sábado, 31 de dezembro de 2011

Road To Metal: Melhores e Piores de 2011 - Parte II (Caco Garcia)

Mais uma parte da nossa matéria dos melhores do ano, e também o maior fracasso!

Cada um dos redatores regulares do Road criou uma lista que será divulgada uma a uma, depois da listagem do Renato, segue a de Caco Garcia!

Obs: cada autor teve total liberdade para suas escolhas, não sendo, necessariamente, a posição dos demais membros da equipe ou do Road to Metal como um todo.



Redator: Caco Garcia
Trabalho muito bem cuidado dos espanhóis, em conjunto com os "Royos".
Quase coloquei também como melhor capa

10 melhores álbuns de 2011:
Carro Bomba-Carcaça
Maestrick-Unpuzzle
Hangar-Acoustic, But Plugged in
Avalanch-Malefic Time-Apocalypse
Septic Flesh – The Great Mass
Iced Earth – Dystopia
Uriah Heep - Into The Wild
Leave's Eyes-Meredead
Dr. Sin-Animal 
Whitesnake-Forevermore
Veteranos mostrando como se faz!
10 melhores músicos de 2011 (baixo, vocal, bateria, guitarra e teclado): Valorizei bastante os vocalistas, afinal, é quem coloca mais a cara pra bater, e sempre há expectativa e temor quando existe troca de vocal nas Bandas. Um vocalista marca muito, e tem certas Bandas que é difícil imaginar com outra voz (Led Zeppelin!!!), assim como tem algumas que trocaram, foram felizes, mas nunca agradarão 100% (prefiro AC/DC com Bon Scott!!).

Iuri Sanson (vocal – Hibria)
André Leite (vocal – Iahweh, Hangar)
Mário Pastore (vocal-Pastore)
Steve Howe (guitarra-Yes, Asia)
Daísa Munhoz (vocal-Soulspell, Vandroya)
Douglas Jen (guitarra-Suprema)
Michael Polchowicz (vocal-Vênus Attack)
Alex Voorhees (vocal-Imago Mortis)
Toby Hitchcock (vocal-Solo, Pride of Lions)
Doug Aldrich (guitarra-Whitesnake)
Mike Polchowicz e Venus Attack: vem coisa muito boa por aí!


05 melhores entrevistas do Road To Metal no ano de 2011:


Obs: clique no nome das bandas e leia as entrevistas exclusivas.

O maior fracasso de 2011:
Produção do Palco Sunset, Rock In Rio.

Fato(s) mais marcante(s) de 2011:
A volta da banda Black Sabbath e morte de Gary Moore.



03 melhores shows de 2011:
Hangar
Mr. Big
Alice Cooper

Melhor capa de 2011:
Banda: Yes
Álbum: Fly from here


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Resenha de Shows: Zoombie Ritual Festival - A Confirmação do Metal na Região Sul do País (Parte Final)

O Último Dia
Domingo 11 de dezembro

Ovários
A Holder foi responsável por abrir as atividades do último dia. A banda teve dois problemas principais que eram a qualidade do som que não conseguia ser regulada para a banda e o cansaço do público que estava muito abatido pela noite anterior, mas a banda provou ter garra vencendo todas as adversidades com seu Death Metal bem old school o guitarrista e vocalista Barba mandava muito bem nas suas duas funções. Então reunimos nossa forças para bangear ao sons de “Eternal Flame” e “Time of Crucifixion” (ambas do primeiro lançamento da banda “Eternal Flame” de 2010). A banda deixa o palco com a satisfação do dever cumprido, honrando o metal da morte.


Muita expectativa para ver o show dos dementes da Ovários e o seu Gore totalmente sem noção e pornográfico. Pois bem, foi só Cabelo nas guitarras (com uma roupa que mais parecia um faxineiro de algum açougue), Dr Max no baixo e meleca na batera e vocal começarem a tocar para o público ir aumentando e as rodas voltando a rolar. O mais interessante foi a interação do público com a banda que curtiam cada música, verdadeiras perolas do romantismo e sensibilidade como “formação de pus em um feto com acefalia” e atendendo pedidos do público a maravilhosa “A vadia da enfermeira que se masturbou com a cabeça do feto”. Show rápido e muito desgracento como todo bom Gore deve ser.

Ovários detonando Gore
Vindos diretamente do Triângulo satânico Mineiro, a Lycanthrofhy veio para SC mostrar todo o poderio de seu primeiro EP “Beware” que foi produzido por Ricardo Confessori (Angra)  que na época gravou a bateria para os caras. Adeptos de um Death Metal com vocais mais gritados, a banda fez jus a fama de ser a nova revelação do Metal mineiro, executando porradas como “Mind” e “Illusory Foundation”. De acordo com a banda um CD oficial esta vindo ai, ficaremos no aguardo e na torcida para ver esses mineiros mais vezes aqui na região sul.

Para encerrar as bandas nacionais entra no palco os conterrâneos da Carrasco e o seu Alcohoolic Old School Death Metal e só pela descrição do estilo dá para sacar quais são as influências dos caras que vai de Master passando por Pestilence a Sepultura. A banda recentemente lançou sua demo “The Beginning of the Madness” e  possui um grande potencial em músicas como “Divine Destruction” e “Maze of Death”. Vale a pena conferir o som dos caras e no final para a alegria dos bangers da velha escola um cover de ‘’Power Thrashing Death” do Whiplash (do álbum “Power And Pain” de 1985). Destruidor.

