A Arde Rock já é uma das mais tradicionais e queridas bandas de Hard e Rock & Roll do interior do RS, e completa em dezembro deste ano 13 anos de estrada, em 2012 a banda lançou seu primeiro álbum intitulado “Velho Rock” e o segundo, intitulado “Algo a Zelar”, foi lançado em 2017
quarta-feira, 12 de maio de 2021
Arde Rock: O Rock & Roll nem a Pandemia Para!
sexta-feira, 7 de maio de 2021
Morcrof: [...]não estou dizendo que eu prefira este “mundo digital”, mas estou convencido de que é um caminho sem volta!
Entrevista por: Renato Sanson
Músico entrevistado: PAVLLVS (baixo/vocal) – Banda Morcrof de São Paulo
Em 2019 o Morcrof lançou o tão aguardado “.:. CODEX . GNOSIS . APOKRYPHV .:. arcane . verba . revelatio .:.” – 3° disco de estúdio oficial – cercado de muito misticismo e filosofia. Qual o conceito por trás do mesmo?
PAVLLVS: Esse álbum trás à luz conhecimentos herméticos revelados por uma entidade exilada desde tempos imemoriais em um mundo caótico e em formação. São parábolas continuadas de “Machshevet Habriá (Myths And Conjectures Of Creation)” que à época tratou do impulso primordial da criação. Já em “.:. CODEX . GNOSIS . APOKRYPHV .:. arcane . verba . revelatio .:.”, trata-se do Ente já constituído e que manifesta-se, por meio da necromancia, os segredos e a sabedoria do mundo.
O Latim não é uma novidade para o Morcrof, sempre com inserções da língua romana em suas composições. Com o novo álbum não seria diferente, mas aqui temos um disco cantado por completo em Latim. Como surgiu está ideia e porque o Latim?
PAVLLVS: Como você bem observou e disse, sempre flertamos com antigos idiomas e, em especial, com o latim. É uma língua que interpreta e sedimenta a atmosfera e a lírica proposta em “.:. CODEX . GNOSIS . (...)”, além do que, foi através desse vernáculo que a entidade primordial, presente no álbum, transmitiu seus conhecimentos e que o torna, ainda, suas metáforas mais misteriosas.
São praticamente 30 anos de história e diversos materiais lançados, desde Demos, EP’s, discos ao vivo... Quais você julga os mais importantes na trajetória da banda?
PAVLLVS: Penso que circunstancial e contextualmente a demo de 1999 “peragere hvmvm et semem terrai abditae” tem uma maior significância para a banda quando a gravamos num importante momento de superação e adaptação de todos que participaram daquela formação. Através dessa demo fomos projetados de modo incisivo à cena nacional e estrangeira.
Em 2002 nascia “Apeiron (Trinitas Primitiae Opus)”. Um álbum que traz o apanhado da história do Morcrof desde 1992, com diversas Demos e EP’s ali presentes, se tornando de fato um Debut, pois as composições são tão homogenias que não parecem ser de épocas diferentes. Como surgiu a ideia deste lançamento e a importância do mesmo para o Black/Dark Metal?
PAVLLVS: A intenção era que “peragere hvmvm et semem terrai abditae” fosse o tal álbum de estréia contando com músicas que foram editadas posteriormente, em 2001. Ocorreu que as versões gravadas das três faixas que entrariam na “peragere...” não ficaram boas e, por isso, as regravamos posteriormente com mais qualidade em “alesh”. Apesar de demos distintas, “peragere...” e “alesh” possuem faixas compostas num mesmo período e por isso talvez soem, como você disse, tão homogêneas, embora gravadas em épocas e formações distintas. Então, perguntamos a Mutilation Records, nossa gravadora na época, se haveria possibilidade para o lançamento de um CD que reunissem a “peragere hvmvm et semem terrai abditae”, a “alesh” e, ainda, cooptasse a debute demo “scientia ab mortvvs”. A proposta foi aceita e consequentemente ganhamos tempo para compormos o próximo álbum, que viria ser em 2005 o “Machshevet Habriá (Myths and Conjectures of Creation)”. Por isso, muitas pessoas consideram “Apeiron (...)” uma compilação... Bem, para nós trata-se do debute álbum lançado com todos os protocolos de registros e legalidades exigidas. O público mais antigo, que acompanha a Morcrof desde os anos 90, considera “Apeiron (...)” de grande importância e relevância na história da banda e pro cenário nacional, o que nos enche de júbilo e honra!
