domingo, 30 de maio de 2010

Interior do Rio Grande do Sul Mobilizando a Cena Rock e Metal

Ao longo destes dois anos, demos provas de que a região interiorina do Rio Grande do Sul curte muito Rock & Roll e Heavy Metal, organizando festivais, excursões para shows em capitais como Porto Alegre, São Paulo e Buenos Aires/AR.

Mais especificamente no noroeste do estado, onde a dificuldade de divulgação de bandas e de apoio cultural é mais gritante, algumas pequenas cidades estão conseguindo mobilizar-se para manter acesa e firme a chama pelo Metal.

O tempo em que não havia eventos de rock na região noroeste do estado ficaram para trás.

Com uma extensa programação acontecendo desde o inicio do ano, os amantes do velho e bom Rock & Roll não têm do quê reclamar e não precisam se deslocar até Porto Alegre para apreciar bons festivais, shows e workshops.

Para todos os estilos e gostos os eventos estão acontecendo em várias cidades em parceria com os produtores da região, que ao marcar os festivais entram em consenso em relação a data, e shows grandes em datas vizinhas, podendo assim ir em todos os festivais e shows.

É o caso de Ijuí. A cidade, com cerca de 80 mil habitantes, é conhecida como a maior “potência” em termos de festivais e organização de excursões para shows e eventos de Rock e Metal. É de lá um dos grandes destaques do cenário do interior do estado, a banda de Hard Rock Excellence, que está para lançar disco inédito. Além disso, nasceram lá os irmãos Kolesne (da banda de Death Metal Krisiun) e onde montaram o grupo que viria a tomar conta da cena pesada mundial.

Anualmente acontece lá o Nightfall in South Festival, atualmente o festival da região mais esperado. Está sendo programado uma quarta edição para acontecer ainda neste ano.

Os festivais contam geralmente com bandas da região, algumas de outras regiões do estado, mas sempr primando pelo máximo de organização e de cuidado patra um bom som e um ambiente interessante de se estar.

Este ano, a equipe Nightfall e Excellence trouxeram pela primeira vez Hangar, banda de Heavy Metal reconhecida principalmente por ter como líder e baterista Aquiles Priester, um dos melhores do mundo e membro do Angra por cerca de 8 anos. Além deles, Tierramystica, no seu último show antes de turnê com os holandeses do Epica no Brasil.

Outra cidade é Santo Ângelo, localizada a poucos quilômetros de Ijuí. A cidade, que já foi um dos grandes polos em termos de Rock no interior do estado, passou por um período de estagnação, inclusive com algumas bandas tradicionais locais encerrando atividade, como a Obictus (Thrash Metal). Porém, desde o ano passado, se intensificando neste, santo angelenses e região estão podendo confrir alguma volta da cena, como o retorno da Obictus, surgimento de novos grupos, a realização da 3º edição do Scream of Metal.

Mas a grande novidade na cidade é o acordo entre o Lord Paul Pub, casa de shows da cidade, de espaço mensal para realização d eeventos para a galera do Rock e Metal da cidade e região. Assim, o organizador Alex Ximú traz o Pub in Rock, coroando essa nova fase da cidade (confira a agenda abaixo).

Além dessas, cidades como Santiago e Santa Rosa também lutam em prol desse estilo de vida. A primeira está indo muito bem com o Monsters of Metal, que na segunda edição realizada em maio foi um sucesso, trazendo alguns nomes pela primeira vez.

Ainda no interior do estado, mas em centros maiores, a cena é fortíssima. Prova diso é Santa Maria, com seus festivais e entre eles o tradicional Obscure Faith, que na sua sétima edição ocorrida há poucas semanas trouxe como atração principal o grande nomde Nervochaos e obteve muito sucesso perante os Headbangers do estado.

No que se promete para os próximo meses, a principal surpresa e que será massivamente divulgado nos próximos dias é o Workshop com o Aquiles Priester (ex-Angra), seguido e show do Hangar (abertura Excellence) na pequena cidade de São Luiz Gonzaga, também no noroeste. A cidade, que não conta com 40 mil habitantes, receberá essa atração especial no dia 24 de junho. Mais informações em breve aqui no blog.

O Road to Metal parabeniza a região por estar aumentando sua cena e se coloca como apoiador dos eventos, shows, bandas.

Texto: Debóra Reoly e EddieHead

EVENTOS JA REALIZADOS EM 2010 NA REGIÃO E INTERIOR DO RS:

09.01 – Rock ‘n Roll All Nite 2 • Ijuí-RS
Shows: Excellence e Maria Bolacha.
Local: Societá Café

13.03 – Na Mira do Rock • Frederico Westphalen-RS
Shows: Sabre, Anlis e Excellence.
Local: Green Lounge
Evento promovido pelo Programa de rádio Na Mira do Rock.

02.04 – Hangar, Tierramystica e Excellence • Ijuí-RS
Local: Sesc
Evento em parceria com o Nightfall Festival.

02.04 – Junção Punk – Ijuí – RS
Shows: Mr. Nelson, Canela de Cusco
Local: La Casa Pub
Realização: Ijuí Rock Club

09.04 – Rock Brasil – Ijuí – RS
Shows: Acústico Dose Dupla e Banda Maria Bolacha e Karaokê.
Local: La Casa
Realiazação: Ijuí Rock Club

16.04 – Pop Rock – Ijuí – RS
Shows: ÐяØpP, PaRaDa ObRiGaTóRiA e The Lucas Band.
Local: La Casa
Realização: Ijuí Rock Club

23.04 Metal Hard Night - Ijuí
Shows: Belladonna (Ijuí), Jack Lanner (Cruz Alta), Brave Heart (Ijui), Stillborn (Santo Ângelo) e ao final participação com integrantes da antiga Fallen Angel (banda que antes da Excellence, foi a maior de Ijuí)
Realização: Ijuí Rock Club

