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sábado, 23 de outubro de 2010

THERION, O OCULTISMO DRACONIANO E O DRAGÃO DE SITRA AHRA





O grupo Therion não envolve somente música, mas também todo um plano conceitual filosófico e ocultista. A temática do Therion é sobre ocultismo em geral e LHP e Magia Draconiana em particular, especificamente no que diz respeito à Ordem Dragon Rouge, da qual fazem parte Christofer Johnsson (fundador do Therion), Thomas Karlsson (fundador da Dragon Rouge) e este autor vos escreve.

Aos interessados, algumas palavras sobre algumas letras de alguns álbuns do Therion.

As músicas:
- Kings of Edom (álbum Sitra Ahra): refere-se à estrela de 11 pontas que sempre aparece nos discos do Therion, que representa o reino qliphótico, os 11 reis que representam as 11 qliphoth da Árvore da Morte;

- Kali Yuga I, II & III (álbuns Sirius B/Sitra Ahra): a Idade Negra, a Era do Ferro, em que humanidade vive atualmente;

- The Shells Are Open (álbum Sitra Ahra): refere-se às qliphoth novamente, à abertura dos reinos qliphóticos, à iniciação qliphótica;

- Cú Chulainn (álbum Sitra Ahra): refere-se ao semideus e guerreiro celta/irlandês, sendo um arquétipo da esfera de Marte;

- Din (álbum Sitra Ahra): refere-se à esfera de Geburah, à sephira correspondente à Marte, por vezes traduzida como "julgamento", "justiça", "força";

- The Shells Are Open (álbum Sitra Ahra): refere-se à magia sexual que dá abertura à Árvore da Morte pela qlipha Lilith e através dos Túneis que ligam à esse esfera;

- Unguentum Sabbati (álbum Sitra Ahra): refere-se à feitiçaria luciferiana e à magia sexual;


- The Perennial Sophia (álbum Gothic Kabbalah): refere-se a Sabedoria (Sophia, Skekinah, Shakti) e ao poder feminino manifestados na Terra, em nosso mundo, e disponível aos buscadores/iniciados;

- The Wand of Abaris (álbum Gothic Kabbalah): refere-se ao Magista e seu Caminho e à gnosis greco-egípcia e escandinava; Abaris (o Mago) era o sacerdote do Templo de Apolo, cujo bastão era uma flecha de ouro;

- TOF –The Trinity (álbum Gothic Kabbalah): refere-se aos três deuses nórdicos: Thor, Odin e Frey;

- The Blood of Kingu (álbum Sirius B): refere-se ao deus mesopotâmico Kingu cujo sangue foi a matéria-prima para criar a humanidade;

- Son of the Sun (álbum Sirius B): refere-se ao faraó Akhenaton e fala sobre o fim do monoteísmo;

- Sirius B (álbum Sirius B): refere-se obviamente à estrela Sírius B, chamada de Po Tolo pela tribo dogon de Mali, na África;

- Dark Venus Persephone (álbum Sirius B): refere-se ao mito de Perséfone no Hades, o submundo;

- Arrow From the Sun (álbum Lemuria): refere-se novamente a Abaris, o sacerdote de Apolo, e sua flecha dourada; está relacionado também a Sagitário e ao Caminho/Túnel de Samekh/Saksaksalim;

- Abraxas (álbum Lemuria): refere-se ao deus gnóstico Abraxas, considerado o Início e o Fim, o Tudo e o Nada, e o ciclo solar de 365 dias;

- Enter Vril-Ya (álbum Deggial): refere-se aos Vril-Ya, um povo do mundo intraterreno imerso em energia Vril, segundo o escritor Bulwer Lytton;

- Deggial (álbum Deggial): refere-se ao “falso” profeta, cego do olho direito, chamado de Deggial, ou Dajjal, associado a Sorath, o espírito solar, que irá estabelecer a morte de Deus e o nascimento do homem-deus;

- Emerald Crown (álbum Deggial): refere-se à coroa de Lúcifer;

- Wine of Aluqah (álbum Vovin): refere-se ao sangue menstrual e à magia sexual;

- Clavicula Nox (álbum Vovin): refere-se ao símbolo supostamente atlante de mesmo nome (“Chave da Noite”), usado pela Dragon Rouge;