Quem conhece o Gamma Bomb sabe bem o que esses caras iriam aprontar no Zoombie. Vinda no embalo do revival da cena Thrash, os caras fizeram um show que foi uma viagem no tempo com muitas rodas, moshs(femininos também, oh alegria) e a participação impagável do vocalista Philly Byrne que ajudava os fãs a subirem no palco e fazerem moshs adoidados e pediu para o público fazer um wall of death em “Mussolini Mosh” que foi pancadaria pura. 

Uma das atrações internacionais do fest: Gamma Bomb
O som do vocal estava um pouco baixo em relação aos outros instrumentos mas quem ligava? O importante era se divertir e bater cabeça ao sons de clássicos como “Evil Forces” (ovacionada pelo público), “Slam Anthem”, “Evil Voices”, entre outras. Difícil não se empolgar e subir no palco e mosssssssssssssssshhhhhhh, lá se foi o Harley voando novamente e no final ainda ganha uma palheta e uma cerveja na faixa do guitarrista Domo Dixon  (afude total) e no final do show nada de pagar de rock star, os caras ficaram passeando pela fazenda, conversando com o publico e tirando fotos. Podemos dizer que o Gama Bomb conseguiu com muita humildade e simpatia uma base maior de fãs.

Seguranças rodeiam o palco, muitos corpse paints começam a aparecer no meio da fazenda do Evaristo, o clima vai ficando mais pesado, isso tudo prenuncia a chegada do Dark Funeral (Suécia) aos palcos do Zoombie. Rolava muita expectativa e apreensão por partes dos fãs, afinal de contas a banda tinha cancelado a poucos dias um show no RJ e ao mesmo tempo todos ali queriam ver como o novo vocalista Nachtgarm se virava na missão quase impossível de superar seu antecessor Magnus "Emperor Magus Caligula", mas veja, eu falei QUASE, porque o que o cara fez nesse show foi para calar a boca de qualquer difamador ou fã mais cético porque o cara deu o sangue, com uma presença de palco forte e uma voz poderosa parecendo um verdadeiro mensageiro das trevas e mostrando que não vai ficar à sombra de seu antecessor.

Enaltecer o resto da formação é chover no molhado, afinal de contas pelo Zornheym no baixo, o monstruoso baterista Dominator e os guitarristas Chaq Mol e Lord Ahriman são verdadeiros mestres na arte de fazer Black Metal ríspido e brutal, a banda montou um set list matador.

O baixista McGuigan (Gamma Bomb)
Além de muito bate cabeça, foi possível ver fãs ovacionarem clássicos como “Open The Gates” ( do álbum “In the sign” de 2000) , “Hail Muder” e “The Arrival of Satan's Empire” (ambas de “Diabolis Interium” de 2001), Vobiscum “Satanas”  e “Atrum Regina” (“Attera Totus Sanctus” de 2005) deu  aquele clima de uma missa negra e o público respondia aos gritos de “Satan”, o que deve ter deixado a banda muito orgulhosa de seus discípulos.

O show chegando ao final com hecatombes do nível de “Shadows Over Transylvania” (“The Secrets of the Black Arts” de 1996) e “My Funeral” (“Angelus Exuro pro Eternus” de2009) fazendo com que o todos  entrassem em um êxtase quase sobrenatural, impossível descrever o cenário mas foi um final perfeito apoteótico celebrando a profanação e o ódio em forma do mais puro Black Metal.

Sendo assim, se encerra a quarta edição do Zoombie Ritual Festival onde todos envolvidos estão mais que congratulados: a organização do evento, as bandas envolvidas e o público que soube apoiar e valorizar TODAS  as bandas.

Agora é só esperar 2012 e que no ano do fim do mundo o Zoombie venha ainda mais matador! Estaremos lá com certeza, Stay on the Road!

Agradecimento especial aos bangers Maicon Leite e Rafael Bringhenti.

Texto: Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Maicon Leite (Wargodspress)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Metallica Muito Além de “Lulu”


Depois da polêmica parceria com Lou Reed, muitos fãs pensaram que o futuro do Metallica estava escrito, pois realmente a parceria pegou todos de surpresa ainda mais que envolvia o nome Metallica no meio e o que mais desapontou os fãs nem foi tanto a parceria, mas sim a sonoridade apresentada que não traz nenhum tipo de emoção a não ser o sentimento de “raiva” entre os fãs da banda.

Na festa de aniversário, Jason Newsted ao fundo
Devido a esta grande polêmica, onde muitos consideraram o tenebroso “Lulu” (2011) como um lançamento do Metallica, James Hetifield (vocal e guitarra), em várias declarações, já deixou bem claro que “Lulu” não é o novo álbum do Metallica e nem é como o Metallica soará no seu novo trabalho, ao meio desta discussão sem fim o Metallica liberou o EP “Beyond Magnetic” (2011) onde são quatro musicas que não entraram no “Death Magnetic” de 2008, canções que foram apresentadas nos shows de 30 anos de existência da banda onde foram quatro apresentações e em cada uma tocando uma música inédita.

“Hate Train” abre o EP no melhor estilo Metallica dos anos 90 com uma levada que lembra as composições mais rápidas de “Reload” (álbum de 1997), mas não deixe se enganar, pois temos riffs inspiradíssimos e uma melodia vocal de encantar, com um refrão que gruda na cabeça e um fato surpreendente: Kirk Hammett solando sem usar o “HUA HAUA”, um ponto positivo pois nos últimos anos estava abusando demais deste recurso, fazendo seus solos ficarem praticamente iguais.

