terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

UFO: 40 anos de estrada, trabalho novo e ainda muito fôlego!


Somente música de qualidade possui longevidade, e os fãs de Classic Rock e Metal sabem muito bem disso, nossos ouvidos não suportam modismos que surgem do nada , e somem tão rapidamente quanto aparecem infestando Rádios e TVs. Sorte nossa que tivemos o bom gosto de nos prender a um estilo musical que deu e dá tantos bons frutos. E grupos como o UFO, parecem eternos como uma boa música.

O UFO, apesar de vários contratempos, causando danos na trajetória da banda. O principal pivô de várias crises foi o guitarrista Michael Schenker, membro da formação considerada clássica, que saiu e voltou algumas vezes, e, apesar de sua importância para o grupo, era complicado continuar com um cara que de repente abandonava uma tour no meio, se manteve lançando bons álbuns e fazendo tours.


Em 2004, após mais um último racha com Schenker, a banda recrutou ninguém menos que Vinnie Moore, que embora alguns acreditassem não ser o nome certo para a Banda, não pelo talento, mas porque Vinnie fazia parte daquela nova geração de guitarristas, que, para muitos, abusavam da velocidade e técnicas, mas faltava aquela pegada clássica. Mas Vinnie fazia parte da boa safra, e soube mesclar muito bem um estilo mais  virtuoso com o estilo do UFO.

Hoje, com uma formação que conta agora com três membros originais(o lendário baixista Pete Way está afastado há um tempo já, por motivos de saúde), mais Vinnie, bem entrosada e vivendo dias mais tranquilos, o grupo Inglês nos apresenta "Seven Deadly", vigésimo trabalho de estúdio da banda,  e quarto lançamento dessa "era", além do DVD "Showtime".
Em estúdio
E o que temos em "Seven Deadly", além da capa meio que psicodélica, lembrando os álbuns do Grateful Dead, é Classic Rock e Hard Rock de qualidade, mantendo o padrão dos últimos lançamentos, destacando a classe, feeling e técnica de Vinnie Moore(que esteve ano passado no Brasil, quando foi acompanhado pelo baterista Aquiles Priester), e a voz de Phil Mogg, que apesar dos cabelos não serem os mesmos há muito tempo, continua despejando feeling nas interpretações, e, se não conta com a potência de outrora, hoje, com muita experiência, encontrou uma região vocal onde continua rendendo muito bem.

Entre Hard Rocks classudos, letras inteligentes, a pegada setentista e alguns momentos bluesy, Phill, Vinnie, Parker e Raymond, desfilam bom gosto em faixas, que, se não são geniais, são acima da média, e mostram que quem entende do assunto, não esquece e não tem preguiça de criar composições novas e de qualidade. Um exemplo para muita gente mais nova!


"Fight Night", que abre o CD, é um Hard bem setentista, bem cara do UFO; a seguinte, "Wonderland", mostra essa pegada que me referi, num Hard vigoroso, bons riffs e slides bem colocados; "Mojo Town" vem cheia de groove, com andamento mais lento; "Angel Station" é uma balad de bom gosto, com belo trabalho de guitarra, melodias cheias de feeling, e backing vocals femininos, naquela linha gospel, no refrão. Muito bonita.

Outro belo destaque é "Burn Your House Down", semi-balada com pegada blues, inclusive o solo inspirado de Vinnie, sendo que essa música me lembrou Gary Moore. Destaque também para os backing vocals no refrão, que dão um tempero bem especial. "Waving Goodbye", também segue numa linha parecida, com backing vocals no refrão, pegada bluesy, e é mais uma que se destaca neste belo trabalho.

Resumindo, o UFO está aí, provando que a qualidade não tem idade e deixa uma herança eterna, e um largo sorriso no rosto dos amantes da boa música!



Texto: Caco Garcia
Edição/revisão: Caco Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: UFO
Álbum: Seven Deadly
Ano: 2012
País: Inglaterra
Tipo: Classic Rock/Hard Rock
Selo: SPV
Produção:Tommy Newton(Area 51 Studio - Alemanha)


Formação:

Phil Mogg: Vocals
Vinnie Moore: Guitars
Andy Parker: Drums
Paul Raymond: Keyboard & Rythm Guitar



Track List

01. Fight Night
02. Wonderland
03. Mojo Town
04. Angel Station
05. Year Of The Gun
06. The Last Stone Rider
07. Steal Yourself
08. Burn Your House Down
09. The Fear
10. Waving Good Bye
11. Other Men's Wives
12. Bag O' Blues

Acesse e conheça mais sobre a banda



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Promoção Road To Metal e banda [maua]


O Road To Metal em parceria com a banda sergipana [maua] lança sua nova promoção para os headbangers, a promoção consiste no sorteio do EP “Conscience” (confira nossa resenha aqui) da banda [maua] onde serão sorteadas duas unidades.

                                 Concorra a este belíssimo lançamento da banda [maua]

Como participar?


É muito fácil, basta responder a seguinte pergunta: “O que podemos fazer para erguer a cena Heavy Metal no Brasil?”. Mande sua resposta para: roadtometal@hotmail.com, com o seguinte assunto: “Promoção banda [maua]” e no corpo do email a resposta seguida do endereço completo. As duas respostas mais criativas levarão este excelente material para casa totalmente grátis. 

