Um dos grupos da safra mais jovem do cenário da música pesada brasileira a receber ótimos elogios este ano está sendo a banda do ABC paulista, Souldier, através de seu álbum de estreia.
“The Soul of a Soldier” (2013) é um disco muito coeso, trazendo a proposta de um Heavy Metal tradicional e com algumas letras cristãs (mas que também trazem ótimas reflexões) que, através das suas 11 faixas, mostram a qualidade na composição e execução de Eduardo Furlan (vocal), Rodrigo Neves (guitarras) e Felipe Madeira (bateria) (vale citar o baixista/tecladista convidado Aléxis Galluci, que também produziu o disco).
Atualmente, o grupo segue como um quarteto, com Jesley Augusto no baixo e Eric Kosimenko na bateria, divulgando o grande trabalho da Souldier que já inicia com muita qualidade em “Angrycidal”, música de trabalho do álbum e que conta com um vídeo clipe interessante (assista abaixo).
De cara a banda mostra uma forte influência de bandas como Metallica (fase anos 90), sobretudo nas guitarras, quebras de ritmo e teclados estilo Savatage, e por aí vai. Para não ficar comparando com bandas históricas, procure ouvir “Scourge of Society”, uma das melhores e mais complexas do disco, assim como audição especial merece a faixa-título (a melhor do trabalho), “A Matter of Choice” (ótimos riffs e solos de Rodrigo e clímax ao final da faixa) e “The Understanding” (com os vocais mais agressivos do disco).
Souldier também se destaca pelas baladas do disco, como a linda e acústica “Sometimes” (grande sensibilidade e emoção), cuja conta com participação de Rebecca Duarte ao lade de Furlan. Também na mesma lógica temos “Come With Me”, que traz novas passagens acústicas e encerra o disco que, para além de boas composições, também tem uma arte de qualidade, com encarte trazendo fotos e todas as letras, o que sempre ajuda a aproximar mais o ouvinte da proposta da banda.
“The Soul of a Soldier” é um começo promissor da jovem banda (na luta desde 2007) e que, com o grupo alinhado, boa divulgação e apoio dos headbangers, poderá, ao longo dos próximos discos, se tornar um nome imponente na cena nacional. Merecem.
Se você tem aquele coturno surrado, jaqueta de couro e spikes de pregos, pega logo esse CD e bota a cerveja pra gelar, porque assim como eu você irá ouvir muito esse novo EP da banda de Campo Grande/MS, Shadows Legacy que saúda os bons tempos da NWOBHM.
Claro que a proposta da banda divide opiniões, pois sempre teremos aqueles críticos que acham que uma banda deve evoluir e blá, blá, blá... Na minha opinião, se querem algo modernoso, vão ouvir Metalcore, agora para o banger que sabe que nada substitui uma guitarra bem timbrada e sem frescuras com bastante pegada de Iron Maiden (antigo), Saxon, Diamond Head e pérolas do Metal inglês se empolgará fácil.
O trabalho abre com o lindo dedilhado da faixa titulo, só que logo será pego por uma tijolada potente, que levará seu pescoço ao banger imediato. Não gosto de ficar apontando esse ou aquele destaque, mas o baixo do senhor Luciano Rivero aliado aos duelos de guitarras feitos por Max e Leandro deixariam os músicos do Maiden orgulhosos com suas crias.
Vinda um pouco mais na maciota (alguém ainda usa essa palavra?), "We are the Legacy" rouba a cena com seu refrão ganchudo, que levará os bangers ao coro uníssono.
"Angel of Hell" é minha favorita. Que pancada, que vocal destruidor. Ouça alto e mande seus vizinhos para o inferno. Finalizando, temos "Far from the Light", que é a mais variada do EP mostrando uma vertente mais progressiva da banda.
Por fim, acabei fazendo um faixa a faixa, mas nesse caso merece porque temos aqui um trabalho honesto feito com garra.
