terça-feira, 30 de março de 2010

A Experiência Clássica do Therion


Mesmo não sendo nenhuma novidade bandas de Metal tocarem juntos à orquestras, quando um grupo resolve unir essas duas formas de expressões musicais, o resultado geralmente tende a ser, no mínimo, interessante.

Várias bandas já fizeram isso, cito aqui Metallica e Epica (confira em resenha neste blog). Ano passado foi a fez do grupo criado na Suécia Therion lançar o material ao vivo de sua música com a Orquestra Sinfônica de Miskolc, na Hungria, que foi gravado dois anos antes no Festival Internacional de Ópera da cidade.


Assim como o Epica também fez, o primeiro disco de “The Miskolc Experience” (2009) traz regravações de grandes nomes da música Clássica, como Mozart e Wagner, interpretadas em conjunto pela banda e a orquestra.

Com certeza uma experiência interessante, ainda mais para os apreciadores dos dois tipos musicais. Mas o que nos prende mais é o segundo disco, no qual a orquestra inclui seus arranjos para (infelizmente apenas) as 9 faixas que o compõem e que são retiradas na sua maioria dos álbuns mais recentes.


Ali, “Blood of Kingu” abre, música essa que mostra uma energia incomum da banda. “Sirius B”, do disco homônimo, continua a dobradinha desse conhecido álbum do grupo.

Um dos maiores destaques e que é uma canção que nessa versão ao vivo não sai da minha cabeça é “Lemuria”, faixa-título do álbum homônimo de 2004. Ficou perfeita.

As demais ganham um brilho especial com a experiente e reconhecida Orquestra de Miskolc que parece estar habituada a tocar com grupos de Metal (também gravaram com Epica).


Esse é o último trabalho do grupo até o momento, que desde 1987 se dedica a experimentar dentro do Metal, indo desde um Death/Doom, passando pelo Gothic e pegando elementos do Heavy mais tradicional, tendo como fundador e líder principal (único remanescente desse período) Christofer Johnsson (guitarra). Aliás, essa formação que se apresentou nesse show já não é mais a mesma desde 2008.


Este disco é um prato cheio aos fãs, mesmo que fosse preferível um duplo apenas com músicas da banda, ainda assim o é legal ouvir a banda em conjunto com a orquestra em dois momentos distintos, numa recíproca homenagem à esses gêneros entendidos por poucos, mas verdadeiramente amado: Metal e Música Clássica.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Therion
Álbum: The Miskolc Experience
Ano: 2009
Tipo: Symphonic Metal/ Gothic Metal
País: Suécia

Formação

Christofer Johnsson (Guitarra, vocais de fundo)
Kristian Niemann ( Guitarra )
Johan Niemann ( Baixo )
Petter Karlsson ( Bateria )
Matts Leven ( Vocal )




Tracklist
CD I

01 - Clavicula Nox
02-Dvorak-Excerpt From Symphony no.9
03-Verdi-Vedi le Fosche Notturne Spotigle From il Trovatore
04-Mozart-Dies Irae From Reqiuem
05-Saint-Saens-Excerpt From Symphony no.3
06-Wagner-Notung Notung Niedliches Schwer From the Ring
07-Wagner-Excerpt From the Overture From Rienzi
08-Wagner-Second Part of Der Tag Ist da From Rienzzi
09-Wagner-First Part of Herbei Herbei From Rienzi

CD II

01-Blood of Kingu
02-Sirius B
03-Lemuria
04-Eternal Return
05-Draconian Trilogy
06-Schwartsalbenheim
07-Via Nocturna
08--The Rise of Sodom and Gomorrah
09-Grand Finale

Oitavo Capítulo de Uma Longa Estória



Salve a Alemanha. Começo o texto com isso pois eis mais uma banda de Power Metal vinda de Hamburgo, o Metalium. A banda não é necessáriamente nova, completando já seus 10 anos desde o primeiro disco. Porém, é tamanha a evolução da banda num gênero do Metal que, convenhamos, peca muitas vezes por falta de originalidade.

Neste oitavo capítulo/álbum, chamado “Grounded: Chapter Eight” (2009), o grupo formado pelo vocalista Henning Basse, os guitarristas Tolo Grimalt e Matthias Lange, além de Lars Ratz no baixo e Michae Ehré na bateria, trazem seu trabalho mais maduro e bem produzido de todos.


Faixas como a de abertura “Heavy Metal” e “Light of Day” são muito forte e intensas, verdadeiras aulas de Power Metal. É interessante como a banda tem buscado qualidade em suas composições, com Henning alcançando tons que lembram grandes nomes da cena, como Andi Deris (atual Helloween) e Ralf Scheepers (ex-Gamma Ray e atual Primal Fear), mesclando agressividade e melodia. Com certeza o melhor trabalho desse vocalista que já ouvi.


A dupla de guitarrista, suportados pela cozinha da banda, também trazem muito feeling ao álbum, abusando de solos e riffs até certo pontos clichês, mas que aos amantes de Power Metal sempre agradam.

Então, aqui vai uma sugestão. Aos fãs, que já conhecem, acredito que irão gostar, aos amantes de Power Metal, uma chance de conhecer a banda em seu auge da forma. Para quem não gosta, fique longe!