Não perca tempo e participe!

Promoção valida até o dia 01/04.


                                Formação que gravou o EP "Conscience"

P/S: Se o email de participação tiver faltando algumas das informações solicitadas acima serão automaticamente desclassificados e será permitida uma única participação.

Stay on The Road!

Confira o novo vídeo clipe da banda [maua] para a música "The Awake in the Beginning of the End"  aqui . A música faz parte do EP "Conscience".




domingo, 26 de fevereiro de 2012

Maquinário Thrash/Heavy Metal: Machinage

Grupo paulista se destacando em 2012


Não à toa escolhemos o disco “It Makes Us Hate” (2011) como player da semana, afinal, quando pudemos conferir o som desse grupo de Jundiaí/SP, o que mais impressionou foi a energia que o quarteto passa logo de cara.

Mesmo sendo o álbum de estreia, a banda caprichou na produção, deixando-a com a medida ideal de “sujeira”, com um clima bem oitentista, dosando peso e melodia. Vale citar que a mixagem foi feita por Tim Laud, que já trabalhou com Soulfly e Cavalera's Conspiracy.


O trabalho dos guitarristas Renato Lorencini e Fábio Delibo (que também é vocalista) é de uma qualidade excepcional. Um dos melhores riffs e solos dos últimos tempos estão em “Next Victim”, também pudera, com a participação do mestre Antônio Araújo (Korzus) que ajudou a banda a causar uma ótima impressão de cara.

Mas a verdade é que os paulistas capricharam ao longo das 9 faixas que compõem o disco. O riff de “Envy” é de tirar o fôlego, com o vocal puro Thrash, no estilo da Bay Area, bem como a cozinha formada por Adriano Bauer (baixo) e Ricardo Mingote (bateria) acerta em cheio. Como já fui baterista, vou ficar de olho no Mingote, pois o cara tem pegada.

Ainda posso destacar “Mask Behind Some Lies”, que inclusive rolou um tempo no nosso player, e traz esses elementos marcantes do disco todo: Thrash Metal, riffs certeiros e rápidos, peso cadenciado com solos simples, porém eficientes e por aí vai. Também não escapa “Anguish” (que solo!) e “Is This the Way”, com muito de Megadeth da fase inicial.



Grupo já realizou extensa turnê nos EUA e obtém reconhecimento internacional


A banda está tendo reconhecimento em outros sites e blogs (inclusive fora do Brasil, especialmente após turnê nos EUA), tudo merecidamente, afinal, “it Makes Us Hate” é um disco que mesmo quem não curte Thrash Metal vai gostar, pois ali o que salta aos olhos é a energia e força do grupo. Ainda vamos ouvir falar muito desses caras.


Obs: a banda fará a abertura do show dos alemães Sodom em São Paulo (07/04/12). Mais informações, clique aqui.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Machinage
Álbum: It Makes Us Hate
Ano: 2011
País: Brasil
Tipo: Thrash/Heavy Metal
Selo: BTS

Formação
Fábio Delibo (Vocal e Guitarra)
Renato Lorencini (Guitarra)
Adriano Bauer (Baixo)
Ricardo Mingote (Baterista)



Tracklist
01. Rise of the Souls
02. Next Victim
03. Envy
04. Anguish
05. Mask Behind Some Lies
06. Beliefs
07. Cold 3rd War
08. Is This the Way
09. Tides of War

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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Clássicos Brasil: “VIDA The Play Of Change" - Se Você Olha Dentro do Abismo Ele Olhará Dentro de Você

Um dos maiores clássicos do Metal brasileiro



Logo após o impressionante “Images From The Shady Gallery" (1998), o Imago Mortis provava que não existem barreiras na sua sonoridade e principalmente na sua capacidade criativa, o que dava um verdadeiro nó na cabeça de quem tentava rotular a sonoridade do grupo. Porém, o ápice ainda estava por vir...
Em 2002 da formação original contavam apenas Fabio Barreto (Baixo e Backing Vocal) e Fabricio Lopes (Guitarra e Backing Vocal), sendo que foram recrutados Alex Guimarães (Teclado, Órgão, Hammond e Backing Vocal), André Delacroix (Bateria) e o impressionante vocalista Alex Voorhees (ex-Dust From Misery), com o time completo estava tudo pronto para a obra prima “Vida The Play Of Chance” (2002).