Mais novo DVD ao vivo da lendária banda mostra grupo em apresentação histórica
Quando o Judas Priest anunciou sua aposentadoria dos palcos e a derradeira turnê mundial, ninguém esperaria que a mesma, chamada de “Epitaph World Tour”, tivesse tantos shows (quase 200 datas) e um público superior a um milhão de fãs ao redor do mundo.
Ou ainda, pouco antes, a saída inesperada de K.K. Downing (guitarra), um dos membros originais, por não querer seguir com shows (por ele a banda já teria acabado ali), substituído pelo competente (mas ainda não tão conhecido) Richie Faulkner (Voodoo Six e Lauren Harris Band), geraram grandes expectativas.
Duas lendas da música pesada mundial e 40 anos de história
Desse momento de despedida (mas a banda já prepara novo disco e turnê, mas com menos shows) nasceu o DVD ao vivo “Epitaph”, que traz, de longe, uma das melhores apresentações da turnê e, quiçá, de toda a história recente da banda (desde a volta de Halford aos vocais em 2005).
A nova dupla: Faulkner (esq.) e Tipton
Aliás, parece que a despedida e o sangue novo nas guitarras deram um gás a mais no Judas, que mostra, ao longo das 23 faixas, todas as qualidades que fizeram da banda uma das maiores da música pesada mundial de todos os tempos.
O Metal God em pleno funcionamento!
Muitos questionam os motivos da banda tocar, em cada turnê, basicamente o mesmo setlist, afinal, há vários clássicos esquecidos que a dita turnê negligenciou. Porém, é inegável que músicas como “The Sentinel”, “Metal Gods”, “Breaking the Law”, “You've Got Another Thing Comin'” e muitas outras que, turnê a turnê, disco ao vivo a disco ao vivo, figuram no set, que, para esta turnê, trouxe uma música, pelo menos, de cada disco (exceto fase Owens).
Para não estender-me demais, vale citar a qualidade dos vocais de Halford, que estão impecáveis, apesar de algumas dificuldades da idade mesmo (“Painkiller” jamais será cantada como nos anos 90). Em músicas como “Beyond the Realms of Death” e “Blood Red Skies” (uma das poucas novidades da turnê), ele mostra seus dotes como um dos melhores vocalistas do Heavy Metal desde que a banda surgiu. “Never Satisfied” é uma grata surpresa do primeiro álbum, com Halford taxando-a como uma das melhores músicas da fase dourada da banda.
Em “Painkiller”, um solo inspirado e agressivo de Scott Travis (bateria) dá início ao clássico, de cujo álbum de mesmo título a banda também executa “Night Crawler” (que ficou sensacional mesmo passados mais de duas décadas); Ian Hill, sempre do mesmo jeito, faz sua parte com seu baixo e Glenn Tipton demonstra seu carisma habitual, além da habilidade de um ótimo guitarrista (Faulkner deve estar se sentindo nos ares ao fazer dupla com o lendário guitarrista).
Outros pontos altos ficam para “Diamonds and Rust”, em que a banda divide em uma parte acústica e outra plugada, mesclando as duas versões que ficaram históricas dessa canção de Joan Baez; também “Heading Out to the Highway” (que canção empolgante) e “Breaking the Law”, cantada apenas pelo público que lotou o Hammersmith Apollo em Londres, em 2012.
Um show com grandes efeitos de imagem (muitos lasers, remetendo aos anos 80), uma banda muito afinada, donos do mundo, fãs britânicos indo à loucura. A única ressalva é o abandono de músicas da fase Tim Owens (muita inocência esperar que Halford cante músicas dessa fase, infelizmente) e o show não poder ser mais longo. Um DVD obrigatório a todo bom fã da música pesada.
Desde a Demo "Violent Mosh" os brasilienses do Violator sempre se orgulharam de ser uma banda 100% Metal oitentista, sem querer inventar nada e sim manter a chama do verdadeiro Metal viva, isso muito antes da chamada onda de "revival" que invadiu a cena nos últimos anos.
