terça-feira, 28 de julho de 2015

Hagbard: Entre os grandes nomes do folk metal nacional


O folk metal é um estilo que, muitos dizem, pouco tem a ver com a cultura brasileira. Alguns dizem até que não tem nada haver. Mas isso não impede que bandas de talento surjam e mostrem que isso não serve de impedimento e comprovem que, quando se trata do “país do heavy metal”, todo estilo tem força e pode se manter.

Dito isso, não causa surpresa o trabalho de estréia da banda mineira HAGBARD. Composto por Igor Rhein (vocal), Tiago Gonçalves (guitarra), Danilo Marreta (guitarra), Gabriel Soares (teclados e flautas), Rômulo “Sancho” (baixo) e Everton Moreira (bateria), o grupo apresenta em RISE OF THE SEA KING (2013) qualidades suficientes para figurar entre os grandes nomes do Folk Metal nacional.


Gravado entre setembro de 2012 e maio de 2013 em Juiz de Fora (MG) e Mixado e masterizado por Jerry Torstensson no Dead Dog Farm Studio, na Suécia, o cd nos traz uma banda que sabe o que está fazendo. Após a intro Eulogy of Ancient Times, vem uma das faixas de destaque no trabalho. Warrior’s Legacy tem belos riffs e possui belos solos alternados entre Tiago, Gabriel e Danilo. Essa variação entre as guitarras e o teclado ficou perfeita na proposta do grupo. Outro ponto a se destacar no trabalho são os vocais. Por vezes guturais, por hora limpos, além de backing muito bem estruturados nas composições, Berserker’s Requiem, com um belo trabalho de baixo e bateria, tem foco na melodia e peso ao mesmo tempo (em se tratando de folk metal). Mystical Land, totalmente acústica, é uma bela canção. Não há como escutar essa música e não imaginar bardos á beira de uma fogueira entoando sua bela melodia. Let Us Bring Something For Bards To Sing, se tivesse vocais limpos, poderia estar nos primeiros trabalhos do Rhapsody of Fire.


Sail to War possui um andamento mais cadenciado e tem destaque novamente, o trabalho de baixo e bateria. March to Glory, a faixa mais rápida do trabalho mantém as características presentes. Melodia e belo trabalho vocal. Hidden Tears contou com os vocais de Vitória Vasconcelos. Bem introspectiva, mostra o talento do grupo nas composições. Tendo de fundo um belo acompanhamento de teclado e violino, a bela voz de Vitória ganha destaque. Dethroned Tyrant começa pesada e já emenda um refrão pra logo em seguida mostrar a versatilidade da banda, pois a velocidade da bateria em contraste a melodia da flauta ficou muito boa! Until the End of Day encerra o trabalho, com destaque para o baixo. Cabe ressaltar aqui mais dois pontos. O grupo contou com a participação do violinista Vinicius Faza em várias faixas. E o baixo, em todas as faixas, foi gravado por Daniel “Guma” Saab.


Um bom trabalho de um grupo que pode crescer mais, visto que esse é seu trabalho de estréia (full lenght, pois já haviam lançado anteriormente o EP Lost in the Highlands). Capacidade e talento tem de sobra.


Resenha por: Sergiomar Menezes
Revisão/edição: Renato Sanson

Track List:
01 - Eulogy of Ancient Times
02 – Warrior’s Legacy
03 – Berserker’s Requiem
04 – Mystical Land
05 – Let Us Bring Something For Bards To Sing
06 – Sail to War
07 – March to Glory
08 – Hidden Tears
09 – Dethroned Tyrant
10 – Until The End of Day


Acesse e conheça mais a banda:



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