segunda-feira, 1 de junho de 2015

Bloodwork: Brutalidade Empolgante


Brutalidade, sarcasmo, morbidez. Pegue estes adjetivos jogue numa panela de ferro e acrescente uma bateria insana com um louco chamado Felipe Nienow, um baixista doentio que faz o baixo berrar chamado Henrique Joner, uma dupla de guitarristas de alcunha Deleon Vith e Rafael Lubini, que beberam e se emborracharam em fontes como Cannibal Corpse e Mortician, e um maníaco com voz de urso de nome Fabiano Werle, que urra como se estivesse possuído. 

“Just Let Me Rot” leva o headbanger a mundos obscuramente doentios, basta escutar o som e acompanhar as letras no encarte. Isto se comprova em versos como: “Eu sinto algo estranho no meu estômago, minhas calças estão enxharcadas de sangue, eu corro para o banheiro, e começo a defecar sangue, defecar vidro, defecando sangue com vidro”. Ou seja, insanidade em grau máximo!! Além desta, chamada “Defecating Broken Glass”, ainda temos no cardápio pratos com os sugestivos nomes de “Cunt Suffocation”, “Asphyxiant Cum Load”, “Suck My Cut Finger”, “Human Slaughterhouse”, “Rotten 69” (letra foda de legal!), “Necro Sex Club” e “Toothed Vagina”.


Na real, pouco tem se ouvido no Brasil bandas com esta sonoridade, com esta poesia lírica e brutalidade. Com este debut álbum, a Bloodwork veio para se consolidar no chamado Brutal Death Metal, tendo em vista que, com a qualidade dos sons de "Just Let Me Rot" a tendência é a banda espraiar seus horizontes e alcançar um bom público. Qualidade e talento pra isto não lhes falta. Apesar de simples, a concepção da capa e encarte ficou com o genial Marcos Miller, e á assombrosamente rica em detalhes. 


Tendo como parceiro os selos Terceiro Mundo Chaos Discos, Blasphemic Art Distribuidora, Rapture Records, Rock Animal e Rotten Foetus, a Bloodwork tem em mãos um trabalho fadado a cair no gosto da galera mais insana do Metal Extremo. O único porém da bolacha é sua curta duração e o derradeiro sentimento de “putz, mas já acabou?”. O disco foi produzido pela banda e pelo renomado Sebastian Carsin, do Estúdio Hurricane, de Porto Alegre-RS. Ou seja, belo resultado.


Texto: Marcello Camargo
Edição: Carlos Garcia


Banda: Bloodwork
Álbum: "Just Let me Rot"
Estilo: Brutal Death Metal
Lançamento:
Rock Animal Distro
Blasphemic Art Distribuidora
Oneye Records



Line-up
Fabiano Werle – vocals
Rafael Lubini – guitar
Deleon Vith – guitar
Henrique Joner – bass
Felipe Nienow – drums


Tracklist
“Defecating Broek Glass”
“Cunt Suffocation”
“Asphyxiant Cum Load”
“Suck My Cut Finger”
“Human Slaughterhouse”
“Rotten 69”
“Necro Sex Club”
“Toothed Vagina”




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