A chamada do título desta entrevista se refere ao que percebemos na sonoridade e história do surgimento da Higher, que nasceu do reencontro de dois amigos, Cezar e Gustavo, que haviam tocado juntos anos atrás, formando a Second Heaven, e no intuito de voltar ao circuíto Heavy Metal, recomeçaram a compor juntos, e o conhecimento e experiências musicais que foram adquirindo através dos anos, dentre vários estilos musicais, foi fluindo naturalmente, resultando em uma nova banda, com uma personalidade bem distinta.
Confira a conversa que tivemos com Cezar, onde ele nos conta um pouco mais sobre as facetas do Higher, as resenhas positivas recebidas pelo debut, planos para o segundo álbum e outros detalhes:
RtM: O Higher tem uma história interessante, já que você, Cezar, e o
Gustavo já se conheciam e chegaram a tocar juntos no passado (com a banda
Second Heaven), reencontrando-se novamente anos depois e reiniciando a compor,
agregando as experiências e bagagem musical adquirida, principalmente fora do
circuito heavy Metal. Contem pra gente sobre essa caminhada e experiências, e
como surgiu essa oportunidade de vocês voltarem a formar uma banda juntos.
Cezar Girardi - Foi uma ideia que vínhamos amadurecendo há
algum tempo, foi necessário apenas uma reunião para iniciarmos o projeto
Higher. Inicialmente queríamos apenas gravar o material antigo que o Second
Heaven tinha, mas foi ficando muito interessante e começamos a compor
novas canções. E está sendo muito gratificante trabalhar com estas feras.
RtM: Essa bagagem que vocês adquiriram e o conhecimento em
outros estilos musicais podemos ver claramente na sonoridade do Higher. Contem
pra gente como foi esse processo de composição do álbum? Deixaram fluir
naturalmente, sentindo que elementos casariam melhor?
Cezar - Você matou a charada já na sua
pergunta! Foi exatamente isso, como eu e Gustavo tocamos muitos
estilos musicais, na hora da composição era como se a própria música “pedisse”
as ideias. E com o nosso amor pelo Heavy Metal foi tranquilo fazer soar desta
maneira.
RtM: Se você fosse destacar uma música do álbum para apresentar a sonoridade do Higher a alguém, há alguma composição que você acha que representaria de forma clara a banda?
Cezar - Poxa, não faça isso comigo! (risos) Nunca
peça para um pai escolher entre seus filhos, o predileto! (risos) Mas acho
que “Lie” sintetiza um pouco do que acontece no disco. “Keep Me High”, “Like
The Wind” também são muito interessantes. “Break The Wall”, a
"balada", vem recebendo muitos elogios. Mas agora deixo o
convite pra você me dizer quais poderiam representar esse papel. (risos)
RtM: E que bandas novas dentro do Metal, poderia citar algumas que você acha que estão fazendo um trabalho que traga algo novo?
RtM: Obrigado pela atenção, e pela oportunidade de mostrarmos um pouco mais das ideias e personalidade da banda. Deixo o espaço final para sua mensagem aos leitores.
Cezar - Eu que agradeço ao espaço dado. Precisamos muito mais de pessoas como você para manter esse movimento vivo cada vez mais. Mais uma vez eu digo: estudem seus instrumentos e deixem a música te guiar na hora das composições.
Entrevista: Carlos Garcia
RtM: Muitas
bandas têm usado essa mescla de elementos, que há um tempo atrás eram até
difícil imaginar em uma banda de Metal, mas hoje isso é bem mais aceito, sendo
difícil rotular a sonoridade, chegando naquela conclusão que, apesar dos
rótulos servirem pra situar os ouvintes, é melhor chamar todas simplesmente de
Metal. O Higher utiliza muitos elementos de outros estilos musicais, você vê
essa mescla como sendo uma saída para buscar novos ares, buscar mais
originalidade? Gostaria que comentasse sobre essas questões.
Cezar - Concordo com você! Muitas bandas estão
mesclando coisas bem diferentes ao seu som, fazendo assim do Metal algo
muito mais rico ainda.
O Metal já sabemos da força que tem, e quando aparece bandas que acrescem ainda mais coisas boas, este estilo só tem a crescer.
O Metal já sabemos da força que tem, e quando aparece bandas que acrescem ainda mais coisas boas, este estilo só tem a crescer.
