Cobertura e fotos por: Vinny Vanoni
O show abriu com a banda Phornax, já mencionada na matéria do show do Hibria, porém, vale acrescentar que os caras estão arrebentando! Abrindo para o Hibria e agora para Kiko Loureiro logo após uma reformatação dos integrantes da banda? Sim! Mil vezes sim! Novamente a Phornax apresentou um show espetacular, com os integrantes extremamente afinados entre si! Com esta nova formação, o Phornax veio para ficar.
O
segundo show de abertura foi realizado pelo guitarrista colombiano radicado
americano Andy Addams, que está acompanhando Kiko em sua turnê “A Theory of
Mind 2025”. Addams acompanhado por dois excelentes músicos, o jovem Luigi
Paraventi na bateria e David Sánchez no baixo apresentou um verdadeiro
espetáculo musical para o público, recheado de técnica e carisma que levaram os
fãs de Kiko a loucura. Detalhe, Andy Addams faz um som instrumental, sem voz! Sim,
o cara é muito foda! Não só na música, mas também na vida, Em 2011 abriu para
Ozzy Osbourne em sua única apresentação no país de origem de Addams, Colômbia,
época que foi de grande felicidade e também perrengue para Andy, pois logo
depois, devido a um investimento mal sucedido e ter sido passado para trás por
um antigo sócio, perdeu tudo, fazendo com que se mudasse para os Estados Unidos
onde trabalhou alternando entre construção civil e faxina. Nesta época Addams
lutou muito para sobreviver, enfrentou inúmeras dificuldades e quase desistiu
de sua verdadeira paixão, a música. Mas igual a uma Fênix, Andy Addams
ressurgiu das cinzas, se tornou diretor musical e guitarrista principal do show
de rock mais aclamado da indústria de cruzeiros (não, não é a antiga moeda
brasileira, é cruzeiro de navios gigantes que levam gente com grana para
passear ao redor do mundo), show este produzido por ninguém menos que os
criadores do musical Rock of Ages!
Devido a esta volta por cima e sua experiência na indústria musical de cruzeiros, Addams se reinventou, absorvendo elementos até mesmo teatrais em suas apresentações, como uma “armadura” luminosa bem ao estilo do filme “Tron”, e uma guitarra com led’s nas escalas, juntamente com David que também utiliza um baixo no mesmo estilo, o que faz com que ao tocar, ofereça um espetáculo, em todos os sentidos da palavra, aos seus fãs e público. E posso afirmar com certeza total, foi umas das três vezes na minha vida que curti e vibrei tanto com uma banda instrumental, foi simplesmente, e estou repetindo muito esta palavra por motivo de não conseguir pensar em uma melhor, um verdadeiro espetáculo técnico, visual e musical que superou até mesmo a apresentação do Kiko (Desculpa K.L.)!
E por falar no nosso saudoso Kiko Loureiro, ex-integrante (porém sempre será um dos originais) da banda Angra, ex-integrante do Megadeth (o cara só se mete em banda boa né?) e com uma carreira solo extremamente bem fundamentada, reconhecida e aclamada pela crítica especializada nacional e internacional, tanto que é considerado um dos senão o melhor guitarrista de rock e metal do Brasil e um dos melhores do mundo, também ofereceu ao seu público um show fantástico! Junto ao ex-colega de banda, porém eterno amigo, Felipe Andreoli no baixo, e outros monstros da música como Bruno Valverde na bateria, que atualmente integra o Angra e também a banda de Kiko, além de já ter tocado com diversos gigantes como Richie Kotzen, Smith/Kotzen e Sonic Symphony Orchestra, Luiz Rodrigues, mais conhecido como “Luizinho” na guitarra base, além da participação do lendário ex-integrante da consagrada banda de thrash metal Megadeth (inclusive eu gostava mais do Megadeth do que do Metallica uma época, me julguem) e verdadeiro mestre do rock e metal instrumental, Marty Friedman e de outro gigante dos vocais, Alírio Netto, vocalista do “Queen Estravaganza”, tributo oficial do Queen produzida por Brian May e Roger Taylor, além de ter sido o vocalista da banda Shaman de 2019 a 2023, após o falecimento de nosso eterno Maestro do metal, Andre Matos, e ter lançado com a banda o álbum “Rescue” produzido por Sascha Paeth. Netto também atuou como vocalista em musicais, como o famoso “Jesus Cristo Superstar” onde interpretou Judas Iscariotes.
Com esse lineup simplesmente avassalador e com um setlist que revisitou diversos sucessos de sua carreira no Angra, Megadeth, carreira solo e algumas músicas surpresas, juntamente a músicas de Friedman, não havia possibilidade de qualquer coisa dar errada, e não deu! O show meus amigos, foi sensacional, espetacular, grandioso e como dizia meu falecido padrasto, “RE-PE-TÁ-CU-LÊ”! O público, ansioso com a entrada de Kiko no palco, já havia curtido e quebrado, metaforicamente, alguns pescoços com as duas apresentações anteriores da Phornax e de Andy Addams, mas quando Kiko, acompanhado de sua banda entrou aos palcos, minha gente!
Que sensação esmagadora de felicidade e ansiedade que a galera que lotou o Bar Opinião sentiu. Foi uma mistura entre silêncio por falta de ar de ver este gigante, no sentido musical e literal de altura, ao vivo na frente de nossos olhos que a terra há de comer, e o som ensurdecedor dos gritos de “KIKO! KIKO! KIKO!” que explodiram e ecoaram junto aos aplausos que devem ter danificado a estrutura do bar! Foi algo surreal, ver tantos músicos que admiro e cresci escutando, tocando ao vivo, na minha frente, alguns como Alírio, Bruno e Friedman, foi a primeira vez o que tornou a emoção maior, mas que não apagou de forma alguma a grandiosidade de Kiko, Felipe e Luiz. As músicas foram tocadas e cantadas a perfeição, gravando na mente e corações de todos os presentes um show memorável por eras a vir, e lembrando aos fãs brasileiros, antigos e novos, que o Brasil também é a casa e produtor de excelentes músicos, reconhecidos mundialmente!
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