Por isso que gerou tanta expectativa esse novo lançamento dos thrashers, afinal de contas eles foram gravar e produzir o CD com ninguém menos que Andy Classen no já famigerado estúdio Stage One na Alemanha, e após a audição fica evidente que a escolha foi acertada, porque o Violator apresenta nesse trabalho uma malicia e uma pegada digna de quem é grande, e principalmente disposto a destruir pescoços.
É até meio incoerente apontar destaques aqui, pois esta tudo muito coeso e como era de se imaginar muito bem produzido. Poney (baixo e voz), continua com seus berros que empolgam qualquer um, Cambito e Capaça estão afiadíssimos, ouça a abertura com "Echos of Silence" e a instrumental "Death Descends (Upon this World)", e veja se essa dupla já não se tornaram riffmasters.
Outro destaque vem para Batera (bateria... Jura??) que com o tempo vem cada vez mais técnico e em "Unstoppable Slaughter" prova isso. Não poderia deixar de apontar aqui o amadurecimento da parte temática, sendo que o antigo lema de matar posers da espaço para algo mais político, como na maravilhosa "Colors of Hate" alem da capa que é bem emblemática.
Por fim valeu a pena esperara, maníacos por Thrash Metal uni voz ao Violator, que nos brinda com mais um cenário de brutalidade para quem tem Metal como estilo de vida. Agora é aumentar o som e mosh!
Lançado ainda no primeiro semestre deste ano, com produção da Black Vomit Filmes, "Desagradável" é um documentário que conta a trajetória desta cultuada e genial banda, que, mesmo com todas as dificuldades e limitações impostas, fossem financeiras ou técnicas, foi criando um estilo todo próprio, com muito peso, ironia e agressividade, sendo lapidado através dos anos, e, apesar das mudanças de formação e até encerramento das atividades, sempre despertou, no mínimo, a curiosidade do público, inclusive de fora do circuíto Metal ou Underground.
Realizado com auxílio de crowdfunding, o documentário conta com gravações raras e depoimentos de gente como João Gordo, Jello Biafra, Pedro Só, Tom Leão e outros, incluindo integrantes e ex-integrantes da banda. São cerca de 200 minutos, com direção e produção de Fernando Rick e também do vocalista Ângelo Arede (na banda desde 94, e responsável pelo retorno às atividades).
São várias histórias, imagens e relatos que contam a saga da maior, primeira e única banda de Saravá Metal do mundo! E você vai rir, se espantar e, quem sabe até se assustar (certo que alguns também, algo normal na trajetória da banda, podem achar algumas letras ou histórias ofensivas ou de gosto duvidoso), nesse bem feito e divertido documentário, onde histórias como os ritos nos shows, onde farofa e outros artefatos são jogados na galera, as brigas, as roubadas, a tour na Alemanha e Áustria, onde até quase foram espancados por Skinheads.
Criada no início dos anos 90, com a ideia surgindo durante um show do Ratos de Porão no Circo Voador (RJ), onde alguns dos primeiros integrantes pensaram em formar uma banda, para um dia abrir um show do Ratos, o Gangrena Gasosa, assim que tomou forma, logo foi chamando a atenção no underground carioca, seja pelos shows enérgicos ou pelo inusitado rótulo que a banda adotou, proclamando-se a primeira banda de "Saravá Metal" do mundo.
No boca a boca do público que presenciava a banda, a fama do Gangrena foi se espalhando, atraindo mais fãs e curiosos que queriam ver de perto aqueles caras, que com um mistura de Hardcore, Metal, cultura afro-brasileira e pontos de candomblé, faziam um show "esporrento", com os integrantes se vestindo de entidades e jogando os "ingredientes" que compõem uma tradicional macumba no meio da galera.
