A vocalista suéca Anette Olzon ficou conhecida mundialmente após ser escolhida para substituir a vocalista original do Nightwish, Tarja Turunen, e com um estilo vocal diferente da antecessora, dividiu a opinião dos fãs dos gigante finlandeses do Symphonic Metal.
Gostos pessoais a parte, Anette fez um bom trabalho na banda no período em que esteve na linha de frente, entre 2007 e 2012, sendo demitida de maneira polêmica em meio a uma turnê mundial e substituída às pressas pela holandesa Floor Jansen (que foi efetivada e permanece na banda até hoje).
Mas a exposição com o Nightwish trouxe bons frutos a cantora, que foi contratada por gravadoras de destaque da Europa, lançando trabalhos em bandas em projetos, como o The Dark Element, Hear Healing, Allen/Olzon, além de participações em álbuns de outros artistas, como The Rasmus e Secret Sphere.
Em 2014 a cantora lançou "Shine", seu primeiro álbum solo, e ano passado chegou a hora de trazer a luz do dia seu segundo trabalho, "Strong". E como o nome sugere, é um disco com muito mais pegada e peso do que "Shine", que era mais suave e introspectivo.
"Strong" mostra uma Anette com versatilidade vocal, mostrando diversas facetas de sua voz, sendo hoje uma cantora mais evoluida, experiente e segura. Seu marido Johan Husgafvel (Pain) também participa do álbum fazendo vocais guturais em algumas faixas, dando um tom mais agressivo nas músicas e dando ainda mais diversidade.
Johan Husgafvel
A produção e composição foi dividida entre Anette e Magnus Karlsson (Primal Fear). A sonoridade transita pelo Melodic Metal, Symphonic e Power Metal, resultando em um Metal moderno, pesado, sinfônico e cheio de refrãos e melodias marcantes.
Destaques para a poderosa faixa título "Strong", um hino de Melodic Metal moderno, sinfônico, com peso melodia, vocais enérgicos de Anette, culminando em um refrão grandioso; a cativante e de refrão explosivo "Catcher of My Dreams", onde Anette ataca com tons altos nos vocais.
Magnus Karlsson
"Sick of You", que tem elementos sinfônicos e dark, e toca num tema muito sério, sobre mulheres que sofrem abuso, mas tomam coragem de acabar com isso; "Fantastic Fanatic", com um trabalho de peso nos riffs e bateria, e elementos sinfônicos, remete a algo de sua antiga banda, aquela da finlândia.
E ainda o peso de "Parasite", com seus riffs agressivos, alternando vocais guturais, que aparecem no início, e com Anette mandando bem em tons ora mais suaves, ora mais altos, como na frenética parte final da música; e "I Need to Stay", com suas nuances sinfônicas, alternando tempos cadenciados e velozes.
Um ótimo trabalho de Anette, que mostra que ela tem personalidade e talento para mais voos solo, mostrando um tracklist diversificado, com identidade definida e coeso.
O álbum saiu no Brasil via parceria Shinigami Records e a gravadora italiana Frontiers. Ótima pedida para os fãs Melodic/Symphonic Metal.
Quando
o assunto é Amaranthe acho difícil alguém ser meio termo. Ou você gosta ou você
odeia. Eu gosto e estava ansiosa pelo lançamento de “Manifest”, porque desde a divulgação dos primeiros singles eu criei uma expectativa de que esse álbum
seria melhor do que seu antecessor, “Helix”, que para mim foi o álbum mais fraco
da banda até o momento.
Na primeira audição do álbum, até parece que não houve
muita mudança sonora nesse trabalho, os vocais da Elize estão lá, os vocais
masculinos limpos também estão, os guturais também, sem falar nas batidas
eletrônicas marcantes desde o primeiro álbum.
Mas ao ouvir uma segunda vez com
um pouco mais de atenção, dá pra perceber os ingredientes que fizeram a
diferença em “Manifest”, principalmente no que se diz respeito aos vocais
masculinos, não só pela mudança de vocalista mas também porque nesse álbum eles
ousaram um pouco mais. Se você gosta de músicas cativantes vai concordar comigo
que “Fearless” foi uma ótima jogada para começar o álbum. Uma música rápida e
com um refrão forte onde Elize Ryd, Henrik Englund Wilhelmsson e Nils Molin
mostram grande entrosamento.
O ritmo diminui um pouco com “Make it Better”, com
os típicos efeitos de sintetizador roubando a cena. “Scream my Name” dura
apenas três minutos e três segundos, mas a energia cativante e agressiva ao
mesmo tempo, me faz querer que essa música durasse muito mais. “Viral” foi um
dos singles de divulgação pré-lançamento e possui um refrão grudento que faz
jus ao seu título.
Confesso que não tenho muito o que falar sobre “Adrenaline”
que me soa como uma das mais previsíveis do álbum, mas não posso tirar o mérito
do solo de guitarra que talvez seja o ponto mais forte dessa música.
