quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cobertura de Show: Truckfighters incendiando Porto Alegre! (18/05/16 - Obra Club)


Começar esse texto com as palavras de Josh Homme - Queens of The Stone Age/Kyuss

A melhor banda que já ouvi na minha vida!

Realmente faz todo sentido, pois durante a apresentação, Ozo (baixo e voz) e Dango (guitarra), núcleo principal e remanescentes desde o início da formação, confirmaram a fama de que, ao vivo, a banda se destaca pela execução de qualidade e vivacidade de atuação. A energia sonora e performance que a banda possui em cima do palco realmente é algo que me deixou hipnotizado.

Mas vamos lá, pois a estreia do Truckfighters em Porto Alegre, na quarta-feira (18/05), no Obra Club, veio com a carga de peso que se espera do trio sueco. Mas, o caminhão desgovernado, abastecido com graves inflamados, passou pela capital gaúcha com velocidade acima da média. Foram apenas cinco músicas, algo em torno de 33min, de acordo com um videomaker que registrou toda a apresentação. O motivo da correria foi porque a banda tinha de embarcar para o Uruguai, onde continuaria a tour pela América do Sul, logo após tocar. O evento estava previsto para iniciar, originalmente, às 20h, com dois grupos fazendo a abertura: Muñoz (MG) e Cattarse (RS). Porém, desde o dia anterior aos shows, a organização usou as redes sociais para avisar que o horário seria antecipado e que a atração principal tocaria entre os conjuntos brasileiros, com previsão de dar os primeiros acordes às 20h.


Contudo, o cronograma alternativo para facilitar a viagem dos Truckers não funcionou como o previsto. Algo que estamos acostumados de presenciar em shows pequenos de bandas locais, que muitas vezes é usado para “esperar público”, porém não foi esse o caso, já que o Truckfigthers não é uma banda local e o público já estava em peso desde cedo esperando a abertura da casa. A Muñoz, primeira banda da noite, deveria iniciar os trabalhos às 18h40min, e subiu ao palco só depois das 19h30min, pouco após a abertura da casa. O duo entrou em cena com o público ainda chegando no espaço para mostrar seu stoner blueseiro à base de bateria, guitarra e voz. No começo, a dupla não chamou tanto a atenção, talvez pelo frenesi da entrada ou os contratempos de atraso. Só que, na sequência, com sons mais arrastados e/ou com groove extra, mostrou-se interessante. O set dos mineiros durou até umas 20h20min. Logo que a Muñoz anunciou o fim do repertório, enquanto recolhiam seus equipamentos, os próprios músicos da Truckfighters entraram no palco para agilizar o início da performance.

Em menos de 10min, lascaram “Mind Control” e começaram a jornada por uma estrada de riffs consistentes, batidas concisas e graves intensos. As músicas escolhidas para a ocasião foram pinçadas, basicamente, do disco mais recente (“Universe”, de 2014) e do primeiro álbum (“Gravity X”, de 2005). O show seguiu com “Monte Gargano”, “Manhattan Project” e “The Chairman”, faixas que mostram a versatilidade do Truckfighters com partes mais pegadas, outras mais lentas, momentos de instrumental lisérgico e, até, e as clássicas que caracterizam o gênero de stoner rock. Foi então que anunciaram a última música, seguido com o espanto da galera que estava sedenta por mais riffs e pedradas stoner, eis que rolou a clássica “Desert Cruiser”, composição que abre o primeiro registro dos caras e das que causa mais agitação na plateia.


Mesmo com o tempo restrito, eles não perderam a oportunidade de instigar a plateia e até ensinar expressões em sueco. Ao encerrar o espetáculo, aparentemente com pressa, o trio botou a mão na massa novamente para otimizar a desmontagem. Na pista, a choradeira em razão do pouco tempo de show dividia espaço com reclamações pela falta de cerveja na casa, que precisou de alguns minutos para repor o estoque.

Logo após a Cattarse, trio porto-alegrense formado em 2013, já tem certo prestígio no cenário independente, fechou a noite, com uma performance impressionante, segurando o público até o final e com uma interação que não se vê muito em bandas locais. No meio de seu repertório já estão presentes músicas do seu 2° álbum, que está para ser lançando em breve.


Enfim, foi uma noite incrível que quem esteve presente não vai se esquecer, tanto pela energia e um show destruidor dos “Trucks”, quanto pelo gostinho de quero mais, afinal, foi a primeira vez da banda com um show extremamente curto, parecendo mais repertório de banda de abertura do que banda principal.


Cobertura por: Billy Valdez/Homero Pivotto
Fotos: Billy Valdez
Revisão/edição: Renato Sanson

Nenhum comentário: