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sábado, 26 de novembro de 2022

Belphegor: Sem Medo de Arriscar


Os austríacos do Belphegor são sem dúvidas uma das mais conceituadas bandas de Blackened Death Metal do cenário mundial, e o seu 12° álbum, "The Devils", mantém a qualidade e características esperadas pelos seus seguidores, mas, com a segurança da experiência de mais de três décadas, se permitindo a arriscar novos elementos.

O Belphegor mostra sua força no trabalho dos riffs de guitarra, elemento sempre destacado em sua música, tornando-se uma espinha dorsal sólida, junto a massa da cozinha poderosa. 

As melodias e sonoridades mais limpas, parecem mais presentes, de forma que há um equilíbrio entre a agressividade e velocidade e momentos mais cadenciados e até de alguma calmaria e elementos que enriquecem as músicas.

Produzido, masterizado e mixado por Jens Brogen, a sonoridade está impecável, e a capa também é magnífica, arte a cargo de Seth Siro Anton.

A faixa título e que abre o álbum, "The Devils", vem com uma tempestade de Blackned Death, trazendo um andamento mais cadenciados, riffs Death cortantes e cozinha que por vezes aceleram o andamento, mas voltando ao peso e cadência.

E enquanto "Totentantz - Dance Macabre" é uma avalanche de agressividade e velocidade, "Glorifizierung des Teufels" traz trechos com guitarras limpas e solos melodiosos entre a atmosfera negra, destacando os riffs e mudanças de clima.

"Damnation -  Höllensturz" traz elementos sinfônicos, climas que vão crescendo, e podemos ouvir influências de sonoridades orientais e vozes femininas; "Ritus Incendius Diabolous" também tem várias mudanças de atmosfera, alternando trechos velozes e mais climáticos, bateria insana, riffs e solos melodiosos. O refrão traz um coro parecendo um canto gregoriano assombroso.

"Virtus Asinaria - Prayer", é cadenciada, com riffs tradicionais do Black Metal, atmosfera negra, refrão com corais densos, negros e grandiosos. 

Enfim, é um álbum em que eles buscaram incluir elementos diferentes, climas diversos em meio ao seu Blackened Death Metal, de modo que há vários detalhes a serem percebidos nas audições. Ousando, mas nada que vá deixar o fã mais conservador de cabelo em pé, e embora lentamente, o público Metal tem se tornado mais cabeça aberta, sendo que hoje em dia as bandas mesclam muitos elementos dos diversos sub-estilos na sua sonoridade.

Esta versão nacional, em caprichado digipack, traz a faixa bônus "Blackest Sabbath 1997", Medley das faixas "Blackest Ecstasy" e "Blutsabbath" (ambas do álbum "Blutsabbath"

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Banda: Belphegor
Estilo: Blackened Death Metal
País: Áustria
Produção: Jens Brogen
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records


Adquira o álbum no site da Shinigami 

Tracklist: 
1. The Devils
2. Totentanz - Dance Macabre
3. Glorifizierung des Teufels
4. Damnation - Höllensturz
5. Virtus Asinaria - Prayer
6. Kingdom of Cold Flesh
7. Ritus Incendium Diabolus
8. Creature of Fire
9. Blackest Sabbath 1997



segunda-feira, 4 de junho de 2018

Belphegor – Blasfêmia em elevado nível técnico



O BELPHEGOR, por certo, é o maior nome do Metal Extremo da Áustria atualmente. E chegou a este patamar com muito esforço, dedicação, profissionalismo, mas, acima de tudo, qualidade em seus lançamentos.

A crueza e velocidade, habituais em seus primeiros discos, apesar de ainda permear os mais atuais, não são a tônica, pois a banda adiciona partes lentas e quedas de andamento, que deixam os sons mais quebrados e menos cansativos. Uma banda que talvez tenha seguido a mesma forma a contento tenha sido o BEHEMOTH.

É latente a brutalidade dos riffs que emanam de “Totenritual”. Helmuth é um guitarrista de mão cheia e cria riffs extremamente insanos e agonizantes, que ora flertam com o Black Metal, ora com o Death Metal; Serpenth e seu baixo são absurdamente pesados e estão no mesmo nível técnico e brutal das guitarras; a batera do disco foi gravada pelo ‘session drummer’ Simon ‘Bloodhammer’, da banda Panzerchrist, e ficou excelente, pois o cara realmente não deixou nada a dever aos bateristas anteriores e fez um trabalho arrebatador.


“Baphomet”, que abre o álbum, caracteriza toda a brutalidade da banda; “Apophis – Black Dragon” e “Totenkult – Exegesis Of Deterioration” são também alguns dos pontos altos do trabalho, pela sua complexidade, variação e climas densos; “Totenritual” encerra a bolacha como começou, lindamente. As nove músicas do álbum são parelhas no quesito qualidade, agressividade, variação e peso, conforme comentado anteriormente. O álbum traz ainda dois bônus: “Stigma Diabolicum” e “Gasmask Terror”.