Em
“Strong” os vocais masculinos tiram folga e dão espaço para a participação
super especial de Noora Louhimo, vocalista do Battle Beast. O dueto soa muito
agradável e a letra empoderadora é uma das minhas favoritas. A música “The
Game” poderia facilmente ser trilha do anime sobre corridas de carro, “Initial
D”, por ser animada e extremamente dançante, mas ao mesmo tempo pesada.
Quando
se fala em Amaranthe é impossível não pensar em suas lindas baladas, então aqui
temos“Crystalline” com Ryd dando um
show a parte com seus vocais doces. Mas não é só isso, os vocais de Nils Molin
parecem ter deixado a banda com uma cara um pouco mais Power Metal.
Eu não esperava que alguém
pudesse substituir Jake E. tão bem ao ponto de aprimorar o som da banda. É
difícil definir as músicas do Amaranthe sem as palavras “pesado e moderno” na
mesma frase, mas o refrão de “Archangel” surpreende pois pra mim soa como um
hard rock dos anos 80 só que mais pesado e acelerado. Se alguém gostaria de ver
a banda sair da mesmice então ouça “BOOM!1”. Os vocais de Henrik Englund
Wilhelmsson soam como em uma banda de Nu-Metal, um rap rápido e agressivo,
chegando a lembrar os vocais de Jonathan Davis do Korn.
Para mim a música “Die and Wake
Up” é a que apresenta maior apelo pop nos vocais de Elize Ryd, mas a cada vez
que menciono a palavra “Pop” para descrever Amaranthe não tome isso como
negativo, pois se eles fossem somente uma banda Pop eles mereceriam um título
de revolucionários assim como eles merecem ao serem descritos como uma banda de Metal.
Embora a música “Do or Die” tenha
sido divulgada anteriormente com a participação de Angela Gossow (ex - Arch
Enemy e atual empresária da banda), na versão do álbum houve a substituição de
Angela pelos membros masculinos da banda e Elize torna-se apenas uma
coadjuvante.
“Manifest” é muito bom e entrou
para o meu top 3 de álbuns favoritos da banda. Como eu disse anteriormente, as
inovações são muito sutis, e eles mantiveram a sonoridade dos trabalhos
anteriores.
Provavelmente a preocupação da
banda seja maior em agradar os fãs atuais do que fisgar um novo público. Mas o
principal para gostar dessa banda é ouvir com a mente aberta, pois eles estão
longe de ser uma banda “tradicional”. E francamente, espero que eles nunca
tentem.
1. Fearless 2. Make It Better 3. Scream My Name 4. Viral 5. Adrenaline 6. Strong (feat. Noora Louhimo) 7. The Game 8. Crystalline 9. Archangel 10. BOOM! 11. Wake Up And Die 12.Do Or Die 13. 82nd All The Way (Bonus) 14.Do Or Die (feat. Angela Gossow) (Bonus) 15.Adrenalina (Acoustic) (Bonus) 16. Crystalline (Orchestral)
(Bonus)
O novo trabalho do Captain Black
Beard tem sua line-up mais uma vez modificada apenas com Christian Ek (guitarra)
e Robert Majd (baixo) de remanescentes. A proposta continua a de celebrar o pop
rock americano dos anos 80.
Em comparação ao último registro,
a produção harmonizou melhor os arranjos, principalmente a guitarra que ficou
menos abafada e pesada. Pra esse tipo de som acabava esmagando os demais
instrumentos.
Outra coisa notável é a volta do
vocal masculino, agora na responsabilidade de Martin Holsner, o qual lembra
diversas vezes a voz de Paul Stanley.
As 10 canções compartilham
baterias redondinhas repletas de reverb, brass de sintetizador e riffs no dever
de pavimentar o canto de Holsner naquele clima anos 80 do KISS.
Eu poderia destacar abaixo as
seguintes canções:
Headlights: Uma estranha cruza de
KISS na era do "Lick It Up" enquanto os sintetizadores remetem o
single "Gloria" de Laura Branigan. O solo apesar de curtinho reflete
a essência oitentista usando bends expressivos e tappings.
Lights And Shadows: Apresenta
melodia inspirada ao lado de múltiplas vozes no auge da música. Guitarras
ganham um papel extra, elas roubam cena nos breves momentos.
Disco Volante: O cantor encarna
de vez Paul Stanley. Teclados estridentes se fundem aos pratos com direito a
pequenos arpejos. Na reta final a guitarra soa melódica e se sincroniza com
outra.
Tonight: É uma balada potente,
cria uma montanha russa sentimental de momentos tristes e revigorantes. A voz e
rápidos momentos da guitarra tornam a canção poderosa. Infelizmente abusam além
da conta dos sintetizadores e se prendem demais ao clichê. Apesar da qualidade,
pode soar um pouco datada para a maioria, parecendo trilha de algum filme da
Sessão da Tarde.
Time To Deliver: Uma das melhores
canções. A voz se destaca entre as outras do trabalho. O riff pesadão cavalgado
é entrecortado pela bateria pura que divide espaço com a voz. Os fraseados
finais na guitarra infelizmente terminam sufocados.