Um dos grandes nomes da cena carioca de todos os tempos
Poucas vezes um trabalho apresentou tanta consistência no Metal nacional até aquela data, isso porque o Imago não gravou apenas mais um CD e sim um verdadeiro tratado acerca da Vida e da Morte, levando o ouvinte a uma experiência extra sensorial, já que ouvir o CD e acompanhar as letra é uma sensação inesquecível para quem se habilita a tal experiência.
A temática envolve o fato de um personagem (Me) que está sofrendo de uma doença terminal e incurável chamada Vida, na primeira faixa “Long River” você descobre que o personagem está em uma ambulância a caminho do hospital e o seu contato com Caronte (o barqueiro do Inferno) é um presságio para o descanso eterno, por isso o personagem irá passar pelas cinco etapas que antecedem a morte: Negação, Raiva, Barganha, Depressão e Aceitação. Para conseguir sintetizar esses estudos a banda teve contato com pacientes terminais e através do relato deles que a história foi se traçando.
Mas é evidente que não importaria ter uma temática tão rica se a música em si não acompanhasse e é ai que o Imago Mortis se destaca porque as composições caminham lado a lado da sonoridade, ou seja, as variações instrumentais ocorrem de acordo com o sentimento que o personagem está vivendo como no momento de redenção (“Me and God”) ou nos momentos de raiva (“Pain”), onde não posso deixar de mencionar que Alex rouba a cena com seus vocais extremamente agressivos, lembrando muito as bandas inglesas de Death/Doom Metal. Além desses estilos a banda apresenta flertes com o Hard Rock, Prog Metal e até mesmo Metal Melódico, mostrando mais uma vez a versatilidade de todos os músicos.

Banda está de volta à ativa 
Fechando o trabalho vem duas musicas que merecem uma atenção em especial: “Unchained Prometheus”, uma faixa instrumental que representa o enterro do personagem e “Saudade”, uma faixa cantada em português que não poderia ter outro nome, pois o lirismo da mesma é de uma qualidade ímpar.
Se tudo isso não te convencer a ter esse material vale ainda dizer que “Vida” contém uma faixa interativa “O Jogo da Mudança”, na realidade um jogo, onde uma junção de I Ching com as letras das músicas permitem o ouvinte mudar a história apresentada no CD.
Após esse lançamento, Imago viria com “Trascedental” (2006) que apresenta uma banda ainda mais evoluída e criando seu próprio estilo, mas o estrago já estava feito e o grupo carioca marcaria seu nome no Metal nacional. Não deixe de ouvir o quanto antes, afinal de contas, a vida é uma doença terminal. 
Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Durante o show da volta, em 2011
Ficha Técnica
Banda: Imago Mortis
Álbum: Vida The Play Of Change
Ano: 2002
País: Brasil
Tipo: Doom/ Heavy Metal/Hard
Gravadora/selo: Die Hard 

Formação
Alex Voorhees (Vocal)
Fabrício Lopes (Guitarra e Backing vocal)
Fabio Bareto (Baixo e Backing vocal)
Alex Guimarães (Teclado, Órgão, e Backing Vocal)
André Delacroix (Bateria)

Tracklist
1) Long River
2) Central Hospital
3) Three Parchae
4)Pain
5) Envy
6) Me And God
7) The Silent King
8) Insomnia
9) Terminal Christ
10) Unchained Prometheus
11) Saudade


Links

Leia entrevista exclusiva com Alex Voorhees clicando aqui.

Manilla Road: Playground of The Damned, Novo Trabalho dos Cultuados Mestres do Epic Metal


Quando ouço o termo "True", logo um dos primeiros nomes que me vem a mente (não, não é o Manowar! hehehehe), é Manilla Road, e já dá aquela vontade de ouvir álbuns como "Cristal Logic" e "Open The Gates"(um dos lps que mais ouvi, com certeza. Para quem não conhece, ouça Road of The Kings e Witches Brew, por exemplo, e duvido que não se torne um novo apreciador da Banda e vá procurar mais material).

A razão principal de lembrar da banda norte americana, oriunda de Kansas, com certeza não é por bradar que são deuses do Metal, erguer espadas, ou coisa do gênero, e simplesmente porque desde seu início, em 1977, mantém-se fiel ao mais puro Metal, sem fazer concessões ou se render a modismos, tendências ou "modernismos", além disso, o Manilla criou sua própria identidade, liderada pelo lendário Mark Shelton, a banda, que chegou a receber o título de "Mestres do Epic Metal" na época dos lançamentos de álbuns memoráveis, nos áureos anos 80, como o citado "Open The Gates" e "The Deluge".


Mesmo depois de uma parada de quase dez anos, que durou de 1992 a 2001, Mark retornou, mantendo consigo o nome Manilla Road, e desde então, vem lançando discos a altura do nome construído junto aos fãs do seu Metal épico, com pegadas Speed e Thrash, os riffs e variações da guitarra, que são praticamente a extensão do vocal (já há algum tempo divididos com Bryan Patrick, que canta bem parecido com o timbre anasalado de Mark) , contando as histórias escritas por Mark "The Shark", histórias essas que também lhes valeram a denominação "The Riddle Masters" (Os mestres do enigma).


Em "Playground of the Damned", Mark e seus companheiros, apesar de canções até mais diretas, mantém as características da identidade que forjou, Metal épico, de certa forma cru, principalmente pelas gravações vintage, com agressividade, mas apresentando climas e melodias que ajudam a construir o ar épico das canções. O único senão, é a produção sonora, que poderia ser melhor, e que acentuaria as músicas, e, ao meu ver, esse sempre foi o motivo do Manilla não alcançar um patamar maior, pois, com algumas exceções, sempre careceu de melhor produção (seria proposital?perguntarei isso ao Mark em entrevista que está sendo feita para o Road to Metal). Mas isso não chega a ser algo que prejudique a apreciação ou a análise do trabalho em questão, longe disso (não entenda que você vai encontrar uma gravação amadora!), porque eles tem qualidade, e mesmo com produções mais cruas, cometeram álbuns magistrais, e um fato a ressaltar é que o que ouvimos em "Playground", não tem nada de triggers, colagens ou samples, tudo feito de forma honesta e verdadeira.


