domingo, 31 de março de 2013

Entrevista: Vandroya - Separando Sonhos de Expectativas



Nascida em 2001, na cidade de Bariri (SP), a Vandroya começou como tantas outras bandas, ou seja, apenas alguns "moleques" fãs de Heavy Metal, que formaram um grupo para tocar covers de seus ídolos. (TO READ ENGLISH VERSION, CLICK HERE)

Com o tempo passando, logo sentiram a necessidade de criar suas próprias músicas, lançando o EP "Within the Shadows", em 2005. Porém, devido a indefinições, trocas na formação, falta de condições de investir na banda e outras dificuldades, fizeram o grupo quase desistir. Porém, para o bem da cena Metálica, felizmente as coisas começaram a tomar novo rumo, e com uma formação reformulada, e também graças a boa visibilidade que a talentosa Daísa Munhoz ganhou com seu trabalho junto a Soulspell  Metal Opera, de Heleno Vale, mais olhos se voltaram ao potencial e talento da Vandroya.

Finalmente dado mais um grande passo, que foi o lançamento do debut  "One", distribuído no exterior pelas gravadores Inner Wound Recordings e Spiritual Beast, e no Brasil pela Hellion Records, a banda vem colhendo os frutos, sempre, como Marco comenta nesta entrevista, mantendo os pés no chão e celebrando cada conquista, tendo excelentes resenhas e notas na mídia especializada. Conversamos com Daísa Munhoz e Marco Lambert para falar um pouco mais a respeito desse momento, e, claro, sobre o álbum "One".


RtM: Gostaria que vocês descrevessem o sentimento de,  finalmente, ter o seu “debut”  lançado. Lembro que a Daísa, em entrevista para o Road em 2010, chegou a dizer que era o “Chinese Democracy” de vocês, fazendo uma brincadeira, um tipo de paralelo, com o álbum dos Guns, que ficou tempos naquele sai –não-sai!
Marco Lambert: Essa analogia foi perfeita (risos). Hoje mais do que nunca eu acredito que as coisas aconteceram no momento certo. Quando lançamos nosso Ep “Within Shadows” em 2005, não estávamos preparados para gravar um disco inteiro. Nós já conversamos muito sobre esse assunto e chegamos à conclusão que se tivéssemos lançado um disco em 2007 ou 2008, é bem provável que ele seria apenas mais um disco de Metal mal gravado e mal produzido.

É evidente que 11 anos é muito tempo para lançar um álbum, mas esse tempo foi fundamental pra adquirirmos maturidade musical e pessoal. Estamos muito contentes com o resultado que “ONE” tem alcançado, tanto no Brasil quanto no exterior. Sinceramente, não esperávamos tudo que está acontecendo, pois temos os pés no chão e sabemos que é um mercado muito difícil.


RtM: O álbum vem recebendo muitos elogios, sendo que foi lançado no Japão primeiramente, e já temos agora a edição nacional. Contem pra gente como foram surgindo essas oportunidades e o interesse dos selos do exterior.
Daísa Munhoz: Posso dizer que tudo começou a partir do momento que meu nome ganhou mais visibilidade, é claro. Nossos vídeos começaram a ser mais acessados e a Inner Wound, mesma gravadora da Soulspell, entrou em contato. Eles sabiam que estávamos em estúdio e pediram pra ouvir o material. Eles gostaram tanto que batalharam por um selo na Ásia também. 

Acabamos assinando com a Spiritual Beast do Japão, que fez a melhor proposta. Isso tudo foi uma enorme surpresa pra gente, e comemoramos cada conquista. Já quanto ao selo brasileiro, o contato aconteceu enquanto mixávamos o disco em São Paulo.


RtM: E ainda quanto esta excelente receptividade, como vocês estão vendo? Está tendo o retorno que vocês esperavam?
Marco Lambert: Sem dúvida é muito gratificante ler as resenhas positivas, com ótimas notas, vindas de todas as partes do mundo, ver que os fãs estão gostando de "ONE", e que a espera por esse disco valeu a pena. Mas como eu já disse, não esperávamos absolutamente nada, está tudo sendo novidade pra gente. Hoje em dia a cena do Metal vive uma realidade muito diferente da cena vivida nos anos 80 e 90, existem muitas bandas, muitos lançamentos e o mercado de hoje é extremamente exigente.

Preferimos trabalhar sem criar expectativas com relação a nada dentro da Vandroya, queremos nos surpreender com cada coisa que possa acontecer, a cada dia. Nós conseguimos separar expectativas de sonhos. Eu acredito que sonhar faz você trabalhar muito em prol de algo que você deseja, mostra diversos caminhos pra você tentar realizar seus objetivos. Mas quando você confunde sonhos com expectativas, só existe um caminho, o da frustração.



RtM: A banda esteve parada por um tempo, mas depois foi reunindo forças e está aí com um grande álbum nas mãos. Gostaria que vocês falassem sobre os momentos difíceis, e de como a banda foi buscando forças para retornar a cena até chegar no momento atual.
Daísa Munhoz: ficamos parados por um bom tempo. Basicamente, nosso maior problema foi a entrada e saída de integrantes, pois cada vez que se muda a formação é como se você estivesse começando do zero. Éramos moleques, muitos sem saber ainda se ia pra faculdade, se não ia, o que queriam fazer da vida, outros se casando e desistindo da cena, essas coisas. Fora a falta de dinheiro pra injetar na banda. Também acredito que a falta de maturidade pra lidar com esses problemas afetou nossa decisão de dar um tempo com as atividades da Vandroya, mas como o Marco disse, ainda bem que aconteceu dessa forma, pois tenho certeza que essa mesma falta de maturidade ia contribuir e muito para o lançamento de um péssimo disco.


