O Brasil tem um vasto número de músicos de Heavy Metal,
todos eles cheios de experiência e com uma forte admiração vinda do exterior,
prova disso, e casos mais recentes, é a ida do guitarrista Kiko Loureiro (Angra)
ao Megadeth e do baterista Aquiles Priester, que no segundo semestre do ano
passado foi recrutado para entrar no Primal Fear (mas que recentemente teve que
se ausentar do grupo por motivos de agenda muito extensas de sua parte). Até ai
sem incógnitas, mas o músico que resolve montar um novo grupo, ou que esteja
tentando a sorte pela primeira vez, tenta decidir qual direcionamento irá
seguir, seja ele bacharelado em Thrash, Death, Power, Speed e Prog Metal. No
caso do guitarrista e vocalista Baffo Neto (que também teve experiência fora) e
do baterista Palmer de Maria já é mais tranquilo, pois ambos sabem qual rumo
tomar, e que isso é visto e ouvido em “Leader’s Speach”, debutado disco do
Capadocia, banda do ABC paulista.
Na ativa desde 2011, fruto do Retturn, banda antecessora, o Capadocia pratica uma musicalidade sem fronteiras, que com base nas influências do quarteto engloba o peso do Thrash/Death Metal ‘old school’, a rispidez e a agressividade do Metal Industrial (gênero de difícil aceitação para muitos) e a incisão de elementos da música brasileira, faz do Capodocia um grupo diferencial sem soar datado, que além do Baffo e Palmer assumirem a batuta, a cozinha é completada pelos excelentes músicos Marcio Garcia (guitarra) e Gustavo Togneti (baixo). Em suma, “Leader’s Speach” é um trabalho vigoroso, orgânico, pesado e, por que não, maduro? Com a banda tendo, em apenas poucos anos de vida, um entrosamento eficaz de todos.
Na ativa desde 2011, fruto do Retturn, banda antecessora, o Capadocia pratica uma musicalidade sem fronteiras, que com base nas influências do quarteto engloba o peso do Thrash/Death Metal ‘old school’, a rispidez e a agressividade do Metal Industrial (gênero de difícil aceitação para muitos) e a incisão de elementos da música brasileira, faz do Capodocia um grupo diferencial sem soar datado, que além do Baffo e Palmer assumirem a batuta, a cozinha é completada pelos excelentes músicos Marcio Garcia (guitarra) e Gustavo Togneti (baixo). Em suma, “Leader’s Speach” é um trabalho vigoroso, orgânico, pesado e, por que não, maduro? Com a banda tendo, em apenas poucos anos de vida, um entrosamento eficaz de todos.
A excelente e mais que elogiável produção/mixagem foram realizadas pelo próprio Baffo Neto, o que pra mim foi uma surpresa, porque fora o seu talento incomensurável como músico e compositor, e da sua inteligência e aptidão como empresário, mostra que também possui o dom e a habilidade de dirigir os caminhos sonoros da banda, tarefa na qual saiu-se perfeito. A masterização foi feita no Mr. Som Studios, por Heros Trench (Korzus); a arte gráfica exemplifica o significado do nome da banda, o qual não é por causa da novela global ("Salve Jorge", exibida de 2012 até 2013) hehehe, e sim pelo contexto abordado por trás da história do nome, que segundo os catolicistas, São Jorge de Ógum nasceu na antiga Capadocia.
Vocais urrados, riffs bem postados (beirando a agressividade e brutalidade), baixo ditando discrepância (do grave ao azedo) e bateria soando seca, mas com o grau de modernidade altíssima, mostra o que a banda passa em cada uma das nove faixas do disco, que chamou a atenção do Cavalera Conspiracy, dos irmãos Cavalera, resultando por serem os responsáveis por abrir os shows da banda aqui no Brasil.
De inicio, aponto como os principais destaques as faixas “Stand Still” (não muito rápida e nem muito veloz, mas que prioriza o peso das guitarras, contemplando um solo bem introspectivo) e “Snake Skin” (outra que vem no mesmo andamento, abordando o malabarismo incansável de Palmer em seu kit de bateria, onde as bases de guitarra combinam perfeitamente com os vocais de Baffo). A coisa começa a ficar insana e rápida em “Everybody Hates Everbody”, com um refrão que já te induz a sair gritando por ai.
Se você quiser por sua casa de cabeça pra baixo, as esganiçantes “Sounds Of An Empty Gun” (aquelas de tirar todo o suor), “Leaders In The Fog” (riffs que vão crescendo conforme o tempo, apresentando mais um ótimo solo e o baixo super grooveado) e “Survival Instinst” (encerrando de forma plausível, priorizando vocais falados após os refrãos) são apropriadas para esse tipo de acontecimento.
Se o Retturn durou 19 anos (número bastante significativo), espero que o Capodocia dure muito mais que isso. Energia e força eles tem de sobra! E experiência, então, nem se fala.
Adquiram sem medo!
Texto:
Gabriel
Arruda
Edição/Revisão:
Carlos
Garcia/Renato Sanson
Fotos:
Divulgação
Ficha
Técnica
Banda:
Capadocia
Álbum:
Leader’s
Speach
Ano:
2015
Estilo:
Thrash/Death
Metal
País:
Brasil
Gravadora:
Independente
Assessoria: Hoffman & O'Brian
Assessoria: Hoffman & O'Brian
Formação
Baffo Neto (vocal/guitarra)
Marcio Garcia (guitarra)
Gustavo Togneti (baixo)
Palmer de Maria (bateria)
Track-List
01. Stand Still
02. Everybody Hates Everybody
03. Snake Skin
04. Stay Awake
05. Ferrida
06. Lord Of Chaos
07. Sounds Of An Empty Gun
08. Leaders In The Fog
09. Survival Instinst
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