Alesana faz público pulsar
incessantemente no Carioca Club, em São Paulo
Os estadunidenses do Alesana
tiveram mais um demonstrativo de como a legião de fãs brasileiros é fiel ao
grupo, assim como eles têm total amor e admiração por esses fãs mesmo após 14
anos de sua última apresentação, no Carioca Club, Zona Oeste de São Paulo, no
dia 27 de abril, naquela que foi a última apresentação da turnê
latino-americana de celebração dos 20 anos da banda – houve shows,
anteriormente, nas cidades mexicanas de Monterrey, Guadalajara e Cidade do
México; em Bogotá, na Colômbia, Santiago, no Chile e Buenos Aires, Argentina.
As aberturas foram das bandas There’s No Face e Seasmile e a
organização foi realizada pela Liberation Music.
As bandas de abertura, apesar
das pequenas falhas de som – principalmente do microfone dos vocalistas
principais – deram tudo de si em suas apresentações e na divulgação de seus
mais recentes trabalhos, além de demonstrarem uma parceria interessante a
partir da participação do vocalista de uma banda em uma faixa da outra em cada
show. Da mesma forma, conseguiram aquecer uma parte dos fãs que pularam e
interagiram aos pedidos da banda, em determinados momentos – incluindo um
bate-cabeça intenso.
Já o Alesana foi o pavio, a
bomba e o efeito explosivo da noite. Se o público não cantava, ou pulava ou
entrava em um dos dois moshes abertos - e vice-versa. Era difícil ver alguém
parado na pista ou mezanino e isso só motivou mais a banda estadunidense a
performar e aproveitar o espaço do palco ao máximo, não deixando de se
movimentar, dançar ou agachar durante o show, desde as dancinhas de quadril e
giros com a guitarra de Shawn Milke aos gritos estridentes, agachamentos e
sorrisos de Dennis Lee e, também, passando pela circulação imparável dos demais
instrumentistas de cordas e o tocar de extrema resistência do baterista Jeremy
Bryan. E assim eles tocaram um setlist de 16 faixas que abrangeram os cinco
álbuns e o primeiro EP da banda, todos lançados desde 2005, ou seja, a partir
de um ano após a formação do grupo.
Pré-show
O evento caiu no final de
semana de Summer Breeze, o que não foi um empecilho para que houvesse lotação
no show final, já que se tratava de shows para um público não tão explorado no
festival, que aconteceu na Barra Funda, naquele dia. No entanto, da entrada e
durante os shows de abertura, o Carioca Club ainda estava vazio, com um a dois
terços da pista ocupados ao longo deste período de tempo. Já o mezanino encheu
aos poucos, com ocupação maior no período mais próximo.
Em todos os cantos da casa,
havia pessoas com vestimentas e outras características que englobam a cultura
emo e vertentes. A espera para o primeiro show da noite não foi tanta.
There’s No Face
O grupo brasileiro, formado em
2009 e originário da região do Vale do Paraíba (S, abriu a noite e trouxe um
show enérgico, apesar de a casa de eventos ainda não estar lotada no momento. O
quarteto, formado por Rafael Morales (vocal), Thiago Silva (baixo), Rod
Kusayama (bateria) e Matt Silverio (guitarra), fez sua estreia no Carioca Club
e montou um setlist de sete faixas, baseadas em singles da carreira da banda e
faixas do mais recente trabalho da banda, o álbum de estúdio “Contra/Senso”,
lançado no início de abril.
Alguns momentos das primeiras
faixas do show – ao menos o que consegui perceber por estar próximo ao palco –
tiveram uma diferença de volume em que a voz do vocalista e do backing vocal
não era tão perceptível em comparação com os instrumentos de corda e a bateria.
Ainda assim, no decorrer do show, tudo ficou nos conformes e só houve um
pequeno desnivelamento do microfone de Morales na sexta faixa.
Em termos de entrega e
performance, toda a banda se mostrou bem e enérgica. Rafael Morales encabeçou
os pedidos para que o público – ainda que tímido ou não aquecido, por ser a
primeira apresentação – não ficasse parado. Foram pedidos de palmas no ritmo,
conversas nos períodos entre algumas das faixas – divulgando, inclusive, o novo
álbum, mídias sociais e shows futuros -. Na quarta faixa do show, o vocalista
do Seasmile, Dinho Simitan, fez uma participação especial e cantou junto com o
TNF.