RtM: Sobre as composições em “One”, vocês poderiam falar a respeito de como foi a escolha das músicas para o álbum? Pois, a banda iniciou as atividades em 2001, teve o EP “Within The Shadows”, então, provavelmente vocês já tinham também outras ideias e composições, muitas devem ter sido descartadas, outras rearranjadas e algumas novas compostas. E ficou algum material já para um próximo lançamento?
Marco Lambert: Essa foi uma tarefa bem difícil, pois quando decidimos que gravaríamos “ONE”, nós tínhamos apenas quatro músicas prontas, sendo que duas delas faziam parte do EP de 2005. Também tínhamos muitos fragmentos. Eu gosto muito de compor dessa forma, ir anotando tudo e depois avaliando as ideias. 

Decidimos então regravar as músicas do EP, com pequenas mudanças, principalmente nos teclados. A partir daí a missão foi juntar os fragmentos e transformar tudo aquilo em música. Vamos começar a trabalhar no novo álbum em breve, mas não temos nada de concreto ainda, apenas algumas coisas que sobraram, e que precisam passar por uma nova avaliação.


RtM: E sobre a faixa “Change the Tide”, que aparece também no “Hollow’s Gathering”, do Soulspell. Ela teve a letra reescrita para encaixar na história desse álbum (Hollow’s)? E teve algum estranhamento por parte dos fãs por essa música ter sido lançada nos dois álbuns, e num espaço de tempo bem curto entre eles?
Daísa Munhoz: Essa música é de Daniel Manso, nosso ex-guitarrista , e sim, ela tinha outra letra, uma letra minha. Gravamos e engavetamos, pois naquele momento não tínhamos intenção de lançar um disco. Acontece que Heleno Vale se interessou pela música e na época das gravações de Hollow’s Gathering ele propôs usar a música no disco da Soulspell mudando a letra para que esta se encaixasse na história, de modo que a musica passaria a ser de ambas as bandas. 

Somente os vocais foram regravados (N. do R.: na versão de que está no "One", há a participação de Leandro Caçoilo), o instrumental é o mesmo nos dois discos. Os fãs gostaram, eles só talvez ainda não saibam o porquê disso (risos). Por causa de tramites de gravadoras e outros empecilhos, que são normais, ambos os discos sofreram alterações em suas datas de lançamento, por isso a proximidade.


RtM: E sobre esse time maravilhoso de músicos que compõem a Banda? Como vocês foram se reunindo através destes anos? Influências que acabam compondo a personalidade e sonoridade do Vandroya certamente!
Daísa Munhoz: Esta banda começou com um grupo de moleques que se reunia no domingo pra tocar Metal, pra praticarmos, sem a menor intenção de ir além disso. Porém, as coisas foram mudando, a vontade de compor apareceu, muitos acabaram saindo, voltando, saindo de novo, e dos fundadores da banda, só sobramos Marco, Rodolfo e eu. Mas tivemos a grande sorte de achar em uma cidade vizinha um baita baterista que conhecia um baita baixista, e que estavam muito a fim de levar a banda a sério. O Otávio é muito importante nessa banda. Quando tudo estava desmoronando, anos atrás, ele não esmoreceu e nos deu muita força pra reerguermos a banda e também é meu parceiro em algumas letras. O Giovanni também é um cara sensacional. Somos todos muito amigos e os nossos encontros são sempre muito divertidos.

A Vandroya em tempos idos.
RtM: Temos visto vários lançamentos de bandas brasileiras por selos estrangeiros, selos que também têm investido em novos lançamentos, com bandas novas e bandas clássicas, como é o caso da Nuclear Blast, Napalm Records, Frontiers... inclusive com edições em vinil e edições especiais. Temos visto mais reportagens na tv falando de Metal, inclusive mais programas de TV e mais espaço para o estilo, temos grandes festivais pelo mundo. Vocês acreditam que vivemos novamente um momento favorável para o Hard/Metal, claro, talvez não chegará a tanto, mas poderá chegar perto novamente num momento como foi nos anos 80? Como vocês veem o futuro do estilo?
Marco Lambert: Tudo isso que está acontecendo com o Metal, principalmente quando atinge a mídia que não é especializada no assunto, é de extrema importância, mas ainda é muito pouco para resolver o problema. Eu acho que hoje em dia, existe muito mais público de Metal, muito mais bandas, festivais e facilidade em adquirir produtos e informações sobre as bandas, coisas que faltavam nos anos 80. A cena nunca foi fácil, mas atualmente temos que suar mais ainda a camisa pra conseguir alguma coisa, principalmente as bandas brasileiras. 



O Brasil hoje é rota obrigatória em turnês das bandas de fora, ou seja, mercado existe. Mas é claro, não adianta ficar reclamando e não fazer nada. As bandas brasileiras precisam fazer sua parte, que é gravar um material com qualidade, e trabalhar intensamente para fazer shows com a mesma qualidade do disco. Obviamente, o público tem que apoiar cada vez mais o Metal nacional, e os produtores organizarem shows em que haja respeito com as bandas e principalmente com o público.

RtM: Marco, conte um pouco pra gente sobre como começou a tocar, suas influências como guitarrista.
Marco Lambert: Comecei a tocar com 17 anos, e iniciei meus estudos sozinho, nunca tive aulas de guitarra ou violão. Pouco tempo depois montei uma banda com uns amigos. Isso já faz um bom tempo rsrsrsrrsrs. Passei por diversas bandas, e toquei diversos estilos musicais antes de entrar de cabeça no Metal, apesar de sempre ter sido fã no estilo.



