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segunda-feira, 4 de junho de 2018

Belphegor – Blasfêmia em elevado nível técnico



O BELPHEGOR, por certo, é o maior nome do Metal Extremo da Áustria atualmente. E chegou a este patamar com muito esforço, dedicação, profissionalismo, mas, acima de tudo, qualidade em seus lançamentos.

A crueza e velocidade, habituais em seus primeiros discos, apesar de ainda permear os mais atuais, não são a tônica, pois a banda adiciona partes lentas e quedas de andamento, que deixam os sons mais quebrados e menos cansativos. Uma banda que talvez tenha seguido a mesma forma a contento tenha sido o BEHEMOTH.

É latente a brutalidade dos riffs que emanam de “Totenritual”. Helmuth é um guitarrista de mão cheia e cria riffs extremamente insanos e agonizantes, que ora flertam com o Black Metal, ora com o Death Metal; Serpenth e seu baixo são absurdamente pesados e estão no mesmo nível técnico e brutal das guitarras; a batera do disco foi gravada pelo ‘session drummer’ Simon ‘Bloodhammer’, da banda Panzerchrist, e ficou excelente, pois o cara realmente não deixou nada a dever aos bateristas anteriores e fez um trabalho arrebatador.


“Baphomet”, que abre o álbum, caracteriza toda a brutalidade da banda; “Apophis – Black Dragon” e “Totenkult – Exegesis Of Deterioration” são também alguns dos pontos altos do trabalho, pela sua complexidade, variação e climas densos; “Totenritual” encerra a bolacha como começou, lindamente. As nove músicas do álbum são parelhas no quesito qualidade, agressividade, variação e peso, conforme comentado anteriormente. O álbum traz ainda dois bônus: “Stigma Diabolicum” e “Gasmask Terror”.

A produção do álbum foi feita em três estúdios diferentes: na Áustria, na Alemanha e nos Estados Unidos; e mesmo assim o nível da mesma é elevadíssimo. 

As artes do BELPHEGOR sempre são um ponto relevante em seus trabalhos. Aqui, o responsável pela criação e layout de “Totenritual” foi Seth Siro Anton (vocal e baixo do SEPTIC FLESH), criador de artes para sua própria banda, além de bandas como Moonspell, Morgoth, Decapitated e Old Man’s Child.


O lançamento de “Totenritual”, com seu excelente resultado final, somente consolida o BELPHEGOR como uma das forças pujantes dentro do cenário extremo mundial. Não por acaso a banda tem uma carga insana de shows em suas turnês, seja em grandes festivais ou shows menores mesmo.

Mesmo que, esporadicamente, a banda se veja envolta em alguma polêmica, em virtude de sua temática blasfema e controversa (para alguns, não para este que vos escreve), o fato é que tudo acaba contribuindo para o crescimento da banda e fazendo-a criar uma música cada vez mais agressiva, caótica e ímpia. 

BELPHEGOR rules!!!

Texto e edição: Marcello Camargo

Canais Oficiais:
Site
Facebook

Lançamento: Nuclear Blast Records/Shinigami Records

Line-Up:
Helmuth  – vocals/guitar
Serpenth – bass
Bloodhammer – session drums
Impaler – session live guitar

Tracklist:
1. Baphomet
2. The Devil's Son
3. Swinefever - Regent of Pigs
4. Apophis - Black Dragon
5. Totenkult - Exegesis of Deterioration
6. Totenbeschwörer (Instrumental)
7. Spell of Reflection
8. Embracing a Star
9. Totenritual

Official music video: “Baphomet”

       

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Visions of Atlantis: Apresentando a Nova Formação e Revisitando o Passado




O Visions of Atlantis é uma banda austríaca, fundada em 2000. A primeira vez que ouvi a banda foi por indicação de um amigo que me disse que eu gostaria devido à sonoridade semelhante ao Nightwish.

Desde a sua fundação, a banda passou por várias mudanças em sua formação.

Em dezembro de 2013, o baterista Thomas Caser anunciou a reunião dos membros fundadores do Visions of Atlantis, retornaram ao grupo Werner Fiedler (guitarra), Chris Kamper (teclados e sintetizadores) e Mike Koren (baixo). Para os vocais foram recrutados Siegfried Samer (da banda Dragony) e a soprano francesa Clémentine Delauney (Ex- Serenity e Ex - Whyzdom). Segundo Thomas a ideia era tentar criar um som próximo ao feito nos dois primeiros álbuns: “Eternal Endless Infinity" ( 2002) e  "Cast Away" ( 2004 ).

Apesar da banda ter realizado vários shows, participando inclusive de festivais,os fãs esperaram quase 3 anos para o lançamento de material com a nova formação. Mas agora a espera acabou com o lançamento do EP "Old Routes - New Waters", O Visions of Atlantis regravou alguns dos seus clássicos para apresentar os novos vocalistas, esta é uma oportunidade para mostrar como o próximo álbum pode soar.



Como eu já conhecia o trabalho da Clémentine Delauney como vocalista feminina do Serenity e também por suas apresentações ao vivo com o projeto Eve’s Apple (o projeto foi extinto em 2013 e contava com várias vocalistas de bandas de Metal Sinfônico ), não tive dúvidas de que seria uma excelente adaptação.

O EP começa com a faixa “Lovebearing Storm” ( canção do primeiro álbum "Eternal Endless Infinity") que logo de cara mostrou-se uma escolha acertada para este trabalho, os vocais de Clémentine soam impecáveis assim como a parte instrumental da qual não notei muitas mudanças. Já na segunda música, “Lost”, a minha favorita da banda, senti certa dúvida se realmente gostei dos vocais de Siegfried, acho que preciso ouvir a versão algumas vezes para ter certeza.

A terceira faixa, “Winternight”, para mim é a mais bonita do EP, bela e suave balada com arranjos orquestrais e piano, onde mais uma vez Delauney tem uma interpretação perfeita. "Seven Seas" é a penúltima faixa do EP, nessa canção a voz de Siegfried me soou mais agradável. E para fechar com chave de ouro a emocionante "Last Shut of Your Eyes" do álbum "Cast Away", esta é a terceira versão para a música e não sei dizer qual delas eu gosto mais ( a segunda foi lançada no EP "Maria Magdalena" de 2011, com Maxi Nil nos vocais).

Clémentine, em cena do novo clipe para "Winternight"

De modo geral as versões não decepcionam, a banda está no caminho certo para fazer um som semelhante ao dos primeiros álbuns. Gostaria de ter ouvido pelo menos uma inédita para sentir o gostinho do que teremos para o próximo álbum. Quem gosta de Visions of  Atlantis não se decepcionará com "Old Routes - New Waters".

Texto: Raquel de Avelar
Revisão e Edição: Carlos Garcia

Banda: Visions of Atlantis
Álbum: "Old Routes, New Waters"
Estilo: Symphonic Metal
País: Áustria
Selo: Napalm Records