"Sobras" de "Death Magnetic" mostram que a banda ainda tem fôlego para ótimas canções

“Just A Bullet Away” vem na mesma levada, porém com uma simplicidade maior nos riffs, mas não menos cativante mostrando que uma simples composição pode se tornar grandiosa. Mais uma vez destaque a James com suas melodias vocais inspiradíssimas e desta vez Lars Ulrich (bateria) e Robert Trujillo (baixo) em total sintonia, apesar de Lars não ter mais aquela pegada dos anos 80, mas é um baterista que posso dizer que é único, com assinatura em tudo que toca, pois ao tocar uma simples nota você já diz “é o Lars” e isso é um diferencial para o Metallica ao longo desses 30 anos. Comprove você mesmo nesta faixa se não temos aqui todas as assinaturas do mestre Ulrich.

“Hell And Back” poderia muito bem ter entrado em “Load” de 1996 ou “ReLoad”, pois lembra muito as composições desta época com riffs limpos e uma certa acelerada para o final com uma melodia mais comercial, mas sem tirar o brilho da composição que com certeza deve soar muito bem ao vivo.

Shows especiais reuniram grandes nomes. Até Dave Mustaine tocou com seus ex-companheiros clássicos do Metallica

E por fim a música que lembra mais o Metallica dos anos 80: “Rebel Of Babylon”. Com riffs palhetados, solos e duetos criativos, Trujillo segurando a cozinha com precisão, Lars sentando o braço literalmente aliado as vociferações mais do que inspiradas do mestre James Hetifield, realmente uma música que deve funcionar muito bem ao vivo e trazendo à tona aquele Metallica inspirado e criativo.

O Metallica realmente não precisa provar nada para ninguém, falar do seu legado e as bandas a quais influenciaram ao longo desses 30 anos é chover no molhado, ai está a prova que a banda tem muita lenha para queimar e podemos sim esperar um verdadeiro álbum METALLICA.

Texto: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Metallica
Álbum: Beyond Magnetic
Ano: 2011
País: Estados Unidos
Tipo: Thrash Metal/Heavy Metal

Formação
James Hetfield (vocal e guitarra)
Kirk Hammett (guitarra)
Robert Trujillo (baixo)
Lars Ulrich (bacteria)





Tracklist
01 Hate Train
02 Just A Bullet Away
03 Hell And Back
04 Rebel Of Babylon

Acesse os links abaixo e conheça mais sobre a banda

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Road to Metal: Conheça os Melhores e Piores de 2011 (Renato Sanson)

Ao longo desta última semana do ano, iremos postar aqui os melhores discos de 2011, bem como os músicos que melhor se destacaram na arte de se tocar Heavy Metal, assim como os fracassos do ano.

Renato Sanson
Cada um dos redatores regulares do Road criou uma lista que será divulgada uma a uma, começando hoje com Renato Sanson, nosso companheiro de blog que tem contribuído grandemente para o crescimento do blog no Brasil e no mundo. Agradecemos à colaboração do Renato e esperamos que 2012 venha com força total e que possamos desenvolver ainda mais esse grande blog que é o Road to Metal!

Obs: cada autor teve total liberdade para suas escolhas, não sendo, necessariamente, a posição dos demais membros da equipe ou do Road to Metal como um todo.



Redator: Renato Sanson

10 melhores álbuns de 2011:
Hibria – Blind Ride
BYWAR – Abduction
November’s Doom – Aphotic
Carniça – Temple’s Fall…Time To Reborn
Anthrax – Worship Music
Septic Flesh – The Great Mass
Dream Theater – A Dramatic Turn Of Events
Iced Earth – Dystopia
Krisiun – The Great Execution
Symphony X – Iconoclast

"Abduction", da banda brasileira Bywar, escolhido por Renato como um dos melhores lançamentos do ano

10 melhores músicos de 2011 (baixo, vocal, bateria, guitarra e teclado):
Iuri Sanson (vocal – Hibria)
Paul Kuhr (vocal – November’s Doom)
Parahim Neto (guitarra – Carniça)
Adriano Perfetto e Renan Roveran (guitarras – BYWAR)
Michael Lepond (baixo – Symphony X)
Nando Mello (baixo – Hangar)
Alex Staropoli (teclado – Rhapsody Of Fire)
Dave Mustaine (vocal e guitarra – Megadeth)
Joey Belladona (vocal – Anthrax)
Eduardo Baldo (bateria – Hibria)

Uma das grandes entrevistas do Renato: Russel Allen (Symphony X)

05 melhores entrevistas do Road To Metal no ano de 2011:

Obs: clique no nome das bandas e leia as entrevistas exclusivas.

O maior fracasso de 2011:
Eduardo Falaschi e sua falação sem fim e sem nexo, ofendendo seus fãs.

Fato mais marcante de 2011:
A volta da banda Black Sabbath.
A união de Mike Portnoy e Russel Allen no projeto Adrenaline Mob.

Renato após o show do Evergrey na foto com Tom Englund


03 melhores shows de 2011:
Ozzy Osbourne
Evergrey
Blind Guardian

Melhor capa de 2011:
Banda: Troglodyte
Álbum: Welcome To Boggy Creek  

Capa condizente com o som da banda

domingo, 25 de dezembro de 2011

HANGAR - Acoustic, but... ALIVE!!! A Banda de Metal que mais fez shows no ano, grava DVD em Ijuí-RS


A cada lançamento o Hangar vem construindo uma carreira cada vez mais sólida,  angariando mais e mais fãs e buscando uma evolução constante. Nada disso é de graça, afinal, pode ser que a Banda ainda não esteja num patamar onde um Sepultura, por exemplo, chegou, mas vem trabalhando muito para isso, e qualidades tem para chegar muito mais longe. E trabalho é o sobrenome dos caras, que vem conseguindo importantes conquistas, como a aquisição do ônibus próprio, que vem permitindo que o Hangar consiga alcançar o posto de banda de Metal que mais tocou no Brasil nos últimos anos. Realmente, eles não param, parecem não cansar, ensaiam horas sem parar, sempre buscando dar o melhor de si para os fãs e para alcançar um nível elevado.