08.05 3° Scream Of Metal - Santo Ângelo
Shows: Cavalo Doido (Sto Ângelo), Belladonna (Ijui), Óbictus (Sto Ângelo).
Local: Lord Paul Pub

15.05 2º Monsters of Metal – Santiago
Shows: Acacia Avenue Iron Maiden Tribute (Santo Ângelo), Furia (Santa Maria), Prophajnt (Porto Alegre), Rosenrot Rammstein Cover (Porto Alegre), Scarpast (Santa Maria), Sky In Flames (Esteio).
Local: Salão nobre do Círculo Militar de Santiago

22.05 7º Obscure Faith – Santa Maria
Shows: Hard brasil (Santa Maria), A Sorrowful Dream (Porto Alegre), Bloodwork (São Leopoldo), NervoChaos (São Paulo/SP), Mental Horror (Porto Alegre)
Local: Bar Macondo Lugar



PRÓXIMOS EVENTOS NA REGIÃO:

30 de Maio de 2010 • Ajuricaba-RS
Excellence
Local: Clube 29 de Maio
Evento: Fenape

05.06 – Pub in Rock - Santo Ângelo-RS
Excellence, Alive, Cavalo Doido, Jack Lanner, e Iron Maiden Cover.
Local: Lord Paul Pub
Horário: 22h
Evento: Pub in Rock

24.06 • São Luiz Gonzaga-RS
Workshop Aquilles Priester, Show do Hangar e abertura da Excellence.
Local: AABB
Horário: 21h

09.07 – Só Creedence e Belladonna – Panambi – RS
Local: Clube GDP
Realização: Energy Enterteinament e Moto clube Cavalo de Aço.

16, 17 e 18.07 – Ijuí Rock ‘N Roll Festival - Ijuí – RS
Local: Hangar Paranhos (Aeroclube)
Evento: A maior festa em comemoração ao Dia Mundial do Rock na região.
Encontro de motociclistas, salto de Pára-quedas e 30 bandas detonando!
Local: Hangar Paranhos (Trevo de acesso ao Aeroporto Municipal – Linha 6 leste)
Ingressos antecipados: R$ 5,00
Taxa de acampamento: R$ 10,00
Realização: Hangar Paranhos, Clube de Paraquedismo, Zangões Moto Clube e Ijuí rock Club.

21.08 – 7° Pop Rock Show • Ijuí-RS
Excellence e mais 10 bandas concorrendo.
Local: Estação da Mata
Horário: 23h
Evento promovido pelo Terceirão da EFA.

sábado, 29 de maio de 2010

Jovens Mas Competentes



Há um enxurrada mensal de novas bandas no cenário mundial, e com a utilização da internet, fica cada vez mais rápido e fácil pessoas do mundo todo conhecerem o trabalho de novas bandas.

Caiu em minhas mãos o primeiro disco dos norte americanos Until Extinction, “Lament” (2010), lançado em abril deste ano. A banda é da área de Saint Louis, pouco expressiva se comparada com outras do seu país.

A proposta da banda, em primeiro lugar, não é original. Mas isso não quer dizer que não se deva dar atenção.

Sabe-se que o sexteto, está começando com pouca experiência. Porém, é digno de nota a dedicação para construção de um disco, gravado e lançado independentemnete das gravadoras, que mescla o Gothic com o Doom Metal muito bem.

Não irei destacar nenhuma canção em especial, apenas a faixa-título: perfeita! Não consegui ficar sem ouvir essa faixa por dias. Mas o disco como um todo traz ótimos teclados, climatizando o álbum para um lado quase sinfônico em alguns momentos, trazem poucas mas presentes passagens acústicas, além de uma dupla de vocal como o pessoal do estilo sempre espera: vocal masculino gutural e feminino “limpo”. Embora clichê, a combinação entre Josh Spalding e Jen fritz ficou interessante.

Segundo a banda, as composições são méritos de Jake Thiele (Guitarra), e este mostra que embora jovem, está no caminho certo, pois apenas ele assegura as guitarras do disco. É de elogiar Josh Evans (Teclados), numa sensibilidade dificil de acreditar numa banda tão precoce.

Devemos ficar de olho nesse grupo, porque pode despontar daí um grande nome nos próximos anos na cena Gothic/Doom Metal mundial.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Until Extinction
Álbum: Lament
Ano: 2010
País: EUA
Tipo: Gothic/Doom Metal



Formação

Jake Thiele (Guitarra)
Josh Spalding (Vocal Masculino)
Jen Fritz (Vocal Feminino)
Kevin Dowler (Bateria)
Sean Nickrent (Baixo)
Josh Evans (Teclados)



Tracklist

1. Solitude
2. Putrefaction
3. Chapter And Hearse
4. Our Sanctum Defiled
5. The Whore Of Babylon
6. Lament
7. Pluvianus Devoured
8. Shipwreck In A Bottle
9. Epilogue
10. Untitled

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Axel Rudi Pell Completa 50 Anos de Vida e 21 de Carreira Solo Com Novo Álbum



Um dos guitar-heroes da cena músical é Axel Rudi Pell, que nos anos oitenta integrou a banda Steeler, para ainda naquela década iniciar sua carreira solo.

Embora não tão expressivo como Malmsteen, por exemplo, é inegável a habilidade de compor canções Heavy Metal e Hard Rock.

Ao longo desses mais de 20 anos de carreira, Pell conseguiu reunir para seus discos ótimos nomes para cantar e executar suas canções, como Jeff Scott Soto e Rob Rock nos vocais.

Atualmente, conta com os vocais de Johnny Gioli, bateria de Mike Terrana (que recentemente também lançou álbum com o Masterplan, confira baixo), Ferdy Doernberg no teclado e Volker Krawczak no baixo, nesse que é seu 13º disco solo “The Crest” (2010). Vale lembrar que sse não é um tipo de som que Terrana costuma tocar.