Midnight Cruiser: Inicia com um
baixo rugindo. Sintetizadores se fundem melhor com a guitarra para produzirem
um caminho empolgante até o núcleo da música. Vale mencionar a passagem do
teclado tocando uma ideia barroca antes da guitarra solar. Casaria muito bem
com algum racha de carros à noite. O ponto alto do disco.
Chegando a um veredito, "Sonic
Forces" reverencia totalmente o som de uma época, às vezes se aproximando de uma
caricatura involuntária. O álbum também não tenta construir um papel para cada
faixa. Todas soam previsíveis pela semelhança.
Na parte técnica, você nota os
sintetizadores brigando com prato pelas faixas de frequência. Se por um lado, a
guitarra no último registro soava incompatível e agora mais assertiva,por outro ela termina sufocada no excesso de
reverb e ganha um papel mínimo. Até em discos do Poison e Dokken elas eram
imprescindíveis para a extravagância do seu som.
Numa visão geral, eu recomendaria
para quem deseja revisitar uma era ou saudosistas do Hard Rock sintetizado.
A Suécia virou celeiro de grupos dedicados a tocar AOR. Não
faltam bandas reproduzindo o sentimento daquilo escutado nas estações norte
americanas durante os anos 80.
O Saphire Eyes apanha o melhor dos grandes nomes desse
segmento e entrega sem rodeios o esperado neste novo álbum, "Magic Moments". Há uma atenção de equilibrar
harmonias sintetizadas cristalinas sem abdicar a potência das guitarras.
"Still Alive" parece a fase mais comercial do
Saxon, tipo o álbum Destiny, detalhe para a voz de Kimmo Blom parelha a de Biff
Byford.
"Don't Walk Away" soa algo do Journey,
principalmente no brass sintetizado. Instrumentos servindo de pista para a voz,
em seguida uma súbita quietude pronta para eclodir num refrão emocional.
"I Never Meant to Hurt You" é iniciada por um solo
melódico simplista porém certeiro, outros também vão surgindo ao longo dessa
faixa.
"Bring Back the Night" começa com umas alavancadas
na guitarra, a ideia chave da música usa sequência de notas muito usuais nas
canções AOR daquela época. Há também participação de vocais femininos nessa
faixa (Anette Olzon, ex-Nightwish)).
"As the Day Go By" é a mais dinâmica, riffs
rápidos abafados e sua construção se aproxima da fase pop do Yes.
Canções de natureza mais tranquila recheiam o álbum também:
"Just Leave Me" uma power ballad com rompantes otimistas preparando
terreno pro aguardado solinho emocional.
"All I Need is to Hold You", música romântica
predominada por teclados e melodia serena, mesmo na hora de atingir altura.
Blom já tenta bancar o CJ Snare do Firehouse na maneira de cantar.
Quem se derrete por canções piegas ficará satisfeito. É uma
recriação selecionando o mais assertivo desse tipo de música. Não tentam
arriscar nada, tocaria sem dificuldades numa rádio anos 80.
A previsibilidade e o excesso de reverb na bateria parecendo
marretada de obra estragam um pouco o resultado final. Totalmente indicado para os
apreciadores de power ballads.
A Suécia é um dos mais aclamados
produtores de Metal e Heavy Rock deste século, apresentando excelentes e
originais bandas, algumas alcançando um status maior de popularidade, como é o
caso do Ghost, por exemplo, que já esteve por aqui, inclusive tocando em um
Rock in Rio, e só não volta em 2020 - faria tour junto com o Metallica – por estar
envolvido na produção de novo álbum.
Um desses novos nomes surgidos na cena sueca, e que cada vez
ganha mais seguidores, é o Avatarium. Inicialmente surgiu como um projeto
paralelo de Leif Edling e Marcus Jidell (ambos do Candlemass), mas foi ganhando status, principalmente após o elogiado álbum de estreia, “Avatarium” (2013).
Um dos grandes diferenciais do grupo desde seu surgimento, a
voz cheia de sentimento e profunda de Jennie-Ann Smith, continua em destaque, e parece se superar a cada trabalho.
Neste quarto álbum a banda, "The Fire i Long For", agora com a parte criativa mais a cargo de Marcus e Jennie, traz
várias das características que permearam os álbuns anteriores, mas com menos ênfase no peso e mais nas sonoridades limpas e melodiosas.
Os elementos 70's, que vão de Purple, Sabbath e Floyd até o Occult Rock estão espalhados em doses generosas e criativas pela sonoridade.
O grupo mostra uma
personalidade única, com uma música que traz peso, melodia, com elementos
acústicos, psicodélicos e progressivos, adicionando doses de melancolia e toda
a paixão da voz de Jennie-Ann Smith.
O maior distanciamento de Leif Edling, pelos seus demais compromissos e questões de saúde, poderia causar certo temor quanto a qualidade final, mas o Avatarium mostrou um trabalho ainda superior ao álbum antecessor. A banda utilizou o rótulo Dark Gospel para descrever a sua
sonoridade, afirmando que seria o que melhor traduz os sentimentos que a sua
música passa.
