Compreendemos que
trabalho em equipe sempre foi importante em qualquer fração da vida, levando a
resultados inimagináveis com a ajuda e o empenho das pessoas que estão dentro
de um staff ou sob outras virtudes profissionais. Exceções reservistas, mondando
um trabalho individual, sempre vão existir, ainda mais quando a pessoa é
ambiciosa e quer muito realizar algo sem depender de ninguém. Após anos
trabalhando, Fabio Loffs apresenta o disco de estreia do Karyttah, “New Age
– The Age Of Karyttah”.
Formado apenas pelo
vocalista Fabio Loffs, a banda não possui guitarrista, baixista e baterista,
como é tradicional em qualquer banda de Rock/Metal. Sendo assim, o ‘front-man’ se incumbiu de gravar as linhas instrumentais do disco, saindo-se muito bem em cada
instrumento executado, apresentando versatilidade e técnica na mais perfeita
proporção, influído por um Hard ‘N Heavy carregado com a consonância do Prog
Metal, assemelhando-se muito ao Iron Maiden, Stratovarius, Helloween, Skid Row e
FatesWarning.
A produção atrela uma
sonoridade encorpada e orgânica, sobrepondo peso e melodia de forma purificada
e clara de acordo com a proposta do Fabio, chamando o já conceituado produtor
Henrique Baboom para chegar nesse avantajado resultado, com gravação realizada
no Toque Final Mix & Master e a mixagem/masterização dividida entre
Henrique, Daniel Caronado e Alessando “Kbral” Cabral.
A capa, elaborada por
João Duarte, sincroniza o conceito lírico do disco, baseado na música “New Age”
e da importância dobem e a emoção através da arte.
É claro que certas
coisas são difíceis em fazer sozinho, demandando certo tempo pra que tudo fique
do jeito como esperamos. Mas quando há vontade, não há dificuldades ou
barreiras que possam brecar as coisas, e o vocalista Fabio Loffs colocou isso a
sua frente por meio de poderosas canções, se você não sabe a história, não vai acreditar que alguém fez esse álbum de cima a baixo sozinho.
Depois da relata
introdução com “A Nova Era”, “New Age”abre o álbum de um jeito bombástico,
permeando um ambiente mais climático na ponte final, prevalecendo totalmente o
peso rítmico, principalmente no baixo; “The Other Sides” é guiado de levadas
rápidas, caracterizado por um Power Metal certeiro, com melodias ala Iron
Maiden e refrãos que lembram o Helloween; “Once More Again” é vista em dois
tempos, começando harmonias bem suaves, mas que logo se levanta com riffs não
tão pesados, acaba numa verdadeira ‘power-ballad’;
“Never Say Never” é a
que mais beira ao Metal tradicional, dentro numa pegada mais moderna, com uma
ótima interpretação vocal do Fabio, tendo timbre vocal semelhante ao do Ralf
Scheepers, do Primal Fear; “The End Of Our Flames” tem seu aspecto no Prog Metal,
mais que surpreende com as mudanças de ritmo e lírica, assomadas pela direta faixa-título, “Karyttah”, encerrando o disco da mesma forma
que começou, com um lindo texto falando sobre “A Caridade”;
Estreia em grande
estilo, ainda mais se tratando de um trabalho totalmente individual. Esperamos
pela formação definitiva da banda.
O Metal tradicional aqui no Brasil vem persistindo desde os seus
prelúdios dos anos 80, com bandas que ainda estão presentes nos palcos e
gravando novos trabalhos. Não será preciso citar nomes, pois com certeza muitos
de vocês que estão lendo essa resenha já devem ter visto este que vos escreves
falando sobre elas em algum texto que escrevi ou num bate papo informal e
deleitado. Antes tarde do que nunca, eis que o primeiro trabalho dos baianos doInner Call,
lançado pela MS Metal Records, chega às minhas mãos Aproximando-se da marca de 10 anos de atividade, o quinteto não esconde as influências do Metal tradicional, preservando o ambiente e a textura marcante do estilo dentro proposta sonora do grupo. Mas, além
disso, eles conseguem ser sortidos em suas ideias, adicionando agressividade e
melodia numa divisão simultânea e fresca, levando-os a ter uma personalidade
própria e um jeito único de compor músicas.
