamos de fazer, não vejo razão ou necessidade de mudanças ou mesmo mudanças mais radicais geralmente adotadas por algumas bandas mundo afora.

Três anos já se passaram, mas parece que só agora o mundo está voltando ao normal após a crise pandêmica. Esse período em especifico, quais os desafios vocês enfrentaram?

Foi um período muito difícil em todos os sentidos, para trabalhar, interagir e para fazer shows. Tudo parado, muito medo das pessoas, muito receio, e gente morrendo. Foi uma época de caos e pânico. Mas passou, e espero que essa calamidade não volte tão cedo ou nunca mais. Nós durante esse período, participamos de lives, mas tudo bem restrito, cada um na sua casa, exceto uma que gravamos todos juntos, mas já no fim da pandemia. E também muitas entrevistas, etc..

Recentemente vocês anunciaram que “Written by the Devil” será lançado pela gravadora Metal Army Records e não pela já clássica e responsável por vários lançamentos da banda, a Cogumelo Records. Como surgiu essa nova parceria?

Essa parceria surgiu devido a amizade que temos com um dos proprietários que mora em Curitiba. E pelo fato da Metal Army ser aqui do Paraná, a facilidade pra conversar e resolver questões fica muita mais fácil, e também a gente sempre quer mudar um pouco, vai ser uma nova experiência. Mas quero deixar claro que as outras gravadoras são excelentes também e sempre foram parceiras do Amen Corner. Ainda trabalhamos muito com a Cogumelo Records nas questões de relançamentos.

Voltando um pouco no passado, lá em sua saída do Amen Corner nascia o Camos. Uma pegada diferente, mas não menos profana e criativa. Esse projeto, pode ter algo inédito em algum momento ou “Kaim 666” (09) será filho único?

Estou trabalhando junto com meus amigos do Camos para lançar um novo álbum. Já está praticamente gravado. Com certeza será um grandioso disco!! A qualidade está ficando ótima. Em breve será lançado.

Algo que eu gostei bastante e assisti novamente foi o DVD bônus de “Chri$t Worldwide Corporation” (14). Trazendo a história através de vocês desde o palco e todo o contexto que os levou ao status de lenda. Queria que nos falasse sobre essa produção em si.

Foi um processo muito trabalhoso, reunir todo o material, convidar alguns amigos para participarem do DVD. Teve algumas pessoas que gostaria muito que tivesse participado, mas não foi possível. Foi tudo gravado e produzido pelo Maiko Thomé do estúdio Avant Garde. O resultado final ficou bem legal até pelo fato de ser a primeira vez que nós ousamos fazer um documentário. O próximo com certeza será melhor ainda.

O Amen Corner tem planos de alguma tour fora do país?

Sim, pensamos e queremos muito tocar fora do Brasil, ainda não tivemos a oportunidade, mas as portas estão se abrindo e creio que em breve iremos fazer muitos shows em outros países.

Como é para vocês serem referência do Metal Extremo tanto no Brasil quanto fora?

Motivo de muito orgulho!! E olha que a nossa banda sempre passou por dificuldades inúmeras vezes durante esses mais de trinta anos. Mas a vontade de continuar e de fazer o que gostamos sempre superaram os problemas.

Que o Sol Negro continue nos guiando e agradeço imensamente pela entrevista e tempo disponibilizado, pois não é sempre que podemos conversar com uma lenda! O espaço final é todo seu.

Muito obrigado pela oportunidade, é sempre um prazer falar sobre o Amen Corner e contar novidades, falar sobre os planos do futuro, o presente e relembrar o passado. Quero mandar um grande abraço a todos os nossos amigos e seguidores. Valeu pelo apoio Renato e Road to Metal.