sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
O Clássico "Natalino" dos Garotos Podres
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Carcass: 8 Anos Depois, Mais um Álbum de Refinado Metal Extremo
8 anos de passaram depois do álbum que marcou o retorno do Carcass, com "Surgical Steel" (2013), e ao contrário de algumas bandas que ficam anos sem lançar algo, e não aproveitam praticamente em nada o tempo para criar algo relevante, Billy Steer e Jeff Walker apresentaram um álbum de excelente qualidade musical, "Torn Arteries"
Além da refinada técnica, qualidade nas composições e excelente produção, o disco traz uma apresentação gráfica curiosa e criativa, com a arte de capa e encartes trazendo um coração formado por vegetais em um fundo branco.
Em cada folha do encarte, podemos acompanhar o coração se deteriorando. Esse tipo de arte é inspirada na técnica japonesa chamada kusôzu. Outra curiosidade é o título do álbum, que é alusão a uma antiga demo da banda nos anos 80.
Musicalmente, "Torn Arteries" traz elementos que remetem a toda a discografia da banda, e mesmo que o refino técnico e melódico seja mais evidente, a brutalidade e agressividade também dão as caras.
Na faixa título e de abertura, por exemplo, "Torn Arteries", temos uma enxurrada de brutalidade e velocidade, entrecortada por passagens com melodia, fazendo a ligação do Carcass mais extremo com o mais técnico.
Aqueles toques de senso de humor também estão aí, como nas nomenclaturas longas de algumas músicas, e na brincadeira com o título de "Eleanor Rigor Mortis", que na parte sonora traz peso descomunal e andamento cadenciado, riff graves e solos de técnica e melodia.
É bom já destacar o trabalho primoroso da gravação, onde podemos ouvir com clareza todos os instrumentos, de modo que é possível perceber minuciosamente os riffs, solos e arranjos, e claro, o trabalho impressionante da bateria de Daniel Wilding.
Difícil ir apontando destaques, mas elegi três favoritas, que creio que expressam bem a capacidade musical e técnica da banda, e "The Devil Rides Out" é, sendo clichê, uma aula de Death Metal Melódico, com variações, seus riffs galopantes, trabalho primoroso nas melodias e solos das guitarras, baixo trovejante e bateria absurdamente técnica, porém veloz e brutal quando necessário.
"Flesh Ripping Sonic Torment Limited", com seus mais de 9 minutos, seria uma peça de "Progressive Death Metal"? Cheia de variações, a faixa transita por momentos de puro peso e brutalidade, contrastando com trechos límpidos e melodiosos, e claro, uma avalanche de riffs.
"Dance of Ixtab (Psychopomp and Circumstance March Number 1)", que foi um dos singles de apresentação, tem peso e "groove", e o trabalho percussivo com trechos que se assemelham a uma marcha marcial.
"Torn Arteries" fica um pouco atrás de seu antecessor, mas não é nenhum demérito, pois a qualidade aqui é muito alta, e o trio, que tem ainda o membro honorário Tom Draper nas guitarras, concebeu mais uma peça de Metal Extremo de refino técnico, com melodia e brutalidade bem dosadas.
Texto: Carlos Garcia
Álbum: "Torn Arteries" 2021
País: Inglaterra
Estilo: Death Metal, Melodic Death Metal
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records
Confira o Álbum no site do selo
Tracklist
2. Dance of Ixtab (Psychopomp & Circumstance March No. 1 in B)
3. Eleanor Rigor Mortis
4. Under the Scalpel Blade
5. The Devil Rides Out
6. Flesh Ripping Sonic Torment Limited
7. Kelly’s Meat Emporium
8. In God We Trust
9. Wake up and Smell the Carcass / Caveat Emptor
10. The Scythe’s Remorseless Swing
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
Seven Spires: Aprimoramento e Surpresas no Metal Sinfônico
Tracklist:
2. Gods Of Debauchery
3. The Cursed Muse
4. Ghost Of Yesterday
5. Lightbringer
6. Echoes Of Eternity
7. Shadow On An Endless Sea
8. Dare To Live
9. In Sickness, In Health
10. This God Is Dead
11. Oceans Of Time
12. The Unforgotten Name
13. Gods Amongst Men
14. Dreamchaser
15. Through Lifetimes
16. Fall With Me
sábado, 6 de novembro de 2021
Paradise Lost: "At the Mill", um " Ao Vivo" Marcante na Era Pandemica
Durante o período da pandemia e impossibilitadas de fazer turnês, as bandas tiveram que se adaptar, e uma das alternativas foram as lives e shows em streaming, com alguns criando eventos com vários atrativos à plateia que acompanharia a distância.