Em um álbum com qualidade acima da média, intenso e carregado de emoção, ainda é possível apontar canções que se sobressaem, como “Rubicon” e seu riff principal e melodias marcantes, instrumental naquela veia 70's e às vezes beirando o Doom, ou seja, uma peça com a personalidade Avatarium.
Jeannie procura diversos caminhos em suas interpretações, como em "Stars They Move", onde a voz e o piano estão em primeiro plano, e em “Lay
Me Down”, balada melancólica, com nuances psicodélicas e algumas melodias estilo "western"; para quem espera ouvir algo mais de peso, as raízes Doom estão bem presentes em “Voices”.
E vale um parágrafo, ou mais, para a fantástica faixa título, “The Fire I Long For”, que traduz perfeitamente o que a banda quis dizer com "Dark Gospel", uma "balada dark", digamos assim, carregada de emoção.
Destaque absoluto para a interpretação de Jennie, que provoca arrepios. O instrumental denso, mas ao mesmo tempo melódico, com a guitarra trabalhando riffs graves e melodias com slides, e ora com notas mais limpas, e ainda trechos com Hammonds e vocais gospel ao fundo. Espetáculo!
O Avatarium merece logo estar em um patamar elevado, com sua sonoridade cheia de personalidade, transitando pela aura 70's, indo do Heavy e Classic Rock, ao Occult, psicodélico e progressivo. E claro, os riffs, solos e melodias criativos de Marcus e as maravilhosas interpretações de Jennie-Ann Smith, uma cantora realmente acima da média! Nota 10!!
Texto: Carlos Garcia
Banda: Avatarium
Álbum: "The Fire I Long For" (2019)
País: Suécia
Estilo: 70's Heavy Rock, Occult Rock, Doom, Dark Gospel
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records
Line-Up:
Jennie-Ann Smith: Vocais
Marcus Jidell: Guitarra, Piano
Lars Sköld: Bateria
Mats Rydström: Baixo
Rikard Nilsson: Órgão
Após cerca de 3 anos do último trabalho de estúdio, os suecos do Enforcer apresentam "Zenith", seu quinto álbum em 15 anos de carreira. A banda tem seu estilo moldado e inspirado no Heavy Metal e Speed Metal 80's, inclusive incorporando essa inspiração em suas performances e figurinos de palco. Muitas vezes a música do Enforcer pode soar clichê, mas os caras fazem tão bem feito que, quem curte o estilo vai abraçar a ideia toda.
Em "Zenith" a banda manteve a estética 80's, mas tirou um pouco o pé do acelerador, tendo predominância de músicas com andamento mais cadenciado, como "Die for the Devil", carregada de elementos do Heavy e Hard 80's, naquela levada hit de arena ("Shout at the Devil" do Mötley, por exemplo), refrãozinho pra lá de grudento; e "Zenith of the Black Sun", menos Hard Rock que a anterior, mas em que esse andamento mais meio tempo funciona bem também, destacando os corais épicos.
Também nessa levada mais meio tempo, porém naquele estilo "hino", como em "Forever We Worship the Dark", que pode soar um pouco "brega" demais para alguns ouvidos.
O álbum vai tocando e é fácil notar mais presença de melodias grudentas e elementos do Hard Rock, adições bem marcantes, com a banda trazendo até mais teclados, arranjos orquestrais e coros, fazendo com que sua sonoridade se torne mais acessível. Temos por exemplo a balada "Regrets", com arranjos de piano, refrão e coros bem melodiosos. Acredito que é a primeira balada em um disco do Enforcer. Lembrou-me alguma coisa de Stryper, além de honrarem a escola sueca de criar melodias grudentas e marcantes.
O Speed Metal, muito mais presente nos álbuns anteriores, não foi abandonado, e faixas como "Searching for You" e "Thunder and Hell" vão satisfazer os fãs da velocidade.
Um álbum em que o Enforcer buscou trazer novos elementos, com maior ênfase nas composições em andamento meio tempo, além das melodias mais "fáceis" e mais marcantes, somadas ao estilo sueco de criar canções cativantes. Fugiu daquela ciranda do auto-plágio, e creio que a banda foi bem sucedida nessa sua evolução sonora, embora para alguns possa soar mais acessível, e as melodias e nuances Hard Rock terem se sobressaído ao Speed Metal.
Enfim, diversão garantida com muitos riffs, refrão e melodias marcantes, e a inspiração no Heavy Metal e Hard 80's ainda batendo muito forte no peito.
Texto: Carlos Garcia
Ficha Técnica:
Banda: Enforcer
Álbum: "Zenith" 2019
País: Suécia
Estilo: Heavy Metal, Speed Metal, Hard Rock, Heavy Metal 80's
O argentino Christian Vidal, nascido em 1972, em Zárate (província de Buenos Aires), começou muito cedo na música, e é o
típico músico que no Rock e Heavy Metal tem todas as características do que
podemos chamar de “guitar hero”, pela sua técnica diferenciada, feeling e carisma.