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Metalium
Álbum: Grounded: Chapter Eight
Ano: 2009
Tipo: Power Metal
País: Alemanha



Formação

Henning Basse (Vocal)
Tolo Grimalt (Guitarra)
Matthias Lange (Guitarra)
Lars Ratz (Baixo)
Michae Ehré (Bateria)



Tracklist

01 – Heavy Metal
02 – Light of Day
03 – Pay the Fee
04 – Pharaos Slavery
05 – Crossroad Overload
06 – Falling Into Darkness
07 – Alone
08 – Borrowed
09 – Once Loyal
10 - Lonely

sexta-feira, 26 de março de 2010

O Zumbi está de Volta


Há pessoas no cenário do Rock e Metal que, por si só, já chamam atenção, ainda mais quando inovam em sua música, circulando por vários estilos de se fazer música, além de terem projetos pessoais em outras artes fora da música.

Uma das figuras carimbadas é Rob Zombie. O cara e sua primeira banda de renome White Zombie marcaram o Rock e Metal ao mesclarem o som pesado, com efeitos eletrônicos e letras críticas e de “foda-se” que inovaram o mundo mais alternativo.


Porém, descontente com o que estava fazendo no grupo, Rob resolve tentar carreira solo e obteve êxito. Aliás, em termos de sucesso e reconhecimento, estando sozinho sua música configurou em trilhas sonoras de jogos e filmes, desde produções independentes até aquelas vindas de Hollywood.

O músico, desenhista e produtor de cinema lança o segundo volume de seu clássico “Hellbilly Deluxe” (1998): “Hellbilly Deluxe 2 - Noble Jackals, Penny Dreadfuls And The Systematic Dehumanization Of Cool” (2010). Extravagância é o sobrenome desse cara e quem conhece seu trabalho, tanto na música quanto no cinema, sabe do que estou falando.


O disco em questão traz 11 faixas puro Rob Zombie, algumas maiss pesadas, outras menos, mas todas com a características de ser algo beirando o caos. O disco começa com “Jesus Frankenstein”, com uma atmosfera mais obscura, que mescla inclusive passagens acústicas.

Destaques também para “Werewolf, Baby”, com aquela coisa toda parecida saída de um filme Trash e com um riff de guitarra pra lá de texano, dá até para imaginar a banda tocando em um saloon. Muito engraçado. Agrada também “Sick Bubble-Gum”, “Burn”(single do álbum) e “Death and Destiny Inside the Dream Factory”.


Rob Zombie está de volta. Não que ele tenha parado com seu Metal Industrial, mas com certeza sua pausa para se dedicar mais exclusivamente às produções na sétima arte acabou fazendo com que este disco tenha saído apenas 4 anos depois de seu último material inédito, “Educated Horses” (2006).

Este “Hellbilly...” pode não ser tão marcante e intenso quanto o primeiro volume de 1998, mas com certeza ainda traz muito daquele cara e banda que gravaram um dos discos mais malucos do Metal. Vale a pena conferir.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Rob Zombie
Álbum: Hellbilly Deluxe 2 - Noble Jackals, Penny Dreadfuls And The Systematic Dehumanization Of Cool
Ano: 2010
Tipo: Alternative Metal
País: EUA



Formação

Rob Zombie (Vocal)
John 5 (Guitarra)
Piggy D. (Baixo)
Tommy Clufetos (Bateria)



Tracklist

01 - Jesus Frankenstein
02 - Sick Bubble-Gum
03 - What?
04 - Mars Needs Women
05 - Werewolf, Baby
06 - Virgin Witch
07 - Death and Destiny Inside the Dream Factory
08 - Burn
09 - Cease to Exist
10 - Werewolf Women of the SS
11 - The Man Who Laughs

Death Metal Magistral



Quem acompanha regularmente o Road to Metal sabe que este que vos escreve não entende muito de Metal extremos, como Death e Black Metal. Porém, é mister que uma banda como Immolation tenha um espaço neste blog, afinal, tamanha a majestade desse grupo em fazer um som brutal/violento.

O grupo que surgiu nos Estados Unidos, já é uma das grandes referências do estilo, ao lado de mestres como Cannibal Corpse e Deicide. Neste ano de 2010, lançam o álbum “Majesty and Decay”, mais um grande petardo no estilo.

Uma das características do álbum é a perfeita produção, o peso constante e, pasmem, uma música diferente da outra, embora seguindo uma linha mesma de Death Metal, a saber, bateria ultra-rápida, vocal gutural seguido de guitarras rápidas e com riffs pesado, mesclados à solos não mais lentos, e um baixo que só faz seguir o restante do grupo.

Aém disso, são 12 faixas, o que é incomum em álbuns do estilo, marcado por poucas e rápidas faixas. Aqui, as faixas rápidas permanecem, mas também há algumas co mais de 5 minutos, que demonstram a habilidade do grupo em fazer um Death Metal conciso.

Após a intro, temos uma paulada na orelha com “The Purge”, que mostra que a banda é a mesma, mas com um significante crescimento nas composições. Também é de arrebentar tudo a faixa título (curta só os solos de Robert Vigna e Bill Taylor), assim como “The Rapture of Ghosts” e “Divine Code”.

