Texto/Fotos: Renato Sanson
Vídeo: Cristiano Cruz
Deixando claro que isso não é uma
cobertura oficial, mas apenas um relato de um fã de Heavy Metal que realizou um
de seus sonhos: assistir um show junto ao público Sul-Americano, mas fora do
Brasil.
Sempre foi e é muito comentado em
nosso meio, que a energia dos fãs do eixo Argentina/Paraguai/Uruguai é surreal.
Pois, são mais que devotos do som pesado e curtem cada milésimo de segundos de
um show.
Então, tive a oportunidade
através do meu amigo de infância Cristiano Cruz, de ir com o mesmo ao Uruguai
para assistirmos o Amon Amarth. Já que, em suas ultimas passagens pelo Brasil
(inclusive em nossa cidade – Porto Alegre) não conseguimos comparecer.
Nada melhor então, que, tirar uns dias de férias, conhecer um país novo e fechar a estádia com um show de Metal, ainda mais sabendo da insanidade dos Hermanos no quesito curtir um show!
De fato foi uma aventura, pois saímos
do RS de carro no sábado (26/11) e o show era só no dia 28/11. Justamente para
nos aclimatarmos e curtir o país e seus costumes. O que é sempre agregador.
Mas indo direto ao ponto, o dia
28 chegou e como bons brasileiros que somos, cedo da tarde já estávamos no Montevideo
Music Box (sim fomos os primeiros da fila!). Um local pequeno, com uma
capacidade total de 1000 pessoas. Sendo que o show do Amon vendeu 500 ingressos
(ou “entradas” como dizem nossos Hermanos).
Eu como nunca tinha visto um show fora do país estranhei a falta da famosa fila brasileira, já que lá e em outros países como relatou o meu amigo que já viu outros shows fora, é normal o pessoal começar a chegar bem perto do horário de abertura dos portões.
Nesse meio tempo, foi possível conversar
um pouco com as pessoas e entender como funciona o cenário uruguaio, que
diferente do argentino (conhecido por sua força) o cenário do Heavy Metal no
Uruguai é mais fraco. Menos bandas, menos fãs e muita falta de apoio. O que faz
lembrar do nosso em certos Estados. Como o caso do RS que já foi forte e hoje infelizmente
parece respirar por aparelhos.
Mas isso não tira a empolgação e
vitalidade dos fãs ali presentes. As portas se abrem e já grudamos na grade
como de costume (com aquele velho papo de: esse é o último show na grade).
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Aqui é Brasil! Primeiros da fila! |
Os riffs de “Guardians of Asgaard”
entram em cena e já podíamos sentir toda a energia e vibração do local. Eram
apenas 500 pessoas, mas que se transformaram em 3000! Tamanho a agitação e
euforia.
Olha, eu já fui a muitos shows na
minha vida Brasil a fora, mas nunca vi e senti nada parecido com essa experiência
de show no Uruguai. Foi realmente surreal o que presenciamos, já que a paixão
pela musica era tão extrema que o próprio Amon Amarth ficava boquiaberto vendo
os fãs empolgados, fazendo circle pit (brutais!), cantando juntos... Enfim,
algo difícil de mensurar em palavras.
Até mesmo o “barquinho” em “Put
Your Back Into the Oar” que eu tanto critico acabei me rendendo e me juntando a
galera (risos). Não tive como me controlar...
O show em si teve uma qualidade de áudio absurda! Nítida e pesada. Os músicos são um show a parte, mas com destaque ao Viking Johan Egg. Um frontman visceral e carismático!
Poderia citar outros destaques
como “The Pursuit of Vikings” com a galera cantando o riff junto com a guitarra
(de arrepiar), mas o encerramento com “Twilight of the Thunder God” me fez
pensar que aquilo poderia ser uma simulação de uma parede de escudos.
Uma verdadeira festa Viking!
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Palheta do Olavi e munhequeira do Johan |
Como eu disse anteriormente, não se trata de uma cobertura oficial, mas trazendo um pouco deste momento ímpar em qual vivi e que ficará eternizado em minha vida. Posso dizer sem medo de errar, que este show do Amon Amarth entrou para o meu top 5 de shows da vida!
Se um dia puderem assistir a
algum show de alguma banda que gostem nesse eixo Sul-Americano
(Argentina/Uruguai/Paraguai) não percam a oportunidade.
Gracias Hermanos \\m//
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