Houve trajetos para
cuidar da parte sonora e deixá-la nos seus devidos conformes, com gravações
realizadas em São Paulo/Salvador e mixagem/masterização em Porto Alegre,
controlado pelo Pablo Nechi, visando um som bem claro e intacto, com cada
timbre dos instrumentos soando de maneira forte e pesada; o trabalho visual sintetiza o que passa nas letras de cada faixa, onde Matheus Silva e o
baterista Luiz Omar fizeram uma obra bem feita e criativa.
Em nenhum momento os
rapazes se encurvam e sabem o que fazem no ‘debut’ disco, acertando a mão
com ótimos momentos que impressionam positivamente, com cada um mostrando
talento e dosando técnica no momento certo, gerando muito bons resultados no final, resultando em grandes canções.
O peso do grupo já
aparece em “The Dark Ages”, possuindo um trabalho rítmico forte, adicionando
backing-vocals femininos no refrão; “Ride From Hell” traz linhas de guitarras meio tempo, cheias de melodias abrangedoras; “Reason” destaca-se pela
técnica e das esmeras melodias, envolto por solos harmoniosos; a longa
“Inner Call”, talvez, a mais tradicional, onde guitarra, baixo e bateria
seguem uma linha bem direta. Traz também um refrão memorável.
Demais destaques
ficam por conta da rápida e intensa “Bad Minds” (tendo certo DNA de Thrash
Metal), assim como a derradeira “I’m Back (This Is Rock N’ Roll)”, evidenciado
mais vitalidade e atitude, como o próprio título alude.
Esperando o mais
recente disco chegar até mim, que deve ainda melhor que o primeiro.
Texto: Gabriel Arruda
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
Ficha Técnica
Banda: Inner Call
Álbum: Inner Call
Ano: 2015
País: Brasil
Gravadora: Ms Metal Records
Assessoria de Imprensa: Ms Metal Agency
Formação
Fábio Lima (Vocal)
Rafael Pereira
(Guitarra)
Renato Passero
(Guitarra)
Regis Farina (Baixo)
Luiz Omar (Bateria) Track List:
1. Intro / The Dark Ages
2. Ride from Hell
3. Reasons
4. Inner Call
5. The Payment
6. Living in the War
7. Bad Minds
8. I'm Back (This is Rock'n'Roll)
O Rigor Mortis BR é mais um dos nomes promissores e fortes da cena do Metal Extremo brasileiro, vinda do estado do Rio Grande do Sul, que possui grande tradição no estilo, revelando grupos como Krisiun e Mental Horror por exemplo. (english version HERE) A banda teve um pequeno hiato, com Alexandre (guitarrista e fundador) passando um tempo no exterior, mas seguindo sempre com a ideia de dar continuidade ao trabalho. Os frutos começaram a vir com o lançamento do full-lenght "The One Who...", que traz um Brutal Death Metal com sonoridade orgânica, recebendo muitos elogios, inclusive sendo indicado como um dos 100 melhores álbuns de Death Metal de 2016 da América Latina. Para falar sobre esse álbum e outros assuntos, conversamos com a banda, e vocês conferem a seguir.
RtM: Saudações! Aqui é o Carlos Garcia
do Road to Metal, parabéns pelo trabalho, é sempre louvável seguir na luta e
acreditar, lançar um álbum...segue abaixo algumas questões, para falarmos sobre esse disco, e também sobre o que vocês tem conseguido construir, e sua percepção
sobre a cena Metal atual.
Alexandre Rigor Mortis: Saudações Carlos, obrigado pelo contato.
RtM: Para início de conversa,
conte-nos um pouco sobre a produção de “The One Who...”, que para o lançamento
contou com a parceria da Sangue Frio.