Em termos de sonoridade, muito podemos notar a influência do Metal Extremo grego no Morcrof, mas com muita originalidade, não tendo bandas no Brasil fazendo um som nessa linha. Pois vai além do Black Metal em si, tendo influencias progressivas, góticas e tradicionais aliado ao Metal Extremo. A ideia era essa desde o começo?
PAVLLVS: Na época que a banda foi formada queríamos fazer algo extremo e subversivo, mas não sabíamos bem por onde começar ou como proceder. Conforme a banda tomava experiência, abríamos espaço para que as composições fossem feitas mais coletivamente, aproveitando o que cada um pudesse oferecer do melhor de suas influências. No início, de modo majoritário, tendíamos basicamente ao Death Metal que se fazia nos anos 90. Porém, paulatinamente, cada troca de integrantes trazia-nos outras influencias e as composições transformavam-se naturalmente. Então, definitivamente largamos mão de nos preocupar com rótulos e passamos a focar em como queríamos deixar as músicas, compondo de forma livre e que nos agradassem.
“Machshevet Habria” (05) traz um Morcrof mais melodioso e ainda mais progressivo, com inserções sinfônicas belíssimas, tendo uma qualidade ímpar, e abrindo caminho para o que escutamos em “.:. CODEX . GNOSIS . APOKRYPHV .:. arcane . verba . revelatio .:.”. Existe alguma ligação entre ambos?
PAVLLVS: Há uma ligação temática, como acabei antecipando em sua primeira questão e, talvez por isso, creio que instintivamente usamos a mesma fórmula de composição musical entre esses dois álbuns para que soassem, ambos, sinfônicos.
Paullus, mesmo com grandes lançamentos que só engrandecem a discografia da banda vocês sempre foram uma banda de palco, tocando em diversos festivais e cidades Brasil a fora. Como está sendo este período obscuro em que vivemos há exatos um ano sem shows?
PAVLLVS: Tem sido difícil... tanto no sentido de apresentações quanto de ensaios... tem sido realmente muito difícil! Tentamos de algum modo remediar a situação compondo e, nesse ponto foi prolífico, uma vez que neste período de “lockdown” e “distanciamento social” conseguimos compor, gravar e lançar, mesmo que no formato digital, o EP 2020 “qvod dea et qvod eqves avratvs”, que terá ainda neste ano seu formato físico além do 7' EP split a caminho.
Um novo lançamento está por vir em 2021 em formato de Split, certo?
PAVLLVS: Sim! O 7' EP split INFERAHL / MORCROF já está sendo prensado e deverá chegar, se tudo correr dentro da expectativa, entre maio e junho. São faixas inéditas e exclusivas de ambas bandas em limitadas cópias, para aqueles que realmente gostam de ter material físico em sua coleção. Acho que na pré-venda terá um poster das bandas para quem adquirir! Estamos bastante empolgados com esse material pois será nosso primeiro vinil em quase 30 anos... um formato que sempre quis fazer!
Em um momento tão crítico que estamos passando mundialmente, mas se atentando agora a indústria musical e underground, o que você diria aos artistas para sobreviverem a este caos?
PAVLLUS: Diria que o homem chegou onde chegou, em todos os aspectos, pelo seu alto poder de adaptação com o meio. Em nossas experiências, conseguimos trabalhar com o que a internet tem a oferecer: emails, whatsapp, redes sociais, meet e tantas outras ferramentas de poderio tecnológico. Desta forma, continuamos produzindo, gravando, divulgando e lançando... não precisamos da banda toda para gravar, mixar e masterizar... podemos trabalhar à distância indo um a um para se fazer o que precisa em estúdio... pode-se até mesmo apresentarmos em um festival on line... enfim, o que quero dizer é que, se não é o ideal, pelo menos é o que está no nosso alcance no momento. A tecnologia está aí para nos servir.