Poucas bandas atualmente conseguem fazer um álbum de Death Metal não parecer uma mera cópia de um trabalho anterior ou até mesmo de outra banda, e entre essas esta a Immolation, num disco recomendado a todos que apreciam um Death Metal bem arranjado e, o principal, pesado do inicio ao fim.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Immolation
Álbum: Majesty and Decay
Ano: 2010
Tipo: Death Metal
País: EUA


Formação

Ross Dolan (Vocal e Baixo)
Robert Vigna (Guitarra)
Bill Taylor (Guitarra)
Steve Shalaty Bateria)



Tracklist

01 – Intro
02 – The Purge
03 – A Token of Malice
04 – Majesty and Decay
05 – Divine Code
06 – In Human Form
07 – A Glorious Epoch
08 – Interlude
09 – A Thunderous Consequence
10 – The Rapture of Ghosts
11 – Power and Shame
12 – The Comfort of Cowards

segunda-feira, 22 de março de 2010

Resenha de Show: Metallica (abertura Hibria) em Porto Alegre 28/01/2010


Quantos esperavam ansiosos por esse dia. Nada mais nada menos que Metallica faria seu primeiro show no Brasil da Death Magnetic Tour, e ele aconteceria em Porto Alegre para a alegria dos fãs gaúchos que raramente são contemplados com grandes concertos por aqui.

Dos boatos até a confirmação foram dias de muita expectativa, desde o show em si, a organização da Opinião Produtora, muito criticada por não conseguir organizar muito bem grandes shows.

E o medo de falhas na organização logo se confirmou quando tiveram de trocar o local do show, que seria no estádio do Zequinha, para o “aterro” parque Condor faltando poucos dias para o show.

Muitas filas se formaram aos arredores do Parque dias antes do show, a expectativa era enorme, estava pra se confirmar o maior show já realizado em Porto Alegre.
A entrada no parque seria duas fases, às 14 horas para dentro do parque, e as 17 para os setores.

Começa a chover em POA, não muita chuva, mas já foi o bastante para formar um grande lamaçal no parque.

A primeira entrada foi tranquila, abaixo de garoa, mas tudo bem.
Agora todos esperariam mais de 3 horas para adentrar no local do show.

O que não ocorreu no tempo previsto, deixando o público agitado, provocando até um descontrole, grades derrubadas e correria, o que realmente fez que os seguranças começassem a se mexer para as pessoas entrarem no parque, evitando algo pior, um ponto a menos para a organização, como já esperávamos.

O público ainda entrava no local do show quando a banda gaúcha de Hibria sumiu ao palco para abrir o show, tocaram músicas dos seus dois álbuns , em especial (The Skull Collectors), foram ótimos 45 minutos mostrando todo o potencial dessa banda, que já começa a se firmar no cenário heavy metal mundial.

Iuri o vocalista do Hibria ainda diz ao final do show que aquele tinha sido o maior show deles.

A banda se despede do público deixando uma boa impressão, apesar da qualidade do som não estar muito bom.

Metallica estava marcado para subir ao palco as 21:30, mas atrasou apenas 15 minutos, nada que irritasse, só deixou os fãs ainda mais maravilhados quando depois da intro “Ecstasy Of Gold”, surge ao palco METALLICA, que já emenda três grandes clássicos: Creeping Death, For Whom The Bells Tolls e Ride The Lightning, deixando todos alucinados, parecíamos ter voltando no tempo.

Depois dessa eles tocam “The Memory Remains”, antes disso James o vocalista do Metallica comete uma gafe ao dizer que é a primeira vez que tocam em Porto Alegre, depois nada menos que “ Fade To Black” acompanhada em coro pelo público.

Agora seria o momento Death Magnetic, eles tocam That Was Just Your Life, The End of The Line e o single The Day That Never Comes, que foi bem recebida pelo público, claro que com menos vibração que os clássicos.

Logo apés eles tocam “Sad But True” perfeitamente executada, e após Cyanide, que ficou muito boa ao vivo.

Após essa o palco fica escuro, começam “tiros” fogos, e ai estava a muito esperada “One” e logo após o grande clássico “Master of Puppets”, um momento muito aguardado por todos os quase 30 mil que ali estavam.

Seguida de “Battery” que deixa todos loucos ali, a seguir Kirk Hammet toca um belo solo, a luz da lua ao fundo, imagem histórica que emocionou a todos, e anuncia “Nothing Else Matters”. E sem descanço tocam “Enter Sandman” encerrando o set do show.

Mas não era o fim, apesar de Lars brincar com o público diznedo que não iriam mais tocar, e já podiam ir embora, o Metallica retornou ao palco com “Die, Die my Darling”, cover dos Misfits, e emendou Phantom Lord, e James mais uma vez fala que é aprimeira vez deles em Porto Alegre, sendo corrigido por KIrk que mostra dois dedos da mão.

Para encerrar o show tinha que ser ela, clássico absoluto e que não pode faltar em nenhum show que se preze do Metallica, ai esta “Seek and Destroy” com todos cantando juntos.

Ao final a banda permanece no palco, atirando palhetas e baquetas ao público, e aproveitando o aniversário daquele que foi apresentado por James como “the Metallica’s president”, a banda e a equipe atiraram tortas e cantam parabéns com o público, que também canta um trecho do “parabéns ” gaudério para ele.

