A asserção harmônica da banda transcorre o poder do Hard
Rock, afluindo subdivisões do estilo, passando pela influência de ícones como Aerosmith e Whitesnake , além, claro, de soar super atual e moderno, sabendo dosar perfeitamente a
proporção do Hard Rock dos anos 80 e 70. E olhando o Line-Up, formado por John
Corabi (vocal, Mötley Crüe, The Scream), Doug Aldrich (guitarra, Whitesnake,
Dio, Revolution Saints), David Lowy (guitarra e único membro original), Marco
Mendoza (baixo, Whitesnake, Blue Murder, Thin Lizzy, Black Star Riders) e Brian
Tichy (bateria, Whitesnake, Billy Idol, Ozzy Osbourne, Foreigner), podemos
esperar Hard e Classic Rock de altíssimo nível.
O aspecto de produção é bem nutrido, repleto de
intensidade e melodia, sendo gravado no
Sienna Recordings Studios, firmada pela parceria com Marti Frederiksen, com
mixagem feita por Howie Weinberg e a masterização por Gentry Studer. A capa, parida pela Freimauer, escancara
atitude, aludindo marcas citadinas, algo bem contemporâneo nas ruas dos Estados
Unidos.
Podemos dizer que, depois de várias saídas, o THE DEAD DAISIES chega, até então, na sua soberana fase, ganhando mais mutabilidade
com as ideias e energia nesse que é o mais relevante disco na curta discografia
da banda. E a entrada do Doug Aldrich (a única novidade) acrescentou mais
qualidade e variação, carência sentida em vários momentos dos primeiros álbuns, suprida pela classe de Aldrich e seus riffs cheios de feeling e virtuose.
Em “Long Way To Go”, faixa de abertura, mostra, no ato, a
verdadeira magnitude sonora do grupo, cunhado por riffs maciços e vocais
marcantes, tendo uma forte ascendência de AC/DC; “We All Fall Down” preza pelo
‘swing’, ue é conduzido pelo peso rítmico, com latentes partículas nas guitarras, tanto nos riffs e solos; “Song And A Prayer” traz um clima mais aprazível e
atual, consistido por melodias não tão limpas, sustentado pelo instrumental
volumoso e potente. E não dá pra não comparar a voz do John Corabi com a do Steven
Tyler (Aerosmith), ficando evidente a forte influência.
“Mainline” vem a mil por hora, prezando um andamento
rápido sem nenhuma diversificação, zelando uma postura simples e direta; a
faixa título, “Make Some Noise”, apega o clima ao vivo, perceptível no refrão
pulsante e cheio de coros, dando a sensação que estamos dentro de uma arena
lotada cantando junto com a banda; “Last Time I Saw The Punch” possui linhas
setentistas, remetendo à pegada Led Zeppelin e Aerosmith numa linguagem
moderna; “Mine All Mine” tem um jeito engenhoso, que é notável pela simetria
das guitarras e da criatividade de Brian Tichy nas baquetas, tornando-a bem
sulcada.
“How Does It Feel” é tomada de grooves e riffs abafados,
perfazidos por coros no refrão; “Freedom” é uma das mais pesadas do
disco, vestigiada por um Hard and Heavy esmurecedor; “All The Same” prolifica a
destreza viajante do Hard Rock com pitadas não tão cerradas, possuindo
contrastes de Classic Rock. O mais legal é a espécie de ‘jam-session’ que rola
no final.
Além dessas faixas, o álbum retém dois covers:
“FortunateSon” (Creendence Clearwater Revival) e “Join Together” (The Who), não
tirando as características da versões originais, deixando apenas mais "carregadas" e com uma pegada ainda mais enérgica.
Esperamos que essa formação seja duradoura e nos traga
mais trabalhos ótimos como “Make Some Noise”. Lembrando que eles estarão aqui
no Brasil, em julho, para mostrar todas essas músicas ao vivo.
Texto:
Gabriel
Arruda
Fotos:
Divulgação
Edição/Revisão:
Carlos
Garcia
Ficha
Técnica
Banda:
The
DeadDaisies
Álbum:
Make
Some Noise
Ano:
2016
País:
Australia
Gravadora: Shinigami Records (Nac.) / Spitfire Music (Imp.)
Formação
John Corabi (Vocal)
Doug Aldrich (Guitarra)
David Lowy (Guitarra)
Marco Mendoza (Baixo)
Brian Tichy (Bateria)
Track-List
01. Long
Way ToGo
02. WeAllFall
Down
03. Song
And A Prayer
04. Mainline
05. Make
Some Noise
06. FortunateSon
07. Last Time I Saw The Sun
08. Mine
All Mine
09. How
Does It Feel
10. Freedom
11. All
The Same
12. JoinTogether
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