quinta-feira, 16 de julho de 2015

Sin Avenue: Hard Rock a serviço do underground gaúcho

Tocar Hard Rock. Com se não houvesse amanhã. Assim podemos descrever o que a Sin Avenue pratica quando sobe ao palco. Formada em 2014 por CJ Rebel Son (guitarras e vocal), e Zé Henrique Godoy (bateria – também One of Them), o grupo recebeu o reforço de Lucas Queiroz (Hell Wizards) e com as influências de bandas como Kiss, Whitesnake, Mötley Crüe, entre outras, começou a tocar com uma pegada diferenciada, com um toque Heavy Metal.

Com a gravação de seu álbum de estréia em andamento, e prestes a se apresentar no 3° União Extrema Fest (que comemorará os 7 anos do Road to Metal), batemos um rápido papo com a banda!

Confira:



Road to Metal: A banda surgiu em setembro de 2014. Como se deu a ideia para o surgimento do grupo?

 Sin Avenue: Z.Ace e eu estávamos querendo tocar hard rock old school, mas só para tocar mesmo e gravar, algo para nos satisfazer, mas ao mesmo tempo queríamos algo novo e que não remetesse ao meu trabalho solo ou à nossa antiga banda RÉUS ANJOS, queríamos voltar, renovados e fortes, provando a nós mesmo que somos capazes de compor músicas novas e boas. Durante um bom tempo os ensaios foram só com batera, guitarra e vocal, só em dupla até a chegada do nosso grande amigo Lucas Alba, que é um músico completo, toca guitarra, teclado e baixo. Não demorou muito para aparecerem as primeiras propostas para shows, e o nosso 3º show será no União Extrema Fest e estamos muito empolgados em tocar no festival, até agora a receptividade do público, tem sido incrível.

RtM: Quais as principais influências da Sin Avenue?

SA: Acho que em comum a todos os integrantes, W.A.S.P, Kiss, Mötley Crue e Dokken, mas há uma série de outros gêneros que também influenciam no nosso som, Z.Ace e Alba, tocam em bandas de metal, CJ também estuda música erudita, mas em termos gerais, hard rock/heavy metal dos anos 70/80.


RtM: Fazer Rock no Brasil não é fácil... Hard Rock então... Como a banda vê o cenário atual? O público underground ainda é fiel?

SA: Não é fácil, mas a grande questão é: “dá pra viver sem tocar?” Tem gente que joga futebol nos finais de semana, nós tocamos numa banda e fazendo nosso próprio som. Temos uma boa reputação e admiração do nosso público, mas há algo muito importante também, nós também somos público de outras bandas, principalmente as de som autoral.

São poucos os lugares para se tocar som autoral, e ficamos felizes quando aparecem oportunidades como o União Extrema, pois é um evento que reúne pessoas que realmente curtem e apoiam a cena, tanto público como bandas.


RtM: A quantas anda a produção do primeiro trabalho? Já há uma data definida para o lançamento?

SA: Estamos gravando as guitarras agora, a produção tem sido fantástica, estamos trabalhando com o grande Sebastian Carisn que é um excelente produtor, os timbres de batera e de baixo estão matadores! Teremos ainda a participação especial de dois amigos Gilby Sweet (guitarra) e a supertalentosa Cassi Kiefer nos vocais. As músicas são todas inéditas e estarão soando de forma única. Desejamos lançar tudo em 2016, mas temos que ver como vamos distribuir, se faremos parceria com algum selo, temos ainda alguns contatos nos USA, Canadá, vamos ver o que pode ser feito.

Sin Avenue e o produtor Sebastian Carsin
RtM: A Sin Avenue será a primeira do estilo a participar do União Extrema Fest. Essa mistura de estilos, na opinião de vocês é importante?

SA: Sim importantíssima. Foi-se o tempo do radicalismo das pessoas curtirem apenas um estilo. Hoje você vê fãs de death/black metal curtindo bandas de hard e vice versa. Nós mesmos curtimos inúmeros gêneros que permeiam o estilo que tocamos... Isso é uma evolução. Não existe mais aquela coisa de só escuto hard, só escuto death metal...

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RtM: Paralelo ao festival, o Road to Metal estará comemorando 7 anos de atividade. Qual a importância de veículos como o Road para a cena?

SA: Parabéns pelos 7 anos e vida longa! A importância é fundamental, pois a cena tem se enfraquecido, as pessoas têm desistido de fazer música, e isso é terrível, pois mata a criatividade, tem que haver alternativas, fora da grande mídia manipuladora, o rock não pode parar, a música não pode ser silenciada. E a proposta de integração entre os estilos no festival é muito importante, por que unidos somos mais fortes.


RtM: Obrigado pela entrevista e deixo o espaço aqui aberto para uma mensagem final.

SA: Agradecemos pelo grande apoio e oportunidade de tocarmos no festival, para nós é uma grande honra e privilégio, estamos ensaiando bastante e trabalhando duro para fazermos um grande show dia 15/08, estamos realmente muito animados, obrigado e sucesso para todos!!


Entrevista por: Sergiomar Menezes
Revisão/edição: Renato Sanson

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