sábado, 18 de julho de 2015

Astaria: Imprimindo sua identidade

Com dez anos de estrada a banda Astaria, oriunda de Cachoeirinha (RS), trabalha forte na divulgação do seu debut, o álbum "Closed Eyes", onde o grupo acredita ter conseguido atingir uma maturidade nas composições, tendo adquirido uma personalidade que já a diferencia.

Para falar um pouco de sua trajetória, da composição, produção e temática de "Closed Eyes", além de alguns outros assuntos os quais você confere na entrevista a seguir, lembrando que a banda estará presente na terceira edição do festival União Extrema, em São Leopoldo (RS), dia 15 de agosto.



Road to Metal: Para quem ainda não conhece a Astaria, vocês poderiam fazer um breve histórico da banda?

Astaria: A banda ASTARIA surgiu em 2005 em Cachoeirinha. O projeto teve início com Giovani Lazzari (bateria), Ian Caiê (guitarra) e Guilherme Pfeifer (baixo). Após uma série de audições, foi em 2007 que a banda definiu sua formação com a entrada de Marcelo Laserra (voz) e André Machado (teclado/guitarra). A Astaria então começou a se apresentar em alguns shows na região de Porto Alegre e amadurecendo suas composições até que sentiu necessidade de gravá-las, o que resultou no álbum “Closed Eyes”. A formação atual da Astaria é Marcelo Laserra (voz), Giovani Lazzari (bateria), Ian Caiê (guitarra) e Leandro Mantelli (baixo). A banda ainda conta com Guilherme Pfeifer, que mesmo estando em Buenos Aires, permanece opinando e contribuindo em definições que são importantes para o grupo. Além disso, contamos com a participação especial do guitarrista Maurício Zimmermann, que ao vivo traz mais peso para a Astaria.

RtM: E para dar um parâmetro a respeito da sonoridade do Astaria, como vocês definiriam seu som e quais seriam suas principais influências?

Astaria: Definimos nosso som como um Heavy Metal clássico, mais calcado em Black Sabbath, mas com uma abordagem moderna, tendo também influencias de bandas como Metallica, Iron Maiden, Judas, Deep Purple e por aí vai.


RtM: Vocês estão em plena divulgação do álbum “Closed Eyes”. Falem-nos um pouco mais a respeito da produção desse trabalho. 

Astaria: A produção do Closed Eyes foi uma longa história... Tivemos o apoio do fundo de cultura de Cachoeirinha, onde concorremos com vários projetos e fomos um dos contemplados. Esse fundo ajudou a custear parte dos gastos envolvidos com o disco. Tivemos dificuldade no início, pois não estávamos totalmente preparados para a gravação de um CD, mas ao longo do trabalho conseguimos alcançar o nível que queríamos para o nosso debut. Para concluí-lo, tivemos uma grande ajuda do Alexandre Di Paoli e de Uendel Hoffman, que foram cruciais para o resultado do disco.


RtM: Aproveitando, contem-nos também a respeito do processo de composição e o conceito que vocês abordam nas letras em "Closed Eyes".

Astaria: Closed Eyes pode ser tido como um álbum temático, pois existe um contexto por trás das músicas que faz com que elas tenham uma ligação, mesmo que isto não esteja explicito em suas letras. O álbum trabalha aspectos relacionados com o medo do desconhecido, passando por sentimentos distintos ao longo das músicas. Arranjamos a ordem que nossas composições se apresentam no álbum pensando em um espírito recém desencarnado e suas evoluções e involuções nesta nova condição, inclusive a capa do disco retrata isso, um homem buscando um caminho.

