Após aproximadamente um ano, o I Am Morbid, projeto que reúne duas lendas do renomado grupo americano Morbid Angel – David Vincent (vocal/baixo) e Pete Sandoval (bateria) –, além dos talentosos guitarristas Bill Hudson – brasileiro radicado nos EUA e também integrante do Northtale – e Richie Brown (americano) retornaram para uma nova tour no Brasil nos brindando com uma noite de clássicos do mais puro Death Metal Old School em comemoração aos 30 anos de um dos álbuns que mais abrilhantou suas carreiras e assegurou o reconhecimento mundial, Covenant (1993), terceiro álbum do Morbid Angel, sendo executado na íntegra para deleite do público. O evento de São Paulo ocorreu na quinta-feira passada no Fabrique Club.
O show, que estava marcado para às 20h30, teve um pequeno atraso, começando às 20h50, porém isto não afetou em nada o espetáculo. O público estava sedento por ouvir os clássicos, e já se animaram em ver Pete chegando em sua bateria, seguido de Bill, Richie e Dave.
Começaram aquecendo os motores com o clássico “Immortal Rites” do “Altars Of Madness” (1989). Dave deixa a música mais empolgante fazendo coros com sua voz fantástica de barítono.
Logo depois rolou “Fall From Grace”, do “Blessed Are The Sick” (1991), com aquelas levadas cadenciadas e elementos prog que fazem a marca registrada do Morbid Angel.
Seguindo o baile, “Visions From The Dark Side” do “Altars Of Madness” veio para destruir os pescoços, direta e agressiva.
Depois dessa, outro clássico, “Blessed Are The Sick/Leading Rats” faixa título do segundo álbum do Morbid Angel, com guitarras executadas brilhantemente por Bill e Richie. No final da música as pessoas gritavam Morbid, e Dave fez um trocadilho entoando ‘Mor-Pete’ em homenagem ao seu parceiro de longa data.
Finalmente chegava a esperada hora, em que Dave Vincent anuncia que a noite é de celebração de apenas 30 anos, e que todos os headbangers old school devem estar animados. Dave então anuncia “Rapture”, primeira faixa do Covenant, clássico absoluto deste álbum. O público foi à loucura!
Seguindo o massacre na sequência, “Pain Divine”. Logo após, Dave incita o público, perguntando se estão curtindo, mas que não está convencido, e a galera explode gritando ‘Hell Yeahh’. Mais um massacre a vista com “Vengeance Is Mine”. Ao final da música, Dave elogia seu parceiro de banda brasileiro, Bill Hudson.
Aliás, é impressionante o entrosamento entre Dave, Bill e Richie, os músicos parecem estar se divertindo no palco, satisfeitos com a interação de um público muito fiel e empolgado com tantos clássicos, enquanto que Pete ‘Commando’ Sandoval parece bem concentrado na bateria, destruindo tudo no alto de seus 59 anos.
Dave anuncia “Lion’s Den” dizendo que é sobre uma justiça Old School, muito antiga, brincando que é mais antiga que ele.
Seguindo a destruição, mais um clássico é anunciado, “Sworn To The Black”, com Dave dizendo que algumas coisas nunca mudam, só melhoram com o tempo. Bill arrebenta nos solos como sempre.
Saindo um pouco do Covenant, mudam de sequência com “Maze Of Torment” do Altars Of Madness. Dave – sempre simpático e carismático – e Pete segue arregaçando.
Há uma breve pausa, com direito a solos virtuosos, primeiramente de Bill, e após um duelo de solos com seu parceiro Richie, digno de aplausos da galera. Bill conta até quatro em português antes de começarem o dueto, fazendo graça para solar.
Na sequência, intercalando os clássicos do Covenant, é anunciada “Dominate”, uma porrada do álbum “Domination” (1995). A esta altura o público estava extasiado, agitando sem parar.
Na seqüência, “Where The Slimes Live”, mais um clássico do Domination. Os bumbos de Pete sâo potentes como metralhadoras. Dave pergunta se alguém esteve na primeira tour do Morbid Angel. Voltando ao Covenant, anuncia mais uma destruição, “Blood on My Hands”.
Quando acaba a música ele fica dizendo que ele é mórbido, e pede para o público cantar junto as palavras “I Am Morbid”, mostrando seu grande alcance vocal, enquanto todos se divertem cantando junto.
Logo após, ele diz: “sim, vocês são mórbidos”, e anuncia a poderosa “God Of Emptiness”. Vale destacar que é incrível como a voz de Dave permanece intacta e bem cuidada após todos estes anos.
Logo após, Dave anuncia a última música, “World Of Shit”, encerrando a noite com chave de ouro.
O show acabou por volta de 22h05, com um público muito satisfeito, e um tempo depois os integrantes da banda saíram do backstage para atender seus fãs com muito carisma, humildade e simpatia.
Texto: Juliana Novo
Fotos: Leandro Cherutti (Metal no Papel)
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Realização: Vênus Concerts
Mídia Press: Tedesco Comunicação & Mídia
I Am Morbid
Omni Potens
Immortal Rites
Fall From Grace
Visions From the Dark Side
Blessed Are The Sick
Rapture
Pain Divine
Vengeance Is Mine
The Lion’s Den
Sworn to the Black
Maze of Torment
Dominate
Where the Slime Live
Blood on My Hands
God of Emptiness
World of Shit (The Promised Land)
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