Diferente de Hibria, o som do show do Metallica estava perfeito, independente do barro e desorganização, valeu à pena estar no parque Condor, neste dia, Metallica mostra que “não tá morto quem peleia” e faz um belo show aos seus fieis fãs.

Texto: MATEUS FIUZA

Fotos: do Site POA Show e www.hibria.com
Set List Metallica:

Creeping Death
For Whom The Bells Tolls
Ride The Lightning
The Memory Remains
Fade to Black
That Was Just Your Life
The End of The Line
The Day That Never Comes
Sad But True
Cyanide
One
Master Of Puppets
Battery
Nothing Else Matters
Enter Sandman
BIS
Die, Die My Darling (Misfits cover)
Phantom Lord
Seek and Destroy

Quinto Álbum de Uma Mesma Fórmula



Dream Evil com certeza não é a banda que inova de álbum à álbum, assim como tantas outras, como Hammerfall e Blind Guardian, porém, os caras conseguiram encontrar uma sonoridade que logo na primeira escuta é fácil identificar.

O quinto álbum chamado “In The Night” (2010) não é diferente e, embora traga um vocal mais “agressivo” de Niklas Isfeldt, as 14 faixas são de um Power Metal/Heavy Metal de peso e velocidade, sem grandes variações de uma faixa para outra.

Destaques para “Immortal”, que inicia o CD, seguida por “Eletric”, “Bang Your Head” (um hino aos Headbangers) e “On The Wind".

A banda sueca é nova, tendo surgido em meados de 1999, e de lá para cá tem se destacado no cenário Metal mundial, embora ainda sem poder ser comparada com as grandes do gênero. Falando nelas, o Dream Evil sai em turnê européia ao lado do já citado grupo Hammerfall.

Para quem conhece, pode ouvir sem medo pois a fórmula é a mesma. Quem espera mudanças, pode se decepcionar e para aqueles que ainda não conhecem, talvez seja mais indicado escolher outro lançamento mais clássico do grupo, como “The Book of Heavy Metal” (2004), melhor álbum da banda.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Dream evil
Álbum: In The Night
Ano: 2010
Tipo: Power Metal
País: Suécia

Formação

Niklas Isfeldt (Vocais)
Mark Black (Guitarra)
Frederick Nordström (Guitarra)
Peter Stalfors (Baixo)
Pat Power (Bateria)



Tracklist

1. Immortal
2. In The Night
3. Bang Your Head
4. See The Light
5. Electric
6. Frostbite
7. On The Wind
8. The Ballad
9. In The Fires Of The Sun
10. Mean Machine
11. Kill, Burn, Be Evil
12. The Unchosen One
13. Good Nightmare
14. The Return

sábado, 20 de março de 2010

Blaze Bayley: Sinônimo de Heavy Metal



Que me perdoem aqueles desentendidos de Heavy Metal que descem a lenha no Blaze Bayley, esse vocalista que desde o inicio dos anos 90, quando cantava na banda de Hard Rock Wolfsbane, com sua passagem amada por poucos e odiadas por muitos como frontman do Iron Maiden, esta cada vez mais engrenando na sua carreira solo, em álbuns que são uma verdadeira aula de Heavy Metal, coisa que poucas bandas conseguem fazer com tamanho “punch” como esse cara e a galera que toca com ele.

Para este ano de 2010 ele nos presenteia com “Promise and Terror”, quinto disco de estúdio e completando a priemira década de uma carreira solo que tem levado muitos críticos e fãs a admirarem ainda mais esse vocal único.

O grupo prepara mais uma turnê brasileira, num total de incríveis 13 shows, mas que, infelizmente, não abarca a região sul do país, deixando, por exemplo, Porto Alegre de fora mais uma vez.

Vale ressaltar que Blaze finalmente encontrou o seu “dream team” em Nico e David Bermudez, guitarrista e baixista respectivamente, Jay Walsh na outra guitarra e na bateria Lawrence Paterson. A banda que estava acostumada à constantes mudanças de formação, se estabiliza com o segundo disco consecutivo com os mesmos integrantes.

“Promise and terror” (2010) mostra uma banda aidna mais técnica, mas com uma pegada forte no peso e com riffs de guitarra de tirar o fôlego. Falando nisso, Blaze esta cantando muito bem e assim esperamos que continue ao vivo. Inevitável o crescimento do seu alcance vocal na carreira solo.

O disco conta com 11 faixas, na sua maioria rápidas e que te fazem bater cabeça sem nem perceber. Vai ser difícil destacar alguma em especial, mas “Wacthing the Night Sky” (primeira música a ser divulgada) é perfeita e uma das melhores aberturas de álbuns do cara. Também achei esplêndida “City of Bones”, com uma “parada” para Blaze cantarolar.

“Faceless” detona, assim como “1633”. Muito legal “Surrounded By Sadness”, a balada do disco que “explode” no final. Ótima interpretação emocionante de Blaze.

Esse disco com certeza irá colocar nos fãs de Blaze um sorriso de orelha à orelha, pois prova novamente que esse cara e seu time sabe fazer Heavy Metal de verdade e sem soar repetitivo.

Stay on the Road

Texto: EddieHead


Ficha Técnica

Banda: Blaze Bayley
Álbum: Promise and Terror
Ano: 2010
Tipo: Heavy Metal
País: Inglaterra

Formação

Blaze Bayley (Vocal)
David Bermudez (Baixo)
Nico Bermudez (Guitarra)
Jay walsh (Guitarra)
Lawrence Paterson (Bateria)



Tracklist

1. Watching the Night Sky
2. Madness and Sorrow
3. 1633
4. God of Speed
5. City of Bones
6. Faceless
7. Time to Dare
8. Surrounded by Sadness
9. The Trace of Things That Have No Words
10. Letting Go of the World
11. Comfortable in Darkness

Epica no Brasil em Abril


Não é notícia nova, mas não podíamos deixar sem uma nota no blog sobre a terceira vinda dessa banda que, apesar de recente, é a melhor (para muitos) do Metal sinfônico e quando o assunto é vocal feminino lírico, também possui a vocalista Simone Simmons, ícone no mundo metálico, especialmente após a “queda” do Nightwish e a carreira solo da musa Tarja Turinen.

O grupo se apresenta em abril nas capitais Porto Alegre (07/04), no Bar Opinião, em Curitiba (09/04) no Master Hall, São Paulo (10/04) no Via Funchal e, por fim, no Rio de Janeiro (11/04) na Fundição Progresso. Os cariocas ganharam uma data já que Belo Horizonte cancelou a apresentação.

Como banda de abertura, foi escolhida Tierramystica, grupo gaúcho que mescla Power Metal com instrumentos andinos e está com seu primeiro álbum para ser lançado. Será uma grande oportunidade para esses músicos que já possuem experiências em outros grupos mostrarem o que a banda é capaz, já que s e trata de um som inovador.

Para os fãs de Porto Alegre e Curitiba (e seus arredores), há uma promoção que estará sorteando um par de ingressos para cada apresentação. Confira mais informações no link a seguir: http://anewagedawns.com.br/tour/.

Para maiores informações sobre a banda e tudo o mais, o site do fã clube brasileiro é esse http://anewagedawns.com.br/site/.

Texto: EddieHead

Mais Uma Pedrada Thrash Metal do Overkill



Este fim de década trouxe várias ótimas notícias para os fãs de Thrash Metal, afinal, só para citar três exemplos, o Slayer e Megadeth lançaram dois dos melhores álbuns do ano passado e o Metallica voltou ao topo depois de muitos anos.
2010 é a vez da landa Overkill com um disco que nos remete ao verdadeiro Thrash oitentista, como ela e outras bandas costumavam fazer.

O novo álbum que saiu no inicio deste ano leva o nome de “Ironbound” (2010). Os norte-americanos não estavam completamente desaparecidos, mas ainda não estavam no mesmo nível de reconhecimento das já citadas grandes bandas do Thrash. Mas com esse disco a banda está quebrando tudo, como sempre fizera, mas com um toque especial.

O álbum apresenta 10 faixas de puro Thrash Metal, inclusive os riffs de guitarra de Davi Lisnk serem os mesmo de mais de duas décadas atrás (para os saudosos daquela época um prato cheio), mesmo estando na banda desde 1999, assim como a guitarra de Derek Tailer, o vocal esganiçado de Bobby Ellsworth (na banda desde seu inicio) e a cozinha da banda com Ron Lipnicki na batera e o outro membro fundador Carlos Verni no baixo.

“The Green and Black” abre o álbum. Faixa de mais de oito minutos que traz desde a rapidez característica do estilo, mais momentos mais lentos, sem abandonar o peso. Aqui já temos os solos de guitarra que só os grandes do Thrash Metal sabem fazer.

Além dessa, outras pedradas na orelha são a faixa-título (escute só o peso do baixo!), “The Goal is Your Soul” (iniciando com dedilhados “dark” e caindo na podreira). Também te faz ficar e pescoço dolorido “Endless War”, “In Vain” e “The SRC”.

Mesmo o grupo não tendo todo o reconhecimento e grandeza dos 4 Grandes do Thrash Metal (os citados mais Anthrax), é inegável perante a história a mega contribuição do Overkill para o Metal e eles provam nesse último trabalho que eles ainda não desistiram de espalhar peso e criticas a sociedade.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Overkill
Álbum: Ironbound
Ano: 2010
Tipo: Thrash Metal
País: EUA

Formação

Bobby Ellsworth (Vocal)
Carlos Verni (Baixo)
Davi Lisnk (Guitarra)
Derek Tailer (Guitarra)
Ron Lipnicki (Bateria)



Tracklist

01 – The Green and Black
02 – Ironbound
03 – Bring Me the Night
04 – The Goal is Your Soul
05 – Give a Little
06 – Endless War
07 – The Head and Heart
08 – In Vain
09 – Killing Foa a Living
10 – The SRC

Folk Metal de Qualidade e Original



Nunca fui um apreciador do Folk Metal, tipo de Metal bastante recente que surge na Europa, resgatando a cultura Folk, os mitos e a sonoridade de um tempo antigo em que os homens vivam sobre a égide da natureza e da bravura.

Para mim, as bandas não trazem grandes novidades e contribuições, e costumava generalizar o estilo. Porém, ao conhecer a banda sueca Eluveitie, tive que rever meus conceitos sobre esse tipo de Metal que tem ganhado bastantes adeptos e espaço no mundo todo, inclusive o Brasil tendo como maior representante a Tuatha de Danan.