Em 2001 formamos a Vandroya, e foi um grande desafio pra mim, pois nunca havia tocado Heavy Metal com uma banda. Em 2010 fui convidado a fazer parte da Soulspell Metal Opera. Sobre minhas influencias, os guitarristas que eu mais gosto de ouvir tocar são John Petrucci (Dream Theater), Paul Gilbert (Mr. Big), Nuno Bettencourt (Extreme), Edu Ardanuy (Dr. Sin), Yngwie Malmsteen e Zakk Wylde.

RtM: Para a Daísa, a gente já perguntou em uma entrevista anterior (leia AQUI) a respeito das suas influências, então vou querer saber quais vocalistas da nova geração você admira, e com quem gostaria de dividir os vocais num próximo álbum, seja do Vandroya ou Soulspell?
Daísa Munhoz: Você sabe que eu só ouço velharia, né? Meus heróis estão todos no passado e eu quase nunca sei o que está rolando de novo para falar que eu admiro.  Mas sei que tem muita coisa boa acontecendo e eu destacaria a Fernanda Lira, da Nervosa. Ela tem muita técnica, vocês precisam ouvi-la cantar outros estilos que não só Thrash Metal.

A própria Fernanda também me apresentou uma banda chamada Fire Strike, que tem uma vocalista com um alcance absurdo. É um som bem oitentista; eu ficaria de olho neles. Mas quanto a dividir os vocais numa possível gravação, os nomes continuam os mesmos desde a minha primeira entrevista para o RtM: Anne Wilson e Russell Allen.

RtM: Lembro também que a Daísa estava treinando boxe. Como estão os treinamentos? Continua ainda praticando? E Você Marco? Tem treinado algo para o caso de ter de se defender? Heheheeheh!
Marco Lambert: Eu sempre tive muita vontade de praticar alguma luta, mas o tempo foi passando e eu nunca fui atrás. Admiro muito o Aikido e o Jiu Jitsu, mas infelizmente não tem como eu entrar para uma academia, acho que é um tanto quanto arriscado se contundir e ter que ficar parado sem tocar!!
Daísa Munhoz: Sim, eu continuo treinando e muito mais pesado agora (risos). Já incorporei o boxe na minha vida e não dá mais pra viver sem.

RtM: Obrigado a vocês pela entrevista, com certeza ainda virão muitas conquistas pela frente! Fica o espaço para sua mensagem final!
Marco Lambert: Agradecemos a vocês pelo espaço e aos amigos e fãs pelo apoio e receptividade ao nosso trabalho, estamos agendando vários shows e preparando também o clipe para a música "Why Should We Say Goodbye", que começara a ser gravado início de abril. Acompanhem os canais oficiais para novidades. Nos vemos na estrada!





Entrevista: Carlos "Caco" Garcia
Edição: Carlos Garcia
Revisão: Sir Allen
Fotos: Divulgação




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Interview - Vandroya: Separating Dreams of Expectations



Born in 2001 in the city of Bariri (SP), the brazilian band Vandroya began like so many other bands,  just some "kids", Heavy Metal fans, who formed a group to play covers of their idols.

With time passing, soon felt the need to create their own music, releasing the EP "Within the Shadows" in 2005. However, due to uncertainties, line-up changes, lack of conditions to invest in the band and other difficulties, the group did almost give up. However, for the sake of Metal scene, thankfully things started to take a new direction, and with a new line-up, and also thanks to good visibility that talented  singer Daísa Munhoz won with her work with Soulspell Metal Opera,  more eyes turned to the potential and talent of Vandroya.

Finally taken another big step, which was the debut release of "One," distributed  by Inner Wound recordings and Spiritual Beast Records, and in Brazil by Hellion Records, the band has been reaping the benefits, with excellent reviews, notes and with many interviews around the world. We talked with Daísa Munhoz and Marco Lambert to talk a little more about the actual moment, and, of course, about the album "One".


RTM: Would you describe the feeling of finally having your "debut" released? Daísa, did you remember that, in an interview for the Road in 2010,   you sayd that "One" was your "Chinese Democracy", of you making a joke, a kind of parallel with the album of Guns and Roses, because a long time to release that !
Marco Lambert: This analogy was perfect (laughs). Today more than ever I believe that things happen at the right time. When we released our Ep "Within Shadows" in 2005, were not prepared to record an entire album. We've talked a lot about this subject and come to the conclusion that if we had an album released in 2007 or 2008, it's likely that it would be just another album poorly written and poorly produced.

It is clear that 11 years is too long to release an album, but this time was crucial to acquire personal and musical maturity. We are very pleased with the result that "ONE" has achieved, both in Brazil and abroad. I honestly did not expect all that is happening, because we have our feet on the ground and know that it is a very difficult market.

RTM: The album has received many good reviews, and was released in Japan first, and now we have a national edition. Tell us how were these emerging opportunities and the interest of the labels.
Daísa Munhoz: I can say that it all started from the time that my name has gained more visibility, of course. Our videos began to be more accessible and Inner Wound, Soulspell's same label, contacted. They knew we were in the studio and asked to hear the material. They liked it so much that battled for a label in Asia too.

We ended up signing with Spiritual Beast in Japan, who made the best proposal. This was all a huge surprise for us, and we celebrate each achievement. As for the Brazilian label, the contact occurred while we mixed the album in Sao Paulo.