E as letras, sempre bem sacadas, ao invés de falar de demônios e deuses de outras culturas, falavam de entidades da cultura dos terreiros do Brasil, como orixás, pomba-giras e pretos-velhos!
Em 1991, a banda lançou seu primeiro álbum, "Welcome to Terreiro", cujo título já mostrava toda a ironia e bom humor da banda, que sempre apresentou grandes sacadas, como os títulos e letras das músicas. Neste primeiro álbum, podemos encontrar "Troops of Olodum", "Despacho From Hell", "Pegue Santo Or Die", além de outras. O disco foi lançado pela Rock It!, selo de Dado Vila Lobos, infelizmente, os produtores não souberam captar a proposta, deixando o som sem o peso e a agressividade que a banda apresentava ao vivo.
Em 1993, a banda cumpriu a meta que foi o motivo de sua criação, abrindo show do Ratos no Circo Voador, com público de cerca de 3 mil pessoas. No ano de 2000, lançam o segundo álbum, através do selo tamborete, com o genial título de "Smells Like Tenda Spirita" (título que é uma bem humorada "versão saravá" do título do álbum do Nirvana, "Smells Like Teen Spirit").
Neste álbum estão mais presentes as percussões, de modo a deixar mais evidentes e caracterizadas as influências dos batuques de terreiro e da cultura brasileira, algo que não era tão visível no início. Músicas como "Matou a Galinha e Foi ao Cinema", "Benzer até Morrer/Kurimba Ruim" (versão "saravá" de Beber até Morrer, do Ratos), "Timbalada de Caveira" e a genial "Centro do Pica Pau Amarelo", onde falam que os personagens do clássico de Monteiro Lobato, "O Sítio do Pica Pau Amarelo", são praticantes das "obscuras artes"!!!
Em 2001, seguem em tour no exterior, com 28 shows na Alemanha e Áustria, porém, em 2002, a banda de dissolve, devido a vários problemas.
Em 2005, Ângelo Arede consegue reformular a banda, trazendo de volta alguns antigos membros, como Cid e Ronaldo Chorão, fundadores e responsáveis pela maioria das letras, e agora, contando com uma produção melhor, inclusive tendo até o seu "Diabão Oficial", seja visual ou musical, procurando realmente valorizar, caracterizar e mostrar a temática, não só no visual, mas mais claramente na sonoridade, para que ficasse realmente explícito que o que o Gangrena faz é o puro "Saravá Metal".
Com novas músicas que foram se tornando novos "clássicos" da banda e verdadeiros hits no youtube, como a impagável "Eu Não Entendi Matrix" e "Quem Gosta de Iron Maiden, Também Gosta de KLB" (Onde zoam com a playboyzada que posa de Banger, mas aí aparece com camiseta do Slipknot e curtindo outras coisas da "moda"). Lançaram os EPs "666" e "12 12 12", em 2006 e 2007, e, em 2011, registram as novas músicas no seu álbum melhor produzido até agora, "Se Deus é 10, Satanás é 666", com uma produção excelente e digna da história do Gangrena.
Em 2013, lançam o documentário "Desagradável", que vem em DVD duplo, tendo, além do documentário, show da banda, gravado em 2011 (veja o trailer do show no fim da matéria), com produção de palco feita por André Kapel Furman, responsável pela produção dos efeitos do último filme de Zé do Caixão, mais o clipe de "Cambonos From Hell" e um documentário feito em 93, "Saravá Metal", que foi exibido na Rede Manchete.
Um item que vale a pena ser adquirido (item obrigatório, eu diria), onde, além da história da banda e do excelente show, onde os cambonos desfilam seus clássicos, cheios de humor, macumba e porradaria, temos um belo documento onde podemos identificar vários fatos, lugares (como o Circo Voador e o Garage) e personagens que fizeram e fazem parte do Underground e da música pesada nacional.
E é isso aí! pegue santo or.....die!!!!