Voltando à essa nova banda (surgida em 2002), eles lançam no inicio deste ano seu álbum “Everything Remains As It Never Was” (2010), que é uma verdadeira obra-prima. Na verdade, a banda inova bastante ao utilizar instrumentos celtas em sua música, mesclando peso na medida exata com bastante melodia, ajudada muito pela voz gutural de Chrigel Glanzmann.

Como muitas bandas dentro do Folk Metal, o peso é uma das características, principalmente com os vocais guturais, ora também mais limpos, aqui tendo dois vocalistas principais. O resto da sonoridade da banda, com passagens acústicas, ritmos cadenciados e refrões perfeitos de se guardar na mente, a banda traz 16 faixas nesse seu novo trabalho.

Músicas como a faixa-título, conseguem te pegar já na primeira audição e você fica com vontade de ouvi-la novamente antes de seguir com o disco. Também causa uma ótima impressão “Thousandfold” (confira o videoclip neste link http://www.youtube.com/watch?v=kb8WGig0MLU&NR=1) , o vocal lembrando Lordi, “The Essence os Ashes” (principalmente o vocal me fez lembrar o In Flames). Também me agradou bastante “Isara” (instrumental acústica), “(Do)Minion” (ótimo refrão). “Setlon”(outra instrumental) abusa (e bem) dos instrumentos que a banda utiliza para além do habitual. Por fim, destaque também para “Lugd’non”.

Pouco tenho a acrescentar sobre a banda, também estou conhecendo-a agora. Vou procurar seus trabalhos anteriores, e àqueels que acham que Folk Metal é tudo igual (com eu pensava antes), confira este grupo.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Eluveitie
Álbum: Everything Remains As It Never Was
Ano: 2010
Tipo: Folk Metal
País: Suécia

Formação

Päde Kistler (Gaita de fole)
Merlin Sutter (Bateria)
Siméon Koch (Guitarra e Vocal)
Chrigel Glanzmann (Vocal principal, Bandola (bandolin), Flautas, Gaita, Violão Acústico e Bodhrán (espécie de tambor tribal)
Meri Tadic (Violino e Vocal)
Kay Brem (Baixo)
Ivo Henzi (Guitarra)
Anna Murphy (Hurdy Gurdy (Viola de Roda) e Vocal)



Tracklist

01 – Otherworld
02 - Everything Remains As It Never Was
03 – Thousandfold
04 – Nil
05 – The Essence os Ashes
06 – Isara
07 – Kingdom Come Undone
08 – Quoth The Raven
09 – (Do)Minion
10 – Setlon
11 – Sempiternal Embers
12 - Lugd’non
13 – The Liminal Passage

quarta-feira, 10 de março de 2010

Entrevista: A Sorrowful Dream e Uma Caminhada Pelo Gothic/Doom Metal



O Road to Metal tem o prazer de neste mês trazer uma entrevista exclusiva com uma das expoentes do Gothic/Doom Metal nacional: A Sorrowful Dream.

A banda, que surge em 1997 no interior do Rio Grande do Sul, construiu sua trajetória na capital gaúcha, alçando vôos com shows em várias cidades de vários estados do Brasil.

Ano passado a banda lançou seu primeiro álbum de estúdio, “Toward Nothingness” (2009). Este é o sexto trabalho da banda entre singles, Eps, e álbuns completos.

O grupo é formado por seis membros, mais o baterista convidado Mano. Fazem parte desse time Éder (vocal), Josie (vocal), Jô (guitarra), Lucas (guitarra/violino), Mari (teclados), Tuko (baixo).

Aqui você acompanha a banda falando de sua carreira, o novo lançamento, a cena do estilo no país, além dos planos futuros. Aproveitem! Stay on the Road

Road to Metal: Agradecemos à banda pela disponibilidade em conceder esta entrevista. Queremos apontar que o nosso pequeno trabalho é de buscar formas de fazer crescer o reconhecimento do cenário Metal underground brasileiro, principalmente.
Primeiramente, como e quando a banda surgiu. Qual o significado do nome da banda (quem sugeriu, o que lhes representa)?

A Sorrowful Dream: O nome foi inspirado pelo álbum “Into the depths of sorrow”, da banda Americana Solitude Aeturnus. O Éder, nosso atual vocalista, que também participou do início da banda, gostou do nome e da sonoridade da palavra “sorrow”. Então surgiu a idéia do ‘triste sonho’ traduzido na forma de A Sorrowful Dream que soou legal e todos gostaram. Além disso, há uma certa “moral” escondida por trás do nome, pois não se trata de um pesadelo...quando temos um sonho triste, acordamos com uma sensação muito peculiar, como a de que algo em nós foi descoberto, como se descobríssemos algo escondido, demônios adormecidos. No CD, a música “A Sorrowful Dream” se refere exatamente aos “segredos” contidos em nossa alma: as amarguras que não desaparecem, mas se escondem nos recônditos de nossa mente.

RtM: A banda tem um trajetória bastante significativa, sendo reconhecida entre os apreciadores de Gothic/Doom Metal. Como vocês caracterizam a banda desde seu primeiro lançamento, a demo de 1998 "The Echo of your Cry" até o recente álbum "Toward Nothingness" (2009)?