Alexandre Rigor Mortis:A produção do “The One Who…” foi
feita totalmente por mim (Alexandre Rigor Mortis - guitarrista) já que eu ganho
meu pão com isso faz muitos anos, (sou produtor musical, técnico de gravação,
mixagem e masterização na Dark Medieval Times). O processo todo foi feito com
bastante calma e com todo cuidado aos detalhes mas não no sentido de se ter um
álbum com a perfeição plástica e fria das produções digitais de hoje em dia,
cheias de ‘replaces’ de guitarra, bateria e com um excesso de edição.
"O que eu tinha em mente era manter a minha linha de trabalho e tentar resgatar o feeling das gravações da década de 90 " (Alexandre)
RtM: Verdade, muitos exageram nos "truques" de estúdio, em detrimento de um som verdadeiro e orgânico.
Alexandre Rigor Mortis: O que eu
tinha em mente era manter a minha linha de trabalho e tentar resgatar o feeling
das gravações da década de 90 onde tudo era realmente captado, gravado com o
mínimo de edição possível e realmente mixado em uma mesa de mixagem e não
‘inbox’ (no computador). As gravações foram feitas nos moldes antigos onde se
grava e regrava infinitas vezes ate se obter o resultado desejado em vez de
sentar em um computador e ficar editando milimetricamente. Em vez de ficar
horas equalizando e usando toneladas de Plug-ins eu prefiro gastar dias com o
posicionamento de microfones, testando-os, enfim, testando tudo e
experimentando ate chegar o mais próximo possível do resultado final. O
processo de masterização foi feito 90% em analógico, resultando em uma mixagem
natural em todos os aspectos bem na linha das produções da década de 90.
RtM: E quanto ao que vocês tem sentido com relação a Investimento x Retorno, algo que acaba deixando muitas bandas receosas de investir em material novo, principalmente o lançamento do material físico?
Christian: Quanto ao
investimento x retorno acho que quem toca metal extremo faz mais por amor, pois
são poucas as bandas que se destacam a ponto de ter um bom retorno financeiro.
Investimentos são necessários.
RtM: Ainda como complemento da
pergunta anterior, vejo o pessoal reclamar bastante dessa questão de,
naturalmente, ter de investir para fazer acontecer, mas não obter o retorno, ou
um retorno que chega somente ao longo prazo. É preciso adaptar-se a realidade
do país? Que saídas você vislumbra para uma banda manter-se ativa?
Alexandre Rigor Mortis: Carlos, não digo realidade do país, mas realidade do mundo atual.
As coisas hoje não funcionam mais
como na desada de 90, por exemplo,onde você investia uma grana violenta em uma
demo mas se uma gravadora/selo grande se interessa-se pela sua banda o
investimento era garantido. Isso não existe mais. Quando um selo/gravadora hoje se interessa por você, o máximo que ela faz é bancar sua próxima gravação, distribuição
do material e arrumar uma agenda para divulgar o material.
Ricardo (Chakal):Realmente não é difícil só para a banda, digo isso em um
modo geral, nos dias atuais temos que nos adaptar, mas de certa forma a
facilidade de divulgação é enorme, a Internet é a melhor ferramenta para isso,
vi isso pelo retorno que a banda vem tendo, está sendo satisfatório.
RtM: Sobre este debut, conte pra gente
como é ter finalmente o álbum completo lançado, e o que a experiência de viver
fora do Brasil acrescentou?
Alexandre Rigor Mortis: Cara, está
sendo muito legal porque a receptividade esta foda pra caralho. Brasil, Europa,
EUA, Indonésia… o pessoal realmente esta gostando do álbum. Agora ainda fomos
indicados como um dos 100 melhores álbuns de Death Metal de 2016 da América
Latina, então a coisa está realmente boa. Acho que viver fora do país me ajudou
em vários aspectos como músico. Me deixou mais completo uma vez que tive que
lidar com todos os aspectos da música para viver ganhar a vida la fora.
RtM: A respeito do álbum, e também até
para situar quem ainda não é familiarizado com a banda, gostaria que você
discorresse sobre as suas influências, sendo que vejo bem claras a do Cannibal
Corpse, além de outras bandas do Death Metal Norte Americano, e como você foi
lapidando a identidade do grupo durante esses anos? E quais seriam para você os
elementos que melhor representam a identidade do Rigor Mortis BR?