- Black Sun (álbum Vovin): refere-se a Sorath, o espírito do Sol, cujo número é 666; está associado à qlipha Thagiriron;
- Raven of Dispersion (álbum Vovin): refere-se à qlipha venusiana Arab Zaraq;
- Nightside of Eden (álbum Theli): refere-se à Árvore qliphótica e ao livro de Kenneth Grant de mesmo nome;
- To Mega Therion (álbum Theli): refere-se à qlipha Thagiriron, à magia sexual e ao Caminho/Túnel de Teth/Temphioth;
- Riders of Theli (álbum Lepaca Kliffoth): refere-se à Irmandade Draconiana; Theli é o dragão-serpente que circunda o universo, uma ‘versão’ qliphótica da serpente Ouroboros;

- Lepaca Kliffoth (álbum Lepaca Kliffoth): refere-se à abertura das qliphoth e ao ingresso na Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal;
- Evocation of Vovin (álbum Lepaca Kliffoth): refere-se à evocação do dragão das qliphoth, e ao Dragão individual, o Daemon, a Sombra, de cada um; 

O álbum Secret of The Runes trata ele todo sobre os mundos e os deuses da mitologia escandinava.
















O DRAGÃO DE SITRA AHRA

Sitra Ahra, o “Outro Lado”, o “Lado Sinistro”, é o mundo primordial, o reino das trevas que precedem a luz da Criação, o reino de Shekinah, o mundo dos poderes femininos que criam, que gestam a vida na escuridão; é o útero de toda multiplicidade do universo manifestado, a fonte de toda a existência. 

Em Sitra Ahra, a “deusa” Shekinah (Sofia, Shakti, Vênus) se une à Luz de seu filho e esposo Lúcifer para criar e para expandir a vida múltipla em todos os planos de existência; Sitra Ahra é, portanto, o plano primevo, o caos primordial que precede todos os outros planos do universo.


Em nível humano, Sitra Ahra é reino do subconsciente no qual a sabedoria secreta (Sofia, Shekinah) vem à consciência do indivíduo que atingiu a iluminação do Eu Superior (Lúcifer, Daemon). Tal evento só é possível com a “entrada” do “Ungido” em Sitra Ahra para “resgatar” a Sabedoria lá oculta, quer dizer, quando Lúcifer resgata sua esposa Diana (Sofia, Shekinah). “Ungido” é todo aquele que desperta o Dragão-Serpente de Sabedoria, Leviathan, Kundalini, a força psicossexual e espiritual que sobe até a cabeça e ilumina com Sabedoria a consciência. 

A unção serpentina e draconiana então purifica o corpo de Adam Belial, ou seja, o ser humano encarnado se transforma fisica e fisiologicamente.

Assim, o indivíduo comum se transforma no iniciado, em Ophis-Christos, em Nachash-Messiah, ou seja, a “Serpente Ungida”, o Dragão (Vovin, em enochiano). O iniciado então se converte no filho e amante de Sofia, o verdadeiro Filósofo, assim como Lúcifer o é.


Pelo que precede, Sitra Ahra, o reino das Qliphoth, é também o reino da Besta (Mega Therion), filho e consorte de Sofia. É a Besta iniciadora, o Dragão mestre dos Mistérios das Trevas, Trevas onde a Sabedoria jaz oculta.

Em Sitra Ahra o conhecimento “proibido” e inacessível pode ser buscado e é onde a Árvore do Conhecimento cresce e dá frutos.


Simbolicamente, tal árvore do Éden possui onze frutos, onze pomos pertencentes a cada um dos reis de Edom, os reis que governam cada uma das qliphoth de Sitra Ahra (o “Outro Lado”) sob o poder de Shekinah, ou Sofia, a Sabedoria da Serpente do Éden, ou o Dragão-Serpente Lúcifer-Vênus (Abzu-Tiamat, Samael-Lilith). 

Nesse ponto, é facilmente notável a aproximação linguística entre Eden e Edom, entre os onze frutos da Árvore do Conhecimento e os onze reis de Sitra Ahra, o mundo da Magia Draconiana (cujo o número é 11), a Via Noturna.



Por ser um reino de trevas criadoras cuja força principal é negativa, feminina e metafisicamente sexual, Sitra Ahra é considerado pelo monoteísmo “da luz patriarcal” como o reino “esquerdo”, sinistro e infernal. Mas isso não signifca que seja um reino maléfico como entendido comumente; afinal, os monoteístas “da luz” parecem sempre amaldiçoar as Trevas necessárias, a multiplicidade e os aspectos femininos da existência.