O Paradise Lost foi uma dessas bandas que experimentou a experiência de levar um show seu, com todos os preparativos de um concerto convencional. O grupo inglês montou o seu palco na boate The Mill, nas proximidades de sua terra natal, Yorkshire, e no dia 5 de novembro do ano passado transmitiu ao vivo a apresentação, que culminou neste álbum e DVD, "At the Mill".
A qualidade sonora é muito boa, e apesar de ser uma situação bem diferente, tocar em um palco, como se fosse um show convencional, mas para uma plateia que você não pode ver, a banda conseguiu transmitir emoção, sentindo os milhares de olhos que os acompanhavam e vibravam a distância, em suas casas.
O show traz músicas que englobam todas as fases do Paradise Lost, incluindo do "Host" (1999), que foi recebido com desconfiança e teve muitas críticas negativas por causa da guinada mais profunda na sonoridade, iniciada com o "One Second" (1997).
Mas é incrível como essas músicas soam uniformes, de maneira alguma parecendo como se fossem de uma outra banda.
Isso mostra o quanto é forte a identidade dos caras, um nome do seleto grupo dos que construiram uma sonoridade bem própria, e as faixas que transitam pelo Doom, Gothic e os flertes com o Synth Pop, fluem naturalmente, assim como as que unem esses elementos todos que compoem a música dos ingleses.
O Paradise desfila com maestria músicas como "Gothic", "One Second", "As I Die", "Ember's Fire", "So Much is Lost" e inclusive do mais recente trabalho de estúdio, "Obisidian", que pela primeira vez foram tocadas ao vivo e dessa maneira bem diferente, mas naturalmente inclusas, pois em condições "normais", este show seria da tour do álbum. Temos então as versões ao vivo das ótimas "Ghosts", "Fall From Grace" e "Darkest Thoughts".
"At the Mill" é um registro histórico, em um momento muito diferente e marcante, e somente isso seria necessário para torná-lo singular e chamar a atenção do ouvinte, mas vai além, pois é uma excelente apresentação, com um set-list primoroso.
Texto: Carlos Garcia
Álbum: "At the Mill" 2021
Estilo: Doom Metal, Gothic Metal
País: Inglaterra
Tracklist
1. Widow
2. Fall from Grace
3. Blood And Chaos
4. Faith Divides Us - Death Unites Us
5. Gothic
6. Shadowkings
7. One Second
8. Ghosts
9. The Enemy
10. As I Die
11. Requiem
12. No Hope In Sight
13. Embers Fire
14. Beneath Broken Earth
15. So Much Is Lost
16. Darker Thoughts
domingo, 24 de outubro de 2021
Uriah Heep: Registro Histórico, Enérgico e Orgânico no Sweden Rock 2009
São mais de 50 anos desta instituição do Classic Rock/Prog Rock Uriah Heep, que segue lançando material inédito de qualidade, além de muitos lançamentos especiais, como Box Sets e Live Albums como este ótimo "Official Bootleg: Live AtSweden Rock 2009".
O show no festival foi durante a tour de "Awake the Sleeper", e trazia ainda o grande Trevor Bolder no baixo, falecido em 2013.
O som está muito bom, orgânico, capturando e transmitindo toda a energia da apresentação, um bootleg oficial justamente por ter um som muito bom, apesar da apresentação não ter sido programada para ser gravada e lançada oficialmente, e isso contribuiu para a espontaneidade do show.
Dentre as faixas presentes, estão vários dos clássicos obrigatórios nas apresentações da banda, como "Stealin'", "Easy Livin'", "Gypsy" e "July Morning".
Do álbum da época, o "Wake the Sleeper", duas faixas, "Ghost of the Oceans" e "Angels Walk With You" e ambas soam muito bem ao lado dos clássicos, mostrando a força desses gigantes.