Apesar das trocas de vocalista (nos últimos 3 lançamentos, cada um foi com um vocal diferente), a Banda não diminuiu o ritmo, e, com a saída de Humberto Sobrinho, encontrou na figura de André Leite, um vocalista que se encaixou muito bem na proposta da Banda, e, ao lado de Mike Polchowicz, é o frontman que mais agradou os fãs (é o que notamos pelas manifestações e conversas com o público), sendo tão comunicativo e solícito quanto Mike (que até hoje possui admiração do público e também foi o primeiro vocal da Banda, ficando 8 anos no posto), e dono de uma voz poderosa, mostrando-se eclético e maduro.

Bom, ao meio a uma nova mudança, a Banda prosseguiu com seu projeto de gravar um álbum acústico, que novamente ficou ameaçado, mas, como todos já sabem, André entrou e deu conta do recado, e este segundo semestre, que parecia iniciar complicado, se mostrou cheio de êxito e afirmações, e, claro, muito trabalho!!!

Com os grandes resultado alcançados com o "Acoustic, But Plugged in!" (outro feito da Banda, que além de ser a primeira Banda de Metal Brasileira a conseguir ônibus próprio com estrutura para levar aos shows, também foi a primeira a lançar um álbum acústico), neste final de ano, quando parecia chegar a hora de dar uma puxada no freio, surge a oportunidade de registrar a tour do acústico em DVD, no Rio Grande do Sul, estado onde a Banda nasceu.

O que era para ser um registro simples, aproveitando a boa acústica do teatro SESC, de Ijuí-RS, onde a Banda havia tocado em 2010, acabou se transformando no projeto de gravação do primeiro DVD oficial da Banda, projeto esse que esteve para se tornar realidade anos atrás, inclusive sendo gravado shows para isso, mas foi abortado com a saída do vocalista Nando Fernandes, após esses shows (veja no vídeo abaixo a chegada da equipe do Road ao SESC e cenas dos trabalhos).


Desta vez tudo contribuiu, o local , a equipe da banda, a equipe de gravação, a interação do público, desta vez, a banda que mais trabalha no Brasil, teve o sonho de gravar o DVD realizado.

Para acompanhar um pouco dessa história, resolvemos fazer uma resenha um pouco diferente, registrando pequenos vídeos do Backstage, para que você, que não pode estar lá, ou para quem esteve no Show, ter uma pequena idéia do dia D da gravação e a trabalheira toda.

Chegamos no dia da gravação, dia 10/12/2011, pela manhã, encontrando já no saguão do Hotel Vera Cruz o baixista Nando Mello e Théo Vieira (que já vem trabalhando ao lado da Banda, participando de vários processos de produção), que se preparavam para ir ao Teatro do Sesc, onde a equipe já se encontrava desde ás 7h daquele dia.

Théo nos contou que, além da participação especial que faria, tocando algumas músicas, iria gravar o aúdio e depois pegar todo o material gravado e já começar a trabalhar na edição do DVD. Assim como o pessoal da Banda, ressaltou que o que estará no DVD, é o que seria realmente tocado ao vivo, sem refazer partes em estúdio.

Chegando no local, já fomos acompanhar o Backstage, onde batemos mais um papo rápido com o Nando, que já estava pegando no pesado (vídeo abaixo), e ao fundo ouvíamos Aquiles orientando a equipe na colocação do backdrop.


Parte do equipamento já estava montado, e a equipe de gravação já estava no local, todo mundo cuidando para que a estrutura estivesse pronta para a passagem de som, que estava prevista para as 15h (o show estava previsto para começar as 20:30h).

Sempre envolvidos com todos os detalhes de cada produção, Nando e Aquiles mostraram a risca, ainda mais num dia que entraria para a história da Banda, o lema da Banda, que é trabalhar muito.

Em meio a correria, Théo brincava com a galera por causa da cor dos banquinhos que seriam usados no show, zoando que era pra serem da cor vermelha e alguém comprou na cor rosa! (realmente, dependendo da luz, parecia que os banquinhos eram rosa mesmo, e o pessoal brincou muito com isso. Assista o vídeo abaixo, feito no início da tarde, e veja o famoso banquinho!!heheheeh).


Já era passado de meio dia, após registrar um pouco dos andamentos dos trabalhos, nos dirigimos ao Hotel, para aguardar a galera da Banda para o Almoço.


Aproveitamos a espera para conversar com Fábio Mariani (vídeo abaixo), um dos grandes responsáveis por trazer o Show do Hangar para Ijuí, e , por consequência, acontecer a gravação do DVD.
Fábio era uma mistura de ansiedade, cansaço e alegria, afinal, dá um certo trabalho se envolver numa produção desse porte. Nos contou que perdeu a conta de quantas ligações recebeu e teve que fazer nestes dias que antecederam a data da gravação.


Pouco a pouco a Banda chegou ao local do almoço, e, onde, reencontrando velhos conhecidos (no caso nós e mais alguns amigos de Santo Antônio, como Paulo "Bedengo" e  Mauriel Ourique), por alguns minutos esqueceram toda a ansiedade, tensão e adrenalina do dia D, entrando num bate papo animado.

Aproveitando um pouco do tempo disponível, capturamos o André, sempre solícito, para uma entrevista de cerca de 15 minutos, que vocês conferem no vídeo abaixo. Embora o local não fosse tão adequado, e o tempo urgia, a conversa foi muito proveitosa, mas, enfim, ficou algo mais natural, uma conversa informal (veja o vídeo abaixo).