O disco possui 10 faixas, sendo a primeira uma introdução dispensável.Dentro dos últimos discos, “The Crest” impressiona, em canções que mesclam muito bem o Hard Rock oitentista, do qual Pell é cria, e o Heavy Metal da mesma época, inclusive ajduado pelo vocal de Gioli, que lembra Tony Martin (ex-Black Sabbath).

O álbum está sendo comentado pelos fãs como o melhor disco dos últimos dez anos, o que por si só já é suficiente para fazer valer a pena conferir.

O disco traz ótimo repertório, sendo as canções com os dois pés no Hard Rock que mais me chamaram a atenção. “Prisioner of Love” é um perfeito Hard Rock, com uma pegada de deixar qualquer fã de Van Halen de cabelo em pé. “Dreaming Dead” é bem limpa, mostrando o poder de Gioli, que embora não mude muito de música em música, mantem um padrão respeitável.

Outras canções de destaque, como “Glory Night”, “Burning Rain” e a balada instrumental “Noblesse Oblige (Opus #5 Adagio Contabile)” (que mostra a habilidade de Pell de tocar com a alma), fazem do disco realemnte um belo presente.

Com seus 50 anos de vida, mais de 20 de carreira solo, devemos tirar o chapéu para mais um trabalho desse guitarrista, bem como aos seus companheiros de banda, que souberam reviver no disco o espírito Hard Rock.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Axel Rudi Pell
Álbum: The Crest
Ano: 2010
País: Alemanha
Tipo: Hard Rock



Formação

Axel Rudi Pell (Guitarra)
Johnny Gioli (Vocal)
Mike Terrana (Bateria)
Volker Krawczak (Baixo)
Ferdy Doernberg (Teclados)



Tracklist

1. Prelude Of Doom (Intro)
2. Too Late
3. Devil Zone
4. Prisoner Of Love
5. Dreaming Dead
6. Glory Night
7. Dark Waves Of The Sea (Oceans Of Time Pt. II: The Dark Side)
8. Burning Rain
9. Noblesse Oblige (Opus #5 Adagio Contabile)
10. The End Of Our Time

domingo, 23 de maio de 2010

A “Volta” do Masterplan



Toda banda, independente do gênero e do tempo de existência, possui uma formação, ou um guitarrista ou vocalista que se encaixa perfeitamente na proposta da banda e quando este a deixa, pelos mais variados motivos, a banda segue em diante mas não encontra seu caminho.

Foi o que extamente aconteceu com a jovem e promissora banda Masterplan. O grupo alemão surge em meio às incompatibilidades entre de um lado Roland Grapow (guitarra) e Uli Kusch (bateria) e do outro o restante da banda Helloween, que naquela altura lançara “The Dark Ride” (2000), disco sombrio emais para um grupo como o Helloween.

Os dois são demitidos da banda e podem dar total atenção ao seu novo projeto que se torna o Masterplan. Interessante que foi realizado um concurso e foi um fã que escolheu o nome da banda.

Para completar o time, chamaram Jorn Lande (Ark, Beyond Tilight) para os vocais, além do baixista Jan S. Eckert (tocara no Iron Saviour) e teclados de Janne Wirman (que continuava nos teclados do Children of Bodom).

A banda lançou sei primeiro disco, “Materplan” (2003), muito bem recebido. Dois anos depois “Aeronautics” (2005) vem à tona e traz a banda um pouco diferentes, ainda Power Metal, mas com outros elementos mais Hard Rock, o que desagradou Grapow e Lande deixa a banda, sendo substituido pelo conhecido vocalista Mike DiMeo (Riot), lançando o terceiro dsico “MK II” (2007) e que é um fracasso.

Esse terceiro álbum raramente é lembrado e com certeza o pior trabalho até ali. A falta de Lande, que se encaixara perfeitamente com a proposta da banda, e a recente saída de Uli Kusch, sendo substituido pelo multiprojetos Mike Terrana (recem saído do Rage), construiram um álbum muito fraco e um dos piores trabalhos de Grapow nas guitarras.

Porém, no inicio deste ano confirmou-se a volta de Jorn Lande aos vocais e de que estariam lançando material inédito. Dito e feito, eis que temos em mãos “Time to Be King” (2010), que após a boa aceitação de seu single “Far From the End of the World” (2010), traz o verdadeiro Masterplan de volta.

A formação permanece a mesma, apenas há o retorno de Lande. Porém, é como se Grapow tivesse resolvido pegar algumas músicas de quando gravavam o disco de estréia e colocar nesse disco.

Esse álbum é um Masterplan de verdade, que vio em boa hora para resgatar esse grupo que desde que surgiu era cotado como um dos favoritos do gênero a desbancar muitas bandas nada originais do Power Metal.

O álbum abre com uma paulada na orelha, “Fiddle Of Time”, seguida pela melhor ainda “Blow Your Winds”, uma das melhores do disco. A faixa do single também se destaca. Mas te gruda na cabeça na primeira audição “The Dark Road”, incrivel.

Nesse disco os teclados ainda contam com Axel Mackenrott, que entrou no grupo em 2003 e tendo gravado todos os teclados dos álbuns. Roland Grapow está em bela fase, conseguindo arrancar da guitarra a velocidade e melodia que a banda pede, terrana nas baquetas dispensa apresentações e, embora não seja um baterista genuinaente do Power Metal (como Kusch é), está fazendo um bom trabalho, assim como o baixista Eckert, que desde o Iron Saviour dedica-se ao gênero.

Mas é Jorn Lande, indiscutivelmente, que traz de volta a banda os elementos que só um vocal como o dele pode oferecer. Quem na cena metal atual consegue cantar tendo um pé no Hard Rock (seu vocal lembra bastante o de David Coverdale, Whitesnake e Deep Purple), outro no Progressivo?

Para quem curte Power Metal com elementos além do que se espera encotnrar numa banda do gênero, conhece a banda de outros discos e a habilidade de seus músicos, este disco é altamente indicado. Mais uma grande volta no mundo metal.

