terça-feira, 30 de agosto de 2011

Made in Brazil: Antimacula - A Força do Metal Cantado em Português

Grupo mantem vivo o underground gôiano

Um dia vagando pela internet dei uma passada no palco Mp3 (para quem não conhece é um site especializado em divulgar todo o tipo de música), e encontrei uma banda com peso, melodia e o mais interessante: letras em língua pátria, com uma mensagem super critica e não alienada. Apresento para os leitores do Road to Metal a banda Antimacula.

Formada em 2007 em Luziânia no estado de Goiás, a banda vem apresentando uma inspirada mistura de Thrash com Hardcore, com o diferencial de usar as letras para transmitir uma mensagem honesta. Arrisco a dizer que se as letras fosse em inglês a banda não teria me chamado tanta a minha atenção. Questionamentos levantados como na música “Cidade Morta” faz a gente refletir e isso é um ponto positivo para o grupo.

É claro que como todas as bandas do nosso undeground, a Antimacula passou e acredito que ainda deve passar por problemas, como batalhar para ter um espaço na mídia e mudanças de formações que agora se apresenta estável com Sandroka (voz e baixo), Brioche Matiole(bateria), Ronaldo Montavão e André Sardinha (guitarras).

Capa do primeiro EP do grupo!

Recentemente a banda lançou seu primeiro EP auto intitulado que apresenta 4 faixas sendo que todas elas são niveladas por cima, desde o começo cativante de “Cidade Morta” ou em “OH dia” que tem uma pegada meio Matanza pelo timbre do vocalista.

O único ponto é o único crítico que pode ser dito acerca da banda é que em algumas passagens é difícil compreender a pronúncia de algumas palavras, mas isso até certo ponto normal para bandas que se propõem a tocar nesse estilo (vide o Claustrofobia).

Então bangers, se puderem não deixem de ouvir o trabalho deles porque potencial eles tem e se caírem na mão dos produtores certos e se esforçarem muito (ou seja, tocando em tudo quanto é canto e com sangue nos olhos) esses caras vão longe.


Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Acesse:

Myspace

Palco MP3

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Resenha de Show: Black Label Society em Porto Alegre (14/08/11)


Black Label Society tocando pela primeira vez na capital gaúcha

Nem mesmo a chuva que teimava em cair no domingo 14 de agosto desanimou o público que esperava ansiosamente pra ver uma das bandas de Metal mais importantes da atualidade, o Black Label Society, do grande guitarrista Zakk Wylde.

Zakk Wylde é um dos grandes guitarristas do Metal (ex-Ozzy Osbourne)

Os portões do bar Opinião foram abertos por volta das 20 horas, uma hora depois a banda porto alegrense Draco subiu no palco para o show de abertura, e não decepcionaram, com uma pegada forte animaram o público que cantava junto as músicas próprias da banda. Foi meia hora de show, que aqueceu os que ali estavam.

Prontamente após a Draco deixar o palco, a equipe do BLS começa a arrumá-lo, e pontualmente às 22 horas, depois de uma introdução com “New Religion”, Black Label Society entra e a banda de Zakk Wylde deixa todos alucinados com a ótima “Crazy Horse”, do novo álbum “Order of the Black” (2010).

Zakk Wylde com um cocar indígena americano, levanta o público com toda sua técnica com a guitarra.

Em seguida foi a vez de “Funeral Bell”,seguida de “Bleed For Me” e “Demise of Sanity”.

Zakk só fazia pausas para tomar cerveja, e já emendava outra música sem piedade ao público que ia ao delírio. “Overlord” e “Parade of the Dead” foram as seguintes.

Zakk por diversas vezes levantava sua guitarra como um troféu, sendo ovacionado pelo público que não parava de pular.

E o show ia seguindo, com uma força impressionante de toda a banda, que parecia não cansar, tocaram “Born To Lose” antecedendo “Darkest Days”, bonita canção do novo álbum, com Zakk no piano.