Fábio e Nando já chamavam o vocalista para voltar ao Teatro. Nando aproveitou para apresentar um casal de amigos, seus vizinhos da cidade de Cachoeirinha, que vieram a Ijuí para prestigiar o Show, detalhe que a moça estava grávida, e, provavelmente, estávamos diante do mais jovem fã da Banda presente no grande dia!

Já eram cerca de 14:30h quando voltamos ao local (a equipe almoçou lá mesmo), já haviam mais algumas pessoas, acompanhando o processo, a equipe de gravação já prepara as entrevistas com a Banda e equipe, que entrarão no making off do DVD, assim como imagens dos bastidores.

A passagem de som, que, como falamos, estava prevista para as 15 h, já era percebível que iria atrasar, pois muitos detalhes ainda estavam sendo ajustados, as entrevistas estavam em andamento, o relógio andando, o momento esperado se aproximando e o pessoal trabalhando e nós registrando alguns momentos.

Aproveitamos a presença do Marcos Rigoli, baterista da Excellence, que iria fazer o show de warm-up, um pequeno set semi-acústico, para bater um papo (vide vídeo logo abaixo), sobre o evento e sobre a Banda, que lançou seu debut recentemente, já tendo sido a banda de abertura para o Hangar ano passado no mesmo local.


Os trabalhos seguiam, entre entrevistas, correria para ajustar tudo até a hora do show, André conversava com amigos, Martinez, com os pés descalços, já dedilhava seu violão, Théo trocava idéias com Daniel Fernandes, o Pepê, técnico de som que acompanha a Banda há mais de 5 anos.

Com o palco já praticamente pronto, começam os primeiros testes do equipamento, com a Banda se postando no palco para testar seu equipamento, com a equipe se virando para tirar um som mais perto da perfeição possível. Após sanar alguns problemas com ruídos indesejáveis, que já deixavam Aquiles com os cabelos em pé, os músicos, auxiliados pela equipe, foram ajustando suas armas.

Passado das 17 hs, a Banda inicia a passagem de som, também ensaiando a entrada no palco e combinando como seriam as pausas durante a gravação. Foi executado o set list completo do show, ajustando os últimos detalhes (assista os vídeos com cenas dos preparativos logo a seguir).

O Público já estava em bom número, já com alguns se postando na entrada, para pegar o melhor lugar possível e participar do evento histórico.

Aproveitamos para pegar o depoimento de alguns fãs e acompanhar a entrada da galera, enquanto isso, a Banda, faltando pouco para o início do Show, se dirigia ao Hotel, dispondo de pouco tempo para descansar um pouco e logo entrar em ação. Um dia de muita correria, mas tudo valeria a pena! A correria foi tanta, que André teve que dar uma conferida na letra da música "The Deeper, The Love", pois confessou que não estava conseguindo lembrar uma parte! Coisas da adrenalina e da tensão natural, afinal, era gravação do DVD! (por sugestão do amigo Diego Garcia, consultaram o mestre google, que lembrava a letra!!hehehehe)

Aproveitamos também para uma rápida ida ao Hotel, onde no saguão, quando já voltávamos para o Teatro, encontramos Aquiles e Mauriel, com o batera brincando que era hora de eu ser presenteado com uma camiseta nova, pois eu estava novamente com a minha original do Last Time, que já tem mais de 12 anos!!!Mas eu não quis deixar de usá-la mais uma vez, antes de guardar a relíquia, afinal, não posso deixar que ela se desintegre!!!heheheeh!!

Chegando no local, o teatro já estava lotado e a galera mal se continha de ansiedade.
A Banda Excellence já executava seu set, aquecendo a galera, com composições do seu debut, "Against the Odds". Com reação positiva do público, a Banda agradece os aplausos e deixa o palco.

Em seguida, após a tradicional "Caught Somewhere in Time", do Iron Maiden, a Banda entra no palco, já recebendo aplausos calorosos do público. Essa primeira aparição, serviu para explicar para os presentes, que, por se tratar de um show com características especiais, pois seria registrado para lançamento de um DVD, alguns momentos a Banda teria que fazer pausas, talvez fazer alguns ajustes e até executar novamente algumas música, pois, conforme já foi dito, o DVD vai conter o que foi executado ao vivo, sem refazer partes em estúdio, por isso todo o cuidado com os detalhes, com a Banda tendo ensaiado muito para esse show.


Após as explicações, agradecimentos, e algumas brincadeiras, que já ajudaram a todo mundo descontrair e entrar no clima, como a brincadeira do Aquiles, que convocou a galera a ajudar a Banda a quebrar mais um recorde: o de venda de merchandising !!!! Todo mundo caiu na risada, ainda mais quando o batera disse que tinham um grande novidade, que era uma máquina para cartão de crédito, então não tinha desculpa de não ter grana, e quem não tivesse grana ou cartão, era pra pedir para um amigo passar o cartão! Para passar o cartão sem dó!!heheheeh!    (Abaixo, vídeo com a entrada do público, que lotou o teatro)



Chegado a hora finalmente, ao som da intro, luzes baixas, a Banda vai entrando, um a um tomando seus lugares, e ao primeiros acordes de "One More Chance" o público explode. André debulha, com uma interpretação marcante, coisa que podemos notar que é característica do vocalista, chamado pelo Aquiles de "tenor dramático", alusão ao timbre de voz e as interpretações do frontman, que cita David Coverdale e Jorn Lande como suas grande influências.

"TROYC" é a seguinte, mostrando que, mesmo com set acústico, a Banda sentou a mão, e, até músicas que seriam difíceis de imaginar nesse formato, funcionaram muito bem no CD e melhor ainda ao vivo. Perfeito, pois não cairam no óbvio.

