São Paulo se encheu de pontinhos pretos na noite fria de 18 de junho (2023): muitas expectativas, looks elaborados e música alta. Esse era o clima que cercava a casa, mesmo horas antes do espetáculo se iniciar.
Hoje vou contar um pouco do que foram
os shows do 3 Pipe Problem e The Sisters of Mercy, que aconteceram
recentemente. Então se você é amante de rock nacional, alternativo ou faz parte
da subcultura gótica, fique por aqui para saber mais sobre esses shows e as
opiniões divergentes que eles geraram.
Vamos lá!
Esquentando a noite e estreando o
palco, a banda nacional e autoral, 3
PIPE PROBLEM, chegou com seu som autêntico e único, que tem como inspiração
para suas composições as bandas Nirvana, Radiohead, Faith no More e até a pura
nata do Rock brasileiro: Titãs, Legião Urbana e Sepultura, não deixaram de
fazer jus às bandas que correm em suas veias.
A banda, criada em 2017, surpreendeu
muitos ali presentes nessa oportunidade única de se apresentar para um público
maior e mostrar seu som para pessoas que talvez nunca tivessem ouvido falar da
banda antes. E eles não decepcionaram: com sua energia contagiante e suas
músicas cativantes, a 3 Pipe Problem conquistou o público desde o primeiro
acorde.
A banda se mostrou muito animada com a
entrega do público, que com certeza se sentiram muito satisfeitos com seu
setlist – músicas como Elephant in The Room,
Silver Girl e Too old To Rave nos
deram uma das melhores execuções que o gênero pode oferecer. E ali deixaram
clara a sua versatilidade, que consegue criar músicas mais pesadas quanto
baladas emocionantes.
Se você é fã de Rock e ainda não
conhece o 3 Pipe Problem, está perdendo uma das melhores experiências sonoras
que o gênero pode oferecer. A banda é composta por quatro integrantes, todos
eles músicos talentosos que se dedicam a criar um som autoral e original, que
mistura elementos do Rock clássico com influências modernas.
Tenho certeza de que todos
aproveitaram muito essa noite e já estão ansiosos pelo próximo show.
Parabéns à banda pela performance
espetacular e obrigado por nos proporcionar essa experiência.
Até a próxima!
Finalmente eles chegaram, às 20hrs.
Os fãs do Sisters of Mercy estavam
ansiosos para o início do show. Afinal, a banda não se apresentava aqui no
Brasil e na América Latina há muito tempo e a expectativa era grande. Muitos
deles chegaram cedo ao local do evento, esperando ansiosamente pela abertura
dos portões.
Alguns fãs comentavam sobre as músicas
que esperavam ouvir, enquanto outros estavam mais preocupados com a performance
em si. Todos, no entanto, estavam unidos pela paixão, pela música do Sisters Of
Mercy.
O clima era de animação e expectativa.
As pessoas conversavam entre si, compartilhando histórias de como descobriram a
banda e de seus shows anteriores. Com certeza todos estavam prontos para uma
noite inesquecível.
O
show
Finalmente as luzes se apagaram e o
público começou a gritar. O Sisters Of Mercy entrou no palco ovacionado pelos
fãs. Clássicos como Don’t Drive On Ice
e Ribbons aqueceram a galera para os
hits tão esperados. O vocalista Andrew Eldritch, sempre de um lado para o outro
no palco, com seu jeito “à la” vampirão.
Mas como nem tudo são flores. Quando
se trata de bandas lendárias, os fãs esperam ansiosamente pelo momento de verem
suas estrelas favoritas se apresentando ao vivo. Uma das bandas mais icônicas
da cena gótica dos anos 80 e 90 é o Sisters Of Mercy, Andrew Eldritch é o vocalista
e líder da banda e, embora seja um ícone respeitado, há uma grande crítica por
parte dos fãs em relação à sua pouca interação com o público.
A falta de interação do Sisters of
Mercy com o público é um problema que vem sendo discutido há anos. Muitos fãs
confessam que a banda sempre evita encontros com fãs, não realizam meet and
greet, e poucas são as vezes que eles se comunicam em suas apresentações. Tal
atitude dos integrantes tem gerado uma grande irritação por parte dos fãs.
Além da falta de interação em shows,
os fãs apontam que a banda tem uma presença mínima em redes sociais, dizendo ser algo quase “inadmissível”.
Em um mundo dominado pelas redes sociais e pelo contato direto com o público, é importante que um artista esteja disposto a se conectar com sua base de fãs, deixando claro que eles são fundamentais para o sucesso da carreira.
Embora o Sisters of Mercy tenha
resistido a essa tendência, ainda existem muitos fãs que os admiram,
independentemente de sua falta de interação. Ainda assim, é possível que a
manutenção dessa postura afete a capacidade de criar uma nova geração de fãs.