Já na abertura "Jackhammer",  que inicia com bom trabalho de guitarras, seguindo de riffs quebrados que são acompanhados pelo baixo e a quebradeira da bateria, com a canção ora soando mais rápida e ora mais melodiosa, como no refrão uma bela amostra do estilo "Manilla"; a seguinte, "Into the Maelstrom" (a letra é baseada em conto de Allan Poe), que começa com um dedilhado na guitarra, com riffs que pegam pesado, com palhetada alternada, realmente parecemos estar em um "turbilhão", como sugere o título; a faixa título, é a seguinte, e não deixa a qualidade cair, com bases com slides, pesada e com refrão mais melódico, que é também uma característica da Banda; "Grindhouse", a mais longa do álbum, com 7:27 minutos (o cd tem ainda mais duas faixas que que chegam 7 minutos de viagem épico/metálica), começa bem climática com solo viajante e melódico de Mark, com a música crescendo em seguida, e com final culminando em cerca de 3 minutos de viagem instrumental!!

O Manilla, ainda trio, nos anos 80.
"Abbatoir de la Mort", começa porrada na orelha, com riff agressivo e quebradeira na bateria, mas sem deixar os climas mais melódicos de lado no decorer da música, no melhor estilo Manilla; "Fire of Ashurbanipal", que fala sobre o último grande rei do novo império Assírio, é a mais melódica do álbum, com belos climas criados pela guitarra de Mark; "Brethren of the Hammer", mostra uma pegada mais Thrash, vocais rasgados e riffs poderosos; a última faixa, "Art of War", com seus 7 minutos, fecha o álbum com louvor. Mais cadenciada, melódica, com dedilhados e o vocal quase narrativo, segue climática até ao 4:30 minutos aproximadamente, para finalizar com mais uma viagem instrumental épico/metálica. 


Um álbum puramente "Manilla Road". Os apreciadores da Banda certamente aprovaram, e para que não conhece ainda, ouça, e sobretudo, corra trás dos clássicos, pois você está desafiado a ouvir "Open the Gates", "The Deluge" e "Cristal Logic", e não se tornar um novo fã. "Up the Hammers!"


Texto: Caco Garcia
Edição/Revisão:Caco Garcia
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica
Banda: Manilla Road
Álbum: Playground of the Damned
Ano: 2011
País: EUA
Tipo: Epic Metal
Selo: Shadow kingdom Records


Formação

Mark "The Shark" Shelton (Guitars/Vocals)
Bryan "Hellroadie" Patrick (Vocals)
E. C. Hellwell (Bass)
Cory "Hardcore" Christner (Drums)
OBS: Cory deixou a banda em dezembro, sendo substituído por Andreas Neuderth.



Tracklist

01. Jackhammer
02. Into The Maelstrom
03. Playground Of The Damned
04. Grindhouse
05. Abattoir De La Mort
06. Fire Of Ashurbanipal
07. Brethren Of The Hammer
08. Art Of War



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Site Oficial



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Avalanch: Malefic Time: Apocalypse - Projeto Ambicioso ao Lado dos Ilustradores Luiz e Romulo Royo


"Um hit Heavy Metal com vocação de obra total", foi com essas palavras que o jornal El País definiu "Malefic Time:Apocalypse",  o álbum  conceitual da banda espanhola Avalanch, lançado no final de 2011, resultado de uma parceria com os renomados ilustradores, também espanhóis, Luiz e Romulo Royo. O projeto "Malefic Time", une música, ilustrações e pintura, uma "Graphic Novel" moderna, dividida em três livros, com trilha sonora e uma diversidade de produtos agregados, como shows conceituais e o próprio álbum em edições especiais, contendo livro de ilustrações da história, DVD, posters, etc.

Membros da Banda juntamente com Romulo e Luiz Royo
O Avalanch, formado em 1993, já possui um nome de respeito no cenário Metal, tanto na espanha e países de lingua espanhola, como no resto do mundo, sendo que este "Malefic Time", um pouco criticado em algumas publicações e alguns fãs em seu país, principalmente, por não ter sido composto em espanhol, não é o primeiro trabalho da Banda que é cantado em inglês, pois seus trabalhos "La Llama Eterna", de 1997, e "Los Poetas Han Muerto" (cuja tour passou pelo Brasil), de 2003, tiveram suas edições em inglês, ou seja, eles sempre estiveram de olho no mercado mundial (não podemos deixar de citar o embrionário "Ready To The Glory").

Imagem da edição especial do CD
O fato é que a Banda sempre buscou uma evolução, e hoje faz um Metal moderno, pesado, mas sem perder a melodia, e esse ambicioso projeto com os dois Royo, é mais um belo capítulo da saga dos espanhóis, sendo "Malefic Time", sem contar as versões em inglês e discos ao vivo e compilações, o décimo álbum de estúdio do Avalanch.

