domingo, 11 de fevereiro de 2018

Miasthenia: solidificando seu nome no topo do Metal Extremo nacional

Resenha por: Renato Sanson


O Black Metal nacional sempre foi rico e ao mesmo tempo diversificado, se temos bandas que soam tão ríspidas e angustiante quanto o estilo pede, também temos as que se baseiam em nossas culturas e trazem ao estilo mais obscuro da vertente todos esses elementos que só engrandecem a nossa musicalidade extrema.

O Miasthenia de Brasília traz em “Antípodas” (17) a sonoridade obscura do Black Metal aliado a temas sul-americanos, como o próprio nome do álbum mostra, já que antípodas é uma palavra que se refere as regiões do outro lado do mundo, mostrando como os cristãos da Europa enxergavam os povos da América do Sul.

A musicalidade em si vai além do Black Metal, pois a veia Pagã é muito forte, o que deixa sua música diversificada e ao mesmo tempo agressiva, onde os climas de teclados criados pela vocalista Hécate são formidáveis, assim como suas linhas vocais que narram cada acontecimento com a emoção necessária de cada faixa. Os riffs e solos são muito bem explorados e dão a sinergia ideal com as linhas de bateria.

O 5° disco de estúdio dos brasilienses solidifica ainda mais o nome do Miasthenia no topo do Metal Extremo nacional, com uma sonoridade bem peculiar e abordando temas da nossa terra com muita inteligência e perspicácia.


Links:

Formação:
Hécate - Vocais, teclados
Thormianak - Guitarras, baixo
Nygrom - Bateria

Tracklist:
1. Ymaguare
2. Novus Orbis Profanum
3. Conjupuyaras
4. Antípodas
5. Ossário
6. 1542
7. Araka’e

8. Bestiários Humanos

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