"Angel of the Stereo", que em minha opinião é uma das mais legais desse acústico, escancara a veia "Coverdaleana" de André, e o rápido Hard/Heavy do "Last Time", se transformou numa excelente balada, e deu pra notar que agradou muito o público, que cantava junto com André.

O set seguiu, tendo eventuais paradas, para salvar as gravações, com o público, apesar de estar ciente de alguns cuidados e detalhes bem peculiares devido a ser um show para gravação de DVD, jamais perdeu a espontaneidade, participando muito.


Durante as paradas, André brincava com o público, Aquiles também lembrava de não esquecerem de "Passar o Cartão" no final do show, em meio a gargalhadas da galera. O batera também, ora ou outro, durante as pausas, susurrava no microfone como se mandasse uma mensagem subliminar: "Passem o cartão...passem o cartão", então, essa brincadeiras, serviram para deixar o ambiente leve e descontraído, tendo a Banda e público atingido um elevado índice de interação.


Era visível a alegria do público presente em estar ali, naquele momento, num show que será eternizado na forma de um DVD, que será visto no mundo todo.

Não vou aqui comentar música a música, mas, além das primeiras músicas citadas, gostaria de ressaltar, além dessa interação público e banda, que deixará, sem dúvida, esse DVD muito especial, as músicas "The Deeper, The Love", do Whitesnake (não tinha como, um vocalista com essas características, não colocar uma cover do Whitesnake no repertório da Banda). André anunciou a música, contando que a Banda lhe disse que lhe daria um presente e falou que gostariam de tocar essa música, fato que deixou o vocalista ainda mais feliz, pois disse que a canção é uma de suas preferidas, tendo sido trilha de muitos momentos de sua vida, e foi uma coincidência muito interessante.

Essa foi uma das faixas mais ovacionadas, e, ainda, quando a Banda teve que executar novamente algumas faixas (5, no total), perguntou ao público se teria mais alguma música que eles achavam que deveria ser repetida, alguém brincou que o vocal da "The Deeper" não tinha ficado legal, para que a executassem novamente! Esperto o rapaz!! (Assista vídeo abaixo, com depoimento dos fãs, e Alex Ximú (Iron Maiden Cover e Banda Ximú) mostra desenho que filho enviou para o Hangar)



Outro grande momento, foi a participação de Théo Vieira, no violão e vocal, dividindo algumas partes com André e mostrando bom entrosamento com a Banda, até fazendo algumas coreografias com Martinez.

"Haunted By Your Ghosts", a nova música, já é um novo hit da Banda, e foi muito ovacionada, e, para alegria geral, foi uma das que foi tocada novamente.

Vale lembrar aqui da brincadeira do Aquiles, quando da execução das músicas que possuem videoclipes, falando pra galera gritar bastante, afinal, as músicas dos clipes, são as mais conhecidas geralmente! Tanto que numa execução da "Dreamin of Black Waves", que também teve que ser repetida, o público ficou assistindo quase todo mundo em silêncio, e o polvo parou de tocar a música e gritou: "É a música do clipe P****!". Gargalhadas gerais!!!!Foi muito engraçado mesmo!!Talvez o momento mais engraçado da noite, ganhando da piada do "Passar o Cartão", que era lembrada a todo momento.



Outro momento divertido, foi, durante uma das pausas, André comentou que o barulho que os banquinhos faziam, e eram aumentados devido a captação dos microfones, parecia o barulho de um navio fantasma!E realmente, parecia aquele barulho dos filmes, quando aparece o barco pirata em alto mar, o som da madeira estalando, com o barco balançando sobre as ondas.


Esses detalhes, contribuiram em muito no resultado e na excelente interação entre banda e fãs, uma verdadeira celebração, ainda mais que shows acústicos, são de característica mais intimista, com mais proximidade entre Banda e Público.

Além dos destaques acima, também não dá pra esquecer "Call me in the name of Death", sempre muito aclamada, com grande interpretação de André, e ainda foi uma das que teve de ser repetida, sendo que, devido as paradas, a Banda acabava desconcentrando um pouco, e o vocalista acabou errando a letra, o que não esfriou em nada o público, e cada vez que a Banda tinha que recomeçar uma música, voltava ainda mais animado!!E os músicos, claro, se sentiam completamente a vontade, brincando com os contratempos, e isso tornou o show ainda mais especial para todos que participaram.

Até Aquiles teve que recomeçar "Inside Your Soul" 3 vezes, sendo que André brincou com o batera dizendo : "Aquiles, que isso não se repita", provocando gargalhadas gerais!


No final, a Banda foi aplaudida em pé pelo público, saindo do palco com um trilha sonora, que me desculpem mas não lembro o nome da música, estilo "Looney Tunes", com os músicos, principalmente Martinez, fazendo algumas "palhaçadas", provocando o riso da galera.

Após o show, a galera não arredou pé do local, ficando para aguardar a Banda, que como sempre ocorre nos shows do Hangar, fica conversando, tirando fotos e autografando.

Foi muito mais que um show, foi um momento especial, de muita interação, um show de grande nível musical, um show leve, diferente, uma troca, um acontecimento marcante para a Banda e público presente, para a cidade, para cada um envolvido no projeto. Uma noite inesquecível... e, usando um termo que a galera do Hangar brinca sempre, "Uma Festa"!!! e que ainda não acabou... afinal, logo teremos o DVD em mãos!

Na manhã seguinte, o pessoal era só sorrisos, com Aquiles nos contando que já havia conferido alguns trechos da gravação, e que a parte que viu tinha ficado matadora, com som, imagens e luz impressionantes, e esperam logo nos primeiros meses de 2012, ter o lançamento nas lojas!

