terça-feira, 30 de abril de 2013

“Russian Holiday”: Imortalizando Versões Acústicas




Desde que reformulou sua banda solo, Blaze Bayley parecia que havia se precipitado em trocar músicos experientes por outros de pouco "nome", como o guitarrista Thomas Zwijsen, que, com apenas 25 de idade, já é conhecido pelas versões em violão de clássicos do Iron Maiden, lançando seu projeto Nylon Maiden, com aceitação imediata mundial.

Blaze & Thomas: dupla que tem dado certo

Blaze Bayley, há anos vivendo de sua carreira solo, participou do projeto e, gostando do trabalho do jovem, trouxe-o a banda, gravando assim “King of Metal” (2012) (confira entrevista com o vocalista sobre o álbum clicando aqui). Mas, o que não se previa, era que essa dupla gravaria um EP e sairia com uma turnê mundial acústica.

E foi isso que aconteceu em 2012 e segue acontecendo em 2013. No início deste ano, “Russian Holiday” (2013), um EP com apenas 5 faixas, sendo 3 regravações da carreira solo do vocalista, além de uma versão mais do que épica de “Sign of the Cross”, a única da fase do Blaze no Iron Maiden, e uma canção inédita (que dá nome ao EP).

A união entre os vocais marcantes de Bayley (e, hoje, é quase unânime a ideia de que ele está cantando muito melhor do já o fez), o talento do jovem Thomas, além a participação brilhante da violinista Anne Bakker deixaram neste simples EP cinco trabalhos fenomenais.

Thomas, garoto prodígio das cordas com apenas 25 anos

“Stealing Time” já abre o EP com Thomas e Anne mostrando sua técnica em apoiar a interpretação marcante e grave de Blaze. Isso também ocorre com a faixa inédita, “Russian Holiday”, feita durante a última passagem de Blaze pelo país e que trata da saudade que sentiu da família (confira o vídeo clipe oficial abaixo), mas é a menos expressiva do EP.

Voltando às releituras, “Soundtrack of My Life” e “One More Step”, duas das canções mais tristes e belas da carreira de Blaze, ganharam um brilho todo especial, sobretudo a primeira, já que a segunda é mais recente e já trazia uma proposta acústica na sua versão original.

Anne Bakker: participação no EPe turnê abrilhantaram as canções

Mas o grande épico é, claro, “Sign of the Cross”, provavelmente a canção mais emblemática da fase Blaze Bayley no Iron Maiden e, com absoluta certeza, a proposta mais ousada de todo o EP, já que é uma música de mais de 10 minutos, cheia de complexidade, mas que foram relidas de forma digna e que imortaliza a releitura dessa clássica canção dos anos 90 da Donzela.

Não podia faltar uma canção da fase Iron Maiden. Ouça aqui.

De modo geral, um grane trabalho. Ponto fraco: poucas músicas (poderiam ter lançado um disco completo, não?). Ponto forte: a união de grandes músicos, de gerações e de uma voz que marcou, pro bem ou pro mau, a história do Iron Maiden.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Blaze Bayley e Thomas Zwijsen
Álbum: Russian Holiday
Ano: 2013 
País: Inglaterra
Tipo: Heavy Metal (Acústico)

Formação
Blaze Bayley (Vocal)
Thomas Zwijsen (Violão)

Participação Especial
Anne Bakker (Violino)




Tracklist
01. Stealing Time
02. Russian Holiday
03. Soundtrack Of My Life
04. One More Step
05. Sign Of The Cross


Assista ao vídeo “Russian Holiday”


Veja Blaze e Thomas executando “Soundtrack of My Life”

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Resenha de Shows: Edição 42 do Storm Festival Reafirma o Underground em São Leopoldo/RS

Quatro bandas subiram ao palco da Embaixada do Rock celebrar o Metal Extremo nacional


São dezenas de edições com sucesso do Storm Festival em São Leopoldo/RS, tendo como santuário a Embaixada do Rock em São Leopoldo/RS e a edição 42, que aconteceu no dia 06 de abril de 2013, não podia ser diferente

Marcelo Martins (Human Plague)
Com seu tradicional open bar, um ótimo público compareceu para conferir as 4 bandas que massacrariam o pequeno palco da Embaixada, caminhando desde o Thrash chegando ao Black Metal, sempre batendo no peito com orgulho do underground.

A primeira banda a desencadear o ataque foi a Human Plague, jovem grupo de Santa Maria/RS, que já tivemos a oportunidade de conferir em janeiro (confira aqui) e estão preparando seu primeiro CD demo que deve sair ainda este ano.

A banda aposta em um Death Metal técnico, que extrapola os clichês do estilo, sendo notória a capacidade criativa do grupo, que ofereceu um som empolgante aos presentes, algo que é difícil para a primeira banda, já que muitas vezes o público ainda está um pouco tímido (ou não havia bebido o suficiente) (risos).

Recheado de composições próprias como “Tears”, “Save Me”, “Still Alive” e “Silent War”, a banda também levantou o público com dois tributos a bandas bem distintas: “The Pursuit of Vikings” (Amon Amarth) e “Inner Self” (Sepultura).

Depois foi a vez da Hammerfest, banda da casa, também ofertar seu aguardado Death Metal, este mais cru, direto e sem rodeios, levando público a ovacioná-los a cada canção. Notório é a experiência desta banda e sua competência em cima de um palco.

