terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ainda Não É o Fim Para o Megadeth



Existem sempre aquelas bandas que não importam que discos gravam, nunca caem muito de conceito entre os fãs. Não é o caso do Megadeth, que deu um deslize imenso com “Risk” (1999), inovando para pior e deixando de ser aquela banda de Heavy/Thrash Metal que gravava clássicos atrás de clássicos.

Depois de “Youthanasia” (1994), a banda não conseguiu trazer um disco muito significativo, “divisor” de águas como o fez mais de uma vez. Obviamente que álbuns como “The Worlds Need a Hero” (2001) e “The System Has Failed” (2004) tem seus méritos, mas possuiam faixas sem inspiração e a pegada Thrash que é, afinal, a marca dessa banda surgida na primeira metade dos anos 1980.

Com o álbum “United Abominations” (2007) houve um avanço signifciativo em busca de um som pesado e interessante ao mesmo tempo em que a banda (ou melhor, o vocalista/guiatarrista Dave Mustaine) destilava sua ira política contra os EUA. Porém, ainda faltava algo.

Esse vazio parece que será preenchido com o “Endgame” (2009), décimo segundo álbum da banda que está saindo agora. Durante as 11 faixas da versão que possuímos, temos de volta uma banda que quer o topo do Thrash Metal novamente. Com certeza não um álbum tão cru e rápido quanto os primeiros discos da carreira, o que mostra que a banda não quer parar no tempo. Entretanto, aqui temos pegada e era justamente isso que faltava.

Um peso nada exagerado e bem cadenciado. Os riffs de Mustaine e Crish Broderick (que tocava com o Nevermore até 2008), que segundo Mustaine é um dos melhores guitarrista com quem já tocou, parecem ter voltado ao lugar de onde não deviam ter saído: dos amplificadores das guitarras do Megadeth.

James LoMenzo no baixo e Shawn Dover na bateria completam esse quarteto que traz canções de puro Metal oitentista, como o primeiro single “Head Crusher” (que tem sido equiparada ao clássico “Painkiller” do Judas Priest) e “Dialetic Chaos” (instrumental), que abre o álbum.

Destaques também para “This Day We Fight!”, que embora seja ainda reflexo ddos dois últimos discos, é rápida na medida certa, com os “mini” solos comendo. “1,320” é ótima, te leva de volta à época do fim dos anos 80, passagem para os 90.

Talvez a faica “menos forte” seja a balada (que ganha peso mais para a metade pro fim)) “The Hardest Part of Letting Go... Sealed With A Kiss”, não tanto pela qualidade, mas pelo gosto de quem ouve. Prefiro Mustaine cantando agressivamente, embora haja outras músicas que, emsmo calmas, ficaram interessante. Com essa faixa a banda mostra que consegue, ainda, caminhar por outros espaços sem perder a qualidade. Mas se você quer peso apenas, vai demorar para gostar desta.

“Endgame” tem tudo para ser um dos frotes concorrentes para melhor disco de 2009, por dois motivos simples, mas essenciais: quem o criou foi o Megadeth e, segundo, as faixas são inspiradas e marcantes, como toda boa música dessa lendária banda norte-americana.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica
Banda: Megadeth
Álbum: Endgame
Ano:2009
Tipo:Thrash Metal
País: EUA
Link (do blog Combe do Iommi): http://rapidshare.com/files/274079086/EMDIGUEIMI_2009_Silver.zip

Formação

Dave Mustaine (guitarra/vocal)
Chris Broderick (guitarra)
James LoMenzo (baixo)
Shawn Dover (bateria)




Tracklist

1. Dialectic Chaos (Instrumental)
2. This Day We Fight!
3. 44 Minutes
4. 1,320
5. Bite The Hand
6. Bodies
7. Endgame
8. The Hardest Part Of Letting Go... Sealed With A Kiss
9. Head Crusher
10. How the Story Ends
11. The Right to Go Insane

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse disco está sensacional, todas as faixas detonam...

DIALECTIC CHAOS – Introdução energética, técnica e os solos detonam! Um começo épico que abre passagem de forma magistral para as demais faixas. Aliás, quem gosta de guitarra solo vai se deliciar com o que vai encontrar no decorrer do disco, pois a dupla Mustaine X Broderick está muito afiada.