ASD: O que se pode dizer da banda em termos musicais é exatamente a conservação dessa vertente Gothic/Doom, sempre presente em nosso som desde sua criação até os dias de hoje. Mas a A Sorrowful Dream desde sempre também incorporou outros estilos e outras referências muito além, até mesmo, do próprio Metal. Por ser uma banda de muitos integrantes, cada qual com seus estilos e influências próprios, e por tantos músicos terem passado pela banda e inserido sua marca pessoal no seu devido tempo, a ASD apresenta uma diversidade dentro do próprio estilo ao qual ela nunca deixou de pertencer sem se prender aos estigmas que essas ramificações muitas vezes carregam.

RtM: Constantes foram as mudanças na formação da banda, sem esta, entretanto, abandonar a cena, tocando em outros estados brasileiros, inclusive. A que vocês devem isso?

ASD: Talvez por dois fatores importantes: o primeiro é o Lucas, nosso guitarrista e co-fundador da banda. É o nosso verdadeiro “guerreiro”, que sempre acompanhou a banda desde o início, nos tempos bons e nos tempos ruins. Se a A Sorrowful Dream está aí até hoje, é, sem dúvidas, porque ele sempre acreditou na banda e continuou com o sonho mesmo quando tínhamos todos os motivos para desacreditar. O segundo fator é nosso público, sempre fiel e apoiador. Somos imensamente gratos pelas pessoas que nos acompanham desde o início, nos apóiam, se interessam pelo nosso material e freqüentam nossos shows. Se não tivéssemos uma resposta assim tão grande, talvez não encontrássemos motivação para seguir em frente em alguns momentos.





RtM:
Atualmente o line-up da banda conta com seis integrantes. Como é para os músicos da banda terem que dividir o espaço na banda entre os músicos, quando as demais bandas geralmente não passam de cinco integrantes?

ASD: Na verdade, ao todo somos sete, se contarmos com o baterista que já há algum tempo não é fixo na banda. Não encontramos qualquer problema em dividir o espaço, pois cada um tem uma função bem específica dentro da banda. Se temos sete músicos – e oito instrumentos, contando o violino – é porque nossa música abre espaço para todos os oito. E tudo flui da melhor maneira possível.

RtM: Entre as demo já lançadas ("The Echo of your Cry"; "Promo 2000" (2002); "A Garden of Stones" (2003); "In Your Dry Lips" (2004), qual vocês escolheriam como a que melhor representa o “espírito” do grupo?

ASD: Cada trabalho demo melhor representa o “espírito” da banda exatamente como ela era na época do lançamento de cada um desses materiais. Dizer que algum deles melhor representa ou se aproxima do que a banda é hoje é impossível, dadas as transformações que o grupo sofreu até chegar aqui. A atual formação só pode ser bem representada pelo que ela produziu em conjunto, e o ápice disso é o último lançamento da banda, o Toward Nothingness. Esse é o trabalho que resume nossos esforços e idéias, é ali que a banda, como ela é hoje, está representada.

RtM: Em relação às apresentações ao vivo, vocês seguem a linha desse estilo de Metal. Como vocês veem a reação do público em seus shows?

ASD: A reação do público sempre varia de show pra show, de local pra local. Se tocamos em um festival mais voltado pro doom, a reação tende a ser uma; se o festival é de um estilo mais extremo, a reação tende a ser outra. O importante é que aprendemos a lidar com reações diferentes e a deixar o show a fluir a partir disso, pois a relação banda-público é inerente ao ato de se tocar ao vivo, seja uma relação de respostas boas ou de respostas não tão boas assim. No fim das contas é o público quem dita nosso ritmo de show e nossa performance em palco; a gente também reage ao ânimo deles, num eterno esforço de fazer o melhor show possível.

RtM: Como é a agenda da banda em termos de shows? Quais as principais cidades em que a banda já se apresentou e qual cidade e/ou evento a banda deseja um dia tocar?

ASD: Nossa agenda é muito aquém do que a gente poderia desejar. Não é fácil encontrar organizadores dispostos a nos levar para muito longe, pois somos muitos e estamos bem no sul do país, o que gera custos altos. Além disso, a cena do Metal não é a mais privilegiada em estrutura e incentivos, principalmente financeiros, como no caso de patrocínios para shows e eventos. Ainda assim é possível listar shows muito marcantes que já fizemos país a fora em locais que, com certeza, gostaríamos de voltar a tocar, como Curitiba, Joinville, Campinas, Indaial, também já tocamos em Montevideo (Uruguai), e vários bons festivais pelo interior do RS, como em Taquara, Caxias do Sul, e até mesmo em Porto Alegre. Se dependesse de nós, tocaríamos em todo e qualquer lugar possível, dentro e fora do país. Por enquanto, estamos apenas correndo atrás de organizadores da região e de estados mais próximos para fecharmos algumas datas para o ano de 2010.

RtM: Vamos ao último trabalho do grupo. "Toward Nothingness" (2009) teve seu lançamento oficial dia 06/11/09 em Porto Alegre/RS. Como foi a festa, o show e a recepção das novas músicas?