RTM: And as this excellent reception, as you are seeing? Are you having the return you expected?
Marco Lambert: No doubt it is very gratifying to read the positive reviews, with excellent grades, coming from all parts of the world, see what the fans are enjoying "ONE", and that the wait for this album was worth. But as I said, we did not expect anything at all, it's all being new to us. Today, the metal scene is experiencing a very different reality scene experienced in the 80s and 90s, there are many bands, many releases and today's market is extremely demanding.

We prefer to work without creating expectations of anything in the Vandroya, we want to surprise us with every thing that can happen every day. We managed to separate dreams of expectations. I believe that dreaming makes you work hard towards something you want, shows several ways you try to accomplish your goals. But when you confuse dreams with expectations, there is only one way, the frustration.


RTM: The band was stopped for a while, but then it was gathering strength and is here with a great album in hands. Would you talk about the tough times, and how the band was trying to return forces to reach the scene at the moment.
Daísa Munhoz: We stood for a long time. Basically, our biggest problem was the constant exchange of members, because each time you change the formation is as if you were starting from "zero". We were kids, many still do not know if he was going to college, if there was not... what they wanted to do in life, marrying and giving up of music. Outside the lack of money to inject into the band. I also believe that the lack of maturity to deal with these problems affect our decision to take a break with the activities of Vandroya, but as Marco said, glad it happened that way because I'm sure that this same lack of maturity at that time, probably result in a bad album.


RTM: About the compositions on "One", could you talk about how it was the choice of songs for the album? Well, the band started its activities in 2001, had the EP "Within The Shadows", then you probably also had other ideas and compositions, many must have been discarded, others rearranged and some new compounds. And already got some material for an upcoming release?
Marco Lambert: That was a very difficult task, because when we decided that recorded "ONE", we had just finished four songs, two of which were part of EP. We also had many fragments. I really like this way of composing, writing down everything and go after evaluating ideas.

So we decided to rerecord the songs from the EP, with minor changes, mainly on keyboards. From there the mission was to gather the fragments and transform everything into music. Let's start working on the new album soon, but we have nothing concrete yet, just a few things left over, and they need to go through a reassessment.


RTM: What about the song "Change the Tide," which also appears in Soulspell's Act III "Hollow's Gathering". It had the lyrics rewritten to fit the story of this album (Hollow's Gathering)? And there was some estrangement from the fans for this song was released on two albums, and in a very short space of time between them?
Daísa Munhoz: This song was written by Daniel Manso, our former guitar player, and yes, it had another lyrics. We recorded and engavetamos because at that time we had no intention of releasing an album. Turns out Heleno Vale became interested in music at the time and the recordings of Hollow's Gathering he proposed the use of music on the disc Soulspell changing the lyrics so that it would fit in the story, so that the music would be of both bands.

Only the vocals were rerecorded (N. R.: in the version that is in the "One", is attended by Leandro Caçoilo), the instrumental is the same on both discs. The fans liked it, they just may not yet know why this (laughs). Because of proceedings of labels and other impediments, which are normal, both discs have changed in their release dates, so the proximity.


RTM: What about this wonderful team of musicians that comprise the band? As you were coming together through these years? Influences that end up composing the sound and personality of Vandroya indeed!
Daísa Munhoz: This band started with a group of kids who gathered on Sunday to play Metal, to practice, without the slightest intention of going beyond that. But things were changing, the desire to compose appeared, many ended up leaving, coming back, coming back, and founder of the band, only left Marco, Rodolfo and me. But we had the great fortune to find in a neighboring town one hell drummer who knew a hell of a bass player, and they were very ready to take the band seriously. Otávio ​​is very important in this band. When everything was falling apart, years ago, he faltered and gave us a lot of strength, and he is also my partner in some lyrics. Giovanni is also a phenomenal guy. We are all great friends and our meetings are always fun.

Vandroya few years ago
RTM: We have seen several releases of Brazilian bands by foreign labels. Labels that have also invested in new releases, with new bands and classic bands, such as Nuclear Blast, Napalm Records, Frontiers ... including vinyl editions and special editions. We have seen more reports on tv talking about Metal, even more TV shows and more space for the style, we have many festivals around the world. Do you believe we live again in a favorable moment for Hard / Metal, of course, may not come to much, but you can get close again at a time when it was in the 80s? How do you see the future of style?
Marco Lambert: It's what's happening with the metal, especially when it reaches the media that is not specialized in this field, is of utmost importance, but it is too little to solve the problem. I think today there is much more public to Metal music, more bands, festivals and ease in acquiring products and information about the bands, things that were missing in the 80s. The scene has never been easy, but today we have even more difficulties to get something, especially the Brazilian bands.

Today Brazil is mandatory route to the band's tours, yeah market exists. But of course, no use complaining to stay and do nothing. The Brazilian bands need to do their part, which is to record a material with quality, and work hard to do shows with the same quality of the disc. Obviously, the public has to support increasingly the National Metal and producers organize gigs with good conditions to the bands and especially to the public.


RTM: Marco, tell us a bit to us about how he started playing, your influences as a guitarist.
Marco Lambert: I started playing at 17, and started my studies alone, never had guitar lessons. Shortly after I put together a band with some friends. It's been a long time rsrsrsrrsrs. I went through several bands, and played various musical styles before entering headfirst into the metal, although always been a fan in style.

In 2001 we formed the Vandroya, and it was a big challenge for me because I had never played with a Heavy Metal band. In 2010 I was invited to join the Soulspell Metal Opera. About my influences, guitarists that I like to hear playing are John Petrucci (Dream Theater), Paul Gilbert (Mr. Big), Nuno Bettencourt (Extreme), Edu Ardanuy (Dr. Sin), Zakk Wylde and Yngwie Malmsteen.


