sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Lucifer: Quinto Opus Tem Potencial de Elevar o Status da Banda

 


Está aí uma banda que desde seu primeiro álbum vem tendo uma aceitação bem positiva, com canções cativantes, e até de fácil assimilação, mas que fogem do óbvio muitas vezes, com seu conceito girando em torno de ocultismo, experiências espirituais e pessoais, utilizando muitas metáforas e doses de humor,  e sonoridade voltadas ao Occult Rock,  Hard 70’s e Doom. 


Fundada em 2014 pela vocalista e compositora Johanna Sadonis, o Lucifer chega ao seu quinto álbum, intitulado “V”, o primeiro pela gravadora Nuclear Blast. Com uma formação estabilizada, e Johanna tendo como parceiro, e agora marido, Nicke Andersson nas guitarras, o grupo vem crescendo em popularidade e fazendo cada vez mais shows, inclusive passando aqui pela América do Sul em 2022 pela primeira vez.



No release a expectativa gerada é grande, pregando que a banda entregou seu melhor álbum até agora, e traz todos os elementos vistos em seus trabalhos anteriores.


Cedo ainda para dizer se é o melhor trabalho, mas que as canções já me cativaram de imediato, isso é fato! 


“Fallen Angel” inicia o disco, com seu riff rasgado, que me lembrou um pouco o de “Schools Out”. Hardão explosivo e cativante, com trechos de riffs pesados e bem Doom, traduzindo bem essa mistura de inspirações da sonoridade da banda.



"At The Mortuary” inicia com riffs que trazem o peso do Doom para em seguida entrar com licks e bases Hard, destacando as cativantes melodias do refrão, e como uma das qualidades do  Lucifer é não se óbvio, temos mais uma mudança de clima, com um trecho mais tétrico antes do solo e refrão final.


Riding Reaper” traz riffs e backing vocals cativantes e melodiosa daqueles que grudam de imediato e aquele ar Occult Rock; "Slow Dance in a Crypt" é como uma valsa tétrica, com o piano trazendo esse clima soturno, e toques de blues num hipnotizante balanço.



"A Coffin Has no Silver Lining” traz essa mistura deliciosa de Hard Rock e Occult Rock, e é impossível já não sair cantarolando. Destaque para as melodias do refrão e backing vocals, e claro, o lirismo com as doses de humor negro.


"Maculate Heart” inicia com dedilhados, parecendo que vem uma baladona por aí, mas a bateria logo intervém e temos um Hard de riffs marcantes e com Groove; 


“Strange Sister” é um Rock and Roll/ Hard 70’s de refrão cativante, e com trechos que trazem aquele ar de filmes de horror; "The Dead Don't Speak", vem mais cadenciada, com licks cativantes e o peso do Doom, mas sem deixar de lado os refrãos cativantes.



O Blues pesado e soturno de “Nothing Left To Lose But My Life” fecha o álbum e deixa aquele gosto de quero mais.


Um disco que facilmente se ouve todas as músicas sem pular, algo que tem ficado cada dia mais raro. É o melhor álbum do Lucifer? Bem possível. Mas o que posso afirmar de certeza é que vai agradar e muito quem já curte, vai angariar novos fãs e contribuirá para o contínuo crescimento da banda em passos mais largos.


Texto: Carlos Garcia
Fotos: divulgação
Banda: Lucifer
Álbum: "V"
Selo: Nuclear Blast
O álbum também está disponível no Brasil via Shinigami Records 

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Tracklist:

1. Fallen Angel 3:09

2. At The Mortuary 6:07

3. Riding Reaper 4:11

4. Slow Dance In A Crypt 4:28

5. A Coffin Has No Silver Lining 4:25

6. Maculate Heart 4:09

7. The Dead Don't Speak 3:58

8. Strange Sister 4:20

9. Nothing Left To Lose But My Life 4:50




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