Se alguém tinha dúvidas quanto a carreira desta talentosa holandesa, após sua saída do The Gathering, banda com a qual ficou conhecida mundialmente, levando sua voz cheia de personalidade à vários cantos do planeta, isso foi se dissipando com os lançamentos de sua banda, primeiramente com o "Agua de Annique", e, em seguida, somente como "Anneke Van Giersbergen", assumindo definitivamente o papel de artista solo , inclusive em entrevista para o Road to Metal (Leia Aqui), a cantora declarou que no início ainda tinha receio de "ser a capitã de seu próprio navio", por isso preferiu iniciar sua carreira pós-The Gathering, como uma banda, e não como artista solo.
Com Devin Townsend, um dos seus grandes fãs, e que não dispensa trabalhar com a cantora
Com bem sucedidos álbuns e tours, Anneke prepara o lançamento de seu quinto trabalho (o segundo levando apenas seu nome), intitulado "Drive", e com data de lançamento prevista para 23 de setembro, pela InsideOut Music, mesmo selo de Devin Townsend, com o qual a bela holandesa colabora seguidamente, tendo, inclusive, participado do último álbum do Devin Townsed Project, "Epicloud", e também estará no DVD/Blu-Ray do genial canadense, "The Retinal Circus", que será lançado em outubro (veja abaixo o trailer)
Além de seu trabalho próprio, Anneke também arranja tempo para essa participações e parcerias com diversos músicos, de estilos também diversos, como o próprio Devin, e artistas como Moonspell, Arjen Lucassen, Danny Cavanagh, Napalm Death e outros, e mal terminou extensa tour de divulgação do trabalho anterior, "Everything is Changing", que inclusive passou pelo Brasil, e já está com esse novo disco e pronta para cair na estrada, sem falar que tem sempre o tempo pra curtir a família, sendo que ao seu lado, na banda, está seu marido, empresário e baterista, Rob Snijders, e o filho do casal, Finn, já os acompanha em muitas viagens.
Photo book que será lançado simultaneamente com o novo álbum
Dia 23 de agosto, sai o primeiro single, que é faixa título "Drive", e ainda, simultâneo ao lançamento do álbum, em setembro, os fãs poderão também dispor de um belo book fotográfico (foto acima), contendo reflexões, letras e 60 imagens da linda e talentosa holandesa, capturadas pelo famoso fotógrafo Raymond Van Olphen.
Capa do novo álbum
Você pode conferir um mini documentário, do making off de "Drive" no youtube ou no site oficial, ou veja o vídeo aqui, logo abaixo.
São muitas novidades neste semestre para os fãs desta talentosa e incansável multi-woman, novo CD, tour, photo book e participação no DVD/Blu Ray do Devin, e, com certeza, vem mais por aí!
É fato que o Metal nacional nos prova cada vez mais ser consistente e poderoso, para muitos bangers ainda é uma barreira, pois acreditam que a cena não é grandiosa e não apresenta excelentes bandas.
E os gaúchos do Hibria provam que o Metal nacional está sim vivo e pulsante. Lançado via Voice Music no mercado nacional, "Silent Revenge, novo álbum da banda," vem para colocar o grupo em um patamar ainda mais alto. A evolução da banda a cada lançamento é algo impressionante, sendo difícil imaginar que se superem a cada álbum, e em "Silent Revenge" mostram o auge, chegando no ápice, com seu Heavy Metal forte e vigoroso, que passa pelo Power Metal, Thrash e Metal Tradicional em suas nuances mais modernas.
A produção do disco ficou a cargo do próprio guitarrista Renato Osório, além de ter a mixagem do baixista Benhur Lima, deixando o álbum em perfeita sintonia, com uma produção impecável. A parte gráfica do trabalho que também ficou a cargo de Benhur Lima, prova todo o comprometimento do Hibria com seu público, uma capa simples, mas bela e agradável, e com um encarte completo e belo em todos os aspectos.