Deu tempo de tirar uma foto, no momento em que nós e a Banda nos preparávamos para deixar Ijuí, que Aquiles publicou imediatamente em seu Twitter, com o título: "Bando de bugres deixando Ijuí"!!heheheh!


Agradecemos ao Hangar e equipe, aos nossos amigos e amigos da Banda que acompanharam a jornada, o como disse Nando Mello durante os agradecimentos, "o primeiro fã clube do Hangar", o pessoal de Santo Antônio (incluíndo este redator), que acompanha a Banda desde 1998, desde que o Paulo, o Bedengo como é conhecido pela galera, que na época estava em Porto Alegre e era vizinho do Mike, acompanhou o nascimento da Banda, nos enviando material e nos dando a oportunidade de conhecer o Hangar e também ir no local onde aconteciam os primeiros ensaios!

Valeu: Bedengo, Diego Garcia, Eduardo Garcia, Mauriel Ourique, Diogo Nunes e galera de Samissões!




IMPORTANTE: Alguns vídeos só pudemos deixar por tempo limitado, estando disponíveis somente os vídeos que não mostram a montagem dentro do teatro e início dos preparativos da passagem de som.Em breve, no lançamento do teaser do DVD, traremos mais informações e mais vídeos.
Por: Caco Garcia e Eduardo Cadore
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sábado, 24 de dezembro de 2011

Resenha de Shows: Zoombie Ritual Festival - A Confirmação do Metal na Região Sul do País (Parte II)

O Segundo Dia
Sábado, 10 de dezembro de 2011


Juggernaut divulga CD
Por volta do meio dia entra no palco a banda catarinense Adonifer que executa um Metal melódico com influencias de Prog Metal, só que não era a praia de muitos que estavam no festival por isso mesmo o show foi meio vazio. Vale destacar o vocalista que a cada música mudava de visual com máscaras e outros apetrechos de gosto peculiar, mas a coisa ganhou ares cômicos quando foi executada “The Pursuit of Vikings” onde o vocal colocou uma peruca e um machadinho de brinquedo, ficou muito engraçado,  mas as composições são boas, destaques para sons como “Foverer Dragon”.

Pessoal querendo Thrash, este voltou com os catarinenses do Juggernaut que aproveitaram o show para divulgar seu CD “Ground Zero Confict” (2011) e para quem gosta de bater cabeça essa é a sua banda. O cover de Testament “DNR” (“Do Not Resuscitate” do álbum “The Gathering” de 1999) foi matador, mas o que chamou a atenção foi mesmo as composições próprias como “Free Words To Fight”. Aproveitei para fazer mosh e bater cabeça em cima do palco e ainda ganhar o CD na faixa (resenha em breve por aqui).

Jailor
Hora da podreira invadi o palco com o Zombie Cookbook  com uma maquiagem perfeita para a temática da banda, todas as músicas da sua EP “Cine Trash” foram executadas e até mesmo algumas músicas que irão estar no primeiro CD. Quem gosta de filmes de terror, splaters e grind não pode deixar de conhecer essa banda. O horário das 13 horas tirou um pouco do clima do show, mas mesmo assim foi uma apresentação perfeita.

Conversando com os bangers alguém falou: “Cara você gosta de Slayer então não perde a próxima banda”, pensei que era exagero mas quando a Jailor entrou no palco deu para sacar que o cara não estava exagerando. Se você fechasse os olhos podia pensar que Tom Araya estava com sua trupe no palco e quando eles executaram “Raining Blood” não teve uma cabeça que não girou e no final o vocalista da um belo mosh na galera, fechando com a música que dá nome a banda, um clássico do Metal nacional.

Representando o Heavy Metal tradicional veio a banda Power Steel que fez um show muito bom com destaque para todos os músicos que possuem um domínio técnico de seus instrumentos, porém, mais uma vez o  público compareceu pouco pois estavam a espera das bandas mais brutais, mas mesmo assim quem ficou curtiu grandes composições como “Headbanger” e “Metal Force”.

Anthares tocou clássicos e inéditas do próximo disco

Anthares é clássica e ver essa banda ao vivo para mim era a realização de um sonho, por isso mesmo não deu para segurar a alegria ao ver um show que se iniciou com a primeira faixa do maravilhoso “No Limite da Força” (1987), é claro que eu estou falando de  “Fúria”.

A banda deu uma aula de metal, só clássicos e duas músicas que estarão no seu próximo álbum “Pesadelo Sul Americano” e “Semente perdida”, fechando o show com “Chacina” e a roda comendo solta e esse que voz escreve mais uma vez estava voando do palco feliz da vida.

Bestial de volta
A volta da Bestial já era esperada por todos os bangers (tem um texto sobre isso aqui no blog) então assim que o vocalista Chuckill subiu aos palcos ele revelou que a Bestial estava muito feliz de voltar e esse era o segundo show, mas sinceramente parecia que a banda nunca tinha parado, pois o entrosamento entre eles é fantástico e quem nunca viu essa banda ao vivo, saiba que o nome faz jus ao som deles: simplesmente bestial. Destaque para a clássica “Blasphemy Blesing of Fire” do álbum “Final Pressage” de 2004 cantada por todos os presentes, além das novas “Tetraterror Clan” e “Atomic  Blazing Ejaculation”.

Impretus Malevoulance veio a dar seqüência para a destruição executada pela Bestial, na real essa já é uma relíquia do nosso undeground sendo que a cada ano que passa a proposta deles fica mais extrema e o vocalista/baixista Rafahell canta como tivesse possuído pelos demônios que suas letras invocam. A banda voltou recentemente de uma turnê européia e provavelmente destruíram tudo com fizeram nesse show do Zoombie realmente eles são “Arquitetos da Destruição”.