O mundo digital e suas facilidades não seriam uma saída para lá na frente os artistas não serem esquecidos?
PAVLLVS: Acho, de verdade, que qualquer artista na atualidade tem total autonomia sobre sua obra e carreira, ainda que poucos saibam utilizar o potencial das ferramentas tecnológicas disponíveis. Há pessoas, como eu, que resiste a isso e transita entre a ignorância e a opção própria, mas ainda assim, tudo está nas mãos dos artistas. O impacto que o mundo digital vem tendo desde a década de 90 nos obriga a rever planejamentos em todas as esferas e num grau de dinamismo tão ensandecido que muitas vezes torna-se sem sentido. É um caminho sem volta... veja, não estou dizendo que eu prefira este “mundo digital”, mas estou convencido de que é um caminho sem volta!
Gostaríamos de agradecer pela oportunidade e deixamos o espaço final a você!
PAVLLVS: Meu caro nobre, foi uma satisfação e uma honra responder suas perguntas e estar presente neste espaço. Agradeço a você e aos leitores que se dispuseram a ler estas breves linhas!
Fotos por: Claudio Higa
Links:
https://soundcloud.com/morcrof
https://www.instagram.com/morcrof_darkmetal/
sexta-feira, 30 de abril de 2021
Sodom: Interview with Tom Angelripper - "We only work for our fans and not for the music industry."
Most of the time it starts with a guitar riff and everyone adds their ideas. Then I arrange everything again to adapt the title for my vocal parts and to match the dimensions of the text. But there are also rehearsals where we go home without having achieved anything; you just can't get over the knee.
Both guitarists are great songwriters but with different points of view. Frank is also very influenced by guitarists from the 60s and 70s, Yorck is also interested in modern bands. But these different songs make the new album so colourful.
RtM: We really liked the sound of the album, which sounds organic and punchy, as many current recordings are, shall we say, very "clean", sometimes sounding plastic and tasteless.
Tom: I booked the engineer/producer Siggi Bemm and his professional studio to get the album mixed on his huge analogue desk. I my opinion the sound than getting more organic and authentic, cause the Siggi`s desk is working with tubes.
I know, that digital recording and mixing is usual and payable nowadays, but it was a fulfilled dream to work in a real Studio with a long-time producer/engineer like Siggi. The new songs are more authentic and much more tailored to the listening habits of our fans.
Interview by: Carlos Garcia and Renato Sanson
Sodom:
Frank Blackfire: guitars
Yorck Segatz: guitars
Toni Merkel: drums
Sodom: Entrevista com Tom Angelripper - "Trabalhamos para Nossos Fãs, não para a Indústria"
Thomas Such, nascido em 19/02/1963, tornou-se mais conhecido como Tom Angelripper, um verdadeiro ícone do Thrash Metal mundial, líder, fundador, vocalista e baixista do Sodom, uma das mais íntegras e queridas bandas do estilo. (English Version)
Desde 1983 na estrada do Metal, atravessando intacto por diversas fases do cenário musical, Tom jamais abriu mão da identidade da banda, trabalhando sempre para os fãs e forjando diversos clássicos do estilo.
Agora a banda chega ao 16° álbum de estúdio, "Genesis XIX", que marca o retorno de Frank Blackfire nas guitarras, tendo também a companhia de Yorck Segatz, e pela primeira vez o Sodom gravou um disco com dois guitarristas, o que traz novas possibilidades e também permite encorpar e reproduzir ao vivo mais fielmente seus petardos. Conversamos com Tom, para falar um pouco mais sobre essa nova fase e a excelente repercussão do novo álbum, já aclamado como um possível novo clássico na discografia do Sodom. Confira!!
RtM: Em “Genesis XIX” podemos sentir um Sodom que traz novidades, mas também tem muito de um retorno às suas raízes, inclusive usando gravações analógicas. Eu gostaria que você comentasse sobre isso.
Tom: Acho que o álbum pode se tornar um clássico. Quando escrevemos as músicas, não nos preocupamos se deveria soar old school ou não. Acredito que a produção fornece as informações cruciais. Mas acho que o processo de composição da música faz a diferença. Ainda fazemos tudo de acordo com o costume dos velhos mestres. Nós nos encontramos na sala de ensaio, começamos uma jam session, tomamos algumas cervejas e assim as coisas vão funcionando pra nós.