Há referências à sua desorientação inicial (Horizon Seeker e Wind Rose) ou a crença de que talvez trate-se apenas de um sonho ou um pesadelo (Morpheus), passando por sentimentos como raiva (Fire That Cannot Burn), agonia (Agony Passenger), maldade (Raven’s Eye), tristeza (Fields of Sorrow) e aspectos nostálgicos e redenção (Ancient Times). A forma como compomos nossas músicas é bem simples, geralmente um de nós vem com uma ideia, que é colocada para os demais integrantes a fim de trabalharmos juntos. Temos uma definição que isso valoriza muito as nossas composições, pois ao trabalharmos uma ideia inicialmente individual, conseguimos explorar outros campos, o que torna a música muito mais completa. É legal, pois temos a percepção de que todas as músicas são nossas e não de um integrante em específico.


RtM: Já é possível perceber quais as composições caíram mais no gosto do público?

Astaria: Nesse sentido temos dois pontos.... Quem ouve o CD, geralmente prefere Morpheus ou Fields, mas quem vai ao show normalmente prefere Raven’s e Fire, por serem mais contagiantes... Fire ainda tem um diferencial, pois não é difícil memorizar o refrão dela, então basta tocarmos uma vez que logo o público já está cantando junto. 

RtM: Em um cenário concorrido como o atual, onde há muita oferta, inclusive por ocasião das facilidades de divulgação em canais diversos na internet, o que vocês pensaram em investir como um diferencial para se destacar, seja na parte sonora como na parte de divulgação?

Astaria: Quanto a parte sonora o que temos em mente é que devemos ser sempre fiéis ao que nos motivou a começar a tocar, não iremos acompanhar modismos e perder a identidade musical que criamos. Acreditamos que chegamos a um estágio em que o nosso fã pode ouvir qualquer música que tocarmos e ele saberá que é a Astaria. Nós sabemos como isso é importante para o fã de Metal e seguiremos tocando o que gostamos, sem perder o peso ou a profundidade que procuramos injetar nas músicas.

No quesito divulgação, estamos fazendo cada vez mais, usando não só a Internet, mas também os próprios shows, sabemos o quanto vale a boa impressão que um banger pode ter nos nossos shows. Acreditamos que o fã de metal é um dos mais fiéis que existem e em respeito a isso nós damos o sangue nos shows, fazemos o melhor para mostrar nosso trabalho no palco.

Além disso, os sites e blogs especializados, como é o caso do Road to Metal, claramente ajudam a fortalecer a cena atual, provendo um espaço de divulgação de shows, reviews de álbuns e entrevistas com as bandas que estão na luta para mostrar seu trabalho e evoluir. Sabemos disso e agradecemos a atenção e ao trabalho sério do RtM.

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RtM: E quais os objetivos e, claro, os sonhos da banda?

Astaria: Fazer com que o máximo de pessoas no Brasil ou fora dele ouçam as nossas músicas. Sem dúvida enquanto este sonho estiver se realizando os demais virão de arrasto, nossas composições evoluirão, teremos mais reconhecimento e nos divertiremos ainda mais.

RtM: E o cenário para as bandas independentes, principalmente, o que melhorou, o que piorou? Quais as principais dificuldades que as bandas mais se deparam, e muitas vezes acabam encerrando atividades?

Astaria: Avaliamos que a cena melhorou um pouco, as pessoas parecem estar mais interessadas em bandas autorais que não correm nos grandes circuitos. O mercado para bandas que fazem tributos, bandas cover, também é considerável, sendo que há locais específicos para esta prática. É claro que as dificuldades ainda são enormes, principalmente para bandas de Metal, como a carência de espaços para tocar, e alguns ainda não oferecem nenhum tipo de cachê ou não oferecem a infra adequada a um show de Metal.


RtM: Pessoal, obrigado pela atenção, fica o espaço final para a sua mensagem aos bangers e também, claro, falar das expectativas da apresentação no 3° União Extrema Fest em agosto, onde será comemorado os 7 anos do site Road to Metal. Sucesso e estamos sempre à disposição!

Astaria: O recado é simples: Vamo quebrá TUDO!!!!!!!!!!

Entrevista por: Carlos Garcia
Revisão/edição: Renato Sanson/Carlos Garcia

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