Os momentos de maior destaque dentro de um set maravilhoso, são as versões para "July Morning" e "Look at Yourself", que sempre dão espaço para a banda fazer versões mais longas e improvisos. Altas doses de musicalidade, com Bernie Shaw soando excelente, alcançando notas altas com naturalidade.
Mick Box e seu estilo todo próprio, seu feeling e personalidade (provavelmente ainda um dos mais injustiçados guitarristas do Heavy/Rock), e Lanzon, sempre incrível ao Hammond. E ainda, a cozinha impecável com o saudoso Trevor e a pegada revigorante de Russel Gilbrook. Que banda!
Vale registrar também a sempre interativa "Lady in Black", que faz o público participar efusivamente de seu refrão.
Ótimo registro ao vivo, orgânico, empolgante, mostrando toda a classe e categoria de um dos gigantes da história do Heavy Rock, e que merecia muito, mas muito mais reconhecimento.
Texto: Carlos Garcia
Álbum: "Official Bootleg Live At Sweden Rock 2009"
1. Sunrise
2. Stealin
3. Gypsy
4. Look At Yourself
5. Ghost Of The Ocean
6. Angels Walk With You
7. July Morning
8. Easy Living
9. Lady In Black
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
Kiko Shred: Guitarrista Une-se a Banda Espanhola Death Keepers
O guitar-hero brasileiro Kiko Shred foi anunciado como novo guitarrista da banda espanhola Death Keepers, que passa a contar com integrantes de três diferentes países.
A banda foi formada no final de 2011, pela fusão da experiência e talento de músicos que se conheceram em Barcelona, e se empenharam em reunir o melhor do Heavy Metal em seu estilo .
A banda possui três registros de estúdio :
- On the sacred way 2014
- Rock this world ( EP )
- Rock This World (Full-Lenght) 2018
Após algumas mudanças de integrantes a banda Death Keepers anunciou a entrada do guitarrista brasileiro Kiko Shred, que já havia tocado com Mike Vescera em duas turnês, no Brasil em 2016 e México em 2018.
O atual line up do Death Keepers é:
🇺🇸 Mike Vescera - vocais
🇧🇷 Kiko Shred - guitarra
🇪🇸 Eddy Gary - guitarra
🇮🇹 Ivory Gentilini - Baixo
🇪🇸 Abel Sequera - Bateria
domingo, 10 de outubro de 2021
Malvada: Heavy Rock Explosivo
O tempo do disco é relativamente curto, e as músicas muito legais e fáceis de assimilar, por isso parece que acaba ainda mais rápido, e logo dá vontade de ouvir de novo. Diria que acertaram na medida, deixando aquele gosto de "quero mais".
A arte de capa também é muito legal, e traz as meninas no habitat natural de uma banda, foi feita pelo renomado João Duarte, que já trabalhou com grandes bandas como Angra, Hangar, Shaman, Circle II Circle e Golpe de Estado, entre outras.
2. Prioridades
3. Quem Vai Saber?
4. Pecado Capital
5. Ao Mesmo Tempo
6. O que te faz bem?
7. Disso que eu gosto
8. Mais um Gole
9. Cada Escolha Uma Renúncia
domingo, 3 de outubro de 2021
Suck This Punch: Evolução, Doses Extras de Peso e Groove em Segundo Full-Lenght
Formada em Limeira-SP no ano de 2015, o Suck This Punch no mesmo ano já lançou seu debut, indo logo ao ponto, e o álbum é bem interessante, com uma certa crueza, e trazendo um Hard Rock/Heavy com influências clássicas e nuances Rock n' Roll, riffs tradicionais e até guittaras dobradas, remetendo a bandas AC/DC, Motörhead, Thin Lizzy e etc, e buscando agregar a isso sonoridades mais contemporâneas. A experiência dos músicos contribuiu para que não soasse algo precipitado essa debut.
Durante esses 7 anos que separam os álbuns, o grupo passou por mudanças na formação e uma evolução natural. Agora em 2021 o grupo lança seu segundo trabalho, "The Evil on All of Us", o qual já haviam antecipado algum material, mostrando a evolução sonora, trazendo principalmente mais peso e groove, timbres mais graves e wha-whas nas guitarras, uma maior diversidade, tanto instrumental como nos vocais de Tadeu Bon Scott (que além do inconfundível timbre, que é desnecessário dizer com quem se assemelha, explora outra nuances de sua voz). Resumindo, aquela proposta musical que a banda perseguia, está aqui realizada, madura e coesa.