Na maioria das vezes, começa com um riff de guitarra e todos adicionam suas ideias. Em seguida, organizo tudo novamente para adaptar o título às minhas partes vocais e para corresponder às dimensões do texto. Mas também há ensaios em que voltamos para casa sem ter conquistado nada; você simplesmente não pode cair de joelhos.
Ambos os guitarristas são grandes compositores, mas com pontos de vista diferentes. Frank também é muito influenciado por guitarristas dos anos 60 e 70, Yorck também se interessa por bandas modernas. Mas essas músicas diferentes tornam o novo álbum tão colorido.
RtM: Nós realmente gostamos do som do álbum, que soa orgânico e vigoroso, já que muitas das gravações atuais são, digamos, muito "limpas", às vezes soando plásticas e de mau gosto.
Tom: Eu contratei o engenheiro/produtor Siggi Bemm e seu estúdio profissional para mixar o álbum em sua enorme mesa analógica. Na minha opinião o som ficou mais orgânico e autêntico, pois a mesa do Siggi funciona com válvulas.
Eu sei que a gravação e mixagem digital é normal e mais barata hoje em dia, mas foi um sonho realizado trabalhar em um estúdio de verdade com um produtor/engenheiro experiente como Siggi. As novas músicas são mais autênticas e muito mais adaptadas às sonoridades que nossos fãs estão habituados a ouvir.
RtM: O álbum foi apontado como um dos melhores trabalhos do Sodom nos últimos anos. Como você recebeu este feedback e, em sua opinião, quais são os principais pontos que tornaram "Genesis XIX" tão bem recebido?
Tom: Estamos muito felizes com o álbum. Até agora, as análises e feedbacks foram todos muito bons e positivos. Mas o que importa para nós é o que nossos fãs pensam do álbum.
Mas eu acho que é um álbum puro-sangue do Sodom e talvez novos fãs gostem dele. Nosso novo baterista também contribuiu muito para o sucesso.
Ele é um grande fã de Chris Witchhunter e tenta adotar seu estilo, mas com um nível de precisão maior. Acredito que "Genesis XIX" se encaixa perfeitamente no catálogo anterior e será uma parte importante na história da nossa discografia.
RtM: Você também prefere ter um line-up que possa ter ensaios regulares, uma interação e aproximação da banda, evitando compor, ensaiar e gravar à distância, existem muitas bandas em que os membros vivem mesmo em países diferentes. Você acha que este é um fator que pesa muito na sonoridade, criatividade e sintonia?
Tom: Se os músicos moram em países diferentes, isso não é uma banda para mim. É também uma questão de contato pessoal regular. É importante que as novas músicas sejam arranjadas em conjunto pela banda. Todos nós moramos na mesma região e podemos nos encontrar com frequência. Isso sempre foi muito importante para mim.
RtM: "Genesis XIX" também traz uma nova formação, e com o retorno de Frank Blackfire às guitarras. Como ocorreu essa reaproximação?
Tom: Frank ainda é um cara legal e estou feliz por tê-lo de volta aos negócios. Eu sabia que ele tinha seu próprio projeto solo e também tocava com o Assassin. Ele me disse que eles não estão tão ocupados no momento, e que ele terá tempo suficiente para se juntar ao Sodom para as próximas sessões de ensaio e shows ao vivo. Isso foi incrível e parece uma grande chance para ele retornar à cena internacional do Metal.
RtM: E por falar na adição de um segundo guitarrista, algo inédito na carreira do Sodom, como foi a experiência de gravar em estúdio com duas guitarras? Quando e por que você sentiu que era hora de adicionar um segundo guitarrista?
Tom: Anos atrás, tive a ideia de recrutar um segundo axeman quando Bernemann ainda estava na banda. Mas ele não pareceu muito interessado e pensei que nunca aceitaria um segundo guitarrista ao seu lado.