Alexandre Rigor Mortis: O
que eu percebo é que, tirando a galera que come, bebe e respira Death Metal, os
headbanger classificam o Death Metal da seguinte maneira: Se for mais técnico
logo comparam ao Cannibal Corpse, se for mais old school logo comparam ao
Morbid Angel, se for mais Blackned logo comparam ao Deicide. Se fosse para
comparar nosso som eu diria que é um “Immolation com afinação mais baixa,
misturado com Severe Torture e com algumas pitadas de Suffocation e Dying
Fetus”.
Acho que o que mais representa a
identidade da Rigor Mortis BR nesse álbum e isso será mais forte no próximo
álbum é a brutalidade das músicas, a parte técnica das composições, a tendência
progressiva dos sons.
Christian: As influências acabam sendo muitas,
pois todos acabam levando um pouco de si. Acho que o Death Metal em geral.
Quanto aos elementos eu diria que a brutalidade seria a principal.
RtM: Falando um pouco sobre as faixas,
gostaria que nos falasse um pouco mais a respeito da “Psychotropic Illness”,
que passa a sensação de ser uma das que melhor representa a evolução da banda
em termos de composição, e tenho visto muitos elogios para esta música.
Alexandre Rigor Mortis: É
realmente muito bom ter esse feedback das pessoas que ouvem as músicas. Isso
nos ajuda em todos os sentidos e nos faz sentir valorizado todo nosso esforço e
também nos serve como um norte para fazer um futuro vídeo.
É legal saber que as pessoas
conseguem perceber isso em relação as composições. Temos diversos elogios em
diversas músicas e cada um ressaltando uma qualidade delas.
A “Psychotropic Illness” é uma
música muito madura realmente, e foi uma das que foram compostas do início ao
fim para esse álbum. Algumas composições já existiam e eu somente terminei os
arranjos e organizei a harmonia. É uma das músicas que provavelmente revela
muito de nossa identidade, assim como “Find Body Parts Toy” e a “Medieval
Impalement”. Mas todas foram feitas pensando apenas em nos representar
fielmente e mais nada.
Christian:Ficamos felizes
com isso. Acho essa música muito boa, é bem pesada e o pessoal recebeu muito
bem. Todas músicas nos levaram ao limite e essa realmente ficou bem bacana.
Citaria também a “Medieval Impalement”.
RtM: Outra faixa que se destaca
bastante é “Febrônio Índio do Brazil”, baseada nesse caso, que até foi abordado
no programa Linha Direta, da Rede Globo, lá em 2004.
Alexandre Rigor Mortis: O
Febrônio Índio foi uma espécie de ícone para mim na minha adolescência. A sua
história foi algo que me marcou era algo mágico para mim, meio que lenda, eu
não conseguia imaginar que fosse real a vida dele e desde de meus 16 anos eu
dizia que um dia faria uma música para ele e quando surgiu a música eu logo
identifiquei com a imagem dele, ai cheguei para o nosso vocalista (Rafael) e
disse “essa música vai se chamar o Filho da luz” e ele já sabia de quem eu
estava falando. Deu no que deu.
RtM: O Sul é conhecido pela quantidade
de ótimas bandas de Metal Extremo e Brutal, e sempre são olhadas com mais
atenção as bandas do estilo oriundas daqui. Você acredita que seja algo que
possa ajudar o Rigor Mortis BR nessa caminhada? Que fatores mais podem ser
buscados para outras trilharem um caminho de um Krisiun, por exemplo, que
conquistou uma certa independência e pode viver somente de Metal.
Alexandre Rigor Mortis: Com
certeza quando se fala que uma banda é do Sul, os olhos se voltam de forma mais
severa e critica quanto ao que se esperar. Mas acho isso muito bom porque eleva
muito o nível das bandas daqui do Sul.
Hoje existem muitas bandas fodas
de metal extremo por aqui no e uma hora, cedo ou tarde selos/gravadoras grandes
perceberão isso.
Quanto a viver do Metal é um
sonho que nós queremos conquistar e é um processo que exige muito trabalho,
tempo, dedicação e um pouco de sorte também.