A atração principal e a mais aguardada era a Infamous Glory, de São Paulo/SP, que voltava a se apresentar no estado, sendo um dos grandes e mais tradicionais nomes da cena underground extrema nacional. E a espera valeu a pena, já que não sobraram pescoços parados. 

Hate Handles foi a responsável por encerrar os trabalhos pesados da noite

Fechando a noite, a banda de Caxias do Sul/RS, Hate Handles (que também já conhecíamos) foi a responsável por tirar as últimas energias da galera que já havia bebido todas, mas não arredava o pé da Embaixada. E o grupo, assim como seus antecessores, não decepcionou, dando o sangue no palco. Vale destacar que o grupo executou, fechando a noite, uma versão sensacional de 

Com o ambiente de muita parceria, bebida à vontade e muito som de qualidade, Stoprm Festival mostra os motivos de já ter se tornado um dos festivais mais tradicionais de todo o Rio Grande do Sul.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Priscilla Zambiazi (Human Plague)

Obs: Não conseguimos fotos dos shows das bandas Hammerfest e Infamous Glory. Nossos agradecimentos especiais à Priscilla Zambiazi, pelas fotos da Human Plague.

domingo, 28 de abril de 2013

Geoff Tate's Queensrÿche: Falamos Sobre "Frequency Unknown" e a Respeito do Concurso/Desafio de Tate aos Críticos!



Após as críticas recebidas ao álbum de estreia do Geoff Tate´s Queensryche, o qual o vocalista formou após a ruptura com seus antigos companheiros no ano passado, a bolacha "Frequency Unknown" (será que a abreviação "FU", além da simples abreviação do nome do álbum, que aparece na capa, nos anéis do punho cerrado, não é um "Fuck  U", heheeheh, uma mensagem subliminar aos desafetos) foi remixado, e a gravadora Cleopatra Records ofereceu enviar a nova versão a todos os fãs que compraram a original.

Geoff Tate foi mais longe e desafiou a todos os críticos, pedindo que enviassem um vídeo falando porque odiaram o álbum, e a banda disse em um "website post" o seguinte:

"Você realmente odiou o novo álbum do Queenryche? Você já "blogou" a respeito online? Bem, "nerds do Metal", se vocês têm "culhões" para sustentar sua opinião, aqui está um concurso para você: Pare de se esconder atrás dos teclados de seus computadores e smartphones, e mostre-nos o quanto você odiou o álbum enviando-no um vídeo com seu desabafo pelo youtube!"


E continuam:

"Comece nos dando seu nome real e prossiga com o discurso, Geoff  irá fazer um filme escolhendo o melhor desabafo em vídeo, e o postará online para sua diversão!"

 E vejam só o prêmio para a "Vídeo Crítica" vencedora: o vencedor receberá uma viagem para Seattle com todas as despesas pagas, vai assistir a banda em sua cidade natal dia 29 de junho, como convidado VIP, e passes para meet-and-greet, e vale compras no valor de U$250.


Acesse a AQUI A POSTAGEM ORIGINAL e as regras do concurso.

Essa divisão do Queensrÿche tem motivado os fãs ao debate, e havia expectativa quanto a este álbum, com o line-up reunido pelo vocalista Geoff Tate, porém, tanto o álbum, que recebeu mais críticas negativas por parte dos fãs, quanto o falatório de Tate na imprensa especializada e através do site oficial, tem também deixado a maioria insatisfeito com algumas atitudes do vocalista.

Será que alguém que odiou mesmo o álbum enviar o vídeo e vencer, vai arriscar ir receber o prêmio? He he! Vai que os caras vão querer se vingar! He he he!


Cheguei a ouvir o álbum algumas vezes. Já de início, cheguei a me animar com a faixa de abertura, "When Lightning Strikes", com boa pegada, riff interessante; "Cold", que foi o primeiro single, também é uma boa faixa, porém, em sua maior parte, o álbum se mostra mediano, com a sonoridade abaixo do esperado, tanto que devido a isso e a todas as críticas a banda tratou de remixá-lo, porém, não sei se não trataram de regravar algumas coisas, pois em minha opinião, somente uma nova mixagem não vai consertar algumas coisas que mais desagradaram, por exemplo, a banda de Tate, parece estar seguindo o que ele vinha já fazendo, um som mais direto, tentando soar mais moderno e pesado, com algumas músicas tendo elementos estranhos, meio industriais, guitarras padecendo de melodia. Porém, não basta economizar nas melodias ou usar afinações mais baixas para soar como algo atual e moderno! 


Perfeito se Geoff quer mostrar uma evolução, não quer, quem sabe, copiar a si mesmo, mas não justifica uma produção falha, parecendo que o disco foi feito às pressas, para ser lançado antes do álbum dos seus ex-companheiros. Resumindo, talvez faltou Geoff dar um tempo maior para amadurecer o álbum, que até possui bons momentos, mas ficou um pouco longe das expectativas, acredito eu, da maioria dos fãs do vocalista e da melhor fase do Queenrsÿche. Vamos aguardar um segundo álbum, e também o que a outra "versão" do Queensrÿche, liderada por Michael Wilton e os demais remanescentes, vai apresentar. Tempo ao tempo.

Em tempo, as regravações também ficaram sem feeling e bem abaixo das originais.