Ainda que os membros da banda
demonstrem pouco interesse em interagir, muitos fãs se sentem desapontados e
frustrados, uma vez que esperam conhecer de perto aqueles que são suas
inspirações.
Os fãs dos britânicos estavam ansiosos
para o show em São Paulo, mas a apresentação não correspondeu às expectativas.
Muitos saíram irritados com a falta de hits, o som ruim e a ausência do
baixista na banda.
Com instrumentos desencaixados e
microfones mal regulados e baixos, muitos dos presentes se queixaram da
acústica do local, mas outros disseram que já foram a shows na mesma casa e
nunca tinham ouvido um som tão ruim.
Outro fator que contribuiu para a desilusão dos fãs foi a falta de Craig Adams, baixista icônico da banda, que é essencial nas apresentações. Eldritch justificou sua ausência dizendo que ele estava lidando com questões pessoais, mas muitos dos presentes acharam que isso deveria ser inadmissível e que a banda deveria ter se esforçado para conseguir um substituto à altura.
No decorrer do show, a banda
apresentou muitas músicas novas, o que não agradou muito seu público, uma vez
que pareciam desanimados ao tocar os clássicos – muitas vezes cortando as
músicas – iniciando direto do refrão, fazendo uma canção de 7 (sete) minutos ser
executada em menos de 2 (dois).
Chegando ao fim da apresentação, a
banda deu uma pequena pausa e voltou com tudo emendando os hits Lucretia My Reflection, Temple of Love e
This Corrosion, que levantou
completamente os presentes (que nem parecia estar ali) no restante do show. Porém,
como tudo que é bom dura pouco – sem aviso e nem um “thank you” –, o show acaba
sem precedentes.
Um silêncio tomou conta do salão e, aos
poucos, as vozes foram surgindo com frases do tipo: “Já acabou?”, “Sério?”, “Nossa,
dois minutos de show... Extremamente curto”, “Deixaram de tocar muitas, vou
ouvir quando chegar em casa” – fora o lembrete constante dos nomes das músicas
e álbuns que ficaram de fora da apresentação e que são vistas como essenciais, como
First And Last and Always, Walk Away, e No Time to Cry.
O After
Do lado de fora da casa, só se falavam
dos “afters” e, principalmente, do Madame Club, que apresentaria uma banda
cover de Sisters na mesma noite do espetáculo e com a expectativa de ouvir as
músicas clássicas “melhor executada”, e posso afirmar que grande parcela das
pessoas que estavam no Tokio Marine foram para o Madame.
A banda (cover) que leva o nome de Sisters of Monster estava na casa para
finalizar a noite. Porém, vale ressaltar que (os músicos) possuem uma banda
cover e têm a liberdade de interpretar as músicas da maneira que quiserem,
adicionando sua própria energia e personalidade. Isso fez com que a
apresentação seja mais envolvente e emocionante para o público.
Se tratando de uma banda cover é comum
que haja uma interação mais intensa entre os músicos e o público, e uma das
razões para isso é que os integrantes da banda cover têm maior liberdade para
interagir e improvisar do que a própria banda original. Isso significa que as
apresentações podem ser mais espontâneas e imprevisíveis, e os músicos podem se
deixar levar pelas emoções que as músicas da banda provocam. Portanto, essa
conexão com a música pode ser percebida pelo público, levando a uma maior
empatia e até uma identificação maior com a banda cover.
Bem, depois de assistir à banda do
“after”, podemos dizer com certeza que eles foram melhores que a banda original
em termos de áudio, entrega, interação e até animação – jamais tirando a
posição extremamente importante da banda original –, mas a energia e a paixão que
a banda cover colocou em cada música foi simplesmente incrível. Foi uma noite
inesquecível e mal podemos esperar pelo próximo show da banda cover.
Quanto ao Sisters of Mercy, bem,
talvez eles precisem de uma banda cover para realmente dar vida às suas
canções. Mas, no final das contas, o que importa é a música e a diversão que
ela nos proporciona. E isso, definitivamente, foi entregue pela banda cover.
Esperamos que, caso o Sisters Of Mercy
volte a se apresentar por aqui, possam entregar um show mais satisfatório aos
seus fãs, esse acabou com gosto de quero “More, More, More”.
Texto: Mayara
Dantas - @tmoon.png
Edição/Revisão: Gabriel
Arruda / Renato Sanson
Fotos: André
Tedim - @andretedimphotography
Realização: Top Link
Music
Assessoria de Imprensa: Isabele
Miranda
The Sisters Of Mercy
Don’t Drive on Ice
Ribbons
Alice
I Will Call You
But Genevieve
Dominion / Mother Russia
Summer
Show Me
Marian
More
Instrumental 86
Doctor Jeep / Detonation Boulevard
Eyes of Caligula
I Was Wrong
Crash and Burn
On the Beach
When I’m on Fire
***Encore***
Lucretia My Reflection
Temple of Love
This
Corrosion
Nenhum comentário:
Postar um comentário