RTM: To Daísa we already ask in a previous interview about their influences, so I wonder what the new generation of singers you admire, and with whom you would share vocals on a forthcoming album of Vandroya or Soulspell?
Daísa Munhoz: You know I just hear old stuff, no? My heroes are all in the past and I almost never know what's going to speak again that I admire. But I know I have a lot of good happening and I would like to talk about Fernanda Lira, from Nervosa band. She has great technique, you need to hear her sing other styles that not only Thrash Metal.


Herself, Fernanda, also introduced me to a band called Fire Strike, which has a vocalist with a range absurd. It is a well-eighties sound, I'd keep an eye on them. But as for a possible split vocal recording, the names remain the same since my first interview with RTM: Anne Wilson and Russell Allen.



RTM: I also remember that Daísa was training boxing. How are the workouts? Did you still practicing? And you Marco? Are you training for the case of having to defend yourself? (Marco and Daísa are married) Heheheeheh!
Marco Lambert: I always had a strong desire to practice some fighting, but time went by and I never went back. I admire the Aikido and Jiu Jitsu, but unfortunately i cannot join to gym, I think it is somewhat risky to getting hurt and having to go without playing guitar!

Daísa Munhoz: Yes, I keep training and much heavier now (laughs). Already incorporated boxing into my life and there's no more way to live without.

RTM: Thank you for the interview, surely many achievements still to come ahead!I left this final lines for your message to the fans!
Marco Lambert: Thank you for the space and to friends and fans for their support and responsiveness to our work, we are scheduling several shows and also preparing the clip for the song "Why Should We Say Goodbye," which began to be recorded early April. Follow the official channels for news. See you on the road!





Interview: Carlos "Caco" Garcia
Editing: Carlos Garcia
Review: Sir Allen
Photos: Disclosure




Visit the official channels of the band:








                         




sábado, 30 de março de 2013

U.D.O.: Divulgado Teaser, Capa e Tracklist do Novo Álbum



U.D.O. (banda do ex-vocalista do Accept, Udo Dirkschneider) revelou as músicas, a capa e ainda um pequeno teaser de seu novo trabalho 'Steelhammer'. 

Este é o décimo quarto álbum da banda de Heavy Metal alemã fundada por seu vocalista Udo Dirkschneider em 1987, após sua saída do Accept. O álbum foi produzido por Udo e Fitty Wienhold, e está previsto para ser lançado em 24 de maio de 2013 na Europa e 21 de maio na América do Norte através de AFM Records, e estará disponível em vinil preto e transparente. O vinil transparente será limitado em 250 cópias e estará disponível exclusivamente na loja Nuclear Blast.

O vindouro álbum sucede "Celebrator - Rare Tracks", lançado em 2012.



Tracklist
01. Steelhammer
02. A Cry Of A Nation
03. Metal Machine
04. Basta Ya
05. Heavy Rain
06. Devil's Bite
07. Death Ride
08. King Of Mean
09. Time Keeper
10. Never Cross My Way
11. Take My Medicine
12. Stay True
13. When Love Becomes A Lie

Confira o teaser oficial do novo álbum


Texto: Ananda Luiza
Revisão e edição: Eduardo Cadore
Fonte: Site Oficial

sexta-feira, 29 de março de 2013

Accept: A Esperada Vinda da Lenda Alemã Se Aproxima (Porto Alegre/RS - Urânio Produtora)




Porto Alegre/RS há muito se tornou uma das principais cidades brasileiras em termos de shows internacionais. Todos os meses veem-se uma enxurrada de shows, onde os headbangers ficam, muitas vezes, sem saber em quais shows ir.

Mas, embora uma parada obrigatória para muitas bandas, ainda há grupos que não pisaram nas terras gaúchas e, dentre esses tantos, temos o Accept, lendário grupo de Heavy Metal da Alemanha, cujo ápice experimentou nos anos 80 e, hoje, se encontra na sua melhor fase desde então.

Capital gaúcha recebe lenda alemã pela primeira vez

Pensando nisso, a Urânio Produtora traz para a capital gaúcha Wolf Hoffmanm (guitarra), Herman Frank (guitarra) (confira nossa entrevista exclusiva com o guitarrista aqui),  Peter Baltes (baixo), Stefan Schwarzmann (bateria) e o mais novo membro, Mark Tornillo (vocal), na primeira vez do grupo, divulgando “Stalingrad”, aclamado álbum de 2012.

O show acontece dia 7 de abril, um domingo, no já tradicional Bar Opinião, trazendo a banda gaúcha Spartacvs como abertura. Aliás, nada melhor do que aquecer o público ávido por uma banda clássica dos anos 80 com uma banda histórica do cenário gaúcho de Heavy Metal.

O Accept, desde a volta com nova formação, tem se firmado com um dos melhores shows da cena mundial, sempre muito elogiados em todos os lugares que passam, mostrando um entrosamento que qualquer desavisado imaginaria existir desde os idos dos anos 80.

Banda no auge dos anos 80: imortais guerreiros do Heavy Metal

Depois da saída de UDO, mudança de vocalista, a volta do vocalista clássico sem sucesso nos anos 90 e o fim da banda, o Accept encontrou energia renovável em Mark Tronillo, então vocalista da bem menos conhecida T.T. Quick, lançando dois dos melhores e mais aclamados álbuns de toda a carreira: “Blood of the Nations” (2010) e “Stalingrad” (2012).