Tracklist:
01. When Lightning Strikes
02. Running Backwards
03. Fallen
04. Life Without You
05. In The Hands Of God
06. Cold
07. The Weight Of The World
08. Slave
09. Dare
10. Everything

Bonus tracks: (2013 versions)
11. Silent Lucidity
12. Empire
13. Jet City Woman
14. I Don t Believe In Love

Site Oficial


sábado, 27 de abril de 2013

Obskure: Death Metal Divisor de Águas


Obskure: um dos maiores nomes da cena nordestina do Brasil oferta disco surpreendente


Cansado daquele Death Metal mais preocupado em soar pesado, sem técnica alguma, com letras clichês, cheias de blasfêmias já cantadas por outras mil bandas? Talvez para quem seja fã do gênero, nada melhor que mais do mesmo. Porém, sempre é agradável ver que a cena extrema tem sim como evoluir e mostrar que Death Metal pode traçar outros caminhos.

O Brasil é privilegiado com bandas que mostram um amadurecimento nas composições e uma das principais é, com certeza, a Obskure que, vinda de Fortaleza/CE, lançou em 2012 “Dense Shades of Mankind”, um dos discos mais aclamados daquele ano.

Banda tem trabalhado na divulgação de seu mais recente disco

E a aclamação veio em resposta ao intenso trabalho que a banda precisou desenvolver, além das barreiras e dificuldades que foram superadas. Foram cerca de 4 anos para que o álbum visse a luz do dia e, como um ataque concentrado e estrategicamente elaborado, causa um estrago impressionante.

São 10 faixas que a banda formada por Germano Monteiro (vocal), Daniel Boyadjian (guitarra), Amaudson Ximenes (guitarra), Jolson Ximenes (baixo), Wilker D’Ângelo (bateria) e Fábio Barros (teclados), desfilam um Death Metal técnico, agressivo, com solos de guitarra e riffs inspirados, bateria e baixo dando o peso esperado e, algo que é bastante incomum, teclados que dão um clima mais sombrio e que é o grande diferencial da banda já na primeira audição.

Claudine divide os vocais em uma faixa
Músicas como “Christian Sovereing” (petardo que abre o álbum) e “Anxious Passage Relief”, que vem logo em seguida, já denunciam que “Dense Shades of Mankind” é um álbum especial. Notável é percebermos a grande influência de bandas como Death e até mesmo, das mais recentes, Septic Flesh (acho que mais por acaso do que propriamente ser uma banda que o grupo seja influenciado, o que não deve ser o caso), sobretudo nos temas existenciais que povoam o lírico das músicas, sobretudo pela formação em sociologia do letrista Amaudson Ximenes.

Impertinente ficar descrevendo cada faixa, até mesmo por isso ser impossível, na medida em que Obskure mostra nas 10 canções que não é apenas mais uma banda, mas sim aquela que, talvez, melhor represente a qualidade do Metal Extremo do Ceará. 

Mas, não finalizo esta matéria sem falar das ótimas participações especiais que marcam presença no álbum, como Marcelo Barbosa (Khallice e Almah), um dos grandes nomes da guitarra brasileira, na espetacular “Unsticked”, Daniel Boyadjian com vocais adicionais em “Hidden Essence Rescue”, canção esta que surpreende pela riqueza da composição, além da grata surpresa de colocar os vocais de Claudine Albuquerque, vocalista da banda Nafandus, também de Fortaleza.


Rapidamente, vale mencionar que a capa foi concebida pela banda e Gustavo Sazes, maior artista nacional em termos de capas para bandas de Metal e reconhecido mundialmente, além de uma ótima produção de Moisés Veloso e banda no MC Studio.

Obskure demorou, mas fez com que “Dense Shades of Mankind” entre para a história. Talvez ainda seja cedo afirmar isso, mas, aposto uma caixa de cerveja que este será um dos discos mais lembrados daqui uma ou duas décadas da cena nordestina e, quiçá, de todo o Brasil, pois ainda não havia escutado um trabalho nesta qualidade deste gênero por estas terras.

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Obskure
Álbum: Dense Shades of Mankind
Ano: 2012 
País: Brasil
Tipo: Death Metal
Selo: Independente (com apoio da Prefeitura de Fortaleza)

Formação
Germano Monteiro (Vocal)
Daniel Boyadjian (Guitarra)
Amaudson Ximenes (Guitarra)
Jolson Ximenes (Baixo)
Wilker D’Ângelo (Bateria)
Fábio Barros (Teclados)



Tracklist
1. Christian Sovereign
2. Anxious Passage Relief
3. Tension Eve Massacre
4. Hidden Essence Rescue
5. Unsticked
6. Pieces from the Old Life
7. From One Who Stopped Dreaming... 
8. Barren Evolution 
9. Memories of a Recent Past 
10. Vermin's Banquet 

Acesse e conheça mais sobre a banda


Assista ao vídeo clipe oficial de "Christian Sovereign"


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Ghost: Ame ou Odeie



Eis que os satânicos do Ghost lançam seu segundo full lenght. Após um hiato de 3 anos os suecos botam no mercado "Infestissumam" (2013), que vem com a difícil tarefa de superar o já clássico "Opus Eponymous" (2010).