Falar da música em si é chover no molhado, pois quando botamos o CD para rolar é um verdadeiro estouro! A abertura com a destruidora "Silent Revenge" já nos mostra isso, riffs potentes e variados da dupla Abel e Renato, que conduzem com muita maestria os solos; linhas vocais poderosas de Iuri Sanson e uma cozinha técnica e pesada de Benhur e Eduardo, sem contar que nesta faixa temos a participação do vocalista André Meyer (Distraught).
"Lonely Fight" vem mais melódica e moderna, com um excelente refrão, sem contar os backing vocals muito bem encaixados e com Benhur debulhando seu baixo; "Walking to Death" é no minimo enérgica, riffs rápidos e certeiros somados a solos virtuosos, vale destacar o vocalista Iuri que da um show; "Silence Will Make You Suffer", que também conta com a participação do vocalista André Meyer (Distraught), vem com um "pézinho" no Thrash, mas é bem variada e melódica, destaque também para a linha de baixo de Benhur; "The Scream of an Angel" apresenta muita melodia e peso, com um refrão envolvente e poderoso.
Simplesmente um dos melhores discos de 2013, falta palavras para descrever tamanha maravilha que nos chega aos ouvidos. Se você ainda não valoriza sua cena, está perdendo tempo, pois o Hibria vem provando que sim, nós temos a melhor cena Metal do mundo!
Já que reiteradas vezes Jon Oliva afirmou que é impossível uma volta do Savatage, apesar de lá no fundo os fãs ainda nutrirem esperança (quem sabe alguns shows em festivais para um derradeiro vídeo? algo que essa grande banda e os fãs mereciam), resta, por hora, comemorar a boa música que o mestre Oliva e também alguns outros membros da "família Savatage" continuam produzindo.
Recentemente, após o baque da morte de seu amigo e companheiro de Jon Oliva's Pain, Matt Laporte, Oliva confessou ter ficado um pouco confuso quanto ao futuro da banda, e algumas semanas depois, em conversas com Dan Fasciano, sobre o que ele desejava fazer, Dan sugeriu que fossem ao seu estúdio, onde mostrou toneladas de canções inacabadas, e Jon Oliva achou isso interessante, pois ele também possuia muito material a concluir e partir daí começou a ser montado o que viria se tornar "Raise the Curtain".
Jon conta que chegaram a produzir cerca de 60 músicas num curto período, e sabia que esse álbum seria diferente. Além, de ser especial por conter a última composição ainda não lançada de seu irmão e companheiro de Savatage, Criss Oliva (falecido em 1993, vítima de acidente de carro), o álbum traz muitas influências de Jon, como o Rock Progressivo dos anos 70, e, claro, da música que produziu no Savatage e no Jon Oliva's Pain.
O álbum foi produzido por Tom Morris (Iced Earth, Sepultura, Demons and Wizards, Trans-Siberian Orchestra, Savatage, Cannibal Corpse, etc), no renomado Morrisound Studios, em Tampa, e possui 11 faixas e mais uma bônus track, e tem tudo para agradar aos fãs de Jon e do Savatage.
Já quanto a cultuada e amada banda criada por Oliva e Criss, o Savatage, a earMUSIC encerra o ciclo de relançamentos do icônco grupo americano, com esse, que talvez seja seu maior clássico, "Streets: A Rock Opera", um álbum revolucionário, onde a banda, em conjunto com seu eterno parceiro Paul O'neill, chegaram no balanço perfeito, da sonoridade já ensaiada em "Gutter Ballet", com essa versão trazendo muitos presentes aos fãs que sempre acompanharam o grande "Sava", trazendo as versões com as narrações, originalmente destinadas apenas para a versão Brodway. A data de lançamento está marcada para 27 de setembro
Além de faixas inéditas de áudio, essa edição trará DVD com vídeos restaurados a partir das fitas originais, além de um encarte com texto escrito por Jon Oliva, relatando fatos dessa época.