                      Os Criadores do Universo Malefic Time


Luiz Royo, nascido em 1954, começou a carreira como pintor em 1972, entrando no mundo dos Comic Books em 1978, mas seu trabalho ficou mesmo conhecido através das ilustrações, lançadas pela editora Norma Editorial (acesse o site AQUI), sendo hoje um dos mais populares autores/ilustradores de fantasia no mundo, criando também calendários, cards para coleção, capas para séries e jogos. A principal característica do artista, é o elogiado realismo de suas ilustrações, cheias de força e sensualidade.

Alguns dos trabalhos mais conhecidos do autor são os livros Women, Tarot, III Millenium e Dead Moon, sendo que já possui mais de 30 livros publicados.

Romulo e Luiz apresentando o livro de ilustrações e DVD, ao fundo, a galera do Avalanch 
Romulo Royo, nascido em 1976, iniciou seu trabalho em 95, em publicações como "Barcelona y Planetario", e também começou a se destacar quando desenvolveu sua faceta de ilustrador, também através da Norma Editorial. Em 1997, começou seu trabalho de ilustração com pintura, com o "El Grupo 3", posteriormente tendo exposições solo no museu Pablo Serrano, em Madri, e exposições importantes como Art Forum Berlin e Los Angeles Art Show, e , nos últimos anos, vem se dedicando também a arte da escultura.

                         Malefic Time: Apocalypse. O Conceito

Com a intenção de unir ilustrações e pinturas, criando um cenário realista e com visual que visa impressionar e revolucionar a arte da ilustração, unindo música e mais uma infinidade de produtos, como shows temáticos e edições luxuosas, a história contada se passa no ano de 2038, quando o mundo viu seus sonhos se transformarem em pesadelos. A primeira parte, serão três, começa em Nova Iorque (as demais se passarão em Tóquio e Paris), uma metrópole decrépita e barulhenta que dizimou seus habitantes, e se vê infectada por um estranho grupo de habitantes que se preparam para travar uma luta final.
A personagem Luz e sua espada Malefic é a figura central dessa trama.


A idéia do universo Malefic, já vem de anos atrás, partindo de uma ilustração de Luiz Royo, um jovem expelindo uma lágrima de sangue, enquanto segura uma espada, chamada Malefic, com nove serpentes entrelaçadas, uma alusão ao apocalipse, e em sua cruz um pentagrama e um esqueleto, como símbolo de  regeneração do ser humano. A partir daí, imaginou todo um universo envolvendo o personagem, porém o projeto foi engavetado e agora retomado, com toda a grandiosidade que foi imaginado há vinte anos atrás!

Além dos já lançados CD, livro e DVD das ilustrações, em janeiro foi produzido o clip, assista no fim da matéria, além da realização de shows temáticos, e em abril será lançada uma graphic novel. E isto é só o começo.


                         Malefic Time:Apocalypse: O CD


A parceria do Avalanch com Luiz Royo não é novidade, pois o ilustrador é autor de vários trabalhos para a banda, algumas recebendo prêmios em publicações voltadas ao Metal.

Pois bem, coube ao Avalanch criar a trilha sonora para o mundo apocalíptico da saga, com seu Metal pesado e moderno, a banda criou treze faixas, sendo quatro delas instrumentais, e conseguiu trazer o clima adequado e condizente ao visual a a história criada pelos Royo, com faixas que acompanham o desenrolar da história. Algumas apresentações especiais, as quais contavam com a trilha e apresentação de imagens e ilustrações da graphic novel, foram muito elogiadas, causando grande expectativa para os próximos planos do projeto.
Fran Fidalgo - Ramón Lage - Marco Álvarez - Alberto Rionda - Dany León - Chez García 
Lançado no final do ano passado, o CD conseguiu de cara destaque em várias votações de melhores do ano.

A sonoridade traz os elementos já conhecidos dos últimos trabalhos da banda, mas com elementos mais sombrios, além, claro, de ser totalmente em inglês.

Como uma verdadeira trilha sonora, o CD vai apresentando faixas mesclando peso, melodia, elementos do Power e Prog, com climas criados pelo teclado de Chez Garcia, trazendo a atmosfera adequada a cada capítulo, convidando a imaginação do ouvinte a trabalhar, deixando ainda maior a ansiedade de ter em mãos os livros da história, tendo o conjunto todo para apreciar.

Cena do Vídeo Clipe
A faixa de abertura, que também dá título ao álbum e é o tema do vídeo (veja no final desta matéria) lançado em janeiro, com todo o cuidado e "pompa" que o trabalho vem recebendo desde o início de sua produção, vem pesada e caótica, com vocais agressivos e já destacando os climas de teclado, que, ao longo do disco, juntamente com o trabalho vocal, apesar do sotaque meio carregado ás vezes, o que algumas cabecinhas certamente vão criticar, são o destaque ( e é complicado apontar destaques num trabalho tão bem feito), e grande refrão. Bela abertura.


