São mais de 50 anos desta instituição do Classic Rock/Prog Rock Uriah Heep, que segue lançando material inédito de qualidade, além de muitos lançamentos especiais, como Box Sets e Live Albums como este ótimo "Official Bootleg: Live AtSweden Rock 2009".
O show no festival foi durante a tour de "Awake the Sleeper", e trazia ainda o grande Trevor Bolder no baixo, falecido em 2013.
O som está muito bom, orgânico, capturando e transmitindo toda a energia da apresentação, um bootleg oficial justamente por ter um som muito bom, apesar da apresentação não ter sido programada para ser gravada e lançada oficialmente, e isso contribuiu para a espontaneidade do show.
Dentre as faixas presentes, estão vários dos clássicos obrigatórios nas apresentações da banda, como "Stealin'", "Easy Livin'", "Gypsy" e "July Morning".
Do álbum da época, o "Wake the Sleeper", duas faixas, "Ghost of the Oceans" e "Angels Walk With You" e ambas soam muito bem ao lado dos clássicos, mostrando a força desses gigantes.
Os momentos de maior destaque dentro de um set maravilhoso, são as versões para "July Morning" e "Look at Yourself", que sempre dão espaço para a banda fazer versões mais longas e improvisos. Altas doses de musicalidade, com Bernie Shaw soando excelente, alcançando notas altas com naturalidade.
Mick Box e seu estilo todo próprio, seu feeling e personalidade (provavelmente ainda um dos mais injustiçados guitarristas do Heavy/Rock), e Lanzon, sempre incrível ao Hammond. E ainda, a cozinha impecável com o saudoso Trevor e a pegada revigorante de Russel Gilbrook. Que banda!
Vale registrar também a sempre interativa "Lady in Black", que faz o público participar efusivamente de seu refrão.
Ótimo registro ao vivo, orgânico, empolgante, mostrando toda a classe e categoria de um dos gigantes da história do Heavy Rock, e que merecia muito, mas muito mais reconhecimento.
Texto: Carlos Garcia
Banda: Uriah Heep Álbum: "Official Bootleg Live At Sweden Rock 2009"
Tracklist 1. Sunrise 2. Stealin 3. Gypsy 4. Look At Yourself 5. Ghost Of The Ocean 6. Angels Walk With You 7. July Morning 8. Easy Living 9. Lady In Black
O guitar-hero brasileiro Kiko Shred foi anunciado como novo guitarrista da banda espanhola DeathKeepers, que passa a contar com integrantes de três diferentes países.
A banda foi formada no final de 2011, pela fusão da experiência e talento de músicos que se conheceram em Barcelona, e se empenharam em reunir o melhor do Heavy Metal em seu estilo .
A banda possui três registros de estúdio :
- On the sacred way 2014
- Rock this world ( EP )
- Rock This World (Full-Lenght) 2018
Em 2018 o vocalista americano Michael Vescera ( ex Malmsteen , ex Loudness , ex Dr.Sin ) se uniu à banda .
Após algumas mudanças de integrantes a banda Death Keepers anunciou a entrada do guitarrista brasileiro Kiko Shred, que já havia tocado com Mike Vescera em duas turnês, no Brasil em 2016 e México em 2018.
Com um reconhecimento mundial que aumenta a cada ano, Kiko tem agora mais uma oportunidade de mostrar seu talento, experiência e técnica, e com certeza somará muito no fortíssimo line-up dos Death Keepers.
Sobre a entrada de Kiko Shred, a banda se pronunciou da seguinte forma :
"É uma honra anunciar que o virtuoso brasileiro Kiko Shred é o novo guitarrista do Death Keepers. Kiko é um dos melhores guitarristas de Heavy Metal do mundo e já tocou com lendas como U.D.O. (ex-ACCEPT) Tim Ripper Owens (ex-Judas Priest), Blaze Bayley (ex-Iron Maiden), Doogie White (ex-Rainbow, ex-Yngwie Malmsteen, Michael Schenker, Alcatrazz Official), Michael Vescera (Death Keepers, ex-Loudness, ex-Yngwie Malmsteen), Andre Matos (Angra, Avantasia ...) e Leather Leone entre outros .
Além de talentoso músico de palco, Kiko também possui vasta experiência em estúdio, tendo lançado 4 álbuns. O mais recente 'Kiko Shred's Rebellion' foi lançado mundialmente pelo selo alemão 'Pure Steel Records' e no Brasil pela 'Heavy Metal Rock Records'.
Kiko Shred une forças novamente ao lado de Mike Vescera. A banda está muito feliz por poder trabalhar com um dos melhores. Bem-vindo a bordo do Death Keepers Kiko!"
Palavras de Michael Vescera : "Kiko é um grande cara e um grande guitarrista , será incrível tê-lo como parte disso."
