Novembro está sendo um mês de celebrações! Mesmo com cancelamento do Artillery e Atrophy no Burning House no mesmo dia, o metal em São Paulo não parou e trouxe mais uma comemoração de 45 anos - após o Grave Digger na semana anterior no Carioca Club.
Desta vez, o Picture apareceu para comemorar em terras brasileiras a mesma idade de surgimento em uma passagem brilhante por São Paulo, sendo o Manifesto Bar praticamente a segunda casa do quinteto holandês (por onde fez show ano passado, além de gravar um DVD ao vivo em 2019). O público reviveu uma de suas noites mais especiais no domingo, consagrando um dos ícones absolutos do Heavy Metal europeu.
Subiram ao palco entregando um show intenso, honesto e histórico — um daqueles eventos que lembram por que o metal clássico permanece tão vivo no Brasil. O público fiel ao estilo chegou cedo ao Manifesto Bar.
A recente expansão da casa, agora com capacidade ampliada e som mais robusto, mostrou seu valor: a combinação de palco novo, iluminação forte e o público enérgico criou o clima ideal para uma noite de pura celebração.
Ao som nas caixas de Kashmir (Led Zeppelin) e sem grandes cerimônias, o PICTURE iniciou o show com a energia de quem nunca saiu da estrada. Com "Griffons Guard the Gold", o impacto foi imediato: guitarras afiadas, bateria firme e a presença marcante de Peter Strykes, que assumiu os vocais com autoridade absoluta.
Sua voz, firme e melodiosa, mostrou que o frontman estava muito bem na noite com a casa respondendo à altura! Logo nos primeiros minutos, já era possível perceber que a interação entre banda e público seria um dos pontos altos da noite.
O repertório transitou entre os clássicos que tornaram o PICTURE referência do metal europeu. Hinos antigos como “Eternal Dark”- disco que revelou a banda aos fãs brasileiros, “Lady Lightning” e “Bombers” foram recebidos como velhos amigos: refrões cantados em uníssono, braços erguidos, headbanging constante — o público brasileiro mostrou mais uma vez por que é conhecido como um dos mais apaixonados do mundo.
Os fãs mais antigos pareciam revitalizados a cada riff familiar, enquanto os mais jovens, muitos deles vendo a banda pela primeira vez, eram carregados pela força desse heavy metal direto, sem truques, sem frescura.
A dupla de guitarristas, Len Ruygrok e Appie de Gelder, foi um espetáculo à parte. Os solos em duetos, as harmonias e os ataques sincronizados trouxeram a sensação de estar assistindo a uma verdadeira aula de metal clássico. Nada de exageros ou virtuosismo gratuito — apenas técnica, pegada e feeling.
Na retaguarda, os veteranos Rinus Vreugdenhil (baixo) e Laurens Bakker (bateria) seguraram tudo com precisão e peso. Bakker, um dos fundadores da banda, mostrou vigor impressionante, enquanto Rinus entregou linhas sólidas que vibravam pelo chão do Manifesto que em determinado momento do show, desceu do palco foi tocar seu baixo no meio do público.
O encerramento veio com alguns dos maiores clássicos da banda “Make You Burn” e “No No No”, levando o público ao delírio. Dezenas de vozes se uniram nos refrões, enquanto a banda tocava com a mesma energia do início do show. Quando as luzes finalmente se acenderam, ficou clara a sensação de que todos presenciaram algo único: não apenas um show, mas um marco para fãs de heavy metal tradicional.
Texto: Anderson Bellini
Fotos: Pri Secco
Edição/Revisão: Gabriel Arruda / Roberto "Bertz"
Realização: Open The Road Agency
Picture – setlist:
Griffons Guard the Gold
Message From Hell
Blown Away
Line of Life
Lousy Lady
Diamond Dreamer
Eternal Dark
You're All Alone
The Blade
Get Back or You Fall
Bombers
Live by the Sword
Power of Evil
Heavy Metal Ears
The Hangman
Unemployed
Nighttiger
Lady Lightning
Encore:
Make You Burn
No No No
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