Sob o comando de Papa Emeritus II, é notável que a banda mostra uma maior maturidade em suas composições, que soam mais agressivas e obscuras, com seu Heavy Metal tradicional com toques de Classic Rock setentista, dão um passo a frente. Se muitos achavam que o Ghost (a banda só usa o "B.C." quando excursiona pelos EUA) era uma mera cópia de King Diamond ou Mercyful Fate, pode esquecer, pois em "Infestissumam" a banda se distancia ainda mais dessas comparações.

Tratando da sonoridade em si, é aquela velha história "ame ou odeie", pois desde o lançamento de seu primeiro álbum em 2010, a banda ficou muito exposta à mídia, o que levou a popularidade às alturas, coisa que para muitos é motivo para torcer o nariz.


A produção do disco ficou a cargo do experiente Nick Raskulinecz, que deixou o som mais polido e mais na "cara", com uma agressividade maior, seria necessário uma qualidade mais pra fora e limpa. A parte gráfica do trabalho é belíssima com uma capa que prima pelas cores, parecendo mais uma obra de arte do século passado. 

Para quem já é familiarizado com os novos filhos de Lúcifer, em nada irá estranhar as composições, os vocais mansos e agradáveis de Emeritus continuam cada vez melhores, os riffs continuam secos e melodiosos com solos muito bem feitos, cozinha precisa e consistente e teclados sombrios e macabros.


E faixas como "Per Aspera Ad Inferi" (riffs secos e diretos e com um excelente refrão), a já conhecida "Secular Haze" (com excelentes teclados e boas variações, além de ter sido o 1° vídeo do álbum), "Ghuleh / Zombie Queen" (um épico macabro, e ao mesmo tempo belo) e a instigante "Year Zero" (com bonitos corais, além das vocalizações muito bem encaixadas), fará você se tornar ainda mais fã, e se você não é um deles, irá amar ou odiar, algo que perseguirá o Ghost para sempre.


Desde seu primeiro lançamento era visto que a banda tinha potencial, e agora com  "Infestissumam" o Ghost poderá marcar de vez seu nome no Metal mundial, estando escalado para vários festivais e excursionando ao lado de gigantes da cena, além de contar com o suporte de um selo "mainstream", no caso a Universal, o que contribuirá ainda mais para a exposição da banda, face o maior poderio da gravadora quanto a marketing e distribuição. Claro, tem o outro lado, numa major, se os resultado$$$ não são os esperados, o artista pode ir para a "geladeira", além do que nessas grandes corporações, o cast é muito maior, e nem todos recebem a atenção desejada. Vamos aguardar a mítica marca do terceiro álbum, que é com o qual que se diz que um artista comprova se veio para ficar ou não



Resenha por: Renato Sanson
Edição/revisão: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação


Ficha técnica
Banda: Ghost
Álbum: Infestissumam
Ano : 2013
Pais: Suécia 
Tipo: Heavy Metal/Classic Rock 


Formação
Papa Emeritus II (vocal)
Nameless Ghoul (guitarra)
Nameless Ghoul (guitarra)
Nameless Ghoul (teclado)
Nameless Ghoul (baixo)
Nameless Ghoul (bateria)





Tracklist:
01. Infestissumam
02. Per Aspera Ad Inferi
03. Secular Haze
04. Jigolo Har Megiddo
05. Ghuleh / Zombie Queen
06. Year Zero
07. Idolatrine
08. Body and Blood
09. Depth of Satan's Eyes
10. Monstrance Clock

Acesse e conheça mais a banda:

terça-feira, 23 de abril de 2013

Rotting Christ: Muito Além do Rótulo "Black Metal"



Realmente tem algumas bandas de Metal que nos surpreendem a cada álbum, e não estou falando do lado negativo, mas sim positivo. Os gregos do Rotting Christ lançaram neste ano seu 11° álbum de estúdio, sobre o nome de "Kata Ton Daimona Eaytoy", o qual significa "Do What Thou Wilt" ou "Fazes o que tu queres" (tirada das escritas de Aleister Crowley: " Fazes o que tu queres, pois é da lei!").

E o que os irmãos Sakis e Themis Tolis apresentam neste novo trabalho é digno de aplausos (ambos gravaram o álbum inteiro), pois a sonoridade aqui apresentada é no minimo sublime, seja pelas partes mais ríspidas que soam mais obscuras, ou por suas melodias cativantes e grudentas.

A criatividade que encontramos no Rotting Christ é de causar inveja, pois a banda vai além do rótulo Black Metal, sempre inovando e trazendo novos elementos a sua sonoridade, e em "Kata Ton Daimona Eaytoy" não seria diferente, temos sim seu Black Metal característico, porém regado com muita obscuridade e melodias ainda mais soturnas.


Com a produção do disco feita pelo próprio Sakis, temos um disco denso e muito bem dosado, com tudo soando cristalino e grandioso. O álbum contem 10 faixas e destacar alguma seria até um sacrilégio, pois o disco é tão homogêneo que fica difícil ter destaques.

Pois bem, não poderia deixar de falar da faixa de abertura "In Yumen - Xibalba", rápida, empolgante e com riffs de guitarras geniais, sem contar a precisão e técnica da cozinha. A soturna e climática "P'unchaw Kachun - Tuta Kachun" com seu refrão épico e grandioso e "Русалка", a qual é muito bem trabalhada e variada, com excelentes vocais, além dos riffs muito bem encaixados.