Além de ser guitarrista do Therion desde 2010, do trabalho solo e atuar como professor de música, já excursionou e participou de shows ao lado de músicos como Eric Martin e Paul Gilbert (Mr. Big), Russel Allen (Symphony X e Adrenaline MOb), além de projetos tributo a clássicos do Rock com diversos músicos acompanhados por orquestra, como Symphonic Rhapsody of Queen e Pink Floyd Symphonic Rhapsody entre outros.
Com a oportunidade de viver por um período na Suécia, além de tocar e excursionar com diversos músicos, o que lhe trouxe ainda mais bagagem musical, tem levado sua técnica e talento a muito mais países e pessoas. É um músico que merece alcançar um reconhecimento cada vez maior. Inclusive agora em novembro, dia 29, receberá do governo argentino o diploma Governador Enrique Tomás Cresto, importante título conferido a profissionais de trajetória destacada, e que elevam o nome e cultura do país.
Vidal lançou no final do ano passado seu segundo solo, "Home" (o primeiro, "El Viaje", é de 2005), disponível nas plataformas digitais primeiramente, e agora em 2018 também em formato físico. Neste segundo álbum, como esperado, demonstra toda
sua técnica e personalidade, mesclando diversos ritmos nativos argentinos e
música folclórica, ao Rock e Heavy Metal, mas desta vez contando com mais tempo para a produção, além de mais recursos, além de toda a experiência que agregou nestes anos que viveu na Suécia, viajou pelo mundo com o Therion e outros projetos, convivendo com muitos artistas.
Contou também com vários colaboradores e convidados de peso, como Thomas Vikström e Nalle (Therion), George Egg (Dynazty), Pontus Egberg (King Diamond), além da produção de Waldemar Sorychta.
Em um álbum de Christian Vidal, você
poderá encontrar músicas com bases pesadas, solos intrincados e melodiosos,
típicos do Metal e Rock pesado, mas também vai se deparar com surpresas, como
passagens de tango e outros ritmos e melodias folclóricas, por exemplo, como em
“Vals Rengo” e “Enredadera”, onde entrelaça belas melodias na guitarra,
solos de pura técnica, piano, bases mais pesadas e ritmos nativos.
É um disco mais elétrico e voltado a guitarra, porém com muitos climas e variações, e, ao contrário de alguns álbuns predominantemente instrumentais, não é daquele tipo que agradará somente a outros músicos ou ao público aficcionado à álbuns de guitarristas. Vidal valoriza a composição acima da técnica, não temos um show de exibicionismo, e sim belas melodias, criatividade e música que agrada facilmente aos ouvidos.
Não há como se cansar ouvindo o álbum, devido a esse bom gosto, variedade e melodias marcantes. Temos faixas onde os ritmos regionais surgem naturalmente, como em "Enredadera", que citei anteriormente, faixas mais Metal e com mais peso, onde Vidal mostra também sua perícia em solos carregados de técnica, como em "Campanas de Gares", e momentos de pura emoção, como as baladas "Encuentros" e "Holy Smoking Kiss", sendo que nesta Vidal mostra sua evolução como vocalista, recebendo a ajuda de Linnéa Vikström (ex-Therion) como vocal-coach.
As melodias marcantes e técnica apurada da intrincada "Libertad de un Corazón Solitario" e os ritmos quebrados de "Hormigas", fazem o ouvinte viajar envoltos pelas notas da guitarra deste grande músico, assim como a variedade de "Ahi vá la Hostía" e a suavidade e bom gosto em "Manãnas de Ivan".
Realmente, um belíssimo álbum solo. Detalhe que os títulos são em espanhol e inglês, pois Vidal quis manter os nomes originais, como as músicas nasceram, mantendo a essência e ideia original. A "From the Woods", por exemplo, é referência ao local onde ensaiam com o Therion, na propriedade de Christofer Johnsson, que fica fora da zona urbana de Estocolmo e onde há um bosque.
Nos trabalhos com a mão de Vidal,
o ouvinte terá sempre a certeza que encontrará técnica apurada, mas acima de
tudo, de bom gosto e criatividade, com composições e melodias que facilmente
cairão no gosto de qualquer apreciador da boa música.
Pouco mais de um ano depois de seu terceiro álbum, "Amber Galactic" (que inclusive lhes valeu uma nominação no Grammy sueco), eles estão de volta com mais um disco, "Sometimes the World is Ain't Enough", The Night Flight Orchestra, provavelmente uma das bandas mais legais da atualidade. Nascido da paixão em comum de Björn Strid e David Andersson (ambos do Soilwork) pelo Classic Rock,a dupla percebeu que havia um vazio a ser explorado na cena musical de hoje em dia, resolveram então colocar pra fora, sem grandes pretensões comerciais.
Com sua sonoridade cativante, trazendo as influências do que era feito a partir da metade dos anos 70 e na década de 80, os suecos colocam no seu caldeirão musical o Classic Rock, AOR, Progressivo e até Disco, Black Music e Pop Rock. Em "SWAE" eles praticamente seguem a mesma fórmula bem sucedida do álbum anterior, onde parecem ter encontrado o balanço perfeito para sua sonoridade.