Não é uma comparação, mas para ajudar a situar o leitor, a banda agregou ás inspirações tradicionais, sonoridades mais contemporâneas do Metal e Thrash, além de Southern, Stoner e Groove Metal, e citaria como referência o Black Label Society, Kyuss, Pantera e Audioslave.
O que logo nota-se é qualidade da produção, bem superior ao debut, e em seguida a evolução na sonoridade, conforme já citei, trazendo maturidade e coesão na mistura que a banda pretendia, entre as influências tradicionais com as mais atuais do Heavy Rock e Metal.
Temos que elogiar também o trabalho gráfico, com o design da capa muito legal, e a parte lírica, tratando de temas psicológicos e comportamentais, e Tadeu explicou sobre o contexto: "Trata sobre o mal que está sob o homem e também sobre o mal que ele cria para si e para as outras pessoas. Toda a angústia, mágoa, depressão, raiva e temores que são guardados e enterrados do qual acaba criando monstros, pessoas perdidas que acabam se tornando alienadas, escravas de um sistema que suga seu tempo e suas mentes, e as tornam cegas, sem direitos à pensar ou ter uma opinião sobre algo."
São 9 faixas, iniciando com "Machines", onde já salta aos ouvidos a evolução em termos de produção e sonoridade, trazendo bastante peso e groove, timbres "gordos" e vocais mais diversificados, com Tadeu utilizando drives, soando com agressividade e indo a tons mais altos quando necessário; "You're the Best Gun" tem um riff arrastadão, andamento bem quebrado, vocais agressivos e um ótimo solo com utilização precisa do wha-wha;
"Alone" traz um andamento mais acelerado, timbres robustos na guitarra e baixo, batera quebradona, riff principal marcante e um refrão forte. Tadeu varia entre vocais graves e mais rasgados e agressivos; "Just Follows" tem nuances do Stoner, inicia com uma linha do baixo para em seguida a guitarra entrar com riffs graves e cheios de groove e harmônicos, assim como a seção rítmica quebrada. Um trecho de calmaria e com o baixo em destaque abre caminho para mais um solo com técnica e melodia;
"Shout it Out" traz também um andamento mais arrastado e riffs carregados de groove, uso sempre preciso dos harmônicos e wha-wha, seção ritmica sempre técnica e com "suingue", e Tadeu mais uma vez abusando de vocais agressivos e técnicos. "We All live in a Hole" inicia em um tom nostálgico, com o ruído de um vinil ao fundo, vocais a capella e acompanhamento de dedos estalando, mas logo após entra todo o peso e groove que permeia este trabalho de ótimo nível.
"Coward", é tipo uma balada pesada, começa com arranjos de viola, com uma levada meio Southern, meio country, e vocais sussurrados, e em seguida vai crescendo, com o peso pouco a pouco entrando, alternando com trechos mais melodiosos;
"Blindman" entra com um peso caótico e guitarras numa levada do Thrash contemporâneo, destacando os riffs carregados de wha-wha; "Sons of War" inicia com percussões e berimbau, e uma narrativa falando sobre como a religião foi "empurrada" a alguns povos, que eram impedidos de praticar suas crenças. É uma faixa com muita percussão, groove e peso, inevitávelmente lembrando o que o Sepultura fez lá atrás em discos como "Roots". Um ótimo encerramento para um belo trabalho.
Um álbum com uma excelente produção, trazendo um Suck This Punch mostrando sua personalidade, em um álbum maduro, moderno, com groove e peso, mas acima de tudo, com músicas marcantes, bem construídas e diversificadas.
Banda: Suck this Punch
Álbum: "The Evil on All of Us" 2021
Estilo: Heavy/Thrash/Stoner/Groove Metal
País: Brasil
Selo: Voice Music
Assessoria: Som do Darma
domingo, 26 de setembro de 2021
Burning Witches: O Círculo Trabalhou Bem na Pandemia
A banda suíça Burning Witches, não muito tempo depois desde o lançamento de “Dance with the Devil”, lançado em março de 2020, já apresenta seu novo álbum, “The Witch of the North”, somando quatro álbum no período de 5 anos.