Fica difícil achar destaques em meio a tanta qualidade, o melhor que você tem a fazer é ouvir o álbum do começo ao fim, pois entenderá que não há espaços para destaques. Certamente um dos grandes discos de 2013.


Resenha por: Renato Sanson
Edição/revisão: Renato/Carlos Garcia


Ficha técnica:
Banda: Rotting Christ
Álbum: Kata Ton Daimona Eaytoy
Ano : 2013
Pais: Grécia 
Tipo: Black Metal 


Formação:
Sakis Tolis (guitarra, baixo, vocal, teclado)
Themis Tolis (bateria)
George Emmanuel (guitarra solo) (músico de estúdio)




Tracklist:
01. In Yumen - Xibalba
02. P'unchaw Kachun - Tuta Kachun
03. Grandis Spiritus Diavolos
04. Κατά τον δαίμονα του εαυτού (Kata Ton Daimona Eaytoy)
05. Cine Iubeste Si Lasa
06. Iwa Voodoo
07. Gilgameš
08. Русалка
09. Ahura Mazda-Azra Mainiuu
10. Χ ξ ς (666)
11. Welcome To Hell (Bonus Track)


Acesse e conheça mais a banda:



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Hate: Resenha do Álbum "Erebus" e Homenagem a Mortifer


No início de abril foi noticiada na página oficial da banda polonesa Hate, a seguinte nota:

"Entre a noite de 5 e 6 abril perto da cidade alemã de Münchberg, nosso amigo, o melhor companheiro e baixista de longa data inesperadamente faleceu. Depois do show na noite passada em Stuttgart ele foi dormir e nunca mais acordou. Nós o encontramos sem vida no início da manhã e imediatamente uma ambulância chamada. Ele foi reanimado, mas sem sucesso. Os resultados da autópsia de Sławomir "Mortifer" Archangielskij serão conhecidos em breve. Nesta situação, decidimos cancelar os shows restantes e voltar para casa. Nós demos testemunhos detalhados para a policia  alemã.

Estamos chocados e despedaçados por sua morte súbita, inesperada. Choramos junto com a família e os amigos de Slawomir.
Adam, Konrad, Stanislaw, Daniel /HATE."



Eu tive a chance de assistir uma apresentação do quarteto em Curitiba, e como testemunha ocular posso dizer que a banda era realmente uma máquina de guerra que destilava um potente  Death/Black Metal, bem na linha da já conhecida cena polonesa, que espalha nomes de extrema blasfêmia para o mundo, como o Vader e Behemoth. O que você irá ler a baixo é uma resenha póstuma do álbum "Erebos" lançado em 2012.  RIP  Mortifer.                   


                                            "Erebos" - Resenha

Vindo da histórica cidade de Warsaw (Varsóvia), o Hate faz o típico Metal made in Polônia, ou seja, não é aquela velocidade desembestada a todo momento, sendo que muitas vezes abre espaço para uma linha mais melódica (vide Behemoth), mas antes que acusem a banda de ser uma mera cópia, vale dizer que o Hate está em uma escala ascendente na cena, e suas duas turnês no Brasil evidenciam isso.




Em "Erebos" (seguindo uma tradução ao pé da letra, significa trevas profundas) podemos destacar a produção muito correta de ATF Sinner ( vocal e guitarras), polida, mas sem abrir mão do peso, lembrando a produção do álbum "Great Execution" do Krisiun, destaque também para a capa que me lembrou um pouco as artes do Rothing Christ, mas chama muito a atenção e com certeza prepara o ouvinte para o que vem a seguir.

Quem procura violência em forma de música pule logo para a faixa "Hexagony", um massacre rápido e impiedoso, "Lux Aeterna" mostra uma cozinha afiadíssima, abrindo espaço para guitarras fazendo um solo desgraçado no melhor sentido da palavra.

"Erebos" e "Quintessence of Higher Suffering", apresentam solos de guitarra virtuosos e cadenciados o que é sem dúvida o ponto forte do Hate, sendo que uma banda tem que ter um grande domínio de técnica para gravar uma faixa como "Wrists" e "Luminous Horizon", sem dúvida canções polêmicas que irão despertar a fúria dos ouvintes mais radicais devido sua cadência.


Um álbum brutal que serviu para firmar de vez o nome Hate não só na cena polonesa, mas sim no maisntream do Metal Extremo ouça alto.

Vale lembrar que já está disponível via Napalm Records o novo álbum "Solarflesh".

Texto: Harley
Revisão/edição: Carlos Garcia/Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Ficha técnica:
Banda: Hate
Álbum: Erebos
Ano: 2012
Pais: Polônia
Selo: Napalm Records
Tipo :Death/Black Metal




Formação:
ATF Sinner – Guitarras acústicas, rítmicas e solo, vocais
Destroyer – Guitarra Solo
Hexen – Bateria
Mortifer – Baixo
Kris Wawrzak – Samples nas faixas 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8 e 10
Michael Staczun – Samples nas faixas 2 e 10
Lestath – Sintetizadores nas faixas 6 e 9

Track list
01. Genesis
02. Lux Aeterna
03. Erebos
04. Quintessence of Higher Suffering
05. Trinity Moons
06. Hero Cults
07. Transsubstance
08. Hexagony
09. Wrists
10. Luminous Horizon





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Site Oficial
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sábado, 20 de abril de 2013

TOTO: 35 Anos de Muita Classe e Qualidade



Criada em 1976, em Los Angeles, Califórnia, o TOTO é uma daquelas bandas que nasceu fadadas a ocupar o coração dos amantes da boa música, e a marcar um lugar na história, com álbuns clássicos, recheados de diversidade musical e bom gosto, sendo impossível rotular o grupo, que passeia por diversos estilos musicais, mas arrisco dizer que a base principal é AOR e Classic Rock, apesar de ser mesmo difícil colocar um rótulo na música do TOTO.