Em seguida, foi a vez da grande “Fire It Up”, ovacionada e cantada por todos, depois Zakk, sozinho no palco, destrói sua guitarra, num solo improvisado de mais ou menos 10 minutos, mostrando que é mesmo um dos melhores guitarristas da atualidade.

Sem pausas e com o resto da banda de volta ao palco, emendaram “Godspeed Hellbound”, “The Blessed Hellride”, e um dos momentos mais marcantes da noite, “Suicide Messiah”, que quase levou o Opinião a baixo.

O Black Label Society encerra o show com chave de ouro, com as ótimas “Concrete Jungle” e “Stillborn”.

Os integrantes da banda mostravam para o público uma bandeira do Brasil, com o símbolo do BLS no meio. Zakk batia no peito como um louco, e o público gritava seu nome.

O show foi um pouco curto, mais ou menos 1 hora e meia, mas foi ótimo, não ficou devendo em nada. Valeu muito a pena aguentar a chuva e o frio.

Zakk e sua banda mostram uma força incomum nos dias de hoje, eles simplesmente mostram a verdadeira energia headbanger!


Texto: Mateus Fiuzza

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Daniela Hentges


Formação

Zakk Wylde (Vocais, Guitarra)

Nick Catanese (Guitarra)

John DeServio (Baixo)

Mike Froedge (Bateria)


Set List

1 – New Religion

2 – Crazy Horse

3 – Funeral Bell

4 – Bleed for Me

5 – Demise of Sanity

6 – Overlord

7 – Parade of the Dead

8 – Born To Lose

9 – Darkest Days

10 – Fire It Up

11 – Godspeed Hellbound

12 – The Blessed Hellrise

13 – Suicide Messiah

14 – Concrete Jungle

15 - Stillborn

domingo, 28 de agosto de 2011

Sepultura e Machine Head Dividindo Palco no Brasil

Dois dos principais nomes do Metal extremo mundial unem forças e se apresentam juntos no Brasil.
Sepultura, maior banda do Metal brasileiro, e uma das principais referências do Thrash Metal mundial, retorna com turnê no país de origem, divulgando o mais novo disco e sucesso da banda, “Kairos” (2011), tendo como parceira de show a banda norte-americana Machine Head, que lança em 27 de setembro o álbum “Unto the Locust”.

Sepultura traz a turnê que divulga seu novo álbum alvo de críticas positivas

Lançado este ano, “Kairos” tem recebido muitas críticas positivas, sendo comparado por muitos aos principais discos da banda e tachado como o melhor trabalho da fase sem Max Cavalera.

Firmando a formação com Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo), Derrick Green (vocal) e Jean Dolabella (bateria), o Sepultura se apresentou recentemente na edição 2011 do Wacken Open Air (confira matéria especial aqui) e foi um dos grandes destaques do festival.

Já o Machine Head vem ao Brasil pela primeira vez na carreira, tocando em três datas juntamente com o Sepultura (veja datas e locais dos shows ao final da matéria).

Machine Head pela primeira vez no Brasil toca em três capitais

As capitais São Paulo/SP, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS receberão a turnê conjunta que, após esses shows, continua em Buenos Aires (ARG) e Santiago (CHI). A passagem das bandas renovadas e em grande evidência pelo nosso país com certeza marcará a carreira dos grupos e, mais ainda, dos fãs que poderão conferir duas das maiores bandas de Thrash Metal mundiais, além de honrar a presença em nome do Metal nacional representado pelo Sepultura.


Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação e


Datas da turnê conjunta na América do Sul

São Paulo/SP, no Via Funchal (14/10/11)

Curitiba/PR, no Master Hall (15/10/11)

Porto Alegre/RS, na Casa do Gaúcho (16/10/11)

Buenos Aires (ARG), no El Teatro Flores (21/10/11)

Santiago (CHI), no Teatro Caupolican (23/10/11)


Base 2 Produções


Há excursão do noroeste do Rio Grande do Sul para o show em Porto Alegre. Clique aqui e confira.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nargaroth Lança Álbum Que é Forte Candidato a Pior do Ano

Banda responsável por grande clássico do Black Metal resolve utilizar elementos eletrônicos

No seu 7° trabalho de estúdio “Spectral Visions of Mental Warfare” (2011). os alemães do Nargaroth anunciavam que tentariam fazer um trabalho para expandir as fronteiras do Black Metal. Pois bem, pretensões a parte, o frontman Senhor Rene Wagner (atualmente intitulado como Ash) decidiu nos apresenta um trabalho que nada mais é que uma seqüência de devaneios experimentais e muito aquém do que a própria horda que lançou “Black Metal is Krieg” (2001), um verdadeiro massacre sonoro.

O CD em si não apresenta nenhum ponto de destaque, sendo uma mistura muito mal feita de Burzum nos seus primórdios (pelos vocais) com arranjos eletros-pseudo-intelectuais, o que não empolga nem um pouco.

Não que eu seja contra a evolução de uma banda, mas o que acontece aqui é no mínimo enigmático: como os caras gravaram isso e tiveram coragem de lançar? Provas do que estou falando são faixas como “March of Tyrants” (nome empolgante, música horrível) apresenta o que domina o álbum que são os sintetizadores e camada de sons atmosféricos (sabe toda aquela abominável sonoridade que rola no novo do Morbid Angel, aqui é igual) e não importa para que faixa você pule o exercício de paciência será o mesmo.

Como desgraça pouca é bobagem, de acordo com as informações da net esse mesmo material será lançado em uma edição de vinil duplo com 5 músicas inéditas que se forem no mesmo caminho desse CD não vai despertar o menor interesse.

Em entrevistas Ash havia dito que queria despertar as emoções dos seus fãs. Bom, ele conseguiu e despertou minha emoção de raiva e de correr para o porta-CD para ouvir qualquer álbum do Darktrhone para relembrar o que é Black Metal de verdade.


Texto: Harley

Revisão/edição: Harley

Fotos: divulgação


Ficha Técnica

Banda: Nargaroth

Álbum: Spectral Visions of Mental Warfare

Ano: 2011

País: Alemanha

Tipo: Black Metal


Formação

Charoon (Guitarra)

René "Kanwulf" Wagner (Vocal, Guitarra e Baixo)

Erebor (Bateria)

Tracklist
1. Odin’s weeping for Jördh
2. An indifferent Cold in the Womb of Eve
3. Diving among the Daughters of the Sea
4. Odin’s weeping for Jördh - Part II
5. Journey through my Cosmic Cells (The Negation of God)
6. A Whisper underneath the Bark of old Trees
7. Spectral Visions of Mental Warfare
8. March of the Tyrants

Acesse

Site Oficial

sábado, 20 de agosto de 2011

O Fim de Uma Saga, O Fim de Uma Era: Rhapsody of Fire, Disco e Divisão da Banda

Banda lança grande álbum e se separa: mas a história continua...

15 anos de história, conquistas e batalhas que fizeram do Rhapsody of Fire (por anos apenas Rhapsody) se tornar uma das principais referências no Metal Sinfônico/Melódico mundial.

Responsáveis por uma das sagas mais complexas e longas da história do Metal (iniciada em 2004), o grupo este ano de 2011 lançou o último trabalho conceitual da saga que rendeu vários discos e EPs.

Magia, dragões, espadas, guerra entre o Bem e o Mal... os mestres do gênero!

Foi lançado “From Chaos to Eternity” (2011), disco que, ao contrário do esperado, se apresentou mais “direto” (dentro do possível sem alterar a sonoridade da banda), com muitos riffs de guitarra e solos inspirados, com certo peso e agressividade em alguns momentos, enfim, elementos vários que fazem do disco um álbum, no mínimo, mínimo de atenção.