Com toda essa bagagem e vivendo um dos seus melhores momentos, você ainda dúvida de que teremos um dos mais enérgicos e históricos shows da capital gaúcha graças a essa lendária banda alemã? Então, garanta seu ingresso para esse outro grande evento da Urânio Produtora, que a cada show vai se estabelecendo como uma das mais importantes produtoras de shows para o público Metal da capital.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


Serviço geral
Show: Accept (Alemanha)
Abertura: Spartacus (Brasil)
Data: 07 de abril de 2013
Hora: 19:00
Cidade: Porto Alegre/RS
Local: Bar Opinião (José do Patrocínio, 834)
Ingressos: R$80 (primeiro lote ESGOTADO) / R$100 (segundo lote ESGOTADO) / R$120 (terceiro lote ÚLTIMOS) / R$140 (na hora)
Pontos de venda locais: Zeppelin (Marechal Floriano, 185, loja 209), APlace (Voluntários da Pátria, 294, loja 150)
Online: Show de Bola

Acompanhe novidades através do evento no Facebook clicando aqui.

Kraanium: Patologicamente Explícitos e Doentes



O que esperar de uma banda que dá para suas músicas os singelos títulos "Batizado em Esgoto de Ebulição" ou "Orgia de Fornicação Canibal"?! Todas essas pérolas do lirismo e romantismo, estão na nova e carinhosa obra dos gore noruegueses do Kraanium, "Post Mortal Coital  Fixation" (o que pode ser traduzido como "Necrofilia"), com certeza muito Death Grind Gore e podridão.

Para o ouvinte menos frequente, esse é um CD de Brutal Death normal, com vocais esporrentos, cozinha na velocidade da luz, capa asquerosa e guitarra suja, porém com uma audição mais atenta você começará a perceber o por que do Kraanium ter lançado um dos álbuns mais forte de sua carreira.

Existe muito senso de humor (mórbido, sem dúvida) nas composições da banda. Ouça "Coprophagial Asphyxiation" e "Crack Whore Pounding" para ter certeza do que estou falando, além das tão decorrentes  inserções de diálogos de filmes de terror B. Note também como os irmãos Funderud Martin (vocal) e Mats (guitarra) estão mais afiados do que nunca, trazendo bons momento de sofrimento para o ouvinte, como em  "Stillborn Neurotic Fuck Feast" lembrando muito o pavoroso Mortician.


Como desgraça pouco é bobagem, os psicopatas noruegueses recrutaram Lou Martinez (Flesh Throne) e Lambert Jason (Pain Penitentiary) para auxiliar nos berros e grunidos nas faixas "Sculptures of Perverse Suffering" e "Slurping the Vaginal Pus".

E para encerrar, um cover super fofo da banda Abominable Putridity, com a bela canção "Entrails Full of Vermin". Se a versão original já é podre, imagina o cover. 

Rápido, sujo e asqueroso como o Death Metal tem que ser, enquanto tivermos dementes como os caras da Kraanium podemos ficar tranquilos que as nossas doses de tripas está garantida. 


Texto: Luiz Harley
Edição/revisão: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


Ficha técnica
Banda: Kraanium 
Álbum: Post Mortal Coital  Fixation
Ano: 2012 
Pais: Noruega 
Tipo: Brutal Death Metal/Grind


Formação 
Ian Slemmeing (Baixo) 
Mitch Rider (Bateria)
Martin Funderud (Vocal) 
Mats Funderud (Guitarra) 
Vidar Ermesjo (Guitarra)





Track List 
01 Post Mortal Fixation    
02 Stillborn Necrotic Fuck Feast   
03 Bursting Rectal Sores   
04 Compulsive Mutilation Disorder   
05 Slurping the Vaginal Pus   
06 Crack Whore Pounding   
07 Coprophagial Asphyxiation   
08 Slammed Kranial Remains   
09 Sculptures of Perverse Suffering   
10 Baptized in Boiling Sewage   
11 Orgy of Cannibalistic Fornication   
12 Entrails Full of Vermin (Abominable Putridity cover)

Acesse e conheça mais a banda

quinta-feira, 28 de março de 2013

Resenha de Shows: 4º Noite do CarnaMetal em Porto Alegre/RS


Shows empolgaram do início ao fim na melhor noite do festival

Com as três noites anteriores tendo sido um grande sucesso, chegávamos à 4º noite que era bastante especial, pois trazia novamente ao palco a banda de Blumenau/SC Landwork, que tocara na primeira noite e foi a única atração com dois shows no CarnaMetal e posso dizer que o show mais esperado por este que lhes escreve.

Hard City
Mas a noite começou a esquentar com um bom público no Eclipse ao som da banda Hard City, também de Santa Catarina, que mostrou seu Hardcore cru, direto, cantado em português, em 12 composições diretas e próprias que, mesmo para quem não é muito familiarizado com a sonoridade praticada pela gurizada, não pode dizer que não sobra energia desse pessoal.

Rian Rau (LandWork)
Com a cerveja gelada já invadindo a mente do público, a LandWork simplesmente destroçou o palco e, se formos comparar em energia em relação às outras bandas e agitação do público, só foi batida pela Quatro Cilindros, que fechou a noite.

Mas o grupo catarinense fazia seu show divulgando “The Stand”, primeiro trabalho completo, abrindo com a faixa inicial “Blood”, já levando os mais empolgados (este aqui, inclusive) a começar o agito. Ainda do disco, seguiram “Fly Away” e “Sunshine”, antes da grata surpresa com “I’m Broken” (Pantera), numa versão muito legal (e fiel) que orgulharia à própria banda original.

Jhony Israel (LandWork)
Com muita energia e levando a galera a responder à altura, as músicas “The Stand”, “One Way”, “No Control” e “Turn Away” só vieram confirmar ainda mais o que todos ali (especialmente quem assistira a primeira apresentação) sabiam: estavam diante da melhor atração das 5 noites e de um grupo que tem tudo para desbancar nacional e, quiçá, internacionalmente.

LandWork na sua 2º apresentação
Ainda rolou tempo para mais um tributo ao Pantera, dessa feita com a pesadíssima “Domination” (coluna e pescoços apanharam nessa), que fez as frentes para a saideira, a música de trabalho do álbum, “The Fight”, que encerrou essa apresentação memorável.

Para fechar a noite, nada melhor que um Rock & Roll sujo e cru, cantado em português, com letras que calam no fundo da alma de qualquer “rocker” que se preze. Foi assim com a Quatro Cilindros,   responsável por arrancar as últimas energias da galera no meio da madrugada e, como poucas vezes vi, foi uma das bandas de encerramento que mais agitou o público.

Fechando a noite com muita energia, Quatro Cilindros foi um dos destaques de todo o CarnaMetal

João Antônio nos vocais da Quatro Cilindros
Aliás, em termos de agitação, devo ao grupo do vocalista João Antônio os pequenos hematomas e a dor no pescoço no dia seguinte. Grande grupo com trajetória na cena metropolitana e que merece grande reconhecimento, pois sabe colocar fogo num palco.

Finalizada a 4º noite, com ainda mais sucesso que a noite anterior, preparando a saideira na terça-feira de feriado., que não pudemos conferir, infelizmente. Agora, é esperar que tal evento se firme a cada ano, pois esse é o nosso carnaval!

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Carla Hell Borck

quarta-feira, 27 de março de 2013

Avalon: Nova Tentativa Ousada de Timo Tolkki

Novo projeto busca recolocar Tolkki em evidência positiva novamente


Meses após anunciar aposentadoria, desacreditado de si mesmo após o fiasco com o mega-estrelado projeto Symfonia (sem falar na polêmica que envolveu o fim do Revolution Renaissance antes disso), o ex-guitarrista do Stratovarius Timo Tolkki traz seu novo projeto, Avalon, uma "Metal Opera" (há que se repensar este termo) que reúne grandes nomes da cena mundial, como Michael Kiske (ex-Helloween, atual Unisonic), Russell Allen (Symphony X), Sharon den Adel (Within Temptation) e Tony Kakko (Sonata Arctica), além de instrumentistas como Derek Sherinian (teclados, ex-Dream Tehater, BCC), o baterista Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire) e muito outros.

Obviamente começa-se a especular se este será apenas mais uma tentativa frustrada do guitarrista que, desde o Revolution Renaissance (que contava com brasileiros na banda), não emplaca uma mísera canção significativa, além de sempre se envolver em muita polêmica e choradeira.

Música inédita e seu vídeo clipe trazem a volta de Tolkki comd estaque para a talentosa Elize Ryd


Porém, parece que Avalon, embora carregado de clichês, poderá agradar mais aos fãs de projetos como Avantasia, embora não pareça trazer tanta sinfonia, mas também parece estar apostando em canções mais acessíveis, a exemplo da música de trabalho divulgada "Enshrined In My Memory".

O álbum se chama "The Land of New Hope" e está previsto para ser lançado em maio, nos dias 17 na Europa e 21 na América do Norte, saindo via Frontier Records.

Capa do álbum que será lançado em maio de 2013

Confira o vídeo clipe oficial de "Enshrined In My Memory", que traz Elize Ryd (Amaranthe) nos vocais (primeiro single do álbum e que tem dividido os fãs) e o vídeo que traz trechos de várias canções do álbum, além de entrevista com o mentor Tolkki!

O que você acha? Tolkki de volta a sua melhor forma?

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Assista ao vídeo clipe "Enshrined In My Memory"

Trechos do álbum

Acesse aqui e saiba mais sobre o álbum (em inglês)

terça-feira, 26 de março de 2013

Os Reis Que Não Perdem a Majestade: Saxon e o Espírito Vivo da NWOBHM

Grande nome da NWOBHM lança álbum candidato a clássico


Não é nossa pretensão ministrar uma aula de história, mas é inevitável, ao se falar de Saxon, não dizer que o grupo, desde o início dos anos 80, foi um dos pilares da chamada New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM), que mundialmente conhecida ficou pelo sucesso comercial de outra banda, Iron Maiden.

De lá para cá, muitas dessas bandas acabaram, outras estão voltando, outras seguem mantendo-se fiéis ao estilo de Heavy Metal britânico. Dessas, Saxon é a mais significativa e que não abandonou suas raízes.

Vídeo clipe de "Sacrifice" é um dos melhores de toda carreira da banda

Com “Sacrifice” (2013), o grupo de Biff Byford (vocal) e cia, que vinha fazendo jus ao seu legado nos últimos lançamentos, conseguiu, mais uma vez, mostrar que experiência e maturidade fazem, sim, a diferença entre se ter um disco com composições fracas ou canções aspirantes a clássicos.

Lançado em 1º de março, o álbum traz 10 canções inéditas e embora apresente uma introdução desnecessária (talvez o único erro do álbum, mas que não compromete em nada o resultado final, claro), traz de cara a faixa-título que, além de ser o carro-chefe do álbum, também é a música de trabalho, com um vídeo clipe digno da história dos britânicos (assista abaixo).