Há algumas diferenças, já que neste novo disco as composições estão, digamos, um pouco mais leves e ainda mais pegajosas. Destaque para a dupla fundadora, Björn Strid, que se mostrou um grande vocalista no estilo, e David Andersson, sendo que este compôs a grande maioria do material.
São 12 faixas e mais uma bônus track nesta edição nacional, todas repletas de melodias e refrãos grudentos e irresistíveis. Os backing vocals femininos, adicionados desde o álbum anterior, tornaram-se parte essencial. Os teclados com arranjos orquestrais e melodias pop e dançantes estão mais presentes também, como já podemos perceber na vibrante abertura com "This Time", que tem um comecinho que lembra a abertura de "Space Truckin'"."Turn to Miami" tem um refrão pra lá de grudento, mesclando o AOR com batida dançante; as influências da Disco aparecem bem nítidas em "Paralyzed", que é coberta de suingue. É simplesmente tudo muito legal!
São vários hits instantâneos, como as duas primeiras faixas, já citadas acima, e algumas outras que também se sobressaem, ressaltando que é um álbum que dá vontade de ouvir sem pular nenhuma, mas preciso destacar "Lovers in the Rain", Melodic Rock absolutamente contagiante, com grande potencial "radiofônico', e além dela, as também ótimas "Can't Be That Bad","Barcelona" e a progressiva"Last of the Independet Romantics", que tem uma certa veia de Kansas. Realmente, eles encontraram o ponto perfeito, e possuem talento inegável para forjar excelentes melodias, e fazem com criatividade e entusiasmo.
Encerrando esta matéria, transcrevo aqui trecho da entrevista de David Andersson para o Decibel Magazine, onde ele, entre outras coisas, falou sobre o conceito dos dois últimos álbuns (que seriam uma espécie de Sci-Fi Feminist Space Opera), e também sobre algo bem preocupante na sociedade atual, que inclusive estamos vivenciando aqui no Brasil, que é a intolerância. Confira abaixo:
"Há um conceito por trás de Amber
Galactic e Sometimes the World Ain’t Enough”, que é uma ópera espacial com uma
agenda feminista. Eu sempre sonhei em fazer álbuns baseados no espaço e ficção
científica, e mesmo que não seja um álbum conceitual no verdadeiro sentido da
palavra, é baseado em um conceito ideológico com sci-fi e conotações futuristas.
Eu sempre acreditei que as
mulheres são um gênero superior e espero que, eventualmente, elas, juntamente
com a comunidade HBTQ (também conhecida como LGBT), sejam as líderes do mundo.
O livro The Spirit Level, de Wilkinson and Pickett, de 2009, onde mostram
estudos bastante convincentes sobre como os níveis de igualdade em uma
sociedade são um fator preditivo independente quando se trata de como a
sociedade prospera em vários níveis, meio que confirmou o que eu suspeitava há
muito tempo.
David Andersson
E se você olhar para universidades na Suécia e em muitos outros
lugares, hoje em dia há uma maioria de mulheres nos programas de alto status,
como direito, medicina, etc. Ao mesmo tempo, há forças poderosas no mundo
atualmente que querem regressar a um paradigma masculino heterossexual branco,
muito conservador e intolerante."
Extremamente cativante e bem feito, a banda transforma sua influências e inspirações em uma sonoridade bem própria. O mundo talvez não seja o bastante, mas eles já merecem pelo menos uma boa fatia dele!
Texto: Carlos Garcia
Ficha Técnica:
Banda: The Night Flight Orchestra
Álbum: "Sometimes the World Ain't Enough" (2018)
País: Suécia
Estilo: Classic Rock/Melodic Rock
Produção: The Night Flight Orchestra
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records
O We Sell The Dead é formado por membros e ex-membros de bandas conhecidas no meio Metal, e é interessante como tem surgido projetos assim, onde os músicos podem se expressar musicalmente, buscando outras sonoridades, algo que seria mais difícil em suas bandas de origem, pois estas já possuem uma identidade, além do que, em uma outra configuração de parcerias, novas influências irão se fundir, trazendo também a possibilidade de criarem algo novo.
O We Sell The Dead traz em seu line-up Niclas Engelin (In Flames), Gas Lipstick (ex-HIM), Apollo Papathanasio (Firewind, Spiritual Beggars), Jonas Slättung (Drömriket) e Dan Lind (responsável pela parte visual e animações dos vídeos), e além de um line-up competente e experiente, o grupo ousa inovar. Sim, podemos sentir as influências de Doom e Gothic Metal, e de bandas Black Sabbath/Heaven and Hell (traduzindo, a era Dio) e Paradise Lost (em seus momentos mais melodiosos e mais Gothic Metal), por exemplo, mas os caras realmente trazem algo novo, mostrando que nem sempre é regra soar "retrô" para manter a essência.