 Mas a luz não é o bem absoluto e as trevas não são o mal absoluto; essa dicotomia absurda não existe na “vida prática” da natureza e do universo. A luz somente pode ser perceptível sobre o fundo negro das trevas essenciais das quais surge a própria luz como manifestação do universo vísivel e da vida multifacetada em tons gradativos de luz e escuridão e de muitas cores...



Adriano Camargo Monteiro é escritor de Filosofia Oculta, Draconismo e de simbologia e mitologia comparadas. 

É membro de diversas Ordens (Dragon Rouge, Maçonaria, entre outras), possui diversos livros publicados pela Madras Editora e escreve também para a Revista Universo Maçônico, para o site Morte Súbita, para blog Teoria da Conspiração e é artista colaborador na Zupi, famosa revista trilíngue de arte e design.

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O Blog agradece ao autor, Adriano C. Monteiro, pela matéria e pela atenção dedicada ao nosso pedido de nos brindar com uma colaboração, esperamos que os leitores do blog gostem e aqui na matéria tem todas as informações para contatar o autor e adquirir o seu trabalho.Altamente recomendado!

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MATÉRIA COM RESENHA DO CD SITRA AHRA NO BLOG E SIGNIFICADOS DA CAPA


sábado, 18 de setembro de 2010

SITRA AHRA: Padrão THERION de qualidade


17 de setembro, saiu finalmente o novo Therion. Mais um grande lançamento, aguardadíssimo pelos fãs. 2010 tem sido bem generoso.

Sitra Ahra é o décimo-terceiro trabalho de estúdio da banda Suéca, capitaneada pelo seu criador e mentor Christofer Johnsson e encerra a quadrilogia iniciada com Deggial, seguida por Lemuria e Sirius B.

Mais uma vez a parte lírica foi escrita pelo parceiro inseparável de Cris, Thomas Karlsson e também marca a estréia de um line-up reformulado, já que, segundo o guitarrista e líder, queria explorar novos horizontes e teria que trabalhar com pessoas diferentes das que já vinha trabalhando.

Gostaria de destacar também a voz peculiar e teatral de Snowy Shaw, uma verdadeira "figuraça" do Metal, com uma performance de palco impressionante, mais um vez presente. As vocalistas Linnéa Vikström e Lori Lewis, as quais tem timbres que me agradam bastante e se completam, possuindo a capacidade de variar bastante, fugindo dos líricos tradicionais e a estréia do guitarrista argentino Christian Vidal.


Já nas primeiras audições percebe-se que ali está o Therion que aprendemos a conhecer e admirar, que moldou uma característica, um estilo todo próprio no Metal, algo que só os grandes conseguem, e faz com que se tornem referência.

Com músicas mais sombrias, explorando ainda mais intensamente o trabalho vocal e orquestral, sendo que, faixa por faixa descobrimos várias surpresas no que se refere a instrumentos e sonoridades. Ouça, por exemplo, a faixa Land of Canaan, com seus mais de 10 minutos, uma verdadeira viagem climática e sonora!

Alguns podem sentir falta de mais faixas do estilo Blood of Kingu, mais rápidas e agressivas (tem a curta faixa "Din", que possui vocais guturais e tem um andamento puxado para o Metal mais extremo e "Kali Yuga III", que, talvez, mais se aproxime daquela linha), mas isso não significa que a audição pode se tornar maçante porque o CD é mais homogêneo, mais sobrio, com andamentos mais lentos e orquestrais, pelo contrário, a banda continua fazendo um som intrigante, original e que transmite várias emoções.

Impossível comentar faixa a faixa, pois aí a matéria seria enorme, citarei algumas que se destacaram após a segunda audição, e um álbum do Therion vamos descobrindo após várias audições, então, é complicado, mas lá vai: Introducing:Sitra Ahra, Kings of Edom, Hellequin,Kali Yuga III e Land of Canaan!

Sobre parte lírica sempre foi um ponto extremamente cuidado pela banda e este álbum prometia ser um dos mais, senão o mais sombrio já feito por eles.
Por tocar em temas relacionados a religião, ocultismo e filosofia draconiana, da qual vários membros e colaboradores da banda são seguidores.