A seguinte, "Baal", não deixa por menos, e traz uma letra com uma mensagem que serve bem para a humanidade, que temos que seguir em frente, que sempre há um lugar onde o sol continuará a brilhar, dificuldades existirão sempre, mas não se pode perder a esperança.

Como disse, fica difícil apontar destaques num trabalho tão bom, e ir comentando faixa a faixa também fica complicado, então destacarei mais duas que me chamaram um pouco mais de atenção, "Lilith", faixa mais, digamos, "comercial", com melodias e refrão fáceis de assimilar, e "Spread Wings", outro exemplo de Metal moderno, mesclando elementos do Prog, mostrando bom gosto e variações que prendem o ouvinte.

Um trabalho de qualidade, moderno, audacioso, que renderá bons frutos para a banda, e acrescentará mais uma bela vitória aos talentosos ilustradores Luiz e Romulo Royo. Um trabalho que busca originalidade, unindo várias formas de arte, já seria digno de conferir, mas as assinaturas e referências por trás do projeto, e a qualidade alcançadas, nos fazem torcer que os próximos capítulos também tenham um trilha sonora de, no mínimo, qualidade igual. Vamos ver se caberá ao Avalanch essa missão.






Texto: Caco Garcia
Edição/revisão: Caco Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Avalanch
Álbum: Malefic Time:Apocalypse
Ano: 2011
País: Espanha
Tipo: Prog/Power Metal
Selo: Santo Grial

Formação
Alberto Rionda - Guitarra
Ramón Lage - Voz
Dany León - Guitarra
Francisco Fidalgo - Bajo
Chez García- Teclado
Marco Álvarez - Batería

Additional info
Malefic Time Apocalypse will serve as a soundtrack to the work of the same name
 created by the great artists Luis Royo and Romulo Royo.

Tracklist
01. Malefic Time: Apocalypse
02. Baal
03. La Augur
04. Lost In Saint Patrick
05. In The Name Of God
06. New York Stoner
07. Spread Your Wings
08. Marduk
09. Apocalyptic Dream
10. Lilith
11. Voices From Hell
12. 9th Snake
13. Soum"s Death

Acesse e conheça mais sobre o projeto



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Lance King: Mantendo Sua Essência

Lance King

O vocalista Lance King conhecido pelos seus trabalhos com as bandas cristãs Balance Of Power e Pyramaze, lançou no ano de 2011 seu primeiro álbum solo “A Moment In Chiros” que define seu som entre Prog e o Power Metal.

Para esse primeiro lançamento Lance reuniu diversos músicos para gravar o álbum e mesmo “A Moment In Chiros” tendo sido gravado totalmente à distância, o que impressiona é a coesão das composições e as linhas vocais de Lance King que se demonstra um dos melhores vocalistas do estilo.

Outro destaque que podemos ouvir é a construção musical das composições. “A Sense Of Urgency” nos mostra esta excelente construção musical com grandes linhas de guitarra que dão seqüência em “Awakening”, mas com uma pegada mais progressiva, com Lance se mostrando muito versátil, alternando entre tons mais altos e baixos deixando um clima sombrio com seu belo refrão.

Mas também temos a faceta mais Power que consagrou o vocalista como em “A Given Choice” que contém belos teclados e com uma dose de elementos modernos que caiu muito bem à composição, que conta com um belo refrão que com certeza levara os bangers a cantarem em uníssono em seus shows.

Realmente Lance King conseguiu de alguma forma modernizar seu som sem perder a essência que o consagrou, aliando elementos modernos ao seu prog/power, com grandes composições que irão agradar em cheio aos fãs de Metal melódico.

Uma informação importante: toda a renda que o disco lucrar será revertido à organização “Not For Sale” que luta contra a escravidão sexual.

Texto: Renato Sanson
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Lance King
Álbum: A Moment In Chiros
Ano: 2011
País: EUA
Tipo: Prog/Power Metal

Formação
Lance King (vocal)

Convidados
Jacob Hansen (Beyond Twilight, Invocator, Anubis Gate), Kim Olesen (Anubis Gate), Michael Harris (Darkology, Thought Chamber), Tore St Moren (Jorn), Fred Colombo (Spheric Universe Experience), Markus Sigfridsson (Darkwater, Harmony), Kevin Codfert (Adagio), Michael Hansen e Shane Dhiman (Phonomik), Morten Gade Sørensen (Pyramaze, Wuthering Heights), Elyes Bouchoucha, Malek Ben Arbia, Anis Jouini (Myrath) e Mistheria (Bruce Dickinson).



Tracklist
01. A Sense of Urgency
02. Awakening
03. Manifest Destiny
04. A Given Choice
05. A Moment in Chiros
06. Dance of Power
07. Kibou
08. Infinity Divine
09. Joy Everlasting
10. Sacred Systems
11. Transformation

Acesse e conheça mais sobre o vocalista

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Entrevista: Tim Owens – A Máquina de Gritar Heavy Metal

Entrevistamos com exclusividade Tim "Ripper" Owens
Check out the interview in English by clicking here.