Reza a lenda que o nome do grupo surgiu devido a Jeff Porcaro ter escrito a palavra "toto" na demo-tape do grupo, nas primeiras sessões de gravação, para diferenciar das demais. Há a versão de que é por causa do cãozinho Totó, personagem do "Mago de Oz". Também falava-se que era por causa do sobrenome real do vocalista Bobby Kimball, "Toteaux", mas não passava de uma piada do baixista David Hungate. Mas a que é a real, acredito que sim, pelo que os músicos da banda já falaram, é a primeira versão, sendo David contou aos integrantes que a palavra escrita por Porcaro, "Toto", em latin significa "abrangente", e como os membros haviam tocado em tantos projetos, com vários músicos, tocado vários estilos, adotaram o nome para si.


Apesar de enormes sucessos comercias de canções como "Hold the Line", "Rosanna", "Africa" e "I'll Supply the Love", muitas mudanças de formações e outros percalços, como a morte do baterista Jeff Porcaro (aos 38 anos, em 1992), um verdadeiro ícone da bateria, aliás, desnecessário falar aqui da qualidade dos músicos que passaram pela banda, hoje mantida na ativa pelo membro fundador Steve Lukather, um monstro na guitarra, e o quase fim definitivo do grupo, anunciado por Lukather em 2008, o TOTO manteve-se relevante e produzindo, sem viver somente daqueles vários sucessos. Está aí o álbum "Falling in Beetween", de 2006, que trouxe grandes composições, lançamento que foi seguido de mais uma tour de sucesso e lançamento de um vídeo oficial, disponível hoje também em Blu-Ray, e altamente recomendado.


Nominada a vários Grammys e com mais de 35 milhões de álbuns vendidos, além da já citada alta categoria dos músicos, que inclusive participaram de vários outros projetos com outros artistas, de diversos estilos musicais, mostrando uma bagagem e diversidade que pode-se notar na música do grupo (O saudoso Jeff Porcaro, por exemplo, tocou ao lado de Michael Jackson e Madonna!), em 2013 a banda anuncia a tour comemorativa do 35 anos de carreira, com diversas datas já confirmadas ao redor do globo, sendo que a primeira perna desta tour começará em maio, com a primeira data, até agora, em Bruxelas, na Bélgica.

O line-up desta tour é o abaixo, e no site oficial da banda, podemos acompanhar as datas confirmadas e as novidades, torcendo que essa verdadeira entidade musical passe pelo Brasil.


Steve Lukather - guitars, vocals
David Paich - keyboards, vocals
Steve Porcaro - keyboards
Joseph Williams - lead vocals
Simon Phillips - drums
Nathan East - bass
Mabvuto Carpenter - backing vocals
Amy Keys - backing vocals

Por: Carlos Garcia



Acesse os canais oficiais da banda:


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Amorphis: Os Mestres do Dark Melancholic Metal Comentam Sobre Novo Álbum


Os finlandeses do Amorphis lançaram um vídeo, incluíndo trechos das músicas do novo álbum, "Circle", que será lançado dia 19 de abril.

Este será o 11º álbum do grupo, e o conceito lírico mais uma vez foi a cargo de Pekka Kainulainen, que trabalhou no conceito de "Silent Waters",  e foram concentradas no épico nacional finlandês Kalevala, mas em "Circle" eles se concentram em um conceito original, e Kainulainen deu um breve resumo do conceito do álbum.:


"O protagonista foi lncaminhado para um lado ruim no nascimento. Ele sempre se sentiu um estranho com forte potencial para tornar-se marginalizado. Através de um acidente, depois de uma crise, ele encontra uma conexão com seus poderes internos. Um guia é enviado para ele, de outro tempo e lugar. Ele tem a chance de tomar posse de sua própria vida e mudar seu destino. Do seu passado em Carelian, ele encontra sua própria tribo espiritual e o poder de transformar o curso de sua vida condenada. Esta é uma história de sobrevivência."

O vídeo, que pode ser visto abaixo, traz comentários "track by track" feitos pelo guitarrista e fundador Esa Holopainen.

"Circle" foi produzido e mixado por Peter Tägtgren (Hypocrisy, Pain), e novamente terá lançamento pela Nuclear Blast.


O primeiro single, "Hopeless Days", já está disponível também em CD, podendo ser adquirido no site da Nuclear Blast.

No canal oficial do youtube, nos vídeos disponibilizados, podemos ter uma amostra que o material está excelente, e mais um grande disco da banda nasceu, e com certeza cairá nas graças dos fãs.

A banda também já possui várias datas marcadas para a tour de divulgação, que podem ser conferidas no site da gravadora e no site oficial do grupo.