Uma das idéias principais da Dragon Rouge (Ordem fundada na Suécia em 89, cujo um dos fundadores é o próprio Thomas Karlson) em grande parte parecida com as teorias da Thelema, é que as pessoas só usam pouco mais de uma fração daquilo que realmente são capazes. Em seus rituais eles tentam supostamente quebrar essas barreiras e revelar esse lado desconhecido. Carl Jung é o mais importante psicólogo para o grupo, sendo a psicologia muito importante para a Ordem.

Temas que sempre despertam opiniões contraditórias, e o Therion, inclusive, é a unica banda de Heavy Metal a ter uma nota de repúdio editado pelo Vaticano (assunto que causou certa polêmica, porém, não dá para se levar a sério o Vaticano, que a toda hora lança seu repúdio ou contestação a alguma coisa, e o tema acabou meio que caindo no esquecimento depois).

Significados de algumas faixas:

Kings of Edom: refere-se à estrela de 11 pontas que sempre aparece nos discos do Therion, que representa o reino qliphótico, os 11 reis que representam as 11 qliphoth da Árvore da Morte;

The Shells Are Open: refere-se às qliphoth novamente, à abertura dos reinos qliphóticos, à iniciação qliphótica;

Cú Chulainn: refere-se ao semideus e guerreiro celta/irlandês, sendo um arquétipo da esfera de Marte;

Din: refere-se à esfera de Geburah, à sephira correspondente à Marte, por vezes traduzida como “julgamento”, “justiça”, “força”;


Sobre a capa de Sitra Ahra, descrevo abaixo um texto do escritor Adiano Monteiro, estudioso de ocultismo:


A Árvore que aparece na ilustração é a Árvore qliphótica, de maneira invertida. A esfera da Árvore que está em primeiro plano é a qlipha Thaumiel (na Árvore da Vida é a sephira Kether). A “flor” que surge da qlipha Thaumiel é uma flor e é uma concha (o que significa “qlipha”); como flor representa o chacra Sunya, que está além do chacra da coroa (Sahashara);

Como concha representa a própria qlipha Thaumiel. Dessa “concha-flor” o que surge é uma pedra bruta conhecida como Diamante Negro, que é uma outra representação do chacra negro Sunya. Sunya é o Vazio que Tudo contém e é chamado também de Olho do Dragão, Olho de Lúcifer e Olho de Shiva, que quando aberto significa a destruição de toda Ilusão do universo manifestado para a assimilação e experiência do Real, e representa também o Pralaya, a dissolução, a Noite em seu sentido metafísico espiritual.

SITE DO ADRIANO

Toda idolatria (através da adoração ou simples menção de nomes de santos ou divindades, que, digamos, ofusquem a luz de Deus) é um portal para a Sitra Ahra, o lado negativo. E através do uso deste tipo de poder tão negativo, duas coisas ocorrem: o mundo é espiritualmente rebaixado e a força vital desta idolatria nutre e vitaliza também a própria pessoa, que então recebe esta força vital como um fluxo que provém das várias câmaras espirituais da sitra ahra!


* Christofer Johnsson – guitar, keyboards
* Christian Vidal - guitar
* Nalle "Grizzly" Påhlsson – bass guitar
* Johan Koleberg – drums
* Thomas Vikström – vocals

* Snowy Shaw – vocals
* Linnéa Vikström – vocals
* Lori Lewis – vocals

* Thomas Karlsson – lyrics
* Thomas Ewerhard – cover artwork


Chaos, Magick, Fire, Death - We call upon thy mighty forces
Chaos, Magick, Fire, Death - We're coming closer Sitra Ahra
Chaos, Magick, Fire, Death - We call upon thy mighty forces
Chaos, Magick, Fire, Death - We're coming, take us SITRA AHRA

SET LIST

01 - Introduction: Sitra Ahra
02 - Kings of Edom
03 - Unguentum Sabbati
04 - Land of Canaan
05 - Hellequin
06 - 2012
07 - Cu Chulainn
08 - Kali Yuga III
09 - The Shells Are Open
10 - Din
11 - Children of The Stone: After The Inquis

SITE DA BANDA

informações sobre a ordem Dragon Rouge, a qual Cris Johnsson pertence

SITE DA ORDEM

Mais Informações do àlbum e Para "test drive auditivo", VEJA AQUI

ENTREVISTA COM THOMAS KARLSSON NESTE SITE