Vocalista do Judas Priest aos 28 anos. Somente isso já nos mostra a força que o então jovem Tim “Ripper” Owens já tinha nos anos 90, quando substituiu Rob Halford na lendária banda Judas Priest, banda que é um dos pilares criadores do Heavy Metal.

Sua história de vida rendeu o filme “Rockstar” e sua passagem pela banda inglesa rendeu 2 gradnes discos. A saída acabou acontecendo para a volta de Halford, mas a ascensão de Owens continuou ao montar o Beyond Fear e aceitar o convite para cantar no Iced Earth.

Também foram 2 discos de estúdio e turnês, sua saída do Iced Earth culminou com trabalhos com a lenda da guitarra Ygwie Malmsteen, partindo também para projetos e bandas, como Hail! e Dio Disciples.

Tim Owens é uma lenda viva. O atual vocalista do Charred Walls of the Damned, Hail! e Dio Disciples há muito é considerado um dos maiores vocalistas de todo os tempos e, muito requisitado em bandas, projetos, programas e entrevistas, concedeu um tempo para entrevista exclusiva ao Road to Metal.

À véspera de iniciar nova turnê, Tim respondeu algumas perguntas, sem papas na língua e enrolação (você notará nas respostas). Demos uma geral na carreira do vocalista que promete: virá ao Brasil não apenas com o Dio Disciples (show no Metal Open Air, em abril), mas também com carreira solo e mais surpresas.

Com você, a máquina de gritar TIM “RIPPER” OWENS!

Judas Priest lançou "Jugulator" e "Demolition" com Owens nos vocais

RTM: Você tem se dedicado a várias atividades, desde gravando álbuns com o Charred Walls of the Damned, está cantando com o Dio Disciples e até mesmo possui um bar próprio onde se apresenta. Como organizar a agenda para as turnês e quando teremos uma turnê mundial?

TR: É realmente difícil... Eu estou um pouco ocupado, mas eu acho que é uma coisa boa! Eu gosto de lidar com tudo isso eu mesmo... Quer dizer, principalmente em turnê solo e já é bastante.

RTM: O Charred Walls of the Damned é o novo projeto de vida do Richard Christy e ele revelou em entrevistas de que não abria mão de tê-lo como vocalista. Como está sendo a experiência de voltar a tocar com Richard seu ex-companheiro de Iced Earth e o talentoso Steve Di’orgio, nessa nova empreitada?

TR: É ótimo... Eu e Richard somos amigos há muito tempo, ele é um cara ótimo e é também um incrível baterista e compositor. Nunca havia trabalhado com Steve até o Charred Walls of the Damned... Wow, ele é incrível, ele é matador!

Nova banda com o Richard Christy

RTM: “Cold Winds On Timeless Days” é um disco ainda mais melódico que seu antecessor que, de cara, mostrou a banda tocando rápido, pesado, mas com muita melodia, especialmente a partir dos seus vocais. A banda pretende continuar com esse direcionamento nos próximos lançamentos e, se sim, podemos esperar novos discos da banda?

TR: Eu não acho que só eu fui assim... O Richard compôs e foi assim que o disco saiu... Eu fui ao estúdio e cantei e cantei e cantei e, ao final do dia... BAM!

RTM: A morte de Dio talvez seja a maior perda da história do Heavy Metal. O Dio Disciples surgiu como uma forma de prestar uma homenagem e mostrar para o mundo uma pequena parcela de grandes músicos que foram influenciados por ele e sua música, seja aonde for que ele tenha cantado. Como tem sido essa experiência de tocar com grandes músicos os grandes clássicos de Dio?

TR: Dio foi e é o melhor... Eu sinto falta dele, mas ele sempre estará comigo... Sempre.

Dio Disciples mantando vivo a música do mestre Ronnie James Dio

RTM: Ainda em relação a Dio, você fez uma apresentação especial em seu bar cantando inúmeras músicas do vocalista, desde o Rainbow. Fica claro que você gosta de cantar aquelas canções, mas qual delas você poderia citar que lhe causa maior emoção, que lhe lembra algo importante a partir da mensagem que ela lhe passa?

TR: Sim... Cada vez que eu canto Ronnie mexe muito com meu emocional... Se você me ver cantando no Dio Disciples irá se surpreender... Confira no Youtube... É DE CORAÇÃO.

RTM: Você esteve no Brasil, pela última vez, divulgando seu disco solo. Recentemente o Dio Disciples foi confirmado como uma das atrações do Metal open Air, já considerado como o maior evento destinado ao Metal que o Brasil já teve. Quais são os planos para essa vinda ao Brasil com a banda e haverá possibilidade de mais shows pelo país? E quanto ao Charred Walls of the Damned, poderemos vê-los no Brasil em breve?

Winter's Bane
TR: Com o Charred Walls of the Damned não temos nada em mente, mas eu tenho a Hail!, carreira solo e também o Dio Disciples... Vai ser um bom ano para todos vocês... LOL

RTM: Voltando um pouco ao passado, você gravou um grande álbum com a banda Winter’s Bane em 1993, que revelou você ao mundo, principalmente pelas características vocais agudas e potentes, houve alguns rumores após sua saída do Iced Earth de que a banda retornaria a ativa, o que temos de verdade nestes rumores?