Mas a surpresa é que, prestes a sair em turnê mundial, a banda se separou! Luca Turilli (guitarra), principal compositor e uma das figuras mais marcantes do gênero, anunciou sua saída da banda, finalizando mais de 15 anos de trabalhos conjuntos, assim como o baixista Patrice Guers, que deve permanecer na "nova" banda de Turilli (stranhamente se chamará Rhapsody).


Principal compositor, Turilli deixa a banda e pretende continuar a história com o nome Rhapsody (como no início)

A notícia pegou todos de surpresa, pois não havia indícios claros de desgaste do grupo. Em anúncio oficial, a partida se deu amigavelmente, inclusive com a dupla montando novamente o Rhapsody, enquanto os demais integrantes, Fabio Lione (vocal), Alex Staropoli (teclados), Tom Hess (guitarra) e Alex Holzwarth (bateria) seguirão com o Rhapsody of Fire divulgando o novo disco.

“From Chaos to Eternity” (2011) surpreende pela simplicidade e beleza das composições. Embora ainda bastante sinfônico, a banda parece ter diminuído um pouco a “pomposidade” (?) de seu som, apostando em riffs rápidos e passagens mais pesadas, com destaques para os guitarristas e a bela voz de Fabio Lione, que canta como nunca.

Ao longo de suas 9 faixas, o álbum traz muita melodia, letras cantadas em italiano e a última participação de Christopher Lee (ator que interpretou Saurom em O Senhor dos Anéis) e que narra a parte final da saga, além de arriscar nos vocais líricos.

Há grandes canções, como “Ad Infinitum” (quase como uma introdução ao disco) e “From Chaos To Eternity” (a melhor), que primam a velocidade e certo peso, incluindo na segunda backing vocals quase guturais.

Há, ainda e como sempre, as belas canções calmas e românticas, como “Tempesta Di Fuoco” e “Anima Perduta”, com show de Lione e instrumentos clássicos. Aliás, Lione está muito bem na fita, sendo cogitado a integrar definitivamente o Kamelot (participou como vocalista convidado da turnê sul-americana).

Fabio Lione, mais uma vez, surpreende e é o destaque do novo disco

Mas é a última e derradeira faixa que fecha com chave-de-ouro esse novo trabalho e encerra uma saga e anuncia o fim de uma era: “Heroes Of The Waterfalls' Kingdom”. Com quase 20 minutos de duração, traz todos os elementos que fazem da banda a maior em se tratando de Metal Sinfônico épico: narrações (com a grande voz de Lee), corais, riffs agudos, solos de guitarra ultrarrápidos, teclados no ritmo, passagens acústicas, etc...

A partir de agora, a tendência é de que a banda deva apostar em novos elementos, ao perder a participação de Turilli. Entretanto, com certeza Fabio Lione e companhia irão manter a banda nos trilhos desse estilo de se fazer Metal Sinfônico que tem no nome Rhapsody of Fire, o maior e mais poderoso dos dragões!


Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Rhapsody of Fire

Álbum: From Chaos to eternity

Ano: 2011

País: Itália

Tipo: Metal Sinfônico/Metal Épico/Power Metal


Formação do álbum

Fabio Lione (Vocal)

Luca Turilli (Guitarra)

Patrice Guers (Baixo)

Alex Holzwarth (Bateria)

Alex Staropoli (Teclados)


Capa de autoria de Felipe Machado Franco


Tracklist

01. Ad Infinitum
02. From Chaos To Eternity
03. Tempesta Di Fuoco
04. Ghosts Of Forgotten Worlds
05. Anima Perduta
06. Aeons Of Raging Darkness
07. I Belong To The Stars
08. Tornado
09. Heroes Of The Waterfalls' Kingdom
I. Lo Spirito Della Foresta
II. Realm Of Sacred Waterfalls
III. Thanor's Awakening
IV. Northern Skies Enflamed
V. The Splendour Of Angels' Glory (A Final Revelation)


Acesse o site oficial e leia (em inglês) a nota oficial de separação aqui

Ou leia a mesma traduzida no site Portal do Metaleiro