“Winter’s Wrath” é uma curta introdução com violão enquanto um coral canta, mas não se apegue à atmosfera tranquila, pois rapidamente você será martelado com a faixa título “The Witch of the North”. Os riffs das guitarras de Romana Kalkuhl e Larissa Ernst (que entrou na vaga de Sonia Anubis) são como uma celebração aos heróis do heavy metal dos anos 80.
Aumentando o ritmo e a fúria dos instrumentais seguimos com “Tainted Ritual”. “We Stand as One”, é um verdadeiro hino, pesado, animado e com Laura Guldemond mostrando todo seu poder vocal.
A faixa seguinte, “Fight of the Walkyries”, tem um início mais tranquilo, mas mais uma vez não se iluda, você logo será contagiado pela fúria nos rosnados de Laura.
A absurda “The Circle of the Five”, é uma das melhoras faixas do álbum. A balada “Lady of the Woods” irá te tirar do transe da música anterior. E em seguida prepara-se para a veloz e cativante “Thrall”, que claramente tem todos os elementos de metal clássico e combinados com mais vocais viscerais de Laura que roubam a cena nessa música.
“Omen” é um rápido intervalo, mas acho que não dá tempo nem do pescoço descansar, porque em seguida a poderosa “Nine Worlds” e seus riffs habilidosos e um refrão cativante farão você colocar o som no último volume.
Em seguida, temos a impactante “For Eternity” que passa muito longe da monotonia. Faltando pouco para o álbum acabar, ainda dá tempo de se surpreender com o desempenho da banda em “Dragon’s Dream” e seu refrão divertido. Essa é uma das faixas que eu faixas que eu facilmente ouviria repetidas vezes.
“Eternal Frost” é um breve intervalo instrumental que nos prepara para a já tradicional versão, desta vez a escolhida foi “Hall of the Mountain King”, do Savatage, que encerra o disco com chave de ouro.
Sinceramente eu não esperava que fosse gostar tanto desse álbum, mas foi difícil não me sentir contagiada com a energia da banda. Considerando que já estamos no meio do ano, me arrisco dizer que “The Witch of the North” estará no meu top 10 álbuns de 2021.
Edição: Carlos Garcia
Tracklist:
1.Winter s Wrath
2. The Witch Of the North
3. Tainted Ritual
4. We Stand As One
5. Flight Of The Valkyries
6. The Circle Of Five
7. Lady Of The Woods
8. Thrall
9. Omen
11. For Eternity
12. Dragon s Dream
13. Eternal Frost
14. Hall Of The Mountain King
sábado, 11 de setembro de 2021
Entrevista - Saeko Kitamae: De Volta e Encarando o Futuro
Saeko Kitamae é uma daquelas artistas que podemos chamar de guerreira, e que faz música com o coração. Nada foi simples, desde que iniciou a busca pelo seu sonho de ter uma banda de Metal, inicialmente com bandas e projetos na cena japonesa, e em seguida partiu para a Alemanha. (English Version)
Em 2002, enquanto estava nas ruas de Hamburgo distribuindo flyers em busca de músicos para formar uma banda, chamou a atenção de Lars Ratz (Metalium), que ficou impressionado com a atitude daquela jovem. A partir daí surgiu um grande parceria, com Lars produzindo os primeiros álbuns. O debut teve boa repercussão, inclusive com Saeko indo tocar no Wacken.
Mas devido a vários percalços, logo após o lançamento do segundo álbum, "Life" (2006), Saeko teve de retornar ao Japão e interromper as atividades.
Mas a guerreira não se deu por vencida, e em 2020 era hora de retornar, e com auxílio de uma campanha de crowdfunding, gravou um novo disco. Início de 2021 a cantora teve mais um baque, a morte do grande amigo Lars Ratz em um acidente. Era hora de reunir ainda mais forças e focar no novo trabalho, "Holy Are We Alone", lançado mês passado pelo selo Pride & Joy.
Conversamos com Saeko, que de coração aberto nos contou sobre sua carreira, as vitórias, as decepções, e claro, sobre o novo álbum, que traz uma conexão com os anteriores, e tem um belo conceito. Confira!
Fairy Mirror, no Japão |
Flyer que Saeko saiu distribuindo nas ruas em Hamburgo, 2002, procurando companheiros para formar uma banda |