No meio da última música da
apresentação, a banda pediu os flashes dos celulares dos presentes, interação
que foi bem recepcionada e que culminou num ambiente muito iluminado da pista e
do mezanino. Na reta final da mesma faixa, a abertura mais coesa da roda ao
fundo da pista, a pedido de Morales, causou o primeiro grande bate-cabeça do
evento e finalizou com chave de ouro o debute do There’s No Face no Carioca
Club.
Seasmile
O quarteto formado em São
Paulo, em 2010, se apresentou em meio a divulgação do álbum “Vortex”, lançado
em novembro de 2022 e junto a singles dos 14 anos de carreira.
Dinho Simitan (vocal), Raul
Guerreiro (baixo), Guilherme Souza (bateria) e Henrique Baptista (guitarra e
backing vocal) entraram cinco minutos antes do imprevisto e também fizeram um
show com sete faixas no setlist. Apresentação essa que contou com um Carioca
Club mais cheio, no entanto, com público ainda contido no começo, mas com uma frequência
de respostas maior que no show anterior e com bate-cabeças mais intensos no
fundo da pista.
Assim como na primeira apresentação,
o show do Seasmile também teve pequenos problemas no volume do microfone
principal no início, o que dificultou, ao menos na frente do palco, a ouvir os
cantos e guturais de Dinho. No entanto, a normalização veio rápida e a situação
melhorou no decorrer do show.
No repertório em geral, a
musicalidade da banda foi muito boa, com bons gritos guturais e de Screamo de
Dinho, além do acompanhamento ferrenho dos demais instrumentistas. O frontman
chegou a pedir que a galera pulasse em algumas faixas, tendo um retorno
parcial. Ainda assim, os balançares de cabeças eram evidentes. No entanto, os
aquecimentos de bate-cabeça foram mais evidentes, como no exemplo da quarta
faixa do show.
A reta final da apresentação
foi a parte mais animada, principalmente devido a sequência de faixas tocadas. Na
quinta, por exemplo, Dinho dedicou a todo aqueles que têm amigos tóxicos. Fora
os pulos mais animados e a roda mais agitada ao fundo, o vocalista do There’s
No Face, Rafael Morales, apareceu para participar da música.
Já em “Capoeira”, música
denominada como uma “homenagem ao Brasil”, os trechos com berimbau e a letra
que fala sobre as lutas da vida que o homem tem diariamente foram um gás para
que o público viesse mais intenso nos bangues e na roda de bate-cabeça, principalmente
no momento de breakdown da faixa.
E por fim, na sétima e última
faixa, “Aurea”, foi a vez de Henrique Baptista chamar o público para pular.
Houve resposta parcial, porém maior que nas últimas interações. Além de uma
troca de posições do guitarrista e do baixista, a reverência do público ao
final da apresentação deu o tom de um ótimo show em sua composição a partir dos
aplausos, que foram mais altos e com mais ovações.
Os últimos minutos de espera
Com o fim do show do Sea
Smile, a expectativa para o fim de uma espera de 14 anos para o show de retorno
do Alesana ao Brasil cresceu. A lotação da pista já era muito maior do que
horas antes e, com isso, os espaços para transitar eram muito menores.
Os membros e roadies do
There’s No Face desceram seus equipamentos do palco para o espaço de
fotógrafos, deixando a descarga mais fácil e prática e cedendo para as
montagens finais do Alesana.
Houve também uma sequência de
alternâncias do volume das caixas de som, que tocavam músicas dos anos 2000.
Muito provavelmente, foi algo proposital da equipe local, mas que pode ter
causado incômodo em algumas pessoas.
Às 19h05, foi a vez dos testes
de instrumentos tomarem a cena. Estes foram percebidos pelo som, claro, pois as
cortinas estavam fechadas. Vinte minutos depois, as luzes se apagaram e o fim
da espera era oficial.