Christian: Acho que tudo
vem com muito trabalho e dedicação. As vezes se conta um pouco com sorte vamos
dizer assim. O Rio Grande do Sul tem muitas bandas ótimas de Death Metal. Isso
acho que acaba gerando uma expectativa pelo que surge por aqui.
"Viver do Metal é um sonho que nós queremos conquistar e é um processo que exige muito trabalho, tempo, dedicação e um pouco de sorte também."
RtM: E como você está sentindo
atualmente o cenário mais especificamente do Metal Extremo? Principalmente
porque os selos mais conhecidos dentro do Metal, como Nuclear Blast, Napalm
Records, Century Media, etc... parece que também voltam mais os olhos ao que
pode ser mais conveniente e “comercial”, deixando para trás aquela aura de selo
independente ou underground. A saída mesmo, para as bandas, é tentar
auto-financiamento e também com ajuda de parcerias para prensagem, divulgação?
Alexandre Rigor Mortis: Acho
que sim Carlos. Acho que cada vez mais esse será o caminho.
Hoje vemos cada vez mais bandas
que antes eram amparadas por selos/gravadoras grandes procurarem o
autofinanciamento ou buscar selos por conta própria para lançarem um álbum.
Eu vejo muitos pontos positivos
nisso, e um deles é que, como não se tem um contrato não existe a obrigatoriedade
de se produzir um álbum com data marcada forçando a barra nas músicas e
composições. Só se produz quando se tem material de verdade e suficiente. Outro
lado positivo é que a banda hoje mais que nunca participa ativamente da
distribuição e pode escolher com quais selos e como seu álbum será distribuído. RtM: Tem algumas outras questões também em que um suporte de selo/gravadora faz falta.
Alexandre Rigor Mortis: Sim, o lado negativo da produção independente é que não existe
aquele apoio financeiro imediato, e também suporte para se gravar e montar efetivamente
uma agenda de shows no pós lançamento; coisa que somente uma gravadora/selo
pode te dar e o número bem maior em relação a prensagem do material e suporte
para arte. Ainda tem a questão de distribuição internacional que com
selos/gravadoras grandes acontece facilmente.
Pessoal, muito obrigado pela atenção, mais uma vez parabéns pelo trabalho, fica o
espaço para sua mensagem final!
Christian: Agradecer o
espaço, ao pessoal que tem acompanhado a Rigor Mortis BR e apoiado a cena.
Entrem em contato conosco. Em 2017 queremos tocar ai na sua cidade. Valeu.
Ricardo
(Chakal):Gostaria de agradecer o espaço, você Calos e pessoal da Road to
Metal, Patrick e a Sangue Frio Produções
que sempre está nos ajudando aí nessa caminhada, e a todos os headbangers que
nos apoiam e nos acompanham, forte abraço.
Alexandre Rigor Mortis:Obrigado
Carlos e Road to Metal !!!
Quero dizer ao bangers que a
única maneira de apoiar uma banda que você curte é comprando o material (CD,
camisas) divulgando e indo aos shows.
Então apoie
a cena local porque os grandes já estão caminhando.
Estamos montando nossa agenda
para 2017!!! Entrem em contato !!!! Entrevista: Carlos Garcia Rigor Mortis BR are:
Alexandre Rigor Mortis: Guitars
Leafar Sagrav: Vocals
Christian Peixoto: Bass
Ricardo Chakal: Drums
Rigor Mortis BR is one of the most promising and strong names in the Brazilian Metal Extreme scene, coming from the state of Rio Grande do Sul, which has a great tradition in style, revealing groups such as Krisiun and Mental Horror, for example. (versão em Português) The band had a small hiatus, with Alexandre (guitarist and founder) spending some time abroad, but always following the idea of continuing the work. The fruits began to come with the full-lenght release "The One Who ...", which brings a Brutal Death Metal with organic sound, receiving many accolades, including being nominated as one of the 100 Best Death Metal albums of 2016 in Latin America. To talk about this album and other matters, we talked to the band, and you can check below.