“Made in Belfast”, “Warriors of the Road” (esta uma homenagem à Ayrton Senna, como revelou a banda), “Stand Up an Fight” e “Walking the Steel” são algumas que merecem atenção e deverão estar fazendo parte dos shows da banda. Fechando o disco, a veia Rock & Roll pulsa mais forte com a excitante “Standing In A Queue”.

O trabalho de guitarras, aqueles riffs clássicos, estão todos aqui, com méritos para a dupla das cinco cordas Paul Quinn e Doug Scarratt, pouco citados entre os melhores guitarristas do Metal mundial, colocam emoção nas dedilhadas. De forma semelhante, o baterista Nigel Glockler e o baixista Nibbs Carter estão exatamente aonde nasceram para estar: fazendo uma cozinha que transborda feeling.

Biff Byford, provavelmente o membro mais reconhecido da banda, em ótima fase

Byford, sem comentários excessivos, pois é a figura mais representativa da banda e, mesmo que você não saiba o nome de nenhum dos demais integrantes, já ouviu falar desse simpático velhinho que, mais de 30 anos depois, ainda mantém a força dos shows iniciais e dá um show com sua voz única (inclusive participando do novo álbum do Avantasia). 

A produção dividida entre Byford e Andy Sneap (produziu trabalhos de bandas como Accept, Megadeth, Nevermore, etc) deram ao disco um véu mais contemporâneo que, ao lado do Heavy Metal clássico do quinteto, deixam “Sacrifice” ser um forte candidato a ser lembrado nas principais listas de melhores de 2013 ao fim deste ano. 

Ainda temos que comentar que o álbum traz um CD bônus, com o grande atrativo de trazer a clássica “Crusader” numa releitura com orquestra (nenhuma novidade, mas ficou bastante interessante), além de releituras acústicas, sendo que “Requiem (We Will Remember)” ficou ainda mais linda nessa roupagem.

Saxon, pode não lotar arenas em todos os shows, tampouco ser lembrado por todos os headbangers, mas certamente não decepciona o fã álbum a álbum e isso já é mérito para entrar para a eternidade.

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Saxon
Álbum: Sacrifice
Ano: 2013 
País: Inglaterra
Tipo: Heavy Metal “Tradicional”
Gravadora: UDR Music

Formação 
Biff Byford (Vocal)
Paul Quinn (Guitarra)
Doug Scarratt (Guitarra)
Nibbs Carter (Baixo)
Nigel Glockler (Drums)



Tracklist
01. Procession
02. Sacrifice
03. Made In Belfast
04. Warriors of the Road
05. Guardians of the Tomb
06. Stand Up and Fight
07. Walking the Steel
08. Night of the Wolf
09. Wheels of Terror
10. Standing In A Queue

Assista ao video clipe de “Sacrifice”


Confira “Crusader” em roupagem orquestrada

segunda-feira, 25 de março de 2013

Deep Purple: Novo Álbum Com Espírito dos 70's e Eliminando Uma "Fraqueza" da Banda



Um dos membros da "Santíssima Trindade" do Rock Pesado, o Deep Purple prepara o lançamento do seu 19º álbum de estúdio, batizado de "Now What?!", para o final de Abril.

Produzido por outra lenda, o produtor Bob Ezrin, que tem em seu currículo clássicos de gente como Kiss, Kansas, Alice Cooper e Pink Floyd, o play trará 11 faixas, entre elas "Above and Beyond", onde a banda presta homenagem a Jon Lord (antigo tecladista da banda falecido em 2012).


Segundo Ian Gillan, Ezrin conseguiu eliminar algo que ele achava ser uma "fraqueza" do grupo, as gravações. Segundo Gillan, eles raramente fazem algo além de plugar seus instrumentos e tocar, uma característica que mantém, pois são literalmente uma banda que veio da garagem, e não são muito simpatizantes das disciplinas de estúdio e toda a parafernália. O "Silver Voice" afirmou que Bob Ezrin os trouxe para o século 21, e a sonoridade do álbum está excelente, com cada instrumento soando claro e definido, e tem feito declarações entusiasmadas que o trabalho que Ezrin realizou está perfeito.

O lendário Bob Ezrin


O "press release" afirma, entre outras coisas: "...o disco foi feito sem seguir regras, com uma produção moderna e que o Deep Purple, nos últimos 20 anos, nunca soou tão perto do espírito dos anos 70 como agora. Traz a excelência e elegância de "Perfect Strangers" e a liberdade selvagem de "Made in Japan". Claro, que por se tratar de um novo álbum de uma banda com tamanha importância, já gera uma expectativa grande, mas dá pra ficar ainda mais curioso para ouvir, após tantas declarações entusiasmadas.




O álbum, que será lançado pelo selo earMUSIC, terá várias versões para fazer a alegria dos fãs e colecionadores, como edições limitadas em vinil duplo e CD com DVD bônus.

Veja abaixo o "tracklist" e também o lyric video oficial para a faixa "All the Time in the World", que já dá um "gostinho" do álbum, uma canção de muito bom gosto, solo melodioso e inspirado de Steve Morse, e sonoridade cristalina.

Texto/Edição: Carlos Garcia
Revisão: Ted the Mechanic
Fotos: Divulgação



Tracklist:
01. A Simple Song
02. Weirdistan
03. Out Of Hand
04. Hell To Pay
05. Body Line
06. Above And Beyond
07. Blood From A Stone
08. Uncommon Man
09. Après Vous
10. All The Time In The World
11. Vincent Price