A maioria das bandas de Heavy
Metal sempre buscam a sonoridade “perfeita” ou melhor, a sua própria
identidade. O que é visto como uma grande evolução por uns é também considerado
um certo “retrocesso” por outros.
E exemplos de mudanças em busca
de sua própria personalidade ou quem sabe alcançar voos mais altos estamos
cheios, como: Metallica, Sepultura, Edguy, Helloween, Iron Maiden dentre
outros.
E certas mudanças ocasionam uma
divisão, onde dividem os fãs entre uma fase e outra. Sendo assim, os gaúchos da
Hibria colocam no mercado seu quinto disco de estúdio, intitulado de “Hibria”.
Não é novidade o talento e
qualidade que a banda apresenta, que se consolida a passos largos como um dos
grandes nomes do Heavy Metal nacional. Mas certas mudanças as vezes soam
desnecessárias ou não encaixadas na sonoridade.
Se em “Blind Ride” (11) a banda
ousou e lançou um trabalho totalmente diferente, mas com grande relevância, em “Hibria”
não podemos dizer o mesmo, não me entendam mal, a banda continua rápida,
pesada, agressiva e melodiosa, porém falta alguma coisa.
A começar pela produção, soando
de forma “artificial”, diferente do que estávamos acostumados, o som está na
cara e pesado, mas não uniforme, e com timbres muito graves para musicalidade.
As composições em si, soam mais modernas e variadas, mas não marcantes, o que
era uma das principais características da Hibria.
A abertura com “Pain” vem forte e
ousada, os riffs são agressivos assim como os solos, e o que chama atenção é
que o baixista Benhur Lima canta em algumas partes, o que soou bem
interessante, assim como a adição de Sax e Trompetes na faixa, deixando-a
diferenciada, sendo sem dúvida o grande destaque do disco.
Mas a partir de “Abyss” a coisa
muda, mesmo sendo rápida e agressiva, não soa marcante, o que é diferente em “Tightrope”
que soa marcante, mas sem feeling, faltando aquela energia pulsante da Hibria.
O álbum também apresenta algumas
inclusões de teclados e orquestras, como é o caso de “Life”. Já “Fame” vem mais
cadenciada, sendo uma das músicas mais acessíveis do trabalho, ainda mais com a
participação da vocalista Mia Coldheart (do Crucified Barbara), em
um belo dueto com Iuri, tendo um refrão bem emocional.
Outra faixa que se destaca das
demais é “Church”, soando na mesma linha de “Pain” e com ótimos solos de
guitarra e com mais uma bela participação de Benhur nos vocais.
Porém os destaques acabam por aí,
não sei dizer se é o excesso de modernidade, mas ainda falta algo, de 10
composições apenas 3 se destacam com sobras, e mesmo que as demais músicas soem
velozes, pesadas e com boas melodias caem no esquecimento, não ficam na cabeça.
A Hibria da mais um passo
importante em sua carreira, que certamente agradará bastante os fãs europeus
assim como os fãs mais novos da banda. Mas de fato ainda falta alguma coisa no
disco, quem sabe soar mais como HIBRIA.
Resenha por: Renato Sanson
Tracklist:
01 Pain
02 Abyss
03 Tightrope
04 Life
05 Ghosts
06 Legacy
07 Ashamed
08 Church
09 Fame
10 Words
Formação:
Iuri Sanson (Vocal)
Abel Camargo (Guitarra)
Renato Osorio (Guitarra)
Benhur Lima (Baixo)
Eduardo Baldo (Bateria)
Acesse e conheça mais a banda:
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