Alesana e a energia perfeita
para um show de retorno
A introdução ao show veio logo
com o que pareceu um erro ou, então, um “restart” por algum motivo não
identificado: um trecho de “Space Jam”, do grupo Quad City DJ’s, música-tema do
filme “Space Jam” (1996), tocou e parou abruptamente. Nesse momento, parte do
público começou a cantar “Alesana, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”.
Poucos minutos depois, a mesma faixa começou do zero e, junto a ela, luzes
azuis se moveram nas cortinas, como se fosse uma espécie de apresentação.
Com o abrir das mesmas
cortinas, começou a introdução “Icarus”, enquanto os membros da banda
apareceram aos poucos: Jeremy Brian (bateria), Shane Crump (baixo e backing
vocal), os guitarristas Patrick Thompson e Jake Campbell (este também sendo um
dos backing vocals) e, por fim, os ovacionados Shawn Milke (vocais limpos e
guitarra) e Dennis Lee (vocais sujos). A partir daqui a intensidade do Carioca
Club pulsou a níveis super altos.
Na sequência, o Alesana
iniciou o show de fato com “Ambrosia”, faixa que, junto à introdução anterior,
formam a abertura do álbum de estreia da banda, “On Frail Wings Of Vanity And
Wax” (2006), e que introduziu o setlist de 16 faixas da noite. O público
finalmente mostrou a sua primeira grande dose de energia caótica ao cantar,
quase que de forma coletiva, o refrão da música, o que inibiu até mesmo o baixo
microfone de Dennis Lee. Da mesma forma, os instrumentistas já se apresentavam
a todo vapor, dando pulos e até giros enquanto tocavam.
Na sequência, em meio aos
fortes gritos em nome da banda, o sexteto tocou “Beautiful In Blue”, do
primeiro EP da banda, “Try This With Your Eyes Closed”. Dennis Lee mostrou mais
daquilo que seria sua marca registrada na noite: gritos fortes e estridentes em
quase todas as poses possíveis. Shawn Milke também esbanjou o balançar de seus
quadris enquanto tocava e dançava em seu posto, algo que se repetiu em vários
momentos do show.
As luzes do Carioca se
apagaram ao final da faixa e, após a pergunta de Milke aos fãs sobre estarem ou
não bem, o interlúdio “A Lunatic's Lament” pairou sobre as caixas de som, dando
assim o preparativo para a próxima música, “The Murderer”. As palmas foram
convertidas em dois moshes em questão de segundos, sendo um menor na parte da
frente e outro mais intenso ao fundo da pista; além de momentos em que os pulos
foram coletivos. Era a elevação de um caos instaurado que também se converteu
no palco, com mais da entrega dos membros. Dennis Lee era o exemplo mais claro
pois, nessa terceira faixa, já estava completamente suado – Te entendo, Dennis,
porque eu também sou de suar muito em pouco tempo de exercício físico ou
caminhada. Para completar o combo, ele ainda tomou um pouco de água e jogou um
pouco dela e a garrafa para os fãs. Um pouco acertou em mim.
Em “Hand in Hand With the
Damned”, o ritmo constante deu destaque para outros membros. Patrick Thompson
era um exemplo, com suas danças estranhas e interações com outros membros. Já
Dennis Lee se aproximou um pouco mais do público, além de deixar seu microfone
de longo fio amarelo pendurado com uma mão e dando socos e tapas com a outra,
no ritmo da faixa.
Na sequência da apresentação,
a música “Red and Dying Evening” - que aparece tanto no álbum “Where Myth Fades
to Legend” (2008), quanto no EP “Red And Dying Evening” (2005) - trouxe mais
uma carga de bons gritos de Dennis Lee, além de situações mais performáticas de
Shawn Milke – incluindo o lamber do braço de sua guitarra, na finalização da
faixa. Ao fim da faixa, a banda fez uma pequena pausa pra água, enquanto Lee
perguntou se o público queria um smash hit. Nesse meio tempo, um pequeno
erro da equipe de som fez com que a música-tema de “Space Jam” fosse tocada por
alguns segundos. Nada que atrapalhou o decorrer do show ou o discurso.
Assim, veio a clássica
“Seduction”, também do segundo álbum de estúdio do Alesana. Os fãs presentes
voltaram a cantar fortemente e em coro e a banda fez questão de acenar para o
público do mezanino. Em seguida, a música “This Conversation Is Over” manteve o
tom do público, deu uma nova intensidade aos moshes e trouxe a primeira vez de
muitas situações em que Dennis Lee virou as costas para os trechos gritados.