A produção do álbum foi feita em três estúdios diferentes: na Áustria, na Alemanha e nos Estados Unidos; e mesmo assim o nível da mesma é elevadíssimo. 

As artes do BELPHEGOR sempre são um ponto relevante em seus trabalhos. Aqui, o responsável pela criação e layout de “Totenritual” foi Seth Siro Anton (vocal e baixo do SEPTIC FLESH), criador de artes para sua própria banda, além de bandas como Moonspell, Morgoth, Decapitated e Old Man’s Child.


O lançamento de “Totenritual”, com seu excelente resultado final, somente consolida o BELPHEGOR como uma das forças pujantes dentro do cenário extremo mundial. Não por acaso a banda tem uma carga insana de shows em suas turnês, seja em grandes festivais ou shows menores mesmo.

Mesmo que, esporadicamente, a banda se veja envolta em alguma polêmica, em virtude de sua temática blasfema e controversa (para alguns, não para este que vos escreve), o fato é que tudo acaba contribuindo para o crescimento da banda e fazendo-a criar uma música cada vez mais agressiva, caótica e ímpia. 

BELPHEGOR rules!!!

Texto e edição: Marcello Camargo

Canais Oficiais:
Site
Facebook

Lançamento: Nuclear Blast Records/Shinigami Records

Line-Up:
Helmuth  – vocals/guitar
Serpenth – bass
Bloodhammer – session drums
Impaler – session live guitar

Tracklist:
1. Baphomet
2. The Devil's Son
3. Swinefever - Regent of Pigs
4. Apophis - Black Dragon
5. Totenkult - Exegesis of Deterioration
6. Totenbeschwörer (Instrumental)
7. Spell of Reflection
8. Embracing a Star
9. Totenritual

Official music video: “Baphomet”

       

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

“Blood Magick Necromance” do Belphegor: Satanismo, Erotismo e Extremismo

Foto de divulgação do novo trabalho

De acordo com os Maias, o mundo vai terminar em 2012. Mas é no final de 2010 e inicio de 2011 que o Amargedon está começando, com uma enxurrada de bandas de Metal extremo se superando cada vez mais e em todos os lugares do planeta, sendo que um dos maiores ataques de blasfêmia vem da Áustria, com a horda do Belphegor e o seu massacrante “Blood Magick Necromance” (2011).

Com uma carreira de 20 anos, éuma das únicas formações do estilo que usam, além do satanismo freqüente, grandes doses de erotismo, presentes na suas capas, letras e clipes, que muitas vezes são censurados. Sendo que é exatamente isso que os fãs esperam do Belphegor e isso que é encontrado no B. M. N.

A capa faz referência a Baphomet, lembrando vagamente a capa do “In Sorti Diaboli” (2007) do Dimmu Borgir, mas é quando o CD começa que a maldade impera. Todos os elementos característicos estão presentes, como riffs e bateria na velocidade da luz, vocais rasgados em contraponto com guturais (cortesia de Hel Helmuth) e as já clássicas citações em latim, sendo que tudo isso foi embalado pela produção do cara que mais entende de extremismo na atualidade, Peter Tagtgren (Hypocrisy).

Entretanto, o que mais impressiona nesse álbum é a variedade, fazendo com que o lançamento anterior “Walpurgis Rites – Hexenwahn” se torne apenas um lançamento mediano. Se você procura violência extrema, escute “In Blood Devour This Sancity”, se quer um bate cabeça com passagens vindas do Death, então a faixa pra ti é “Rise to Fall and Fall to Rise”. Se o teu interesse é um som mais cadenciado, ouça “Disciple Thought Punshiment”. Isso só para citar as principais, já que o álbum é completo na sua magnitude.

Então é isso bangers, o jeito é ficar na torcida para que o Belphegor siga o exemplo do Mayhen e do Taake e desembarque sua fúria no país.

Texto: Harley

Revisão do texto: EddieHead

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Belphegor

Álbum: Blood Magick Necromance

Ano: 2011

País: Áustria

Tipo: Black Metal


Formação

Hel "Helmuth" Lennart (Vocal e Guitarra)
Serpenth (Baixo e Vocal)
Martin "Marthyn" Jovanovic (Bateria)


Tracklist

01 - In Blood - Devour This Sanctity
02 - Rise To Fall And Fall To Rise
03 - Blood Magick Necromance
04 - Discipline Through Punishment
05 - Angeli Mortis De Profundis
06 - Impaled Upon The Tongue Of Sathan
07 - Possessed Burning Eyes
08 - Sado Messiah

Assista ao video oficial de “Impaled Upon The Tongue Of Sathan”