Por: Carlos Garcia
Edição/Revisão: Loki

Acesse os canais oficias da banda:
Site Oficial 
Youtube
Facebook






terça-feira, 16 de abril de 2013

Pastore: Conquistas, Mudanças e Novos Desafios



São praticamente 3 décadas dedicadas a música e ao Metal, Mario Pastore tem um currículo e uma história que falam por si, e depois de passar por várias bandas relevantes, além de projetos como "Hamlet", lançado pela Die Hard, e "Soulspell Metal Opera", formou finalmente uma banda que leva seu nome, PASTORE, apresentando um Metal pesado, com pegada e alma, trazendo suas influências dos clássicos anos 70 e 80, além da experiência e poderio vocal do cantor.

Com dois discos já lançados, "The Price For The Humans Sins" e "The End Of Our Flames", Pastore vinha numa crescente e colhendo os frutos dos trabalhos de qualidade, junto a uma competente banda, inclusive com os álbuns sendo lançados no Japão, entrando na lista dos 50 mais vendidos, ficando em alguns charts, a frente de bandas como Lacuna Coil, Dragonforce e Epica, porém, recentemente, a banda passou por grandes mudanças, e falamos com o vocalista para comentar mais a respeito dessas mudanças, cuja principal foi a saída de todos os outros integrantes, quais os planos daqui pra frente e, claro, sobre as conquistas com os 2 ótimos álbuns. Confira!



RtM: Num espaço de tempo relativamente curto, você lançou 02 álbuns, sendo que atualmente isso não é tão comum! O que o motivou? A boa repercussão do primeiro álbum ou as composições já estavam prontas, e a banda tendo criatividade para produzir material, não teria porque não lançar logo. Digo isso porque atualmente, a maioria demora, seja por questões de mercado (acho que esta questão, principalmente), de tempo para compor ou até de falta de criatividade mesmo. Qual sua opinião a respeito disso também?

Pastore: Na verdade o Japão nos pediu um novo CD em Outubro para lançar em março de 2012 lá ,e como o "Price" teve boa repercussão e temos um bom contrato com a Hydrant Music, corremos como loucos e em dezembro o CD estava gravado. Tínhamos um bom entrosamento em composição, o Gazal nas bases e eu na criação das linhas vocais, os outros membros tiveram boa cooperação também, então o resultado foi rápido e satisfatório.



RtM: Sendo que “The End Of Our Flames” foi lançado primeiro no Japão, tendo muito boa receptividade. Conte-nos mais como foram esses contatos para que o álbum fosse lançado lá, e a repercussão e retorno desses trabalhos lá no exterior e se você tem recebido muitos contatos também de outros países.

Pastore: Quando gravamos o "The Price", eu enviei o myspace para vários selos fora do Brasil e a Hydrant se mostrou interessada. Já na Europa, o contato foi feito através do German Pascual que é um amado amigo e ai fiz a negociação para lançarmos pela Ulterium Records. Muita gente de outros países me contatam e eu fiz boas amizades. Hoje tenho um grande amigo em especial, o Dave Starr, que foi baixista do Vicious Rumours e Chastain e a esposa dele é a grande cantora London Wilde, vocês precisam conhecer o Wildestarr que é a nova banda deles (N. do R.: Vale a pena mesma conhecer!  veja mais vídeos aqui).

RtM: E sobre os títulos dos álbuns? “The Price of Human Sins” e “The End Of Our Flames”, acredito que tenham uma co-relação, até porque sei que você sempre comenta a respeito de como está a humanidade hoje, que parece mesmo que estamos vivendo um “final dos tempos”, tal o desrespeito com a vida, a falta de respeito do homem com seus semelhantes e a natureza.

Pastore: Sim, eu acredito que estamos vivendo o tempo previsto como tempo do fim, e o Pastore não é White Metal, mas falamos do comportamento humano caótico, deixando uma mensagem de alerta que as pessoas com mais sensibilidade irão perceber. Parafraseando o The End, que foi sugerido pelo Raphael Gazal, a humanidade chegará a extinção da forma que a maioria vive, sem respeito pela vida e alimentando o egoismo, a ingratidão, a frieza de sentimentos e o materialismo exacerbado.

A formação que gravou "The End of Our Flames"
RtM: Aproveitando o gancho, gostaria que você tecesse alguns comentários sobre as letras de “Liar” e “Unreal Messages”, que foram as que me chamaram mais atenção, e tenho que ressaltar que a banda tem um cuidado especial no seu trabalho, inclusive nas letras, sempre abordando temas de maneira inteligente.

Pastore: "Liar" fala de um inimigo poderoso e enganador, politico, astuto e que com mentiras leva as pessoas ao engano. Os políticos são o grande exemplo disso. "Unreal Messages" fala sobre a mídía passar uma mensagem e ocultamente querer dizer outra coisa, se as pessoas prestarem atenção isso é feito com frequência.

RtM: Falando sobre esse cuidado e profissionalismo apresentado no trabalho da banda Pastore, desde as composições, passando pela produção sonora e gráfica de grande nível, além de cuidados com a divulgação, seja com fotos promocionais e clipes, acredito que esse seja o caminho de conseguir se destacar, ou seja: Investimento e trabalho sério! Pois muitas bandas reclamam de falta de espaço e condições, e de que falta apoio do público. Até acho que falta apoio e espaço, mas não basta ficar reclamando, tem que procurar se diferenciar nesse concorrido mercado, afinal hoje existem milhares de bandas. Qual sua opinião a respeito?