ASD: As músicas não eram exatamente o que a gente poderia chamar de inéditas, sendo que algumas delas já vínhamos tocando com freqüência em alguns shows anteriores. As demais músicas o público também pôde ter conhecimento com a venda antecipada dos CDs, que já aconteciam cerca de duas semanas antes do show de lançamento. Então o show não surpreendeu de todo os espectadores que já sabiam mais ou menos o que ouviriam em palco. Acho que o ponto mais marcante para quem estava presente aquela noite foi que, além de prestigiar o show da banda ao vivo, nós nos dedicamos a fazer uma apresentação muito mais extensa do que é normal fazermos, resgatando músicas antigas da banda e até mesmo executando covers que o pessoal sempre pede ou que já tínhamos feito em outras ocasiões. Além de apresentar o material que gravamos recentemente, então, o pessoal pôde realmente matar a saudade dos velhos tempos ou, no caso de alguns, conhecer um pouco do que era feito nos primórdios da banda. Foi cansativo, mas muito gratificante ver a resposta do público até o final do show, que durou cerca de duas horas. Era algo que a gente devia ao nosso público pela paciência e apoio que sempre nos foi dispensado.

RtM: Vocês já possuem certa experiência em estúdio. Os fãs podem já ir pensando em algum trabalho ao vivo?

ASD: Não existe nada concreto, fora o nosso constante e real desejo de apresentar nossos trabalhos em perspectivas diferentes. Mesmo no show de lançamento de Toward Nothingness cogitamos fazer uma filmagem oficial e até mesmo capturar o áudio em canais separados, como uma experiência própria, mas também para analisar se seria possível lançar esse material assim. O problema é que a cena atual e a estrutura que a gente encontra pra tocar hoje, ainda mais como banda independente, impossibilita levarmos essas ideias a cabo da maneira mais satisfatória tanto pra nós como para o público. Mas sempre estudamos possibilidades de tornar isso tudo realidade. Pode ser que, em breve, alguma boa notícia nesse sentido surja.

RtM: Entre as 9 faixas que compõem o álbum, quais vocês podem assinalar como destaques do álbum?

ASD: Essa é uma pergunta cruel! Na realidade, para a banda, não existe uma ou duas músicas que se destaquem. Cada uma está no álbum da forma como a gente queria, porque a gente queria e no lugar que a gente queria, ou melhor, se as gravamos e optamos por colocá-las nesse álbum, é porque elas fazem sentido ali. É um trabalho que mostra exatamente o que somos e o que fomos até agora, ela resume o que as formações anteriores vinham sendo ao mesmo tempo que apresenta exatamente o que nós somos agora. Dizer que uma ou outra faixa tem mais destaque é ignorar todo o contexto que envolve a obra toda. Cada uma das faixas tem sua importância específica para nós, por todo o processo que envolve a composição e a gravação de cada uma delas.

RtM: Em relação às composições das músicas e letras, em geral, quem se envolve no processo diretamente? Quais as temáticas que circulam as letras da banda?

ASD: Todos se envolvem no processo de composição das músicas, que ocorre em estúdio ou em reuniões “extraordinárias”. Geralmente é o Lucas quem traz as ideias e linhas de instrumentos iniciais, e todos complementam com seus respectivos instrumentos e opinam até chegarmos num consenso de que a música agrada a todos. As letras sempre ficam a cargo de ambos os vocais. O curioso em Toward Nothingness é que ele trouxe músicas que já vinham de outras formações da banda, então nem só o Éder e a Josie compuseram suas partes nas músicas, mas também existe material da Vari e do Clark ali, por exemplo. No geral abordamos temas humanistas e existencialistas, mas não nos prendemos a temas específicos. Por força daquilo que sentimos que a música pode dizer e transmitir é que compomos nossas letras. Tratamos de crenças, medos, dúvidas e angústias próprios da condição humana, e também abordamos forças da natureza, simbologias e mitologia. Tudo o que nos parecer propício retratar em nossas músicas.

RtM: Para quem quiser adquirir o novo álbum e não mora na capital gaúcha, qual o procedimento?

ASD: Por enquanto é só mandar um email para o endereço que disponibilizamos no site e fazer a encomenda. O valor fica o mesmo, acrescido de custos postais.

RtM: Por falar em interior do estado, a banda tem se apresentado fora da grande Porto Alegre? Qual a previsão de shows de divulgação do novo álbum para o noroeste e norte do estado do Rio Grande do Sul?

ASD: Ainda não temos datas acertadas, mas pretendemos fechar alguns shows para divulgação do CD por todo o estado, o quanto for possível. Infelizmente já faz um bom tempo que não saímos da região metropolitana – o último show no interior do estado foi em Dezembro de 2008, em Santa Maria.

RtM: Desejamos sucesso à banda com esse novo trabalho sensacional. Gostariam de deixar alguma mensagem àqueles que acompanham o blog Road to Metal?

ASD: Gostaríamos de agradecer pelo espaço e pelo interesse. Além disso, queremos deixar o recado de que o sonho jamais acabará. Apesar do tortuoso caminho, temos a certeza de que continuaremos nessa luta, pois muito além de acreditarmos em nosso trabalho, percebemos que há um público que também acredita, e isso nos fortalece e nos faz crer ainda mais no que fazemos. Muito obrigado!