Por: Renato Sanson
Fotos: Vinny Vanoni
Após dois anos de sua mais recente vinda à capital gaúcha, a Nervosa retorna e com grandes novidades ao público. Uma delas é a tour de 15 anos divulgando o seu novo álbum “Jailbreak” e trazendo sua nova formação com Prika assumindo os vocais da banda.
Apresentando também a nova
baterista Gabriela Abud e a baixista Emmelie (da banda Sisters of Suffocation,
onde é guitarrista) que substitui Hel Pyre nessa tour por problemas pessoais.
Muitas novidades em tão pouco
tempo. Se antes a Nervosa tinha tocado no Bar Opinião, agora seria no caldeirão
Gravador Pub e sua ótima estrutura, se tornando a nova casa dos bangers gaúchos!
Para a abertura tivemos os australianos do Elm Street, que vem acompanhando a Nervosa nos últimos shows e que grata surpresa! Aquele Heavy Metal clichê do Accept, com algumas pitadas de Thrash e alguma influencia ali e aqui de Judas e Megadeth. O Elm Street fez um showzaço encantando os presentes. Não sendo apenas uma banda de abertura, mas trazendo um arsenal sonoro de primeira!
Uma dupla de guitarras afiadíssima
e melodias que grudavam e arrepiavam vocais ásperos que bebe na fonte dos anos
80 e uma linha de baixo e bateria correta e bem variada. Não demorou muito para
os bangers estarem grudados no palco e curtindo cada minuto do Elm Street ao
vivo.
Com muito carisma e presença, o Elm Street ganhou os fãs e saíram de cena mais do que aplaudidos. Ainda em tempo a som em especial estava fantástico, parecia um CD tocando e tivemos também uma homenagem da banda a Paul Di’anno tocando o clássico “Running Free”. Sensacional!
Não demora muito e a Nervosa vai
adentrando em palco para arrumar seus equipamentos, realizar pequenos ajustes
para iniciar seu show. É fantástico isso na banda e no Gravador Pub que
proporciona essa experiência e vemos ali o quanto às meninas são gente como a
gente!
A intro ecoa nas caixas de som e
a avalanche sonora se inicia com “Seed of Death” e “Behind the Wall” não é
preciso dizer que o publico foi a loucura e as primeiras rodas já se formavam e
o caldeirão estava pronto.
Um detalhe em questão é que o som não estava tão bom quanto o do Elm Street, o que prejudicou um pouco a força da apresentação, pois, mal se ouvia os solos da Kotina para quem estava do lado direito. Passava a sensação que em muitos momentos a banda não estava se ouvindo tocando apenas no feeling graças ao entrosamento que já possuem.
Tivemos uma parada técnica para ajustes do som, mas que não resolveu muita coisa, mas o baile seguiu e como era uma comemoração aos 15 anos de estrada Prika (muito aplaudida e referenciada) informou que seria uma festa por toda a discografia da banda, mas é inegável o quanto faixas como “Death!” e “Perpetual Chaos” são festejadas.
E o que torna isso ainda mais incrível é que são musicas de diferentes fases, onde Prika mostrou se adaptar muito bem e ficar aquela pergunta: “Porque ela não assumiu os vocais antes?”. Após uma enxurrada de riffs Prika elogiou muito o publico gaúcho dizendo que somos um dos melhores do mundo e um dos mais brutais. Não preciso dizer que os berros de “Nervosa, Nervosa...” ecoaram aos quatro cantos da casa.
Ao total foram 18 musicas
executadas sendo “Jailbreak” o álbum priorizado e mostrando a nova força da
Nervosa, faixas essas que ficaram ainda mais poderosas ao vivo. Mas sem
esquecer o passado e suas demais fases, a Nervosa passeou por todo o seu legado
agradando gregos e troianos.
Um show enérgico, brutal e rico em carisma. As meninas são a nova força do Thrash nacional e vão levando a bandeira brasileira mundo a fora, doa a quem doer.
Vale mencionar que após o show a
Nervosa atendeu todos os seus fãs. Detalhe: a casa estava extremamente lotada e
aí você já viu, para bater aquela foto e trocar aquela ideia, tinha que pegar
fila (risos). Avante Nervosa! Aguardamos o seu retorno!
Nenhum comentário:
Postar um comentário