Stay on the Road

Texto: EddiHead

Ficha Técnica

Banda: Masterplan
Álbum: Time to be King
Ano: 2010
País: Alemanha
Tipo: Power Metal


Formação


Roland Grapow (Guitarra)
Jorn Lande (Vocal)
Jan-Soren Eckert (Baixo)
Axel Mackenrott (Teclados)
Mike Terrana (Bateria)



Tracklist

1. Fiddle Of Time
2. Blow Your Winds
3. Far From The End Of The World
4. Time To Be King
5. Lonely Winds of War
6. The Dark Road
7. The Sun Is In Your Hands
8. The Black One
9. Blue Europa
10. Under The Moon
11. Kisses From You

sábado, 22 de maio de 2010

Jorn Lande Grava Disco e Vídeo em Homenagem à Dio


O vocalista norueguês Jorn Lande (Masterplan, Ark, Beyond Twilight, Jorn, Avantasia) esta dando o que falar. Primeiro, seu retorno ao Masterplan, uma volta inesperada pelos fãs dessa potente banda de Power Metal liderada e fundada por Roland Grapow (ex-Helloween).

Porém, é sobre outra de suas façanhas que escrevemos esta nota aqui. O cara, que é um dos melhores vocalistas da atualidade, nunca escondeu sua admiração à Ronnie James Dio (Elf, Rainbow, Black Sabbath, Dio, Heaven and Hell), lendário vocalista que faleceu recentemente (confira no blog) vitima de câncer.

Mas agora o cara extrapolou, numa demonstração clara de amor e respeito pelo outro vocalista. Recentemente gravou um video clip, e acredito que ele já estava a caminho antes da morte de Dio, para a música “A Song for Ronnie James”. Isso mesmo. O cara, junto à sua banda em carreira solo, compôs uma música para Dio. E o interessante no video, é sua vestimenta semelhante à do cara, e a letra da música ser uma colcha de retalhos dos títulos de músicas do cantor falecido, mas não esquecido.

Veja o que ele fala sobre a canção e a influência de Dio na sua música: "Eu escrevi 'Song for Ronnie James' como um tributo e um agradecimento pessoal para o homem que tem sido meu mentor por mais de 35 anos. Esse incrível homem afetou minha vida e minha carreira de uma maneira que, sem sua presença, eu não poderia me tornar o artista que sou hoje".

Mas não é apenas um video e música. Está programado para ser lançado em 02 de julho um álbum seu chamado simplesmente “Dio”, no qual consta a já citada faixa e mais 12 versões para músicas do vocalista, especialmente em carreira solo, mas também no Black Sabbath (uma versão nova para o já conhecido cover de “Lonely is the World/Letters From Earth”) e no Rainbow (“Kill the King”).

Obviamente faremos uma resenha sobre o disco quando de seu lançamento. Mas aqui fica nossa admiração ao norueguês de ousar tanto na demonstração do amor por Dio. Alguns podem dizer que ele esta se aproveitando para se promover, mas porque não conhecem a influência de o nanico tem sobre ele.

Long Live Dio

Link do video: http://www.youtube.com/watch?v=dEtyaC6ltQg&feature=player_embedded

Tracklist confirmado

01. Song For Ronnie James
02. Invisible
03. Shame on the Night
04. Push
05. Stand Up And Shout
06. Don't Talk to Strangers
07. Lord Of The Last Day
08. Night People
09. Sacred Heart
10. Sunset Superman
11. Lonely Is The Word / Letters From Earth (Versão 2010)
12. Kill The King
13. Straight Through The Heart (ao vivo)
14. Song For Ronnie James (video)

Clássicos: Primeiro Trabalho Solo de Ronnie James Dio


Este mês de maio de 2010 trouxe a triste notícia da morte de Dio na manhã do dia 16, enquanto lutava contra o câncer no pulmão que o acometia desde o ano passado.

Qualquer coisa que façamos aqui no blog nunca estará de bom tamanho para homenagear esse músico e pessoa que ajudou a criar o Heavy Metal.

A seção Clássicos homenageia esse grande nome da música ao trazer seu primeiro disco solo como destaque, como um dos maiores clássicos da história do Rock.

Quando de sua saíde do Black Sabbath em 1982, Ronnie James Dio, com a experiência das bandas Elf, Rainbow e a citada Sabbath, resolve seguir iniciando sua carreira solo.

Há exatamente 27 anos lançava “Holy Diver” (1983), provavelmente seu disco mais crucial e o mais lembrado dentro de seus trabalhos, fora e com outras bandas.

Além de sua personalidade e voz inconfundível, Dio conta nesse disco com grandes nomes do Metal da época. Ao sair do Sabbath, leva consigo seu amigo baterista Vinny Appice, que gravara “Mob Rules” (1981) no Black Sabbath. Além dele, Vivian Campbell (Whitesnake, Def Leppard) toma conta das guitarras lendárias do disco, e o baixo fica à cargo de Jimmy Bain, companheiro de Dio do Rainbow. Os teclados ficaram divididos entre o próprio Dio e o baixista Bain. As composições por Dio.

Clássicos como a faixa-título, cujo video conquistou o mundo, fazem do disco um marco. "Stand Up and Shout" que abre o disco é um perfeito hino Heavy Metal. É do álbum também a clássica "Don't Talk to Strangers", música que repercurte até hoje, com sua grandiosidade.

Talvez o maior clássico “comercial” (no bom sentindo da palavra), seja "Rainbow in the Dark", música contagiante e uma das mais tocadas e lembradas da carreira de Dio.

As demais não decepcionam, sendo o disco um dos poucos exemplos de álbuns perfeitos do início ao fim, em suas nove faixas.

Dio estava, como sempre, no auge. Talvez apenas nos anos 90, após saída do Black Sabbath pela segunda vez, sua produção não esteja mais num nível como a deste disco, porém, nunca nos decepcionou.