O debut "Heaven Doesn't Want You and Hell is Full" traz uma temática que aborda a lenda de Jack, o estripador, envolto em uma bem cuidada arte visual, o grupo entrega uma sonoridade original, pesada, tétrica e dramática. As faixas quase em sua totalidade seguem um andamento mais lento, mas jamais cansativo. Riffs pesados, melodias tétricas e envolventes, o grande trabalho da cozinha e os excelentes vocais de Apollo, que interpreta as canções com uma dramaticidade e feelling dignos de altas notas (Que timbre esse cara possui!) jamais deixam o álbum cair na mesmice e cansar o ouvinte.
Após a intro sinistra, "The Body Market", "Echoes of an Ugly Past" já me fez perceber que se tratava de algo novo, diferente e trazia a sensação de ser muito bom, sensação essa que se confirmou no decorrer do álbum. O riff grave de abertura abre o espaço para uma faixa densa, tétrica, com ares épicos, destacando já os grandes vocais de Apollo e as melodias carregadas de dramaticidade. Como eu disse antes no texto, você reconhece algumas influências, mas elas foram unidas para entregar algo novo. "Leave Me Alone" me recordou algo do Sabbath dos melhores momentos da era Tony Martin, talvez pelo timbre vocal de Apollo que também me recorda o de Tony por vezes. Por certo é que a rifferama grave e pesada é tétrica e envolvente.
"Imagine", além do ótimo trabalho das guitarras e as onipresentes dramaticidade e peso, tem um andamento mais acelerado. Importante ressaltar que as faixas possuem esses ganchos e arranjos, trazendo momentos marcantes, que prendem o ouvinte. "Turn it Over" remete ao Gothic Metal, com melodias e vocais bem graves em alguns momentos, bem característicos. Além de seguir um andamento um pouco mais rápido, também possui ótimo refrão, de fácil assimilação.
"Too Cold to Touch", podemos dizer que é uma balada, carregada de melancolia e dramaticidade, permeada por teclados e orquestrações. Envolvente. "Trust" incia carregada com riffs mastodônicos, e sim, remetem ao Paradise Lost, mas jamais soando uma cópia. Realmente mostram habilidade em criarem uma atmosfera envolvente com suas linhas dramáticas, melodiosas e pesadas. Tenho de destacar também o trabalho da guitarra e o trecho melancólico e reflexivo ao meio dela.
Em "Pale and Perfect" o som vem surgindo aos poucos, crescendo, até preencher tudo com seu som denso. Um andamento mais melodioso com guitarra em palm mute se alterna com momentos mais pesados, até chegar em um refrão marcante, que também traz um algo de Gothic Metal. Destaque novamente para as melodias na guitarra; Fechando este excelente play, "Silent Scream" tem um algo de bluesy nas guitarras, sendo uma balada com belas melodias melancólicas, em um embalo carregado de dramaticidade, destacando as linhas e arranjos vocais envolventes.
Original, muito bem feito e com momentos memoráveis. Um discaço! É muito bom quando se "descobre" algo novo e empolgante. "Heaven Doesn't Want You and Hell is Full" é altamente recomendado.
No dia 11 de maio, o Therion se
apresentou em solo paulistano, acompanhado pelas bandas The Devil e Cellar
Darling. A casa escolhida para o show foi o Carioca Club, em promoção da EV7 Live e com apoio e assessoria da Lex Metalis, que entregaram ao público condições excelentes, culminando no espetáculo de alto nível protagonizado principalmente pelo Cellar Darling, que certamente angariou mais admiradores, e pelos donos da noite: Therion.
As Honras de Abertura: O Misterioso The Devil e a Avalanche Cellar Darling!
O primeiro espetáculo da noite
inicia 20h45, ainda com um público pequeno, os integrantes do The Devil entram
no palco e conseguem prender a atenção do público durante 45 minutos, com um
repertório todo instrumental e com vozes pré gravadas, utilizando de recursos
de visuais exibidos em um telão para complementar sua performance. Passaram sua mensagem apocalíptica com competência.
Setlist:
1- Universe
2- World of Sorrow
3- Extinction Level Event
4- Alternative Dimensions
5- Devil & Mankind
6- Illuminati
Por volta de 21h50, a segunda
atração da noite, o Cellar Darling entra no palco e inicia a primeira música
sem enrolação, me surpreendi com a simpatia da vocalista Anna Murphy, que
interagiu com o público o tempo todo. O repertório foi um resumo do álbum de
estreia “This is the Sound”. Após a sequência de “Black Moon” e “Hullaballoo a
plateia se agita ao som de “The Hermit”. Anna agradece ao público e anuncia
“Avalanche”, um dos pontos altos da apresentação.
Em seguida a lenta e pesada
“Six Days”, com destaque para Anna tocando flauta. Em seguida, “Starcrusher”
nos proporciona um momento mais calmo, enquanto Murphy se ajoelha e canta para
as pessoas que estavam próximas.A
pesada “Redemption” nos prepara para o sucesso que viria a seguir, “Fire, Wind
& Earth”, com destaque para o momento em que Anna pega uma baqueta e
acompanha o baterista Merlin Sutter.