Mais tarde, começamos a ensaiar sessões com Frank pela primeira vez depois que ele deixou a banda, e músicas como "Nuclear Winter", "Sodomy & Lust" e "Christ Passion" soaram incríveis e autênticas. Fiquei muito surpreso ao ver que o som da guitarra é exatamente o mesmo do "Persecution Mania" ou do álbum "Agent Orange".
Agora, podemos reproduzir as músicas de forma original durante os sets ao vivo. Yorck também é um grande fã do Sodom, então ele teve muitas ideias para novas músicas e setlists que virão. Com dois guitarristas, somos capazes de tocar músicas que não funcionam com apenas um. Mesmo meu baixo não pode substituir uma segunda guitarra. O som ao vivo está ficando mais brutal e dinâmico.
RtM: Qual é a expectativa para esse line-up nos shows ao vivo?
Tom: Esperamos poder tocar ao vivo novamente em breve. Esse é o nosso trabalho. Com dois guitarristas também estamos com um som mais "gordo" no palco e com Toni atrás de nós nada pode dar errado.
RtM: Além do Sodom você também participou do projeto Dezperadoz e sua incrível fusão de Heavy Metal com Western. É uma pena que sua participação tenha durado apenas um álbum, pois “The Legend and the Truth” é fantástico e tem várias referências ao Sodom em suas letras. Existe a possibilidade de voltar ao projeto algum dia?
Tom: Eu também acho que o primeiro álbum é excelente e estou orgulhoso de ter participado dele. Sempre há algo especial na minha carreira, mas não voltarei. Como convidado no palco, entretanto, um dia serei visto. Você tem que saber que o Sodom é minha vida e que tenho que dar tudo por ele. Não há tempo para outros projetos paralelos.
RtM: Como é para você gravar algo fora do Thrash Metal, que tem sido sua vida por mais de trinta anos? Experiências além do Sodom, como os já citados Dezperadoz, Bassinvaders ou Onkel Tom, são uma forma de relaxar e recarregar as baterias?
Tom: É sempre emocionante tentar algo novo. Participei de outros projetos com frequência. Ainda recebo muitos pedidos como vocal convidado, mas não faço mais isso. Às vezes, meu tempo livre é muito precioso. Quando estou livre, vou caçar, é o melhor lugar para relaxar.
RtM: Tom, você sempre se manteve fiel às suas raízes, não tendo, digamos, aquele momento em que você teve que se adaptar musicalmente à indústria ou a qualquer tendência. Porém, na década de 90 parece que muitas bandas de Thrash Metal mudaram suas características musicais, tentando se encaixar no rumo que o mercado musical estava tomando. Quais suas impressões no momento em que testemunhou todos esses estragos?
Tom: Nos anos 90, muitas bandas mudaram seu estilo. As vendas caíram. Alguns deles foram forçados a fazê-lo pelas gravadoras. Mas nós continuamos e nossos álbuns ficaram mais difíceis e intransigentes do que nunca. Ninguém nos diz o que fazer, só trabalhamos para nossos fãs e não para a indústria da música
RtM: As principais abordagens nas letras do Sodom são as guerras e a destruição do mundo, a catástrofe pela mão humana. Falando do momento atual, vivemos um caos mundial e muito por parte do próprio ser humano, que se mostra irresponsável e pouco empático com o próximo. Nessas décadas de experiência, você sente a responsabilidade de trazer algumas mensagens e lições para o seu público, especialmente as novas gerações?
Tom: Sim, a situação atual é catastrófica. Tudo está ficando fora de controle no momento. Sempre penso em como as gerações futuras vão lidar com isso. Por pior que seja, isso me inspira para minhas letras. Espero, é claro, que minhas letras façam você pensar. Infelizmente, como não sou politicamente ativo, não consigo contribuir tanto.
RtM: Tom, obrigado pelo tempo em nos responder, parabéns pelo ótimo álbum, e espero que possamos ver a banda no palco em breve.
Tom: Obrigado! Espero revê-los todos em breve novamente. Estamos esperando por tempos melhores
Entrevista por: Carlos Garcia e Renato Sanson
"Genesis XIX" está disponível no Brasil via parceria Nuclear Blast e Shinigami Records.
Sodom:
Frank Blackfire: guitars
Yorck Segatz: guitars
Toni Merkel: drums