Symphony Draconis
Outro teste de fogo vinha para a banda Symphony Draconis que vinha para o palco do Zoombie testar sua nova formação, mas só posso dizer uma coisa: essa banda está pronta para ser a nova revelação do Metal nacional, pois os caras conseguem ter uma presença de palco e uma musicalidade que impressiona qualquer um, foram apenas cinco músicas mas não tem como não ficar boquiaberto com verdadeiros hinos profanos como “Demoniac By A Divine Power”. De acordo com a banda o novo trabalho sai em março de 2012. Estaremos de olho, pois essa banda promete.

Mostrando que o Zoombie não tava para brincadeira, mais uma clássica formação invade os palcos catarinenses: Apokalyptic Raids do lendário Leo Mansur, que como declarou em entrevistas recentes iria pregar menos e tocar mais e foi exatamente isso que o cara fez, fazendo uma mescla de seus quatro lançamentos e é claro “Angels of Hell” e “Apokalyptic Raids” (ambas do álbum “Only Death is Real” de 2001) não poderiam faltar.

Doomsday Ceremony presente em todas as edições do festival

Doomsday Ceremony é a única banda que pode se orgulhar de estar presente em todas as edições do Zoombie e quando eles começam a tocar fica nítido o porquê. Eu curtia a banda, mas nunca tinha os visto ao vivo, ficava em duvida se toda aquela sonoridade monstruosa conseguia ser feita em cima de um palco, mas nos primeiros acordes deu para sacar que esses paranaenses não estavam de brincadeira, os caras levaram o palco abaixo e moeram ainda mais nossos pescoços, impossível não pogar a sons como a apocalíptica “Vampire Saga” (do álbum “Apocaliptic Celebration” de 2005). Esta aí a prova de que o Black Metal não precisa de pianinhos e vocais limpos para ser maisntream.

A banda argentina Mortuorial Eclipse

A primeira apresentação internacional veio da Argentina com os black metallers do Mortuorial Eclipse. Confesso que nunca tinha ouvido o som dos caras, mas fizeram uma boa apresentação. O estilo perpetuado pela banda está muito em voga na cena nesses últimos anos o famigerado Black Metal Melódico, então o teclado ajudava a dar um clima todo sombrio para a apresentação, tudo isso somado a muito gelo seco e corpse paints dos músicos que iam se derretendo ao longo do show. Destaque para a grandiosa “At the Gates of the Marduk Shrine”.

“Zoombie Ritual, Krisiun está aqui!”, simples assim Alex Camargo dá o pontapé inicial para mais uma hecatombe sonora feita por esses gaúchos. Na boa, como três caras fazem tamanha desgraça no nossos ouvidos é um mistério, o show foi relativamente curto já que teríamos ainda Claustrofobia e Vulcano, mas mesmo assim foi aquilo tudo que os fãs esperavam.

Alex Camargo liderou o massacre ao vivo de uma das maiores bandas do mundo, Krisiun
Do CD novo (“Great Execution”) rolou “The Will To Potency” que pelo seu potencial (trocadilho fail) vai se tornar um verdadeiro clássico da banda aliada a músicas como “Senteced Morning” (“Southern Storm” de 2009) e “Hatred Inherith”  (do “ Conquerors Of Armageddon” de 1999) deram muito trabalho para os seguranças para evitar os moshs e a pancadaria comendo solta.

Luiz Carlos da Vulcano
Nunca tinha visto o Claustrofobia ao vivo e essa para mim é uma das melhores bandas do nosso fudido underground. Tinha conversado com Marcus antes do show, então a expectativa era grande e mais que isso: quando a banda entrou no palco todo o cansaço se foi e deu espaço para um dos shows mais violentos da história do Zoombie, sem duvida,  abrindo com “War Stomp” (“I See Red” de 2009) a banda mostrou o que é o Metal brasileiro, a banda foi muito aplaudida quando Marcus disse mais ou menos assim: “A gente tá aqui pra fuder essa merda. Não importa se tem 200 ou 2000 mil pessoas, a gente vai tocar porque amamos essa porra. O metal não morreu e vocês são a prova disso, do caralho vocês aqui são agora 5 da manha e tá todo mundo aqui prestigiando as bandas, vocês são foda” e toma porrada “Pino da Granada”  “Paga Pau” e “Thrasher” e, para mim, uma grande honra cantar no microfone com a banda o refrão de “Peste”... simplesmente fudido demais.

A apresentação do Vulcano tinha tudo para dar errado, pois além do horário que já invadia as seis da manhã o público estava simplesmente morto pela maratona de shows, mas ai que o talento supera qualquer coisa, pois estamos falando de uma banda com mais de 25 anos de estrada. Então, na real, dá pena de quem perdeu essa apresentação, pois foi muito brutal.

Vulcano, pioneira do Metal extremo nacional, tocou clássicos absolutos dos anos 80

A banda fez uma espécie de best of de toda sua carreira sem esquecer seu mais recente lançamento “Drowning in Blood” (2011) fazendo a dobradiha de “Awash In Blood” e “Devil Forces”, passando por clássicos como “Fallen Angel” (do segundo álbum “Anthropophagy” de 1987) e “Bloody Vengeance” (álbum homônimo de 1986) e para fechar o show uma trinca de “Total Destruição” (“Tales From the Black Book”, de 2004),Guerreiros de Satã” e “Legiões Satânicas”, uma volta aos anos 80 do glorioso Metal nacional.

Final de show triunfante, nem sei como cheguei na barraca para dormir mas deveria ser umas sete e pouco da manhã, era hora de descansar para o último dia do festival.

Texto: Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Maicon Leite (Wargodspress)

Agradecimentos às bandas e ao Maicon Leite que disponibilizou ótimas fotos para a postagem.