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sábado, 20 de agosto de 2011

O Fim de Uma Saga, O Fim de Uma Era: Rhapsody of Fire, Disco e Divisão da Banda

Banda lança grande álbum e se separa: mas a história continua...

15 anos de história, conquistas e batalhas que fizeram do Rhapsody of Fire (por anos apenas Rhapsody) se tornar uma das principais referências no Metal Sinfônico/Melódico mundial.

Responsáveis por uma das sagas mais complexas e longas da história do Metal (iniciada em 2004), o grupo este ano de 2011 lançou o último trabalho conceitual da saga que rendeu vários discos e EPs.

Magia, dragões, espadas, guerra entre o Bem e o Mal... os mestres do gênero!

Foi lançado “From Chaos to Eternity” (2011), disco que, ao contrário do esperado, se apresentou mais “direto” (dentro do possível sem alterar a sonoridade da banda), com muitos riffs de guitarra e solos inspirados, com certo peso e agressividade em alguns momentos, enfim, elementos vários que fazem do disco um álbum, no mínimo, mínimo de atenção.

Mas a surpresa é que, prestes a sair em turnê mundial, a banda se separou! Luca Turilli (guitarra), principal compositor e uma das figuras mais marcantes do gênero, anunciou sua saída da banda, finalizando mais de 15 anos de trabalhos conjuntos, assim como o baixista Patrice Guers, que deve permanecer na "nova" banda de Turilli (stranhamente se chamará Rhapsody).


Principal compositor, Turilli deixa a banda e pretende continuar a história com o nome Rhapsody (como no início)

A notícia pegou todos de surpresa, pois não havia indícios claros de desgaste do grupo. Em anúncio oficial, a partida se deu amigavelmente, inclusive com a dupla montando novamente o Rhapsody, enquanto os demais integrantes, Fabio Lione (vocal), Alex Staropoli (teclados), Tom Hess (guitarra) e Alex Holzwarth (bateria) seguirão com o Rhapsody of Fire divulgando o novo disco.

“From Chaos to Eternity” (2011) surpreende pela simplicidade e beleza das composições. Embora ainda bastante sinfônico, a banda parece ter diminuído um pouco a “pomposidade” (?) de seu som, apostando em riffs rápidos e passagens mais pesadas, com destaques para os guitarristas e a bela voz de Fabio Lione, que canta como nunca.

Ao longo de suas 9 faixas, o álbum traz muita melodia, letras cantadas em italiano e a última participação de Christopher Lee (ator que interpretou Saurom em O Senhor dos Anéis) e que narra a parte final da saga, além de arriscar nos vocais líricos.

Há grandes canções, como “Ad Infinitum” (quase como uma introdução ao disco) e “From Chaos To Eternity” (a melhor), que primam a velocidade e certo peso, incluindo na segunda backing vocals quase guturais.

Há, ainda e como sempre, as belas canções calmas e românticas, como “Tempesta Di Fuoco” e “Anima Perduta”, com show de Lione e instrumentos clássicos. Aliás, Lione está muito bem na fita, sendo cogitado a integrar definitivamente o Kamelot (participou como vocalista convidado da turnê sul-americana).

Fabio Lione, mais uma vez, surpreende e é o destaque do novo disco

Mas é a última e derradeira faixa que fecha com chave-de-ouro esse novo trabalho e encerra uma saga e anuncia o fim de uma era: “Heroes Of The Waterfalls' Kingdom”. Com quase 20 minutos de duração, traz todos os elementos que fazem da banda a maior em se tratando de Metal Sinfônico épico: narrações (com a grande voz de Lee), corais, riffs agudos, solos de guitarra ultrarrápidos, teclados no ritmo, passagens acústicas, etc...

A partir de agora, a tendência é de que a banda deva apostar em novos elementos, ao perder a participação de Turilli. Entretanto, com certeza Fabio Lione e companhia irão manter a banda nos trilhos desse estilo de se fazer Metal Sinfônico que tem no nome Rhapsody of Fire, o maior e mais poderoso dos dragões!


Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Rhapsody of Fire

Álbum: From Chaos to eternity

Ano: 2011

País: Itália

Tipo: Metal Sinfônico/Metal Épico/Power Metal


Formação do álbum

Fabio Lione (Vocal)

Luca Turilli (Guitarra)

Patrice Guers (Baixo)

Alex Holzwarth (Bateria)

Alex Staropoli (Teclados)


Capa de autoria de Felipe Machado Franco


Tracklist

01. Ad Infinitum
02. From Chaos To Eternity
03. Tempesta Di Fuoco
04. Ghosts Of Forgotten Worlds
05. Anima Perduta
06. Aeons Of Raging Darkness
07. I Belong To The Stars
08. Tornado
09. Heroes Of The Waterfalls' Kingdom
I. Lo Spirito Della Foresta
II. Realm Of Sacred Waterfalls
III. Thanor's Awakening
IV. Northern Skies Enflamed
V. The Splendour Of Angels' Glory (A Final Revelation)


Acesse o site oficial e leia (em inglês) a nota oficial de separação aqui

Ou leia a mesma traduzida no site Portal do Metaleiro

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Symfonia: Sem Nenhuma Pretensão de Ousar



Quando anunciado que uma nova banda surgiria com grandes nomes do Power Metal (ou “Metal Melódico”) mundial, os fãs do gênero começaram a apostar que o Symfonia (nome da banda) traria um dos maiores discos de todos os tempos e, de longe, o álbum mais esperado deste ano de 2011.

Tudo isso porque unir André Matos (vocalista brasileiro que vez história com Viper, Angra, Shaman), Timo Tolkki (guitarrista finlandês, mundialmente conhecido com a Stratovarius), Uli Kusch (baterista alemão, passagens pelo Gamma Ray, Helloween e Masterplan), Jari Kainulainen (baixo, também fez história no Stratovarius) e Mikko Härkin (tecladista, ex-Sonata Arctica) seria, por si só, garantia absoluta de um clássico eminente.

Banda com estrelas do Power Metal ainda não impressionou!

Porém, com a liberação de duas músicas da banda, muitos foram os que se decepcionaram, sobretudo os que esperavam algo “diferente”, uma proposta mais original. Em contrapartida, àqueles que agrada o som feito por bandas como Angra e Stratovarius, a banda é um prato cheio.

André Matos e Timo Tolkki: Dupla ao vivo no show de estreia da Symfonia

Com a premiere de lançamento no Finnish Metal Fest em 18 de fevereiro de 2011, a Symfonia lançou seu primeiro (são esperados pelo menos, mais dois trabalhos) disco, “In Paradisum” (2011).

Acontece que, por exemplo, a faixa-título remetia demais ao Stratovarius, embora sua grandiosidade e um trabalho fenomenal de André Matos (mesmo que Uli tenha feito um de seus trabalhos mais pobres na bateria).

Confesso que julguei que teríamos um disco muito fraco. A verdade é que “In Paradisum” é um grande álbum, mas não traz nenhuma novidade, sendo completamente aquilo que aqui se costuma chamar e Metal Melódico, muitos momentos remetendo ao som do Stratovarius, ora ao do Angra e Sonata Arctica.

Curiosamente, são as canções que não haviam caído na internet que melhor defendem a proposta da banda. Por exemplo, impossível ficar indiferente à faixa que inicia o álbum, “Fields of Avalon”, ou à linda balada “Alayna”, com teclados atmosféricos, passagens acústicas (com bonito solo de guitarra) e a macia voz de Matos marcante como sempre.

Outras como “Come By the Hills” é mais Stratovarius que os dois últimos discos da ex banda de Tolkki, com um refrão legal e grudento. Isso pode ser algo positivo ou negativo, dependendo das expectativas que os fãs estavam criando.

Particularmente, esperava mais ousadia desse quinteto. Infelizmente, escolheram a sonoridade que os consagrou, em muitos momentos parecendo covers de alguma canção já feita. Não acrescenta nada ao Power Metal, embora, com certeza, agradará aos mais radicais fãs do gênero que não olham com boas caras para novas propostas.

Além da já citada faixa inicial, outra música que faz jus ao nome desses caras é “Santiago”. De longe, a melhor do disco, tendo velocidade, teclados atmosféricos, refrão marcante e o vocal característico do Matos (lembrando seus discos solos). “Forevermore” havia sido apresentada ao vivo já e, como era de se esperar, pouca novidade, mas bastante qualidade e “I Walk in Neon” também agrada. Uma das grandes composições do disco é a solene “Don’t Let Me Go”, com suas passagens acústicas.

De maneira geral, “In Paradisum” não agradará quem já cansou da sonoridade das antigas bandas dos membros, contudo, será um prato cheio para quem não busca ousadia e quer manter o tradicional som em evidência. Esperamos que os seguintes trabalhos possam, efetivamente, serem clássicos.