A banda, impressionada com os
gritos de “Alesana” após a música anterior, trouxe a palco a também muito bem
cantada “The Thespian”, que compõe o álbum “The Emptiness” (2010). Foi nela que
a banda fez questão de passar um trecho da faixa a pular e tocar, o que trouxe
a galera presente junto neste embalo. Já em “A Lunatic's Lament”, do mesmo
álbum, o coro foi incentivado e aumentado com a atitude de Dennis Lee de apontar
seu microfone em direção à pista.
A música “Oh, How the Mighty
Have Fallen” foi a única que representou o álbum “Confessions” (2015), último
lançado pela banda até o momento. Nela, não somente o cantorio dos fãs se
manteve constantemente alto, como o breakdown da faixa e sua finalização
ficaram em grande evidência de performance do conjunto. Depois, com “Circle
VII: Sins of the Lion”, os ânimos dos membros aumentaram, evidentes nas danças
de Shawn Milke, no ânimo absurdo dos guitarristas Patrick Thompson e Jake
Campbell e no ato de Shane Crump em subir nos bumbos da bateria de Jeremy Bryan
na reta final da faixa.
Já “Lullaby of the Crucified”
foi uma faxia um pouco mais dançante e menos pesada, comparada com as
anteriores, até o bloco final dela, quando Dennis Lee trouxe mais de seus
poderosos gritos e uma finalização em que chegou a derrubar o tripé do
microfone de Shawn Milke.
Logo na sequência, “Interlude
4” abriu as portas para a faixa “Annabel”, que finalizou o primeiro grande
bloco do show com um grande pico de disposição da banda e demonstração clara de
euforia, exalar de energias e fidelidade do público que, de ponta a ponta, não
deixou de cantar, bater palmas no ritmo de alguns trechos da faixa e abrir os
dois grandes moshes da pista – estes, dessa vez, até mais intensos que antes,
principalmente no poderoso breakdown da música. Alguns arriscavam subir para
serem levados pela onda do público (um deles, inclusive, conseguiu ir longe
assim), assim como Dennis Lee esbanjava sua felicidade a ponto de ter tirado
sua camisa e jogado para a plateia. No entanto, a vestimenta suada se prendeu
na viga de refletores do topo – uma pessoa próxima de onde estive, inclusive,
brincou que o público poderia fazer uma espécie de escadinha para chegar à
camiseta.
O momento até poderia ser de
pausa para descanso da banda, mas não foi para o público. A maior parte dos fãs
gritaram o nome da banda e pediram mais um som, em inglês: “One more song”.
Um dos roadies da banda fez questão de desligar os instrumentos de corda que
ficaram no palco e que soltavam ruídos constantes, por estarem ligados aos
pedais e encostando em algo. O resultado foi uma salva de palmas calorosas que
foram reforçadas no retorno da banda, minutos depois, quando o chamaram para a
frente.
Dennis Lee fez questão de
mostrar uma jaqueta personalizada que ganhou e que a denominou como “a mais
que já ganhou”, além de ter elogiado o público brasileiro como “o melhor
público”. Enquanto a banda se preparava e afinava os instrumentos, Lee
também fez questão de gravar toda a pista em seu celular, assim como Shane
Crump tirou fotos com uma câmera polaroid antiga. Ao mesmo tempo, outro roadie
da banda fez questão de entregar água para um fã que estava na grade e,
provavelmente, passou mal ou estava com muita sede.
Com tudo preparado e sob
gritos de “mais três sons” por parte da galera presente, o Alesana
retomou o show com um pequeno trecho de “When I Come Around”, tocado por Shawn
Milke, logo convertido para a faixa “Curse of the Virgin Canvas”, também do
álbum “The Emptiness”. Esta música tem uma narração no início e um fã da pista
recitou o trecho por completo, sem errar e sem deixar as emoções o embolarem. O
coro voltou com tudo, com uma bela evidência já no primeiro verso – “This Is
a Nightmare,Is my Annabel really gone?” – e seguindo em grande intensidade
vocal da banda e dos fãs até o fim da música.