Pastore: Agradeço pelas palavras e digo o seguinte, acho que existe um pouco de cada coisa, o público vai em massa assistir bandas covers, mas não prestigia bandas autorais, as bandas competem entre si e muitas vezes de forma desleal. Outra coisa é que o público prestigia mais o de fora mesmo e é preconceituoso. Outro dia tinha um babaca me xingando no Face, um fã me defendeu e disse: "Você conhece o cara para falar!?" O moleque idiota respondeu: "Não e não quero conhecer!?!" Depois dessa eu pensei: "O que podemos esperar se uma pessoa nem parou pra ouvir e já mete o pau?" 

Mas, Graças a Deus, cada dia tenho mais fãs e o caminho é continuar e pensar em quem é fã, quem não é vai curtir sua banda predileta e não me encha o saco!!(Risos) (N. do R.: É, realmente, com pessoas com mentalidade assim é complicado, mas é isso que você falou, os verdadeiros fãs, as pessoas que gostam da música, do Metal realmente, vão atrás do que interessa, são mais inteligentes que um ou outro  que fica colocando besteira nas redes sociais, as quais tem seus prós e contras)

Pastore: Agora é projeto solo!
RtM: Bom, recentemente a banda sofreu muitas mudanças e os fãs tem perguntado mais detalhes sobre o ocorrido e como está a situação agora. O que aconteceu para ocorrer tamanha mudança? Está dando um tempo ainda para tomar uma decisão definitiva ou Você já está conversando com novas pessoas? Manterá a banda como um projeto solo e com músicos convidados? Como está a situação atual da banda Pastore?

Pastore: Sim os 3 músicos que trabalharam comigo no "The Price" e no "The End", não estão mais na banda. O que posso dizer é que reconheço o valor que eles tiveram no Pastore, não vou denegri-los, mas resumindo, eles tem uma forma de pensar e eu tenho outra e eu não tinha mais paciência para lidar com eles e antes que a coisa fosse terminar de forma ruim, paguei a parte deles e vou seguir em frente. Estou reformulando a banda e logo isso será divulgado. Quero formar uma equipe que tenha a mesma sintonia, pessoal e musical, mas será chamado Pastore, a banda do Mario Pastore, será meu projeto solo e EU decido como as coisas serão.

RtM: Para essa nova fase que está por vir, o que você pode adiantar para os fãs? Já tem algum material composto? Existem planos ou convites de participar de algum outro projeto?

Pastore: Haverão boas surpresas (risos!), mas quando estiver tudo certo eu direi. Quanto a novos projetos, eu estarei gravando as vozes no projeto do Yuri Fulone como músico contratado. É um Power Metal muito bem feito com nuances medievais, seguindo o Rapisodhy of Fire e Manowar. Farei um dueto com a grande cantora London Wilde no próximo CD do Wildestarr e eu e o Dave iremos trabalhar juntos em mais coisas também.Também montei um projeto mais extremo e pesado, em breve tudo será divulgado e os músicos revelados. Faça uma entrevista com o Dave e a Londom e ouça Wildestarr (risos! N. do R.: Com certeza!Tenho acompanhado o trabalho, certo que vou contatá-los, e você me dá uma ajuda aí! hehehe). Esse marketing faço questão, é uma grande banda americana de Metal. 


RtM: Mudando um pouco de assunto, você é um defensor dos animais, sempre comentando sobre assuntos relacionados. O que você acha que as pessoas deveriam fazer, para que haja uma maior conscientização quanto a prevenir e evitar tantos maus tratos a animais? Outra coisa quer lembrei também, é que algumas pessoas falam que ás vezes se dá muita importância a casos de animais que são abandonados, e esquecem de tantas crianças abandonadas pelos pais, mas esquecem que os animais não abandonam os filhotes, e que o problema, realmente está na conscientização do ser humano. Gostaria de saber sua opinião a respeito.

Pastore: Sim eu amo os animais, faço o que posso por que são seres especiais que não falam e não podem se defender sozinhos da imbecilidade e bestialidade humana. Acho que o governo e os magistrados tem que punir os criminosos com rigor e quanto as crianças, a lei já vigora mais, e acho que todo tipo de crime tem que ter punição séria, contra animais, crianças e idosos.Temos que mudar o código penal e o brasileiro tem que cruzar o braço para votar nesses ladrões que são a maioria dos políticos.

RtM: Sei que você tem várias atividades (Aulas de cantos, praticante de artes marciais, participa de eventos ligados a música erudita, etc), e conversando com nosso amigo Luiz Harley, também colaborador do Road, ele queria perguntar sobre um divertido vídeo da Fiz TV, da produtora abril, com uma previsão do tempo Metal, se é a sua voz nesse vídeo? (Veja o vídeo abaixo)
Pastore: Sim, sou eu! (Risos)


RtM: Mário, mais uma vez obrigado, esperamos que em breve tenhamos mais um grande disco do nosso “pedaleira vocal”! Fica o espaço para sua mensagem final ao fãs!

Pastore:: Eu que agradeço sempre sua atenção e carinho brother, e logo mais estarei de volta. Minha mensagem é: Prestigiem o Nacional, compareçam aos shows e comprem os CDs. Hoje vc é fã e amanhã você poderá ser o artista. Abraço aos fãs e see you on the road!!!

Por: Carlos Garcia
Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação e arquivo pessoal do artista


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