Uma banda gigantesca como o Metallica sempre é cercada de grande expectativa, e se ao vivo o grupo seguiu empolgando em suas apresentações, não podemos dizer o mesmo dos seus discos lançados após o mega sucesso “Metallica”, de 1991 (ou como é mais conhecido, “Black Album”) , o qual também sofreu resistência por parte de fãs mais radicais porque a sonoridade era mais “limpa” e mais comercial, com a banda alcançando uma popularidade muito grande, indo além do nicho do Heavy Metal.
Os experimentos do
grupo, que chegou a dizer que não eram mais uma banda de Metal propriamente,
não caiu bem entre muitos fãs, e álbuns como “Load” (1996) e “Reload” (1997)
e principalmente "St. Anger "(2003),
traziam um Metallica cada vez mais longe da sonoridade de outrora, e o que é
pior, com composições pouco inspiradas, parecendo que a banda estava acomodada
com o sucesso (fora os problemas internos, que quase causaram o fim da banda, e
são relatados no documentário “Some Kind of Monster”. Em 2008, com “Death
Magnetic”, o quarteto aproximou-se do Metal mais pesado e agressivo e do Thrash
Metal dos primeiros álbuns, porém, em composições ainda muito abaixo do que era
esperado, nada que fosse marcar a história do grupo, como um “Master of
Puppets” ou o próprio “Black Album”.
Oito anos após, chega o
novo álbum, “Hardwired...To Self-Destruct” (Construído...Para Auto Destruição),
lançado oficialmente no dia 18/11, o primeiro sob o próprio selo, Blackned Recordings. Muitos anos já sem nutrir expectativas de que a
banda fizesse algo que pudesse me empolgar novamente, fui conferir o álbum, e não é que,
de uma audição que eu esperava ser desinteressante, acabou sendo surpreendente,
e finalmente posso dizer que o Metallica voltou a mostrar gana, composições
fortes e pitadas de inspiração. Não posso dizer que é um novo “clássico”, mas
com certeza é o melhor disco desde o “Black Album”, vão-se aí 25 anos!
O álbum é duplo, tendo
12 músicas, e uma das grandes sacadas é que a banda fez vídeos para todas as
músicas, os quais todos puderam ir conferindo no Youtube. Genial mesmo, mostrou uma visão do que está ocorrendo atualmente, e é algo digno mesmo de uma banda gigante. Outro fato interessante é que
somente James Hetfield (guitarra e vocal) e Lars Ulrich (bateria) compuseram
praticamente todo o álbum, dividindo a produção com Greg Fidelman (que tem em
seu currículo trabalhos com Black
Sabbath, Slayer, U2, Red Hot Chilli Peppers entre outros). Um álbum que
finalmente me soou como a evolução natural pós “Black Álbum”, no qual
apresentaram uma sonoridade mais técnica, e até mais acessível, mas sem perder
o peso.
Falando um pouco das
músicas, “Hardwired”, por exemplo, abre o álbum de forma veloz, direta e
agressiva; a seguinte, “Atlas, Rise!”, uma das melhores em minha opinião, traz ótimos riffs, várias trocas de
andamento, que lembram bastante os primeiros álbuns, mas com a técnica atual.
Nela se destacam as influências do Metal Tradicional, principalmente da cena
inglesa dos anos 80 (NWOBHM, com certeza!), com guitarras dobradas que remetem ao Iron Maiden, por
exemplo (a faixa "Am I Savage?", me remeteu diretamente a isto também, pela sonoridade e uma certa referência no título ao clássico "Am I Evil?", do Blitzkrieg, "coverizado" pelo Metallica).
“Moth into Flame”, é a quarta faixa, é outro destaque, e aí a essa altura a desconfiança e desinteresse que eu tinha dissipou-se. Música forte, com belo trabalho de guitarras, e para mim o melhor vídeo também, ao lado da “Murder One” (referência ao cabeçote de baixo signature de Lemmy), homenagem a Lemmy Kilmister (Motorhead), falecido ano passado. As melodias e cadência de “Manunkind” e a velocidade e pegada Thrash mesclada a elementos do Metal Tradicional da locomotiva de “Spit out the Bone” merecem menção especial também, esta uma das mais pesadas ao lado da faixa de abertura; "Now That We're Dead", mesmo com as "colagens" de bateria, é bem legal, com aqueles riffs mais arrastadões, enfim, composições em um muito bom nível, e o principal é que o Metallica finalmente voltou a demonstrar que tem sim ainda muito a dar aos fãs.
“Moth into Flame”, é a quarta faixa, é outro destaque, e aí a essa altura a desconfiança e desinteresse que eu tinha dissipou-se. Música forte, com belo trabalho de guitarras, e para mim o melhor vídeo também, ao lado da “Murder One” (referência ao cabeçote de baixo signature de Lemmy), homenagem a Lemmy Kilmister (Motorhead), falecido ano passado. As melodias e cadência de “Manunkind” e a velocidade e pegada Thrash mesclada a elementos do Metal Tradicional da locomotiva de “Spit out the Bone” merecem menção especial também, esta uma das mais pesadas ao lado da faixa de abertura; "Now That We're Dead", mesmo com as "colagens" de bateria, é bem legal, com aqueles riffs mais arrastadões, enfim, composições em um muito bom nível, e o principal é que o Metallica finalmente voltou a demonstrar que tem sim ainda muito a dar aos fãs.
Cena do vídeo que homenageia a lenda Lemmy, com a música "Murder One". |
Texto: Carlos Garcia
Fotos Divulgação
Selo: Blackned Recordings
Selo: Blackned Recordings
Track-List:
CD 1:
01. Hardwired
02. Atlas, Rise!
03. Now That We're Dead
04. Moth Into Flame
05. Dream No More
06. Halo On Fire
CD 2:
01. Confusion
02. ManUNkind
03. Here Comes Revenge
04. Am I Savage?
05. Murder One
06. Spit Out The Bone
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