RtM: Uma frase
bem legal que li do Gustavo, se não me engano, em que ele diz: "A Higher
nasceu da nossa sincera vontade de produzir algo com o coração, voltado e
inspirado pelas alegrias que a música já havia nos dado". Me parece que é
isso que falta para algumas bandas, produzir com o coração, pois há muita
preocupação com técnica e produção, e em alguns casos, tentar soar como outras
e se encaixar em determinado nicho, e até bandas mais veteranas, que parecem
ter perdido a vontade de produzir música. Qual sua opinião a respeito?
Cezar - O mercado cobra muito das bandas
"grandes", e elas as vezes não conseguem compor o que realmente
querem. Acho que eu não conseguiria fazer uma música que eu não
acreditasse. Preciso trabalhar assim, pois é assim que acredito no
Metal verdadeiro.
RtM: Gostaria
que vocês falassem sobre a produção do álbum, a escolha do Thiago Bianchi e a
contribuição dele, e como vocês avaliaram o resultado final?
Cezar - A pré-produção é toda do Gustavo e minha, mas precisávamos da mão de um cara experiente. Foi aí que entrou primeiro o Fernando Quesada e mais tarde o Thiago Bianchi.
Dois monstros brasileiros que dominam totalmente ao que se propõem fazer.
Cezar - A pré-produção é toda do Gustavo e minha, mas precisávamos da mão de um cara experiente. Foi aí que entrou primeiro o Fernando Quesada e mais tarde o Thiago Bianchi.
Dois monstros brasileiros que dominam totalmente ao que se propõem fazer.
RtM: E sobre
produção ainda, você acha que é melhor a cada trabalho buscar produtores e
estúdios diferentes, a fim de não correr o risco dos álbuns soarem muito
parecidos, inclusive com outras bandas que passam pelo mesmo estúdio e
produtor? Vejo muitas críticas a respeito de produções que são feitas em alguns
estúdios badalados, inclusive descaracterizando algumas bandas, como se fosse
produção "por atacado".
Cezar - É uma coisa que nos preocupamos! Queremos que
esse nosso segundo disco, que já está em fase de composição, seja muito mais a
nossa cara. E pelo andar da carruagem, acredito que este segundo virá bem
mais forte que o primeiro. E por não termos pretensões
mercadológicas temos uma liberdade que poucas bandas tem para trabalhar.
RtM: Diante
dos resultados positivos e elogios que o álbum de estreia conquistou, acredito
que vocês devem estar bem motivados, e até se sentindo desafiados para a
composição do próximo trabalho. O que vocês imaginam para o próximo álbum? É
possível surpreender, trazer coisas novas e ainda assim ter uma identidade em
que o ouvinte possa ouvir uma nova música e reconhecer "Isso é
Higher"?
Cezar - Sim! A aceitação do primeiro disco foi uma grata surpresa para nós, além dos elogios ao vivo, e com isso estamos nos sentindo desafiados para este segundo disco, para mantermos a pegada tanto do disco como no show. Posso adiantar que haverão novidades sim! E com certeza ainda mantivemos nossa assinatura nas canções.
Cezar - Sim! A aceitação do primeiro disco foi uma grata surpresa para nós, além dos elogios ao vivo, e com isso estamos nos sentindo desafiados para este segundo disco, para mantermos a pegada tanto do disco como no show. Posso adiantar que haverão novidades sim! E com certeza ainda mantivemos nossa assinatura nas canções.
RtM: E que bandas novas dentro do Metal, poderia citar algumas que você acha que estão fazendo um trabalho que traga algo novo?
Cezar - Tem muitas bandas boas demais fazendo coisas
novas. São muitas e nem conseguirei citar todas, mas também não
podemos nos esquecer das mais antigas que estão conseguindo fazer uma ótima
nova roupagem para seus sons. E com isso o Metal agradece!
RtM: Obrigado pela atenção, e pela oportunidade de mostrarmos um pouco mais das ideias e personalidade da banda. Deixo o espaço final para sua mensagem aos leitores.
Cezar - Eu que agradeço ao espaço dado. Precisamos muito mais de pessoas como você para manter esse movimento vivo cada vez mais. Mais uma vez eu digo: estudem seus instrumentos e deixem a música te guiar na hora das composições.
Entrevista: Carlos Garcia
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