Kiko sobre a entrada na banda: "O convite partiu do guitarrista Eddy, que me contatou e perguntou se eu gostaria de fazer parte da banda, ele me disse que o Michael Vescera tinha me recomendado, falado bem de mim. Há planos de uma turnê européia em 2022 e logo em seguida gravaremos um novo álbum."
O atual line up do Death Keepers é:
🇺🇸 Mike Vescera - vocais
🇧🇷 Kiko Shred - guitarra
🇪🇸 Eddy Gary - guitarra
🇮🇹 Ivory Gentilini - Baixo
🇪🇸 Abel Sequera - Bateria
Os Keepers seguem o estilo Heavy Metal, porém com peso e sonoridade modernos, aquele som e energia por excelência que tantos fãs se apaixonaram na década de 80 encontram os desenvolvimentos tecnológicos de nossa era, trazendo assim à vida um som, um show, uma experiência de proporções épicas.
Com este novo line-up crescem as expectativas sobre o Keepers, que possui um grande potencial a ser mostrado, com seu Heavy Metal permeado de melodias e refrãos marcantes, balanceando com maestria toques de virtuosismo e feeling.
Texto: Carlos Garcia (incluindo informações oficiais da banda DK)
Criada em março de 2020, no início da pandemia no Brasil, a Malvada tem na sua formação integrantes com presença frequente nos palcos da noite paulistana, como a vocalista Angel Sberse - que ganhou notoriedade nacional quando participou da edição de 2020 do The Voice Brasil da Rede Globo -, a guitarrista Bruna Tsuruda, a baixista Ma Langer e a baterista Juliana Salgado.
A banda lançou primeiramente dois singles e vídeo nas plataformas digitais no primeiro semestre, os quais obtiveram excelente repercussão, e foram chamando atenção do público, ganhando cada vez mais seguidores. O próximo passo foi o anúncio do debut para o segundo semestre de 2021, através do selo Shinigami Records.
Chegou a hora, e a MALVADA lançou dia 05 de agosto o seu álbum de estreia , "A Noite Vai Ferver" , com 9 faixas trazendo letras em português, falando sobre cotidiano e experiências pessoais.
A sonoridade apresenta um Heavy Rock e Hard Rock, com pegadas de Blues e influências 70's, com muita atitude, com direito a baladas e muita malícia e "groove".
Confira por exemplo a balada pesada "Cada Escolha uma Renúncia", o Hard com toques de Blues e suingado da cheia de atitude e malícia "A Noite Vai Ferver", destacando os bem colocados wha-whas na guitarra; "Quem Vai Saber", mais uma balada Rock n' Roll muito legal.
Impossível também não querer dar repeat na forte "Pecado Capital", que manda um recado bem direto aos que ainda tem preconceito quanto ao empoderamento e igualdade de direitos da mulher, principalmente no cenário Rock/Heavy. Destaque também para Rockão "O Que te Faz Bem", com seu refrão poderoso.
O tempo do disco é relativamente curto, e as músicas muito legais e fáceis de assimilar, por isso parece que acaba ainda mais rápido, e logo dá vontade de ouvir de novo. Diria que acertaram na medida, deixando aquele gosto de "quero mais".
A arte de capa também é muito legal, e traz as meninas no habitat natural de uma banda, foi feita pelo renomado João Duarte, que já trabalhou com grandes bandas como Angra, Hangar, Shaman, Circle II Circle e Golpe de Estado, entre outras.
Com uma sonoridade empolgante, bem produzida, instrumentistas competentes e a voz marcante de Angel e seus "drives" já característicos, a Malvada é uma das boas notícias surgidas durante a pandemia. Todo dia é dia de "Maldade", de Rock e de Malvada! Vai ser difícil segurar essas meninas!
"A Noite vai Ferver" está disponível via selo Shinigami Records.
Texto: Carlos Garcia
Banda: Malvada
Álbum: "A Noite Vai Ferver"
Estilo: Rock n' Roll, Hard Rock, Heavy Rock
País: Brasil
Selo: Shinigami Records
Adquira o álbum direto no site da Shinigami, ou nas principais lojas do ramo, sendo que o selo distribui nacionalmente.
1. A Noite Vai Ferver 2. Prioridades 3. Quem Vai Saber? 4. Pecado Capital 5. Ao Mesmo Tempo 6. O que te faz bem? 7. Disso que eu gosto 8. Mais um Gole 9. Cada Escolha Uma Renúncia
Formada em Limeira-SP no ano de 2015, o Suck This Punch no mesmo ano já lançou seu debut, indo logo ao ponto, e o álbum é bem interessante, com uma certa crueza, e trazendo um Hard Rock/Heavy com influências clássicas e nuances Rock n' Roll, riffs tradicionais e até guittaras dobradas, remetendo a bandas AC/DC, Motörhead, Thin Lizzy e etc, e buscando agregar a isso sonoridades mais contemporâneas. A experiência dos músicos contribuiu para que não soasse algo precipitado essa debut.