TR: Sim foi um grande cd... Nada comparado como eu canto agora... Vocalmente estou bem melhor agora... Eu ouvi o álbum esses tempos e meio que quis rir... Eu quero dizer, sim eu cantava notas altas, mas o alcance e a substância que tenho agora é léguas acima daquela época... Eu gostaria de gravá-lo novamente... Eu queria tentar fazer a banda novamente, mas NÃO houve interesse dos outros músicos... Estranho, mas essa é a verdade.

Quando vocalista do Judas Priest. Sua entrada na banda rendeu o famoso filme "Rock Star"

RTM: Muitos dizem que o filme Rock Star foi baseado em sua historia na entrada para o Judas Priest, devido você ter tido por anos junto com a Winter’s Bane uma banda cover de Judas chamada British Steel, o que você acha deste filme? Realmente tem haver com sua historia de entrada ao Judas Priest?

TR: Sim, foi! Não é a história do Judas Priest... Mas sim a minha história... Eu acho que foi aí que os problemas começaram!


Iced Earth na época de "The Glorious Burden"

RTM: Em 2003 quando você deixou os vocais do Judas, logo em seguida você assumiria mais um posto importante dentro do Heavy Metal, sendo o substituto de Matt Barlow no Iced Earth. Como foi a sua entrada para banda? E como foi para você assumir os vocais de uma banda com estilo diferente do seu?

Ao vivo com Iced Earth
TR: Eu apenas canto… qualquer banda que eu estou eu apenas canto… John me convidou para entrar na banda [N.T: John Schaffer, da banda Iced Earth] e eu disse “claro”, talvez eu tenha dito isso muito rápido, todos ao meu redor não estavam interessados nisso, empresário do Judas Priest e outros músicos e tal, mas eu fiz a escolha certa e fiz alguma grande música.

RTM: Você lançou dois excelentes álbuns com o Iced Earth “The Glorious Burden” em 2004 e “Framing Armageddon” em 2007, sendo o último de grande sucesso entre a critica e os fãs, mas no meio deste sucesso todo é anunciada sua saída e a volta de Matt Barlow, sua saída foi planejada? Ou você, assim como os fãs, foi pego de surpresa?

TR: Não, eu precisava sair... Eu precisava sair para fazer os meus projetos, por mim mesmo. Foi uma boa passagem e me diverti bastante, mas não era o mesmo tempo que eu tinha no Judas Priest, e não é como agora, agora é a melhor época da minha vida... Mas o Iced Earth ainda era grande e me ensinou algumas coisas para minha carreira de como fazer e como não fazer algumas coisas... lol

Hail! com o Andreas Kisser (Sepultura)
RTM: Em 2009 você estreou com seu álbum solo “Play My Game”. Devido aos seus inúmeros projetos e participações, podemos esperar um novo álbum solo de Tim Owens?

TR: Não tenho certeza... Eu adoraria fazer outro álbum, talvez com uma banda mais estável e não com músicos convidados... Mas é um grande cd... Eu acho que eu vou regravar algumas faixas deste primeiro álbum e fazer algumas coisas do meu jeito e colocar alguns extras nele e lançá-lo para que as pessoas possam comprá-lo... Você sabe que o primeiro álbum nunca foi realmente posto para fora.

RTM: Após essa saída conturbada do Iced Earth, você se tornou um dos vocalistas mais concorridos da cena sendo convidado para vários projetos e integrando a banda de Yngwie Malmsteen. Como surgiu o convite para gravar com o mago da guitarra?

TR: Nós fizemos uma versão de Mr. Crowley [N. E.: clássico de Ozzy Osbourne] e o resultado final ficou muito legal... Nós conversamos um pouco e cai de cabeça na ideia... Tipo de uma coisa legal... Eu realmente poder aparecer e dar o meu melhor... Você sabe que eu tenho um monte de outras coisas na minha carreira que me deixa sempre ocupado... Mas é divertido ser requisitado!

Tim Owens já gravou dois discos com o mago da guitarra Malmsteen

RTM: O que podemos esperar de Tim “Ripper” Owens para 2012?

TR: Um monte de coisas... Shows com o Yngwie na Rússia em fevereiro, então Hail! na América do Sul em fevereiro/março, Dio Disciples na América do Sul e Bulgária, em seguida, turnê solo no México e na Austrália em maio... Turnê solo na Europa em setembro/outubro, turnê solo na América do Sul em novembro, hahaha ocupado e para finalizar vamos começar as gravações do novo álbum do Beyond Fear... Realmente louco!

RTM: Tim, agradecemos pela atenção e deixe um recado aos seus fãs do Road To Metal que aguardam ansiosamente por sua volta ao Brasil.

TR: AMO TODOS VOCÊS... VEJO-OS EM BREVE... E VENHAM JOGAR MEU JOGO!

Keep it heavy!

Entrevista: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Tradução: Renato Sanson
Texto de Introdução: Eduardo Cadore
Revisão/edição: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


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Monster Energy

Veja alguns vídeos das várias bandas por onde Owens cantou

Judas Priest

Iced Earth


Beyond Fear


Malmsteen