Stay on the Road

Texto: Eduardo “EddieHead” Cadore

Fotos: Divulgação, Aku Muukka e All Metal Fest


Ficha Técnica

Banda: Symfonia

Álbum: In Paradisum

Ano: 2011

País: Finlândia/Alemanha/Brasil

Tipo: Power Metal (Metal Melódico)


Formação

Andre Matos (Vocal)
Timo Tolkki (Guitarra)
Jari Kainulainen (Baixo)
Mikko Härkin (Teclados)
Uli Kusch (Bateria)

Tracklist

1. Fields Of Avalon
2. Come By The Hills
3. Santiago
4. Alayna
5. Forevermore
6. Pilgrim road
7. In Paradisum
8. Rhapsody in Black
9. I Walk In Neon
10. Don’t Let Me Go

Assista a música “Don’t Let Me Go” ao vivo

http://www.youtube.com/watch?v=Uq655GvR4rw

A banda ao vivo no seu primeiro show

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

AMAZON:Em entrevista exclusiva para o Road, Renato Ângelo fala sobre o novo CD e muito mais!


Desde 2004 com o lançamento do debut "Victoria Regia", de forma independente, e posteriormente relançado pela Hellion, a Banda vem conquistando seu espaço, inclusive abraindo shows para Bandas como Nightwish e Epica, apesar de todas as dificuldades que todos sabemos que uma Banda de Metal passa por este Brasilzão, e assim como diversas outras, leva o trabalho com a Banda em paralelo a outras atividades, mas o amor pela música e o prazer do reconhecimento pelo público fiel headbanger, move toda essa engrenagem, e as Bandas, assim como o Amazon, continuam a nos presentear com sua obras.
Formado por Renato Ângelo(guitarra e teclados) Sabrina Todt(vocais e flautas), Frazão(bateria) e Danilo(baixo), o Amazon, acabou de disponibilizar seu novo CD, "Nature's Last Ride" e Renato nos conta, em exclusiva para o blog, detalhes do trabalho e outros assuntos, como o interesse de vir tocar aqui no Sul!

1)Após 5 anos mais ou menos, temos o sucessor do "Victoria Regia", o álbum “Nature's Last Ride”.Conte-nos um pouco sobre a produção do novo play e porque demorou mais tempo que o previsto para ouvirmos um novo trabalho da Banda?

Renato:O novo álbum, Nature's Last Ride, já estava composto na íntegra desde o início de 2006. Tivemos, neste meio tempo, diversos acontecimentos nas vidas pessoais dos integrantes, o que nos fez dar uma diminuída no passo. O Frazão e o Danilo tiveram suas filhas entre 2008 e 2010, e em 2008, a Sabrina também precisou de uma pausa para retirar um tumor, então tivemos boa parte do tempo ocupado com essas coisas. Mas falando do álbum em si, acreditamos que ele soa um pouco mais pesado e sombrio que o Victoria Regia. Os arranjos foram todos feitos pela banda e a produção também, toda a parte de orquestras, etc. Isso levou um tempo maior do que se tivesse sido feito por uma pessoa que faz isso todos os dias, mas em compensação ficou arranjado da forma que queríamos.



2)O cd todo foi disponibilizado para download no site da Banda, como surgiu essa idéia e porque tomaram essa decisão?

Renato:Bom, nós somos uma banda independente. Não vivemos disso e objetivamos atingir o maior número de pessoas possíveis com as músicas. Não adianta a gente colocar um álbum à venda numa loja, no valor de um CD de uma banda grande. Obviamente, o fã vai comprar o da banda grande, pois é pra isso que ele foi lá. Então, optamos por tentar este formato, as músicas estão disponíveis para quem quiser ouvir. Quem gostar e quiser o CD completo, com encarte (que, aliás, tá muito bonito!) e tudo mais, entra em contato com a banda e compra, num preço bem mais acessível do que um material que tem que ficar exposto na loja com a obrigação de vender ou dar espaço pra outra banda mais conhecida e que venda mais. Ou seja, melhor pra banda, que pretende atingir mais ouvintes, e melhor pra quem gostar e quiser comprar o CD, que vai pagar mais barato.


3)Algo que notei, é que vocês mantiveram, de certo modo, uma temática, abordando também o tema natureza no novo trabalho.Fale um pouco pra gente a respeito dessa temática ,presente nas capas, em algumas letras, nome da Banda...

Renato:Eu acho que isso faz parte da cultura em que vivemos mesmo. Não nascemos na Europa, então não conseguimos escrever muito sobre cavaleiros e dragões, ou outras coisas mais ligadas à cultura deles. Vez ou outra, até sai alguma coisa, como a Dawn do Victoria Regia, ou até a Gathering High, do Nature's Last Ride, mas é mais raro. As bandas brasileiras têm uma tendência a escrever sobre essas coisas. Nossas lendas são sobre florestas e habitantes das mesmas. Nossa realidade está muito ligada a isto também, e nos últimos anos o mundo acordou pra isso, devido às catástrofes e desastres que tem ocorrido - desmatamento, terremotos, enchentes, aquecimento. Quando vimos, praticamente o trabalho todo da banda estava orientado neste sentido.
Mas ainda assim, é importante dizer que o NLR não é um álbum conceitual, pois ainda não nos sentimos à vontade para compor algo deste porte.


