O folk metal é um estilo que,
muitos dizem, pouco tem a ver com a cultura brasileira. Alguns dizem até que
não tem nada haver. Mas isso não impede que bandas de talento surjam e mostrem
que isso não serve de impedimento e comprovem que, quando se trata do “país do
heavy metal”, todo estilo tem força e pode se manter.
Dito isso, não causa surpresa o
trabalho de estréia da banda mineira HAGBARD.
Composto por Igor Rhein (vocal), Tiago Gonçalves (guitarra), Danilo Marreta (guitarra), Gabriel Soares (teclados e flautas), Rômulo “Sancho” (baixo) e Everton Moreira (bateria), o grupo
apresenta em RISE OF THE SEA KING
(2013) qualidades suficientes para figurar entre os grandes nomes do Folk Metal
nacional.
Gravado entre setembro de 2012 e maio
de 2013 em Juiz de Fora (MG) e Mixado e masterizado por Jerry Torstensson no
Dead Dog Farm Studio, na Suécia, o cd nos traz uma banda que sabe o que está
fazendo. Após a intro Eulogy of Ancient
Times, vem uma das faixas de destaque no trabalho. Warrior’s Legacy tem belos riffs e possui belos solos alternados
entre Tiago, Gabriel e Danilo. Essa variação entre as guitarras e o teclado
ficou perfeita na proposta do grupo. Outro ponto a se destacar no trabalho são
os vocais. Por vezes guturais, por hora limpos, além de backing muito bem
estruturados nas composições, Berserker’s
Requiem, com um belo trabalho de baixo e bateria, tem foco na melodia e
peso ao mesmo tempo (em se tratando de folk metal). Mystical Land, totalmente acústica, é uma bela canção. Não há como
escutar essa música e não imaginar bardos á beira de uma fogueira entoando sua
bela melodia. Let Us Bring Something For
Bards To Sing, se tivesse vocais limpos, poderia estar nos primeiros
trabalhos do Rhapsody of Fire.
Sail to War possui um andamento mais cadenciado e tem destaque novamente,
o trabalho de baixo e bateria. March to
Glory, a faixa mais rápida do trabalho mantém as características presentes.
Melodia e belo trabalho vocal. Hidden
Tears contou com os vocais de Vitória Vasconcelos. Bem introspectiva,
mostra o talento do grupo nas composições. Tendo de fundo um belo
acompanhamento de teclado e violino, a bela voz de Vitória ganha destaque. Dethroned Tyrant começa pesada e já
emenda um refrão pra logo em seguida mostrar a versatilidade da banda, pois a
velocidade da bateria em contraste a melodia da flauta ficou muito boa! Until the End of Day encerra o trabalho,
com destaque para o baixo. Cabe ressaltar aqui mais dois pontos. O grupo contou
com a participação do violinista Vinicius
Faza em várias faixas. E o baixo, em todas as faixas, foi gravado por Daniel “Guma” Saab.
Um bom trabalho de um grupo que
pode crescer mais, visto que esse é seu trabalho de estréia (full lenght, pois
já haviam lançado anteriormente o EP Lost in the Highlands). Capacidade e
talento tem de sobra.
Resenha por: Sergiomar Menezes
Revisão/edição: Renato Sanson
Track List:
01 - Eulogy of Ancient Times
02 – Warrior’s Legacy
03 – Berserker’s Requiem
04 – Mystical Land
05 – Let Us Bring Something For Bards To Sing
06 – Sail to War
07 – March to Glory
08 – Hidden Tears
09 – Dethroned Tyrant
10 – Until The End of Day
Acesse e conheça mais a banda:
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