Durante esses 7 anos que separam os álbuns, o grupo passou por mudanças na formação e uma evolução natural. Agora em 2021 o grupo lança seu segundo trabalho, "The Evil on All of Us", o qual já haviam antecipado algum material, mostrando a evolução sonora, trazendo principalmente mais peso e groove, timbres mais graves e wha-whas nas guitarras, uma maior diversidade, tanto instrumental como nos vocais de Tadeu Bon Scott (que além do inconfundível timbre, que é desnecessário dizer com quem se assemelha, explora outra nuances de sua voz). Resumindo, aquela proposta musical que a banda perseguia, está aqui realizada, madura e coesa.
Não é uma comparação, mas para ajudar a situar o leitor, a banda agregou ás inspirações tradicionais, sonoridades mais contemporâneas do Metal e Thrash, além de Southern, Stoner e Groove Metal, e citaria como referência o Black Label Society, Kyuss, Pantera e Audioslave.
O que logo nota-se é qualidade da produção, bem superior ao debut, e em seguida a evolução na sonoridade, conforme já citei, trazendo maturidade e coesão na mistura que a banda pretendia, entre as influências tradicionais com as mais atuais do Heavy Rock e Metal.
Temos que elogiar também o trabalho gráfico, com o design da capa muito legal, e a parte lírica, tratando de temas psicológicos e comportamentais, e Tadeu explicou sobre o contexto: "Trata sobre o mal que está sob o homem e também sobre o mal que ele cria para si e para as outras pessoas. Toda a angústia, mágoa, depressão, raiva e temores que são guardados e enterrados do qual acaba criando monstros, pessoas perdidas que acabam se tornando alienadas, escravas de um sistema que suga seu tempo e suas mentes, e as tornam cegas, sem direitos à pensar ou ter uma opinião sobre algo."
São 9 faixas, iniciando com "Machines", onde já salta aos ouvidos a evolução em termos de produção e sonoridade, trazendo bastante peso e groove, timbres "gordos" e vocais mais diversificados, com Tadeu utilizando drives, soando com agressividade e indo a tons mais altos quando necessário; "You're the Best Gun" tem um riff arrastadão, andamento bem quebrado, vocais agressivos e um ótimo solo com utilização precisa do wha-wha;
"Alone" traz um andamento mais acelerado, timbres robustos na guitarra e baixo, batera quebradona, riff principal marcante e um refrão forte. Tadeu varia entre vocais graves e mais rasgados e agressivos; "Just Follows" tem nuances do Stoner, inicia com uma linha do baixo para em seguida a guitarra entrar com riffs graves e cheios de groove e harmônicos, assim como a seção rítmica quebrada. Um trecho de calmaria e com o baixo em destaque abre caminho para mais um solo com técnica e melodia;
"Shout it Out" traz também um andamento mais arrastado e riffs carregados de groove, uso sempre preciso dos harmônicos e wha-wha, seção ritmica sempre técnica e com "suingue", e Tadeu mais uma vez abusando de vocais agressivos e técnicos. "We All live in a Hole" inicia em um tom nostálgico, com o ruído de um vinil ao fundo, vocais a capella e acompanhamento de dedos estalando, mas logo após entra todo o peso e groove que permeia este trabalho de ótimo nível.
"Coward", é tipo uma balada pesada, começa com arranjos de viola, com uma levada meio Southern, meio country, e vocais sussurrados, e em seguida vai crescendo, com o peso pouco a pouco entrando, alternando com trechos mais melodiosos;
"Blindman" entra com um peso caótico e guitarras numa levada do Thrash contemporâneo, destacando os riffs carregados de wha-wha; "Sons of War" inicia com percussões e berimbau, e uma narrativa falando sobre como a religião foi "empurrada" a alguns povos, que eram impedidos de praticar suas crenças. É uma faixa com muita percussão, groove e peso, inevitávelmente lembrando o que o Sepultura fez lá atrás em discos como "Roots". Um ótimo encerramento para um belo trabalho.
Um álbum com uma excelente produção, trazendo um Suck This Punch mostrando sua personalidade, em um álbum maduro, moderno, com groove e peso, mas acima de tudo, com músicas marcantes, bem construídas e diversificadas.
Texto: Carlos Garcia
Banda: Suck this Punch Álbum: "The Evil on All of Us" 2021 Estilo: Heavy/Thrash/Stoner/Groove Metal País: Brasil Selo: Voice Music Assessoria: Som do Darma