4)Quanto ao processo de composição dentro da Banda, como funciona?Pergunto também, porque já tive Banda e novamente estou voltando a tocar e o que mais complicava era encaixar as letras nas melodias!

Renato:Em geral, eu escrevo as músicas, ou do zero, ou a partir de alguma idéia ou riff que o Danilo, a Sabrina ou o Frazão trazem. Quando a letra é da Sabrina, a composição normalmente é conjunta, ou seja, vamos escrevendo a música e a letra ao mesmo tempo. Já quando o Danilo escreve, ele traz a letra pronta, e depois de ler e tentar entender o clima da música, eu trago algumas idéias pra ver se era aquilo que ele tinha em mente, e a partir daí a música vai fluindo.


5)Dentre as composições do novo play, essa é difícil eu sei, quais você destacaria como suas favoritas e porque?

Renato:Minha favorita, número 1 mesmo, é a The Poem & The Eden. O clima todo dela é muito bonito, a progressão, tudo. Ela é muito envolvente, eu acho. Depois dela, Nature's Last Ride, Whoever You Are e Heretic, não necessariamente nesta ordem.



6)A Banda fez uma composição em português, "O Anjo", vocês pensaram em fazer outras, colocar como bônus, algo assim?

Renato:Essa música foi composta como trilha sonora para um filme que participaria do Festival de Cinema de Brasília, mas aparentemente o projeto não saiu do papel. O pessoal da produção do filme trouxe diversas limitações para a composição, e uma delas era justamente ser em português. No fim das contas, eles queriam algo mais pop e não gostaram da música (era muito pesada e muito séria pra eles), mas cada um com seus problemas. Então, por enquanto, não existe nenhum projeto neste sentido.

7)Como surgiu a idéia de fazer a "The Phantom in the Mirror Part II" ?

Renato:A "Phantom" é uma das minhas favoritas do primeiro álbum, eu gosto muito de tocar ela ao vivo, e a gente achou que o tema e a harmonia dela eram legais e renderiam mais um trabalho. Aí eu apareci com a idéia do refrão, a Sabrina escreveu a letra e lá estava ela.

8)E a cena atual, comparada com a época do lançamento do Victoria Regia, o que você sentiu de mudanças,melhorou, piorou?

Renato:Em termos de mercado, acho que mudou. Não dá pra dizer piorou ou melhorou. O que nos parece é que cada vez menos as gravadoras investem em uma banda, e cada vez menos existem lugares pra tocar. Em compensação, quando há, os eventos são maiores e com mais público.

A molecada, como sempre, interessada em modinhas. A imprensa mainstream continua burra, o público do estilo continua fiel como sempre foi, e temos cada vez mais a facilidade de divulgar o trabalho pela Internet, o que possibilita a divulgação das bandas brasileiras ao redor do mundo, permitindo que bandas menores se aventurem em turnês internacionais. Então, num balanço geral, acho que nem melhorou nem piorou, mas a cara do cenário mudou de forma radical e nós, bandas, precisamos aceitar isso e nos adaptar à situação atual.

A agenda de shows internacionais de Heavy Rock/Metal desse ano está bem cheia, principalmente neste segundo semestre, o que significa que o público existe. Cabe a nós trabalhar para conseguir atingi-lo. O que eu acho que falta são pessoas/empresas de produção mais sérias, pois a maior dificuldade de uma banda hoje é agendamento de shows em locais longe de sua cidade. Se as próprias bandas se organizassem de forma a cooperarem umas com as outras mais ativamente, teríamos um excelente cenário de bandas brasileiras com shows em muito mais cidades por todo o território nacional.




9) Obrigado a todos e parabéns por mais um ótimo e bem cuidado trabalho e também pela iniciativa de disponibilizá-lo on-line, fica seu espaço para mensagem aos Bangers aqui da região e quem sabe poderemos ver a Banda num futuro próximo, no Nightfall, que já está sendo um evento tradicional aqui na região, ou outro festival.

Renato:Agradecemos o seu apoio, muito importante desde o Victoria Regia. Esperamos que o pessoal curta bastante o novo álbum e estamos ansiosos por shows aí na região. Havendo oportunidade, estaremos no Nightfall com o maior prazer - e nos demais eventos também. As músicas estão disponíveis na íntegra no site. Faça download, copie pro seu amigo que gosta de metal, pro que não gosta também, escutem até a vizinha pedir pelo amor de Deus pra tirar. E pra quem quiser o álbum com áudio em alta qualidade, encarte com letras, etc., basta entrar em contato conosco pelo site, facebook, myspace, orkut ou email: contact@amazon.mus.br.

Keep Rockin'!