Pela 4° vez os bardos do Blind
Guardian irão invadir Porto Alegre! Desta vez divulgando seu mais novo álbum, “Beyond
the Red Mirror”, lançado em janeiro desta ano pela Nuclear Blast.
Disco esse que marca a estreia do
renomado baixista Barend Courbois. Sendo assim, o Guardian retorna a capital para tocar novamente em
um dos templos sagrados do Rock/Metal do país, o Bar Opinião. Onde se apresentam
no dia 06/10.
Ainda há ingressos disponíveis e
você pode saber onde adquiri-los no link a seguir:
Após um período para "ajustes", devido a mudança de residência e outros problemas de cunho pessoal, o incansável Mutley (bateria e vocal), ao lado de Paulo On (guitarra e baixo, que já deixou a banda, tendo o retorno de Arion Renée), produziram o segundo registro da Animal House, "Limbo".
Sobre o título Mutley explica: "Fiquei um
tempo determinando qual seria o nome do disco. Pensei primeiro em Phoenix, pela
semiótica que a ave mitológica carrega, de renascer das cinzas. Pensei também
em Alive Again ou Back from the Dead, mas aí entraria em um problema. As
pessoas poderiam achar que se trata de um disco ao vivo, e principalmente,
achar que a banda em algum momento tivesse morrido. E eu não quero isso. Seria
admitir a derrota. Acabou ficando LIMBO. Que é um espaço onde não existe
espaço, tempo, reflete bem os anos de turbulência da banda e de minha vida
pessoal." (leia entrevista completa AQUI)
Se o antecessor de "Limbo", o álbum "First Blood", deixou a banda insatisfeita em termos de produção sonora, neste novo trabalho, apesar de ainda haver oscilações, essa parte melhorou bastante, inclusive com o trabalho soando mais pesado, com mais punch, ou seja, há uma evolução clara, o que é muito bom, pois, apesar de ainda carecer de ajustes, se não houvesse evolução aí sim seria preocupante.
A banda se auto-intitula como Modern Metal, apresentando groove e peso nos riffs e levadas de bateria, mas também não abre mão de toques de Hard e Metal mais tradicional (como na abertura com "Last Great Hero", que mescla bem esses elementos), assim como Blues, como na faixa bônus acústica e ao vivo "Middle Finger Blues".
As demais 3 faixas do EP são bem interessantes, com boas ideias e variações, e talvez a citada faixa de abertura e "Monochromatic" melhor representem o que a banda parece buscar, uma música com bastante peso e groove, com essa influências do Metal Moderno, e posso citar aí os influentes Pantera e Black Label Society, mas sem deixar de lado as raízes.
Mais um importante passo, como disse anteriormente, se viu uma evolução, tanto na parte de produção, como em composição e sonoridade. Que o Animal House siga evoluindo e esperamos para breve um full-lenght.
Texto: Carlos Garcia
Banda: Animal House
Álbum: Limbo
País: Brasil
Estilo: Modern Metal/Heavy Metal
Assessoria: Heavy & Hell Press
Formação:
Mutley Animal: Vocal e Bateria
Arion Renée: Guitarra
(Paulo On: Baixo e Guitarra - Obs: Paulo saiu após o lançamento de "Limbo")
Os russos do Arkona são classificados como Pagan/Folk Metal, e hoje são, sem dúvidas, umas das grandes referências do estilo, e podemos dizer também, o grande nome do Metal russo, e apesar de se expressar em sua língua natal, não lhe impediu de alcançar outros mercados, inclusive o brasileiro, por onde a banda se apresentará em outubro (assista AQUI recado da vocalista Masha aos fãs brasileiros), e a versão nacional de seu mais recente trabalho ("Yav" - Napalm Records) chega na hora, via Shinigami records.
Liderada pela carismática vocalista Masha, diferente de muitas bandas do estilo (Pagan/Folk), que possuem aquela sonoridade que remete a climas "festivos", bebedeira, histórias de batalhas e danças em volta da fogueira, o Arkona vai por um caminho mais "sóbrio", encarando com muita seriedade suas raízes e crenças pagãs e cultura eslava.
Em uma sonoridade e temáticas, densas e belas, mas também pesadas, agressivas e atmosféricas, os russos cativam o ouvinte, inclusive pela atmosfera que passam os instrumentos étnicos utilizados nas músicas e a sonoridade peculiar da sua língua pátria. Destaque também para a belíssima capa, onde, uma princesa pagã, eu diria, ajoelhada em frente a um lago tem sua imagem refletida, mas de forma diferente, provavelmente significando Yav (que na mitologia eslava significa o mundo material, onde estão as criaturas vivas) e Nav (o mundo imaterial).
"Zarozhdenie", com seus mais de 9 minutos abre o álbum, apresentando a belíssima e pesada música do grupo, arranjos de teclados e instrumentos tradicionais dão os tons e climas, envolvendo o ouvinte em sua atmosfera, enquanto que Masha alterna vocais limpos e "screams" com maestria e feeling, em interpretações envolventes e sendo agressiva quando necessário. Uma daquelas bandas que você sente que acreditam no que fazem, tocam com paixão e fazem com que você sinta a música, apesar das diferenças ou estranheza que a língua possa causar para alguns, mas acredite, é um dos elementos que deixam a atmosfera mais bela, e o encarte ajuda, pois traz as versões em inglês.
A criativa "tempestade" sonora pode ser sentida em "Na Strazhe Novikh", que passa por caminhos mais extremos, ritmos típicos como a balalaika e experimentações mais modernas; "Ved'ma" traz trechos da dança típica horovod e "Chado Indigo" belo arranjo de piano, grandes riffs, e também um coro de crianças, tudo regado a mais sons típicos, mas nada se compara a épica faixa título, "Yav", com cerca de treze minutos de duração, uma jornada musical que leva o ouvinte a uma viagem por entre climas sombrios, folk, com peso e melodia.
Um álbum perfeito, uma verdadeira celebração, indicado não só a fãs de Folk/Pagan ou Metal Extremo em geral, mas para ouvintes exigentes, sendo um trabalho para ser degustado em várias audições para uma compreensão e proveito mais completo.
Rate: 9,5/10