terça-feira, 22 de novembro de 2016

Panzer: Resistência em Nome do Metal



São 25 anos de carreira já, muitas conquistas, alcançadas com muito trabalho e superando adversidades, e a cada nova etapa o Panzer parece voltar ainda melhor e mais forte, e após as mudanças na formação vindas depois do lançamento do DVD "Louder Day After Day" ano passado, André Pars (guitarras) e Edson Graseffi (bateria), encontraram em Sérgio Ogrês um vocalista perfeito para a proposta de voltar a fazer um som mais calcado no Stoner e Metal dos anos 90, como o Pantera e BLS, e claro, ouvindo o álbum você vai perceber muito do Black Sabbath, logicamente.

Produzido por Henrique Baboom e pelo André, que também acabou gravando, além das guitarras, as linhas de baixo, já que Fabiano Menon, que havia entrado na banda (inclusive aparece na capa do CD), acabou deixando o posto por razões pessoais, "Resistance"realmente, como anunciado por André e Edson, traz uma sonoridade bem Stoner, mesclando-se aos elementos Thrash e Metal Old School.

O excelente trabalho nos riffs e cozinha pesada e trabalhada, com a habilidade de Ogrês em variar os vocais, apresentando linhas agressivas, limpas e rasgadas, lembrando bastante Phil Anselmo em vários momentos (bom, o cara cantava na banda tributo ao Pantera, Unscarred), mostrou perfeito encaixe, e temos em "Resistance" um álbum forte, inspirado, orgânico e com variações dinâmicas e empolgantes pelas 12 faixas.


Após o dedilhado da intro "96", "The Price" entra mostrando de cara esse lado mais Old School, em nuances bem Black Sabbath (lembrou-me também algo dos primeiros solos de Ozzy), riffs empolgantes, batera com pegada fenomenal, e Sérgio passeando por vocais limpos e agressivos. Destaque para o solo de André, nesta abertura perfeita. A sonoridade mais anos 90, já aparece com vigor em "Impunity", com andamento mais arrastado, e mais um grande trabalho de Ogrês nos vocais; "No Fear" é bem na linha do Thrash mais contemporâneo, com Edson sentando a mão, a cozinha aqui ficou com um peso absurdo!

"To Scream in Vain" já joga de cara seus riffs Stoner, convidando a bater cabeça. A veia Pantera aparece com força novamente; "Alone" é mais arrastada, embora tenha variações, onde podemos ouvir trechos mais limpos, inclusive nos vocais, e transpira Sabbath em seu riff principal; "Attitude" traz contrastes bem legais, com um riff mais direto e tradicional, para em seguida soar mais Stoner, com vocais numa linha bem Hardcore de Ogrês; "Do It!" é Thrash direto e bem na cara.

"The Old and the Drugs For Soul" tem cadência e doses de groove, aliadas a passagens mais rápidas; "The Resistance" apresenta muito peso e agressividade, com a batera sendo espancada sem dó e vocais raivosos; e fechando o álbum a curta e melancólica balada "You Don't Have Tomorrow" e  "Actitud", uma versão em espanhol para "Attitude".

Um álbum, que desde os primeiros momentos faz você sentir que é mais um grande trabalho do Panzer, temperado com muito Stoner, Thrash e Metal Old School, e acima de tudo, soa orgânico e verdadeiro. O tanque continua cada dia mais alto e mais forte!

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Panzer
Álbum: "Resistance" 2016
País: Brasil
Estilo: Thrash/Stoner/Heavy Metal
Produção: André Pars e Henrique Baboom
Arte de Capa: Edson Graseffi
Selo: Shinigami Records 


Track List:
1. 96
2. The Price
3. Impunity
4. No fear
5. To Scream in Vain
6. Alone
7. Attitude
8. Do It!
9. The Old and the Drugs for Soul
10. The Resistance
11. You may not have tomorrow
12. Actitud
 
Canais Oficiais:

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