Este álbum comprova, mais uma vez, que um dsico com a voz de Dio é sempre um forte candidato a se tornar clássico. Basta ouvir sua passagem pelo Rainbow e o Black Sabbath (confira resenha de dois trabalhos dele com o Sabbath), e mais recentemente o único e último disco do Heaven and Hell (confira resenha neste blog), que trouxe novamente o velho Sabbath de volta ao topo com um disco que é, com certeza, um dos melhores da década.

“Holy Diver” (1983) foi um dos grandes presentes de Dio para a música. Cabe a nós agora mantermos seu nome na honra e na gratidão pelo seu trabalho e signifciado ao Heavy Metal.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Dio
Álbum: Holy Diver
Ano: 1983
Tipo: Heavy Metal
País: EUA (embora dois músicos europeus)

Formação

Ronnie James Dio (Vocais e Teclados)
Vinny Appice (Bateria)
Vivian Campbell (Guitarra)
Jimmy Bain (Baixo e Teclados)



Tracklist

1. Stand Up and Shout
2. Holy Diver
3. Gypsy
4. Caught in the Middle
5. Don't Talk to Strangers
6. Straight Through the Heart
7. Invisible
8. Rainbow in the Dark
9. Shame on the Night

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Road to Metal Ultrapassa 200 Postagens em Dois Anos


Ainda não completando dois anos (dia 30 de maio a criança faz aniversário), este blog chegou à sua postagem de número duzentos e a ultrapassou no mês de seu segundo ano de existência.

Surgido da ideia de três amigos amantes do Heavy Metal e de sua filosofia, “músicos frustrados” (esse mito é real), resolvemos fazer algo pelo Metal. Se onde vivíamos não conseguíamos shows, nem montar uma banda de garagem, pelo menos crescemos ouvido muito Metal, regado a bebida, jogatina e mulheres (ah, se fosse sempre, hehe).

Um criou a conta na internet, outro o nome, outro passou a divulgar. E assim demos os primeiros passos. A primeira postagem, datada de 30 de maio de 2008, trazia uma matéria “meia boca” sobre a passagem do Iron Maiden no país naquele ano.

E assim seguiu-se, postagem por postagem, apresentando o blog para amigos, divulgando no Orkut, entrando em contato e entrevistando bandas.

Com o tempo, os amigos se afastaram, restando este que vos escreve. Porém, outros se agregaram e, embora não possuam uma contribuição como todos gostaríamos (em termos de quantidade), primam pela qualidade. É o caso das figuras carimbadas de Nico e Fiuzza, além de Mr. Gomelli, que deu as caras mês passado no blog.

Em 7 meses, no ano 2008, 45 postagens. Nos dozes meses de 2009, conseguimos 96 (!?) e, até agora em, em 2010, 65, superando em menos de cinco meses a produção do ano de estréia.

Buscamos excelência. Sabemos que temos muito o que aprender e investir e, para isso, buscamos sempre colaboradores que entendam do que estão falando (quem tiver interesse deixe um comentário manifestando-o). Resenhas de shows, de álbuns (lançamentos, clássicos), fotos em cada matéria, enquetes para deixar a coisa mais interativa, entrevistas com bandas emergentes nacionais, especialmente do Rio Grande do Sul, enfim, o que conseguimos fazer para que a Estrada Para o Metal torne-se cada vez maior e melhor.

Eu, EddieHead, agradeço com a força que posso a todos os seguidores (os poucos mas fiés), aos que visitam, postam comentários ou até mesmo só dão uma olhada para ver se vale a pena. É para vocês e pelo Metal que investimos nosso tempo, que muitas vezes não temos, para tentar incrementar cada vez mais este blog.

Parabéns a todos, ao Road to Metal e aqui esperamos continuar por muitos e muitos anos. Continue na Estrada....

EddieHead e Equipe Road to Metal

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Annihilator em Novo Disco



O grupo canadense de Thrash Metal Annihilator, fundado e ldierado pelo guitarrista Jeff Waters, lançou em maio seu 13º álbum, que recebe o mesmo nome da banda.

O grupo há três anos não lançava material inédito em álbum completo, colhendo os bons frutos de “Metal” (2007), que reuniu grandes nomes do Metal mundial como participações especiais, como Angela Gossow (Arch Enemy).

O disco recem lançado traz a mesma formação do anterior, tendo Waters nas guitarras e baixo. Aliás, o grande mérito da banda e desse disco são os riffs muito bem construídos de Waters, que mostra que as décadas liderando o grupo o fizeram crescer musicalmente.

Embor ao disco apresente alguns clichês, que não necessariamente condenam o disco como um fraco trabalho, há de se conver que o disco dá um passo além do que o Thrash Metal exige.

Para ter uma ideia, confira a música “In Trend”, que abre o disco e, mesmo sendo a mais diferente do disco, é a melhor. “Coward” traz mais peso e rapidez.

O vocal de Dave Padden continua o mesmo. Pessoalmente não vejo nada demais no cara, mas parece que Waters aposta nele, embora pudesse contar com outros nomes mais interessantes para cantar suas músicas.

Destaques também para “Betrayed” (curte só a levada do baixoe bateria nos primeiros 60 segundos), “The Other Side” e “Payback”.

Não costumo acompanhar a banda, mas pelo contato mínimo com outros discos, não posso concluir que “Annihilator” (2010) seja um dos melhroes discos da banda. Na falta de material inédito, na presença de algumas grandes canções, o disco agradará aos fãs de Waters e companhia.

Stay on the Road

Texto: EddieHead


Ficha Técnica

Banda: Annihilator
Álbum: Annihilator
Ano: 2010
País: Canadá
Tipo: Thrash Metal

Formação

Jeff Waters (Guitarra, Baixo)
Dave Padden (Vocal)
Ryan Ahoff (Bateria)



Tracklist

01 - The Trend
02 – Coward
03 – Ambush
04 – Betrayed
05 - 25 Seconds
06 - Nowhere To Go
07 - The Other Side
08 - Death In Your Eyes
09 – Payback
10 - Romeo Delight

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Maior Nome do Metal Espanhol Fecha Trilogia



Depois de muitos anos de espera, os fãs do grupo espanhol Mägo de Oz finalmente podem escutar a terceira parte da maior trilogia da banda. “Gaia III – Atlantia” (2010) foi lançado mês passado e traz o grupo de 10 (!?) integrantes num de seus trabalhos mais ousados e interessantes.

