Muitos, que são
residentes da grande São Paulo ou sob outros cantos do estado, com certeza já
fez varias aventuras pelo litoral de Santos. Afinal, quem nunca fez um bate
volta, passou as férias ou o final de ano num sol escaldante tomando aquela
água salgada e admirando as belas praias? Mas não é só de virtudes turísticas
que Santos se tornou popular, a veia cultura e artística sempre esteve no
coração da baixada, vide o futebol, que tem um time que é uma das quatro forças
de São Paulo, revelando grandes jogadores como Pelé, Coutinho e Pepe. No Heavy
Metal não é diferente, lendas como Vulcano e Santuário despontaram em
diversos cantos do país com sua música, reverenciando espaço para grandes nomes
da atualidade, entre eles o Shadowside e o Vetor. Até meio que despercebido, eis que no
meio dessa turma toda há uma banda que já dura duas décadas, Tropa De Shock,
que acaba de lançar “Inside The Madness”.
Sucedendo o
“Immortal Rage” (2012), a banda não impõem irrelevâncias nesse que é o seu
sétimo disco de estúdio. Pra quem já acompanha há um bom tempo, ou quem já
acompanha desde cedo, vai continuar percebendo, sem segredo algum, o Heavy
Metal tradicional rápido e azedo do quinteto, que são destacados pelos riffs de
palhetadas fortes e guitarras sintetizadas, e apresentando uma cara nova,
Lucas Pelarin, para fazer dupla com o veterano Augusto Abade. A parte rítmica mantém
o peso no seu devido lugar, colocando a frente os vocais super altos do Don, com
influências do ‘Metal God’ Rob Halford, bebendo, como muitos, na fonte dessa
influência chamada Judas Priest, numa roupagem mais atual e moderna, mas sem perder
a essência e a raiz da coisa jamais.
A produção,
mixagem e masterização foram realizadas no Lion Productions, sendo assinadas
pelo Don (vocal) e Marcio Minetto (bateria). E aqui percebemos uma sonoridade
limpa, adepta aos padrões agressivos oitentistas que o grupo carrega até hoje,
dando pra perceber cada detalhe nos instrumentos, eficazes,
deixando o cérebro do ouvinte eletrocutado com o ‘Shock’ da tropa (fazendo
trocadilho ao nome da banda). O layout é uma obra do artista Fernando Dias,
ilustrando uma arte que mostra a atitude sonora do disco.
Até então, este que assina esse review só conhecia o Tropa De Shock por nome, mas através de “Inside The Madness”, tive vontade em procurar saber mais de sua trajetória, já que os cinco carregam consigo gostos no qual eu comecei dentro do Metal, colocando aqueles conhecidos arranjos que só as bandas da NWOBH e o próprio Judas Priest fez nos anos 80, caprichando no peso e na melodia no disco todo.
Cito de início, dentre os destaques, “I Broke My Mirrors’, que começa após a rápida introdução “Insanity Nightmares”, flertando nuances mais cadenciadas e rápidas. “Revelations My Mirrors” distingue os vocais ala Halford do Don, tendo a impressão que o próprio que está cantando a faixa; “Call My Name” puxa o lado tradicional do grupo, possuindo melodias fortes de guitarra e uma base rítmica precisa, além de sublimes solos. Mas em se tratando de equilíbrio, ouça “All My Reasons”, que faz uma sintonia perfeita entre harmonia e peso, durando 7 minutos de pura aula. “Afraid Of Hell” reverencia a fúria do grupo, sendo impossível parar de balançar a cabeça com o peso vindo das guitarras, assim como é na faixa seguinte, Slaved Anywhere, que há um DNA de Accept em todos os quesitos.
Até então, este que assina esse review só conhecia o Tropa De Shock por nome, mas através de “Inside The Madness”, tive vontade em procurar saber mais de sua trajetória, já que os cinco carregam consigo gostos no qual eu comecei dentro do Metal, colocando aqueles conhecidos arranjos que só as bandas da NWOBH e o próprio Judas Priest fez nos anos 80, caprichando no peso e na melodia no disco todo.
Cito de início, dentre os destaques, “I Broke My Mirrors’, que começa após a rápida introdução “Insanity Nightmares”, flertando nuances mais cadenciadas e rápidas. “Revelations My Mirrors” distingue os vocais ala Halford do Don, tendo a impressão que o próprio que está cantando a faixa; “Call My Name” puxa o lado tradicional do grupo, possuindo melodias fortes de guitarra e uma base rítmica precisa, além de sublimes solos. Mas em se tratando de equilíbrio, ouça “All My Reasons”, que faz uma sintonia perfeita entre harmonia e peso, durando 7 minutos de pura aula. “Afraid Of Hell” reverencia a fúria do grupo, sendo impossível parar de balançar a cabeça com o peso vindo das guitarras, assim como é na faixa seguinte, Slaved Anywhere, que há um DNA de Accept em todos os quesitos.
O disco reserva
duas faixas bônus, uma delas é um cover do cantor Pop italiano Gazebo, que
ficou bastante interessante, tendo a participação do guitarrista Sérgio Murilo
nos solos, e por fim, a power melódica “Freedom Again”.
Conheci a banda através desse trabalho, e pude descobrir também que já tinham grandes discos antes de “Inside The Madness”, uma história consistente e relevante. O Tropa ainda tem muito a
oferecer para o Metal nacional, pois o tempo que estão na ativa já fala por si.
Podem adquirir sem
medo!
Texto: Gabriel Arruda
Fotos: Divulgação
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Ficha Técnica
Banda: Tropa De Shock
Ano: 2016
Estilo: Traditional Heavy Metal
Gravadora: Ms Metal Records/Voice Music
Formação
Ano: 2016
Estilo: Traditional Heavy Metal
Gravadora: Ms Metal Records/Voice Music
Formação
Don (vocal)
Augusto Abade/Lucas Pelarin (guitarras)
L. Hammier (baixo)
Márcio Minetto (bateria)
Augusto Abade/Lucas Pelarin (guitarras)
L. Hammier (baixo)
Márcio Minetto (bateria)
Track-List
1. Insanity
Nightmares
2. I Broke My Mirrors
3. Revelations of a Soldier
4. Call My Name
5. Waiting for Another Way
6. All My Reasons
7. Inside the Madness
2. I Broke My Mirrors
3. Revelations of a Soldier
4. Call My Name
5. Waiting for Another Way
6. All My Reasons
7. Inside the Madness
8. Afraid of
Hell
9. A Silents Dark
10. Beyond the Sea
11. Slaved Anywhere
9. A Silents Dark
10. Beyond the Sea
11. Slaved Anywhere
12. I Like
Chopin
13. Freedom Again
13. Freedom Again
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