RtM: Greetings! Here is Carlos Garcia from Road to Metal, congratulations for the work, it is always praiseworthy to continue in the fight and to believe, to launch an album ... here follows some questions, to talk about this record, and also about what you have managed to build, And your perception about the current Metal scene.
Alexandre Rigor Mortis: Greetings Carlos, thank you for the contact.
RtM: To begin with, tell us a little about the production of "The One Who ...", which for the launch you had the partnership of Sangue Frio Mangement.
Alexandre Rigor Mortis: The production of "The One Who ..." was made entirely by me (Alexandre Rigor Mortis - guitarist) since I have gained my bread with this for many years, (I am a music producer, recording technician, mixing and mastering in Dark Medieval Times). The whole process was done quite calmly and with all the care to the details but not in the sense of having an album with the plastic and cold perfection of the digital productions of today, full of 'replaces' of guitar, drums and with an excess Editing.
RtM: Sure, and an "organic" soun, is much better, more real! Alexandre Rigor Mortis: What I had in mind was to keep my line of work and try to recover the feeling of the recordings of the 90's where everything was really captured, recorded with the least editing possible and actually mixed on a mixing desk and not 'inbox' (On the computer). The recordings were done in the old ways where you record and re-record endlessly until you get the desired result instead of sitting on a computer and editing millimetrically. Instead of spending hours equalizing and using tons of plug-ins I prefer to spend days positioning microphones, testing them, finally, testing everything and experimenting until you get as close to the end result as possible. The mastering process was done 90% in analog, resulting in a natural mix in all aspects well in line with the productions of the 90's.
"What I had in mind was to keep my line of work and try to recover the feeling of the recordings of the 90's "
RtM: What about what you have felt about Investment vs. Return, something that ends up leaving many bands afraid to invest in new material, especially the release of physical material?
Christian: As for the investment x return I think that anyone who plays extreme metal does more for love, because there are few bands that stand out to the point of having a good financial return. Investments are required.
RtM: As a complement to the previous question, I see people complaining a lot about this issue, of course, having to invest to make it happen, but not getting a return, or a return that comes only in the long run. Do we have to adapt to the reality of the country? What outlets do you envision for a band to stay active?
Alexandre Rigor Mortis: Carlos, does not say reality of the country, but reality of the world today.
Things today do not work like they did in the 90s, for example, where you invested a hard buck in a demo but if a big record company gets interested in your band the investment was guaranteed. It does not exist anymore. When a label is interested in you, the most it does is to make your next recording, distribute the material and arrange a schedule to release the material.
Ricardo (Chakal): It really is not difficult just for the band, I say this in a general way, in the present day we have to adapt, but in a way the ease of disclosure is enormous, the Internet is the best tool for this, I saw This by the return that the band has been having, is being satisfactory.
RtM: About this debut, tell us what it's like to finally have the complete album released, and what does the experience of living outside Brazil add?
Alexandre Rigor Mortis: Dude, it's being really cool because the receptivity sucks. Brazil, Europe, USA, Indonesia ... the people are really enjoying the album. Now we're still nominated as one of the 100 Best Death Metal albums of 2016 in Latin America, so it's really good. I think living abroad has helped me in many ways as a musician. It left me fuller once I had to deal with all aspects of music to live and earn a living out it.
"I think what most represents the identity of Rigor Mortis BR is the brutality of the songs, the technical part of the compositions, the progressive tendency of the sounds."
RtM: Regarding the album, and also to locate those who are not yet familiar with the band, I would like you to discuss their influences, and I see very clear that of the Cannibal Corpse, as well as other North American Death Metal bands, And how have you been stoning the identity of the group during those years? And what would be the elements that best represent the identity of Rigor Mortis BR?
Alexandre Rigor Mortis: What I realize is that, taking out the guys who eat, drink and breathe Death Metal, the headbangers classify Death Metal like this: If it's more technical then compare to Cannibal Corpse, if it's more old school then compare To Morbid Angel, if it is more Blackned then compare to Deicide. If it were to compare our sound I would say it is an "Immolation with lower tuning, mixed with Severe Torture and with a few hints of Suffocation and Dying Fetus".