THIS DAY WE FIGHT – Música acelerada, vocal nervoso, guitarras afiadas... puro thrash metal! No refrão Mustaine canta de forma agressiva… “Molhado com seu sangue, eu afio minha espada/Não me confronte como um covarde/Venha amanhã talvez eu possa cair e morrer/Mas não hoje, hoje lutaremos!”. Simplesmente arrasadora!

44 MINUTES – Grande música! As bases de guitarra são pesadas e intrincadas e acabam formando uma melodia perfeita para a construção de um refrão inspiradíssimo. Os solos são magníficos, assim como no decorrer de todo o disco. O final fecha com chave de ouro com riffs pesados e um solo afiado. Puramente Megadeth.

1,320 – Riffs e mais riffs criam uma música intensa que representa muito bem a temática da letra... velocidade. O encerramento da música é matador! Thrash metal clássico! Certamente vai ser um dos hinos de quem curte velocidade... “E são 1,320 até a linha de chegada”.

BITE THE HAND THAT FEEDS – Música técnica, refrão sensacional e o encerramento é magnífico. As guitarras trabalham em sintonia perfeita com a bateria e o baixo. Aqui temos outro refrão pegajoso... “Quando cachorro come cachorro, você é o que você come/Assim como o cachorro louco que morde a mão que alimenta”. Como já é de praxe, as músicas do Megadeth, em regra, são construídas com um desenvolvimento gradual, atingindo o ápice no encerramento e aqui não é diferente.

BODIES LEFT BEHIND – pesada, cadenciada, guitarras inspiradas criam uma melodia maravilhosa. Em fim, uma aula de heavy metal. Novamente percebemos que os refrões foram construídos para marcar presença e então Mustaine canta – “E durante todo o percurso, todos os corpos deixados para trás/Podem ter sido todos bons amigos; só não meus bons amigos” – acompanhado por linhas melódicas magistrais. O desdobramento das guitarras é perfeito! Uma das melhores músicas do álbum.

ENDGAME – Um começo arrastado é completado por guitarras rápidas, riffs agressivos e solos magistrais, para atingir o ápice no fim. Essa música é monstruosa! . Em resumo: “This is the end of the road, this is the end of the line, this is the end of your life, this is the Endgame!”. Esse refrão vai virar hino nos shows. Outro petardo!

THE HARDEST PART OF LETTING GO – uma introdução melancólica é completada por guitarras pesadas e linhas melódicas de violinos que dão um toque especial à música. Chris Broderick trabalhou junto com Mustaine na composição e acredito que os fãs de A Tout Le Mond vão adorar a melancolia dessa faixa.

HEADCRUSHER – Como o próprio nome sugere... é esmagadora! Música para agitar, devido a sua energia e velocidade. Novamente, os solos são sensacionais. “Não há nada que você possa fazer”, essa música vai agitar você!

HOW THE STORY ENDS – Simplesmente sensacional! Acredito que essa música é a que melhor representa o estilo musical que o Megadeth foi construindo com o passar dos anos e dos discos lançados. Ela contém riffs marcantes e pesados, linhas melódicas belíssimas e um refrão demasiadamente pegajoso... “Destruindo todas as cidades, iluminando e queimando/ Você pode não gostar agora, mas assim é como a história termina”. Grande composição!

THE RIGHT TO GO INSANE – Guitarras marcadas seguidas por linhas melódicas que abrem um riff para outro refrão sensacional... “Como irei encarar o dia amanhã se não posso fazer isso hoje?/Não tenho nada a perder, a não ser minha sanidade e o direito de ficar louco/Não tenho nada a perder, a não ser minha mente/Não tenho escolha, então acho que vou enlouquecer”. Progressivamente a música vai ganhando corpo e fecha o disco de forma magnífica com guitarras cortantes e a batera detonando tudo!

Anônimo disse...

Em suma, o Endgame possui riffs sensacionais, solos afiados, refrões pegajosos e letras muito bem construídas. Creio que vai agradar os fãs antigos e os novos, assim como aqueles que gostam de heavy/thrash, pois o Megadeth dá uma aula de música nesse disco. Ele entra para o rol dos melhores discos do Megadeth e também para da música pesada. Grande petardo! Nota 10.

Eduardo Cadore disse...

Olá Anônimo!
Vlw pela resenha faixa a faixa. Ficou muito boa!
O CD está ótimo mesmo!!

EddieHead disse...

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vlw