A aprovação de Dennis Lee
levou o público à loucura, assim como o pedido de mais um som por parte do
vocalista ter uma recepção mais que positiva. Mas antes do começo da faixa
seguinte, Lee fez questão de mostrar dois packs de cartas de Magic que ganhou
de um fã, reforçando a paixão da banda por tal jogo de cartas e afirmando que
os fãs de Alesana são tão nerds como a banda.
Apesar dos pedidos por
“Apology”, a faixa que tocou nesse momento foi “Congratulations, I Hate You”,
penúltima da noite e dando o retorno ao repertório de início de carreira da
banda. Os ânimos da banda e dos fãs voltaram à toda e com tudo, com mais
bate-cabeças e com Shawn Milke girando sua guitarra em volta do corpo por
várias vezes, aumentando ainda mais a qualidade de sua performance. As palmas e
os pulos do público foram um ótimo complemento à sonoridade, que seguiu
impecável, além de uma tentativa de Wall of Death que teve o retorno
positivo de Dennis Lee com um sinal de joia.
Naquela que foi a primeira
parte da despedida da noite, o Alesana apresentou uma bandeira do brasil que
continha o logo da banda. Os agradecimentos, quase emocionados, foram seguidos
de uma brincadeira de Shawn Milke, que simulou uma apresentação com o papel do
setlist e apresentou os membros a partir de características principais. Foi
nesse momento que um fã, aparentemente alterado desde o início, gritou inúmeras
vezes para que tocassem uma faixa que não estava na lista de músicas. Dennis
Lee fez questão de, em meio a um tom de brincadeira, pedir para que ele “calasse
a boca”.
Logo, veio a tão pedida e
clássica “Apology”, que trouxe o último gás de um coro forte e alto de um
público que não parou em momento algum do show. Foi o momento em que Dennis Lee
fez questão de pegar um celular – aparentemente, de uma fã – para gravar todos
os membros da banda tocando, assim como, depois, pegou seu microfone e usou um
dos tripés para aproximar dos fãs da grade, que responderam seguindo o canto da
faixa. E claro, a sonoridade tão constantemente boa seguiu até mesmo em sua
finalização. O toque final veio da atitude de Shane Crump, que fez questão de
ir ao meio da roda do fundo da pista para terminar a faixa de lá, sendo muito
bem recepcionado pelos fãs e até mesmo protegido em alguns momentos pelos
próprios, que aproveitaram até mesmo para gravá-lo de perto e o reverenciar no
fim da música.
E a despedida final, claro, se
tornou tão caótica quanto a outros momentos do show: Lee, extasiado, pegou
outra garrafa de água para beber e jogar o restante no palco e, por fim, se
jogou na poça como se estivesse em um tobogã; Jake Campbell, com aparência mais
jovem, pegou um dos papéis de setlist, fez um aviãozinho e jogou para a galera,
sem sucesso de alcance; e Shawn Milke, por fim, jogou quase tudo o que tinha de
acessórios para seus fãs: palhetas, munhequeira, prendedor de cabelo e até uma
garrafa de água.
Para os fãs presentes, o
retorno do Alesana trouxe um show inesquecível e demonstrou a fidelidade ao
grupo, apesar de tantos anos sem uma apresentação na capital paulista. Para a
banda, com certeza foi mais uma demonstração da força que eles têm, apesar de
não virem frequentemente e estarem em um retorno aos palcos. Quem sabe, em um
futuro próximo, o retorno ao Brasil seja uma realidade e com maior amplitude –
para datas e locais -, para apresentações tão marcantes quanto essa.
Texto:
Tiago Pereira
Fotos:
Gustavo Palma
Revisão/Edição:
Gabriel Arruda
Realização:
Liberation MC
Mídia
Press: Tedesco Comunicação & Mídia
Alesana
Ambrosia
Beautiful in Blue
The Murderer
Hand in Hand With the Damned
Red and Dying Evening
Seduction
This Conversation Is Over
The Thespian
A Lunatic's Lament
Oh, How the Mighty Have Fallen
Circle VII: Sins of the Lion
Lullaby of the Crucified
Annabel
***Encore***
Curse of the Virgin Canvas
Congratulations, I Hate You
Apology