I think what most represents the identity of Rigor Mortis BR in this album, and this will be stronger on the next, is the brutality of the songs, the technical part of the compositions, the progressive tendency of the sounds.
Christian: Influences end up being many, because all end up taking a little of themselves. I think Death Metal in general. As for the elements I would say that brutality would be the main one.
RtM: Speaking a little bit about the tracks, I would like you to tell us a bit more about "Psychotropic Illness", which happens to be one of the best representations of the band's evolution in terms of composition, and I have seen lots of praise for this song.
Alexandre Rigor Mortis: It's really great to have this feedback from the people who listen to the songs. This helps us in every way and makes us feel valued all our effort and also serves us as a north to make a future video.
It's nice to know that people can see this in relation to the compositions. We have several praises in several songs and each one emphasizing a quality of them.
The "Psychotropic Illness" is a really mature song, and was one of those that were composed from beginning to end for this album. Some compositions already existed and I just finished the arrangements and organized the harmony. It's one of the songs that probably reveals much of our identity, as well as "Find Body Parts Toy" and "Medieval Impalement". But all were done thinking only of representing us faithfully and nothing else.
Christian: We're happy about that. I think this song is very good, it is very heavy and the staff has received very well. All songs took us to the limit and this one really looked good. He would also cite the "Medieval Impalement".
RtM: Another track that stands out is "Febrônio Índio do Brazil", based on this case, which was even approached in the program Línea Directa (TV show what treated about criminal cases), Globo TV, back in 2004.
Alexandre Rigor Mortis: The Febronio Índio was an icon for me in my adolescence. His story was something that struck me was something magical for me, sort of legend, I could not imagine that his life was real and since my 16 years I said that one day I would make a song for him and when the music came I I then identified with his image, then I came to our vocalist (Rafael) and said "this song will be called the Son of Light" and he already knew who I was talking about. And it's done.
RtM: The South is known for the quantity of great bands of Extreme Metal and Brutal, and always are looked more carefully the bands of the style come from here. Do you think it's something that can help Rigor Mortis BR on this walk? What other factors can be sought for others to follow a path of a Krisiun, for example, that has gained a certain independence and can only live on Metal.
Alexandre Rigor Mortis: Certainly when it is said that a band is from the South, the eyes turn more severely and criticize what to expect. But I think that's very good because it raises the level of the bands here in the South.
Today there are lots of fuckin' great extreme metal bands around here in Brazil, sooner or later big labels will realize that.
About to live and pay our bills with Metal is a dream that we want to conquer and is a process that demands a lot of work, time, dedication and a little luck also.
Christian: I think everything comes with a lot of work and dedication. Sometimes you tell yourself a little bit with luck let's say like this. Rio Grande do Sul has a lot of great Death Metal bands. This I think generates an expectation for what appears here.
RtM: And how are you currently feeling the scene more specifically of Metal Extreme? Especially because the most well-known labels within Metal, such as Nuclear Blast, Napalm Records, Century Media, etc ... it seems that they also turn their eyes to what may be more convenient and "commercial", leaving behind that independent label aura or underground. What is the better way for the bands? is to try self-financing and also with the help of partnerships for pressing, dissemination?
Alexandre Rigor Mortis: I think so, Carlos. I think that more and more this will be the way.
Today we see more and more bands that used to be supported by big labels to look for self-financing or to get stamps on their own to release an album.
I see many good points in this, and one of them is that, since there is no contract, there is no obligation to produce an album with a date marked forcing the bar in songs and compositions. It only occurs when one has real and sufficient material. Another positive side is that the band today more than ever actively participates in the distribution and can choose which labels and how their album will be distributed.
"The only way to support a band that you like is to buy the material (CDs, shirts), disclosuring and going to the shows."
RtM: There are some other issues that a label / record carrier also needs.
Alexandre Rigor Mortis: Yes, the negative side of independent production is that there is no such immediate financial support, and also support for recording and effectively putting together a schedule of shows in post-release; Thing that only a recorder or label can give you and the number much bigger in relation to the pressing of the material and support for art cover. It still has the issue of international distribution that with large labels happens easily.