Em meio a manifestação da platéia
que gritava “Anna”, a banda encerra o show com “Challenge” deixando a todos com
um gosto de “quero mais”. Fiquei com a certeza que sair do Eluveitie foi a
melhor coisa que Anna, Merlin e Ivo fizeram em suas carreiras.
Setlist:
01 – Black
Moon
02 –
Hullaballoo
03 – The
Hermit
04 –
Avalanche
05 – Six
Days
06 –
Starcrusher
07 –
Redemption
08 – Fire,
Wind & Earth
09 –
Challenge
To Mega Therion Over SP!
Às 23h15 as
cortinas se abrem mais uma vez e hipnotizado o público assiste a entrada de um
a um dos membros da banda. Já nas primeiras notas de “Theme of Antichrist”,
todos foram contagiados pela energia da performance do grupo. Em seguida a
execução perfeita de “The Blood of Kingu”. Com uma performance “badass” Linnéa
canta “Din” com vocais agressivos, mostrando toda sua versatilidade. A cada
música a platéia ficava mais enfeitiçada, Thomas anuncia “Bring her home” outra
faixa do mais recente disco “Beloved Antichrist”, seguida pela arrasadora
“Night Reborn”com
uma performance perfeita dos três vocalistas. Em seguida a
apresentação memorável de “Nifelheim”, que se tornou uma das minhas favoritas
após essa noite.
Em ”Ginungagap” eu fiquei em um verdadeiro dilema, pois todos os membros são extremamente carismáticos e com presenças de
palco tão maravilhosas, fica difícil decidir em quem prestar a atenção.Uma das
coisas que mais admirei nesse show é que cada integrante tem um estilo próprio e cada um com suas
peculiaridades tornam o conjunto da obra perfeito, tornando o Therion uma banda
única. Como foi bom poder ver a clássica “Thyphon” ao vivo!! “Não chorei, só
fiquei tremendo”, esse meme define perfeitamente a minha reação quando começou “The Temple of New Jerusalem”, me
apaixonei pelo Thomas Vikström, que voz!! A galera acalma um pouco os ânimos
quando começa “An Arrow From the Sun”. Mais uma vez fiquei encantada com o
entrosamento da banda, dessa vez em “Wine of Aluqah”, é contagiante a
empolgação de Linnéa.
Assim
que começa “Lemuria”, meus olhos pousaram em Chiara e só consegui desviar o
olhar no fim da música, pois foi um momento tão lindo que eu não queria perder
nenhum detalhe, essa música ficou perfeita em sua voz!! Continuando o
espetáculo “Cults of the Shadows” agita mais uma vez a galera. Um momento
teatral em “The Klysti Evangelist” onde Chiara e Thomas encenam uma cena
vampiresca
Em “My Voyage Carries On”,
ficamos todos hipnotizados com os vocais operísticos de Chiara e Thomas. Agora
é a vez de “The invincible” de com vocais épicos. Na introdução de “Der
Mitternachtslöwe” giram como peões e Chiara mais uma vez entra com seus
estupendos vocais. E finalmente a música que eu tanto esperava “Son of The
Staves of Time", o destaque vai mais uma vez para a harmonia entre os três
vocais.
Nesses tempos atuais onde é muito
fácil pesquisar setlists meu coração se apertou, pois eu já sabia que o show
estava perto do fim. O grupo deseja a todos uma boa noite e sai do palco, mas sem demorar
retornam e começam “The Rise of Sodom and Gomorrah”, levando o público à
loucura. O fim está próximo e então Christofer conversa com a plateia, dizendo
que foram 61 shows dessa turnê e faz uma provocação dizendo que é a hora do
Brasil mostrar que é melhor do que a argentina e anuncia o clássico “To mega
‘fucking’ Therion”, depois de um show
inteiro maravilhoso claro que não seria agora que iriam decepcionar. Tenho
certeza que essa foi uma noite muito feliz para os devotos fãs do Therion, esse
show deixará saudades e vontade de que eles retornem logo aos solos
brasileiros.
Setlist do show:
01 – Theme of Antichrist
02 – The Blood of Kingu
03 – Din
04 – Bring Her Home
05 – Night Reborn
06 – Nifelheim
07 – Ginnungagap
08 – Typhon
09 – Temple of New Jerusalem
10 – An Arrow from the Sun
11 – Wine of Aluqah
12 – Lemuria
13 – Cults of the Shadow
14 – The Khlysti Evangelist
15 – My Voyage Carries On
16 – The Invincible
17 – Der Mitternachtslöwe
18 – Son of the Staves of Time
Bis:
19 – The Rise of Sodom and
Gomorrah
20 – To Mega Therion
Gostaria de agradecer mais uma
vez ao Road to Metal pela oportunidade de poder ir ao show e por me ceder
espaço para contar minha experiência com esse momento tão mágico,
principalmente ao Carlos Garcia por toda sua paciência e pelos toques para que
eu possa sempre aprimorar meu trabalho. Gostaria de agradecer também ao Márllon
Matos da EV7 Live que foi super atencioso comigo esclarecendo minhas dúvidas
sobre o evento.