Vale destacar a faixa "Larry Elbows", que não saiu na versão original do álbum devido aos prazos para finalização e lançamento do trabalho, e agora está finalmente disponível aos fãs.
Além dessa faixa inédita, das narrações e dos vídeos, os fãs encontrarão uma versão acústica instrumental de "Voyage", faixas ao vivo e a versão para piano de "Sleep".
Dois belos lançamentos para preencher, pelo menos um pouquinho, a lacuna deixada pelo Savatage no coração dos fãs.
Uma pena que a banda não tenha alcançado à época, um sucesso comercial maior que a sustentasse e desse suporte suficiente aos músicos, algo que os trabalhos atuais dos integrantes, como suas bandas solo ou com o Trans-Siberian Orchestra, principalmente, tornaram possíveis. Difícil conseguir entender ou explicar o porque da banda não ter conseguido continuar. Bom, a esperança é a última que morre, e essa bem sucedida iniciativa dos relançamentos, quem sabe possa ajudar.
Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
Outros Recomendados:
-Savatage: Still the Orchestra Plays (Coletânea dupla, contendo DVD do show no Japão, durante a tour do "Handful of Rain", antes disponível só em VHS)
-Trans-Siberian Orchestra: Night Castle (Mais recente trabalho do grupo, que conta com vários músicos que fizeram parte da família Savatage, seja nas gravações dos álbuns, ou nos shows ao vivo)
Abaixo, as faixas do relançamento de "Streets":
CD "Streets: A Rock Opera:
Narrated Version"
01. Streets
02. Narration To "Jesus"
03. Jesus Saves (Original Version)
04. Narration To "Tonight He
Grins Again"
05. Tonight He Grins Again
06. Narration To "Strange
Reality"
07. Strange Reality
08. Narration To "A Little Too
Far"
09. A Little Too Far
10. Narration To "You're
Alive"
11. You're Alive
12. Narration To "Sammy And
Tex"
13. Sammy And Tex
14. Narration To "St.
Patrick's"
15. St. Patrick's
16. Narration To "Can You Hear
Me Now"
17. Can You Hear Me Now
18. Narration To "New York City
Don't Mean Nothing"
Antecipando um gostinho do novo play, intitulado simplesmente de "Dream Theater", os deuses do Prog Metal disponibilizaram a faixa "The Enemy Inside" para audição em streaming no soundcloud da gravadora Roadrunner (Clique aqui para ouvir ou veja Lyric Video no final desta matéria).
A música agradou bastante os ouvintes, que tem tecido comentários entusiasmados. E realmente, a faixa é muito boa e empolgante, riff marcante, destacando o trabalho de bateria, que parece mostrar mais a cara de Mangini, que certamente está mais ambientado, o trabalho de teclado também merece destaque, e a música vem cheia de variações e é bem dinâmica. Por essa primeira amostra, podemos esperar um grande álbum, quem sabe um dos melhores da banda nos últimos anos!
O guitarrista John Petrucci declarou recentemente o seguinte: "Este é o
primeiro álbum auto-intitulado da nossa carreira, e não há nada que eu possa pensar que faça uma afirmação de identidade musical e criativa mais forte do que
isso. Nós exploramos profundamente todos os elementos que nos tornam únicos, do
épico e intenso ao atmosférico e cinematográfico. "
Capa do auto-intitulado novo álbum
O álbum está previsto para lançamento em 23 de setembro, via Roadrunner, e a banda ainda prepara um DVD, "Live At Luna Park", para novembro (veja aqui o trailer).
E se não bastasse, James Labrie está disponível também, "Impermanent Resonance" é o nome do play, que está disponível para stream nas próximas 24 horas através do site REVOLVERMAG. Corra que dá tempo de ouvir.
Muitas novidades para alegria dos fãs! Texto/Edição: Carlos Garcia Fotos: Divulgação Site Oficial