RtM: Guys, thank you very much for the attention, once again congratulations for the work, i let the final space for your final message!
Christian: Thank you for the space, the staff who have accompanied Rigor Mortis BR and supported the scene. Please contact us. In 2017 we want to play there in your city. Thanks.
Ricardo (Chakal): I would like to thank you for the space, you callos and people from Road to Metal, Patrick and Sangue Frio Produções who are always helping us on this walk, and to all the headbangers who support us and accompany us, big hug.
Alexandre Rigor Mortis: Thank you Carlos and Road to Metal !!!
I want to tell bangers that the only way to support a band that you like is to buy the material (CDs, shirts), disclosuring and going to the shows.
So support the local scene because the big ones are already walking.
We are setting our agenda for 2017 !!! Get in touch !!!!
Interview: Carlos Garcia
Rigor Mortis BR are:
Alexandre Rigor Mortis: Guitars
Leafar Sagrav: Vocals
Christian Peixoto: Bass
Ricardo Chakal: Drums
O Grupo paulista de Progressive Metal chega ao seu full-lenght de estreia, "Reverse", com produção de Daniel de Sá (Primator, Crossrock, Andragonia e outros), e estará disponível nas principais plataformas digitais.
Lembrando da velha expressão de que não se julga um livro pela capa, a primeira impressão deixada pela arte de "Reverse", concebida pelo renomado João Duarte, é muito boa, indicando já um trabalho bem cuidado em seus detalhes, e o Prog Metal é um estilo que precisa de extremos cuidados nos detalhes, principalmente na sonoridade, e nesse quesito o Freaky Jelly é aprovado com louvor, tanto quanto a capacidade dos músicos como na qualidade da produção.
A música praticada pelo grupo traz a influência de nomes tradicionais como Rush, e dos mais contemporâneos, como Dream Theater e Circus Maximus, primando por instrumental intrincado, com muitas mudanças de climas e texturas bem interessantes, com a banda passando por trechos complexos e cheios de técnica e também peso, mas também explorando caminhos mais melodiosos, com partes límpidas, quase etéreas.
Os músicos são técnicos e como é natural ao estilo, as partes intrincadas estarão sempre presentes, mas eles deixam a música "respirar", de modo que o que ouvimos não se torna só exibição técnica (apesar de que em um ou outro momento ainda haja alguns excessos), e que possa trazer interesse apenas a aficcionados, mas sim prender o interesse do ouvinte pelas boas soluções, melodias e variações em cada faixa.
A instrumental "Reflections" abre o álbum, e você já poderá notar essas variações de climas que comentei, e certamente vai se deparar com algumas surpresas. Temos então faixas que transitam por diversas trocas de andamentos, como em "Highest Ground" e "Saints and Sinners", que primam por essas viagens por diversos climas, com peso, melodia e trechos intrincados, mas também temos músicas mais, de certa forma, diretas, primando mais a melodia, como a bela "Hardest Party of a Goodbye" e também em "Morning Glory", que é carregada de feeling e traz um refrão memorável (teima em não sair da minha cabeça); e, conforme falei acima, fique pronto para surpresas que nos deparamos durante o álbum, como em "Wake Up", e seus trechos jazzísticos, onde temos até um sax.
Uma estreia muito boa, Prog Metal com a técnica e a produção sonora no nível que o estilo exige, mas que, apesar de alguns excessos ainda (natural na maioria dos grupos do estilo), não esquece do feeling e das melodias, e como eu disse, deixam a música "respirar". E temos que ressaltar também a versatilidade dos músicos, que construiram os diversos climas nas faixas com naturalidade, destacando os vocais de Ricardo DeStefano, que transita com maestria por várias regiões, e o batera Maurício Gross, que imprime muito suingue. Uma "geleia" de ótima consistência!
Texto: Carlos Garcia
Ficha Técnica:
Banda: Freak Jelly
Álbum: "Reverse" (2017)
País: Brasil
Estilo: Progressive Metal
Produção: Daniel de Sá
Arte de Capa: João Duarte
Selo: Independente
Assessoria: TRM Press