Desde a primeira parte da trilogia, “Gaia” (2003), passando por discos que elevaram o patamar dos espanhóis ao Metal mundial que os colocaram como maior nome da Espanha, a banda chega no seu ápice.

O disco, dividido em dois CDs, é antes de tudo, a união muito bem trabalhada do Folk Metal com elementos do Power Metal, talvez mais do que jamais em sua carreira.

Músicas como “El Latido de Gaia”, que abre o disco, nos coloca no clima que a banda propõe no restante do disco. A faixa que segue, “Dies Irae” traz muita emoção de cara, com Andrea (Vocal) mostrando sua habilidade.

“Vodka'N'Roll” é puro Folk Metal, contagiante e te pega na primeira audição. De longe, a faixa que mais me cativou, porém, uma das mais diferentes do disco. Outro grande destaque é “El Príncipe De La Dulce Pena”, uma das melhores do disco.

O álbum como um todo mostra grande qualidade, e facilmente agradará aos fãs da banda. Mas ainda podemos destacar “El Violín Del Diablo”, com Patrícia (Vocal) puxando a canção, “Siempre (Adiós Dulcinea Parte II)” é a balada do disco e, absolutamente, uma das canções mais bonitas que já ouvi.


Do segundo disco, a faixa-título merece destaque, especialmente por reunir em seus 14 minutos vários dos elementos presentes do disco todo e fechando a trilogia de Gaia muito bem.

É dispensável falar das demais canções e dos demais oito músicos que fazem desse disco recém lançado um dos fortes candidatos à melhor do gênero este ano. A Espanha mostra sua força, e aos poucos também, à exemplo de outros países, produz nomes mundiais de bastante originalidade. Ótimo disco. Recomendado.

Stay on the Road

Texto: EddieHead


Ficha Técnica

Banda: Mägo de Oz
Álbum: Gaia III – Atlantia
Ano: 2010
País: Espanha
Tipo: Folk Metal

Formação

José Andrea (Vocal)
Txus (Bateria)
Jorge Salán (Guitarra)
Mohammed (Violino)
Carlitos (Guitarra)
Pedro Peri (Baixo)
Patrícia Tapa (Vocal)
Sergio Kiskilla (Teclados e Acordeão)
Frank (Guitarra)
Fernando Ponde de León (Gaita e Flauta)



Tracklist

CD 1

1.El Latido de Gaia
2.Dies Irae
3.Für Immer
4.Vodka & Roll
5.El Príncipe de la Dulce Pena (Parte IV)
6.Mi Hogar Eres Tú
7.Fuerza y Honor (El Dorado)
8.El Violín del Diablo
9.Siempre (Adiós Dulcinea - Parte II)

CD 2

1.Mis Demonios (Atrevete a Vivir)
2.Que el Viento Sople a tu Favor
3.Sueños Dormidos
4.Todavía Amanece Gratis
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7.Atlantia

domingo, 16 de maio de 2010

Ronnie James Dio Morre aos 67 Anos: O Heavy Metal Tem Sua Maior Perda de Todos os Tempos


Foi anuncicado hoje a morte de Ronnie James Dio, vocalista lendário do Heavy Metal.
A causa da morte foi o câncer, contra qual Dio lutava desde 2009, quando descobriu que estava sofrendo com isso.

Hoje, domingo, dia 16 de maio de 2010, é uma data de muita tristeza para o Heavy Metal, pois foi às 7:45 da manhã que um dos maiores ícones do Rock e Metal de todos os tempos faleceu.

Dio morre, mas seu legado permanece, tamanha a maestria que o acompanhava desde os anos 70, quando vocalista da banda Elf, passando a cantar com o Rainbow e ns anos 80, com o Black Sabbath.

Sua carreira solo obteve muito reconhecimento e sucesso, bem como seu retorno ao Sabbath em 1992 e agora há alguns anos com o Heaven and Hell (Blcak Sabbath com outro nome).

O Heaven and Hell havia cancelado a turnê de verão, devido à condição de saúde de Dio. Porém, a voz se cala, e essa personalidade que trouxe ao Metal os "chifrinhos" que é conhecido mundialmente, nunca mais cantará.

O mundo do Metal e do Rock sentirá muito a sua falta. Definitivamente nunca houve uma perda tão grande para a nossa música do que a morte de Dio.

Fique em paz! Honraremos teu nome!

Equipe Road to Metal

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Matéria Especial: Black Sabbath Completa 4 Décadas - Parte II


Com apenas dez anos de carreira, muito reconhecimento e turnês por toda a Europa e América do Norte, o Black Sabbath se vê num impasse: continuar com nova formação, tentando não errar novamente com as gravadoras e emresários, ou dar por finalizada a história dessa banda, como outras bandas fizeram (vide o Led Zeppelin e sua carreira precoce).

Mas Iommi, Geezer e Ward resolvem seguir em frente sem Ozzy e encontam no jovem mas já conhecido vocalista Ronnie James Dio o substituto ideal.

Dio é um norte-americano que começou sua carreira ainda nos anos 60, cantando em alguns projetos de bandas, até cantar e tocar baixo no Elf, grupo que conseguiu certa notoriedade. Porém, seu maior reconhecimento foi ser vocalista da nova banda de Richie Blackmore após este sair do Deep purple, o Rainbow.

Com essa banda, gravou quatro álbuns que o colocaram como uma das revelações do Rock mundial. Porém, como se tratava mais de um grupo de Blackmore do que de qualquer outro membro, Dio acaba aceitando o convite e ingressa no Black Sabbath em 1979.

Como lenda pouca é bobagem, não se sabe ao certo se Dio foi convidado a se retirar do Rinbow e estava desempregado e acabou se oferecendo ao Sabbath para ser vocalista, ou realmente Iommi e companhia apostaram em trazê-lo a banda.

Mas, de qualquer modo, o Black Sabbath estava completo de novo e logo de cara Dio fica responsável por todas as letras do novo álbum que sairia em 1980 “Heaven and Hell” (confira resenha neste blog).

Esse álbum foi um estrondoso sucesso e um dos melhores discos da história do Heavy Metal, sendo lembrado e louvado até hoje como um dos melhores discos de toda a carreira da banda e o melhor trabalho de Dio de sempre.

É desse álbum “Neon Knight”, que abre o dsico com sua rapidez e peso. “Children of the Sea” apresenta a banda de volta a atmosfera obscura, com teclados perfeitos, dedilhados no mesmo nível de Iommi e o vocal melódico de Dio.

Mas, com absoluta certeza, o maior petardo do álbum e um dos grandes clássicos do Metal é “Heaven and Hell”. E faixa-título é simplesmente perfeita e mostra o velho Sabbath de volta, mas agora com os pés nos anos oitenta sem ser uma cópia de si mesmo, ao mesmo tempo que não a vergonha dos últimos dois discos.

Esse é um álbum só com clássicos, destacamos também “Lady Evil” (ritmo contagiante), “Die Young” (que ganhou um video clip) e a obscura “Lonely is the World” que fecha o álbum.

A banda volta ao topo do Metal, com suas turnês ao longo dos continentes e levando milhares de fãs aos shows. A recepção ao novo vocalista foi ótima e mesmo as músicas da fase Ozzy eram cantandas com tamanha habilidade que já não se falava mais na volta de Ozzy a banda.

Um ano depois, o segundo disco dessa nova fase é lançado. “Mob Rules” (1981) segue a mesma linha do disco anterior, novamente Dio o dono das letras. Porém, a maior mudança foi a saída de Bill Ward ainda na turnê do disco anterior e a entrada do amigo de Dio Vinnie Apice para as baquetas.

A recepção ao novo membro também foi boa, mesmo com um estilo diferente do anterior, a banda ainda mantinha sua proposta de som e o novo disco foi um sucesso, contendo grandes músicas como a faixa-título “Mob Rules”, “Turn Up the Night”, que abre no mesmo ritmo que “Neon Knights”, mas menos pesada. Também é de se tirar o chapéu “The Sign Of The Southern Cross”, uma das baladas do disco cuja atmosfera é perfeita, do jeito que a banda sempre soube fazer. Agrada muito “Country Girl”, “Slipping Away” e “Falling Off the Edge of World” que é de arrepiar.

Mais uma turnê de sucesso se segue e nesse período circula pelo mundo um ao vivo gravado na turnê do quarto disco da banda. Assim, como retaliação, a gravadora passa a gravar vários shows do grupo na turnê norte-americana e lança em 1982 o primeiro ao vivo oficial da banda, chamado apropriadamente “Live Evil” (confira resenha neste blog).

Nesse ao vivo encontra-se os maiores clássicos do grupo, mesmo que outros tenham ficado de fora. Porém, a produção não é lá essas coisas e antes do lançamento, Dio se desintende com Iommi por este acusá-lo de ter mexido na mixagem para deixar sua voz mais alta, e acaba pedindo demissão e leva consigo Apice. Iommi foi acusado por Dio de que queria deixar sua guitarra mais alta que os demais instrumentos. É o fim provisório dessa nova e promissora fase da banda.

Porém, segundo entrevista recente de Iommi, na verdade, não se sabe até hoje quem alterou o material no estúdio, dando a entender que houve um desentendimento por outras causas e o fato da produção não ser grande coisa acabou levando a culpa.

Talvez tanto quanto com a saída de Ozzy (que estava fazendo muito sucesso na sua carreira solo), o mundo metálico toma um choque com a saída dos dois novos integrantes e a incerteza de continuação do grupo no mesmo nível. Dio inicia sua carreira solo ao lado de Apice em 1983 e durante toda a década de 1980 lançaria grandes discos de Heavy Metal. A banda Dio continua a gravar e excursionar até 2008.

Porém, como a banda é cheia de surpresas, uma notícia abala as estruturas da música quando Ian Gillan, que havia deixado o posto de frontman do lendário grupo Deep Purple, é anucniado como o terceiro vocalista do Black Sabbath.

Muito grande era a curiosidade para saber como se daria o novo vocalista que cantava num grupo basicamente diferente do sabbath. Além disso, para completar as boas notícias, Bill Ward retorna a banda alegando que não perderia a oportunidade de tocar ao lado de Gillan.

É assim que em 1983 sai o 11º disco de estúdio do Black Sabbath: “Born Again”. O disco é o legítimo paradoxo: ou se ama ou se odeia. Muitos passaram a dizer que aquilo não era Sabbath, nem Purple. Outros pensam ser um dos pontos mais fortes da carreira da banda sem Ozzy ou Dio.

Para quem vos escreve, o disco é muito bom. Realmente diferente, mas afinal, estavam com os dois pés nos anos 80. Gillan está cantando mais agressivamente, com mais vocais “gritados”, Iommi capricha nos sintetizadores e no peso das guitarras, seguido da dupla Geezer e Ward.

Destaques do disco para “Thrashed” (maior clássico dessa fase da banda), “Zeto the Hero” (estranho, mas único), “Disturbing the Priest” é pesada e caótica, de assustar em se tratando da banda (curta s gargalhadas de Gillan) e “Hot Line”, com uma pegada mais dançante. As demais podem passar desapercebidas.

Como se pode ver, a banda conseguiu um meio acerto pelo menos com esse grand nome junto ao grupo. Entretanto, com a volta do Deep Purple, Giallan deixa a banda sabática e volta aos coloridos clássicos do Purple, deixando o posto de vocalista do “almadiçoado” Sabbath sem ninguém, novamente. Em 13 anos de existência, quatro vocalistas e dois bateristas.

Ward sai no meioda turnê, novamente, e Bev Bevan o substitui por algum tempo, e o Sabbath apssa pelo seu pior momento.

O Fim Inevitável

Sem conseguir dar continuidade a banda, pressão dos empresários que sugeriam vários nomes, Iommi e banda se separam. É o fim do Black Sabbath. Imaginem o baque que isso causou na cena fonográfica da época.

Sem compromisso com a banda, iommi resolve lançar um dsico solo. Porém, como confusão pouca é bobagem, o dsico sai como um lançamento do Sabbath, tal qual aconteceu com o Kiss quando os quatro membros lançaram discos solos com o logo do Kiss.

“Seventh Star- Black Sabbath featuring Iommi” (1986) é, declaradamente, um disco solo. Para os vocais, mais um ex-Deep Purple (e Trapeze), Glenn Hughes, Eric Singer (ex-Kiss e Alice Cooper) na bateria, Geoff Nicholls nos teclados e o baixista Dave Spitz.

Pela primeira vez desde o inicio da banda, Iommi se vê sozinho. E gostou. Tanto que anos depois, lançaria mais dois discos com Hughes nos vocais.

Voltando ao disco, “Seventh Star” é a coisa mais estranha da banda, tanto que não deveria realmente levar o nome do grupo. Não que Hughes não cante muito, aliás, talvez desse certo (como provou ao gravar em 2005 com Iommi novamente) como vocalista oficial da banda. Singer também não decepciona, mas Spitz faz um trabalho pobre, assim como Iommi.

Como video promocional, é escolhido “No Strange to Love”. Música bonita de ouvir e tal, mas uma vergonha no nível do Iommi. O clip também é um dos mais ridiculos da história do Rock.

Do disco, apenas se salva a faixa de abertura, “In for the kill”. Com o fracasso, Iommi e a gravadora decidem voltar com o Sabbath.

E o Sabbath Respira...

Para sorte dos fãs, agora a escolha de vocalista e da sonoridade traz um Black Sabbath revigorado. Não mais como nos anos 70, mas isso jamais voltaria a acontecer.

Com a saída de Hughes, com problemas nos vocais, Ray gillen, outro desconhecido, grava o disco de volta da banda. Porém, por motivos internos, deixa o grupo e é substituído por Tony martin, que regrava o álbum que viria a sair em 1987 com o nome de “The Eternal Idol”.

Ao lado do novo vocalista, Eric Singer é oficializado no grupo nas baquetas, ao lado de Bob Daisley (que gravou com Ozzy os clássicos dois primeiros discos do Madman) no baixo, mantendo Nicholls nos teclados.

Embora o disco não seja um grande trabalho, é, ccom certeza, uma maneira do grupo respirar e voltar à vida nessa segunda metade da década de 80, década essa muito turbulenta para os ingleses.

A escolha de Martin foi eprfeita. O cara possui um vocal único, que chegou a ser equiparado a Dio em qualdiade. Além disso, também particpou ativamente das gravações, mostrando ser membro da banda e não apenas um contratado.

Iommi voltou a tocar o que lhe é destinado. Nada de blues nas músicas, e a volta do lado sombrio da banda, especialmente na faixa-título. Destaques para “The Shining” (com video clip), que Martin mostra seu alcance vocal. Também “Lost Forever” e “Hard Life to Love” merecem atenção especial.

A banda volta com uma turnê apenas européia, retomando parte do terreno perdido, já que faziam 4 anos que não lançavam nada.

Mas é com o disco “Headless Cross” (1989) que o Black Sabbath deslancha mais uma vez. A faíxa-título é um dos maiores clássicos da banda, Martin detonando novamente, Iommi tirando da guitarra seus melhroes riffs em muitos anos. O disco é recheado de ótimas canções, como “Devil & Daughter”, “Whe Death Calls” (clima perfeito e um desfecho marcante) e “Black Moon”.

A formação mudou novamente nesse disco (há grupo com maior quantidade de mudança que o Sabbath?). Laurence Cottle toma conta do baixo no disco, e Singer sai para a entrada de Cozy Powell, que também ajuda a produzi o disco ao lado de Iommi. Nicholls permanece e faz um belo trabalho.

O disco marca também, pela primeira vez desde 1982, a permanência do mesmo vocalista em dois álbuns consecutivos. Convenhamos que já é uma grande evolução que se repetiria no ano seguinte.

O 14º disco da banda é “TYR” (1990) marca a mesma formação, com a participação nas gravações de Neil Murray (ex-White Snake), que substituiu Cottle na turnê anterior.

Esse disco prova que a banda estava indo de vento em poupa. Embora o título do dsico não tenha muito à ver com a temática que o Sabbath costuma usar (Tyr é um Deus da Mitologia Nórdica), o dsico é muito bom.

Não tem como não curtir e se arrepiar logo de cara com “Anno Mundi”, clima obscuro e peso de volta. “Jerusalem” traz uma das melhroes performances de Martin, que inclusive regravou a faixa em um dos seus discos solos. Não posso deixar de citar “The Sabbath Stones”, outra com a marca da obscuridade característica da banda.

Aqui temos uma das baladas mais interessantes da banda. Falo de “Feels Good To Me” (que ganhou video clip), é contagiante e tem um riff matador de Iommi.

“Vahalla” é ótima, melhor ainda “Heaven in Black”, que fecha o disco deixando a certeza de que, finalmente, o Black Sabbath encontrou um vocalista fixo e que iria dar continuidade ao legado dos pais do Metal.

Porém, como veremos na terceira parte dessa matéria especial, novamente o barco balança e as ondas dos anos 90 irão trazer boas e péssimas notícias aos fãs.

Aguarde!

Stay on the Road

Texto: EddieHead